sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

ÚLTIMO DIA DE 2004



 O dia começou luminoso. Um sol radiante prenunciava um dia primaveril. Um daqueles dias que nos aquecem o corpo e enriquecem a alma. Prenúncio, também, de um ANO NOVO mais tranquilo e mais solidário? Desejamos que sim. Importa, para isso, que todos saibamos assumir a nossa quota-parte nas responsabilidades de mudar o mundo para melhor.

 F.M.

 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

IPSS apoiam sudeste asiático

A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) lançou já um apelo a todas as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), para que apoiem as vítimas do maremoto que assolou o sudeste asiático.“Participando numa grande onda de solidariedade que minimize os efeitos dessas ondas assassinas e devastadoras, apelo a todas as instituições particulares de solidariedade social para, com o seu dinamismo próprio, contribuírem generosamente, ajudando quem, neste momento, precisa da nossa solidariedade efectiva”, escreve o presidente da CNIS, Pe. Francisco Crespo, em mensagem enviada à Agência ECCLESIA.Este apoio deverá ser canalizado para a conta da CNIS (Montepio Geral) cujo NIB é o seguinte: 0036 0093 99100067797 10.“O final deste ano 2004 ficará para sempre assinalado pela brutal manifestação da natureza que espalhou a destruição, o terror e a morte no sudeste asiático. Enquanto expressão organizada do dever moral de solidariedade as IPSS não poderão ficar indiferentes à angústia, ao sofrimento, à dor de tantos irmãos nossos que dependem da rápida ajuda internacional”, assinala o presidente da CNIS.

Cem poemas de Sophia




Cem poemas de Sophia

Com a VISÃO e com o JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, foi distribuído em 26 de Agosto, pouco depois do seu falecimento (2 de Julho de 2004), o livro CEM POEMAS DE SOPHIA. Trata-se de uma merecida homenagem à nossa maior poetisa, como muitos a consideram, e que todos os portugueses nunca poderão esquecer. Não recebeu o Prémio Nobel da Literatura, mas nem por isso alguma vez deixou um lugar alto de destaque no panorama literário português e mesmo universal. Natural que fosse de um outro país, com maior influência no mundo, ou pertencesse ela a qualquer lóbi económico-político e há muito que a sua humanidade e sensibilidade poéticas teriam sido reconhecidas pela academia que atribui o célebre prémio.
A selecção dos poemas e a introdução são do também poeta e jornalista José Carlos Vasconcelos, que se debruça sobre O ESPLENDOR DE SOPHIA, como profundo conhecedor da arte da homenageada pela Visão e JL, ao jeito de "um abrir de porta, ou de janela, para o indispensável conhecimento de todos os seus versos". Estes CEM POEMAS DE SOPHIA, que bem merecem uma leitura meditada, para se descobrir a dimensão da poetisa em todo o seu esplendor, serão uma belíssima forma, também, para cada um se iniciar na descoberta da riqueza poética do povo português.

F.M.


 As rosas 

Quando à noite desfolho e trinco as rosas 
É como se prendesse entre os meus dentes 
Todo o luar das noites transparentes, 
Todo o fulgor das tardes luminosas, 
O vento bailador das Primaveras, 
A doçura amarga dos poentes, 
E a exaltação de todas as esperas.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

CÂMARA DE ÍLHAVO ATRIBUI BOLSAS DE ESTUDO

A Câmara Municipal de Ílhavo deliberou proceder à aprovação do relatório de análise e atribuição das Bolsas de Estudo Municipais, respeitantes ao Ano Lectivo 2004/2005, com a atribuição de oito novas bolsas e a manutenção de 14, atribuídas no ano passado. No início do ano 2005 será realizada a sessão de entrega destas Bolsas de Estudo Municipais, que apoiam jovens do Concelho de Ílhavo, estudantes do ensino secundário e superior. Quando muitos políticos falam da Educação e da Cultura, como prioridades nacionais, é bom verificar que a autarquia ilhavense, certamente à semelhança de muitas outras, não abdica de apoiar estudantes. Esta medida é um bom incentivo para muitos jovens.

ADOPTE UM IDOSO

Um estudo recente divulgou que em Espanha há sete milhões de idosos e que, um em cada seis, vive sozinho. Três em cada quatro são mulheres. No que se refere a Portugal, não conhecemos estatísticas rigorosas sobre os idosos que vivem na solidão, no isolamento, com falta de saúde e sem cuidados médicos essenciais. Mas o que se sabe é que na Europa esta é uma verdade indesmentível, à qual o nosso País não consegue fugir. Embalados pelo fervor solidário que o Natal nos trouxe, seria interessante que nas nossas comunidades apostássemos em proceder a um inquérito para se saber quem vive só. E porque o Estado e as instituições não conseguem responder a todas as solicitações dos que mais precisam, seria muito bom que cada um de nós levasse à prática a adopção de um idoso, vizinho, marcado pela solidão e, quantas vezes, esquecido pelas famílias.

terça-feira, 28 de dezembro de 2004

Solidariedade com o Sudeste Asiático



A Cáritas portuguesa, juntamente com o IPAD - Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento -, está a recolher fundos para as vitimas do sismo e do maremoto ocorridos no Sudeste Asiático e enviará, amanhã, dia 29 de Dezembro, um avião com ajuda humanitária. Nesse avião, com destino ao Sri Lanka, da Cáritas seguirá um contentor com seis toneladas de medicamentos. Neste momento, existem milhões de pessoas a necessitar de auxílio. Assim, a Cáritas Portuguesa apela à solidariedade de todos os portugueses para que apoiem  as vítimas desta catástrofe. Para o efeito, foi aberta na Caixa Geral de Depósitos a conta "Caritas Ajuda as vítimas do Sudeste Asiático" com o NIB 003506970063091793082. 
Também a AMI (Assistência Médica Internacional) está a realizar uma Campanha de Emergência para ajudar as vítimas da catástrofe natural que assolou 7 países do continente asiático. Os donativos podem ser feitos através de: - Depósito da conta BES da AMI nº 015/40000/0006 - Multibanco. Entidade 20909 e Referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços -Transferência bancária para o BES - NIB 000700150040000000672.

EFEMÉRIDES AVEIRENSE

No dia 28 de Dezembro de 1873, realizou-se em Aveiro uma grande assembleia onde se resolveu pedir ao Governo que mandasse estudar o plano das obras da barra e adiantasse os fundos necessários para os trabalhos de maior urgência; a Câmara Municipal de Aveiro tomou como suas as palavras da representação que seria enviada a El-Rei e ao seu Governo. No mesmo dia, mas em 1931, foi assinado o contrato definitivo para as obras da barra e porto de Aveiro. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro, de António Christo e João Gonçalves Gaspar

JOVENS QUEREM UM FUTURO DE PAZ






De hoje a 1 de Janeiro, vai decorrer em Lisboa o 27.º Encontro Europeu de Jovens, promovido pela Comunidade Ecuménica de Taizé. Dezenas de milhares de jovens, de diversos países europeus, que foram acolhidos por famílias portuguesas, das dioceses de Lisboa, Setúbal e Santarém, vão rezar e reflectir, na perspectiva de um futuro de paz. 
O Irmão Roger, fundador da Comunidade de Taizé, sublinhou, na carta de dirigiu aos participantes, a necessidade de dar uma resposta concreta e cristã aos que "aspiram hoje a um futuro de paz, a uma humanidade livre das sombras da violência". 
Noutra passagem da sua carta, lembra o testemunho de muitos cristãos que, "através da sua própria vida, desejam tornar Cristo presente a muitos outros", porque sabem que a Igreja "não existe para ela própria, mas para o mundo, para depositar nele um fermento de paz". 
O Irmão Roger frisa que "Comunhão é um dos mais belos nomes que a Igreja tem: nela, não pode haver severidades recíprocas, mas só transparência, bondade de coração, compaixão... e assim se conseguem abrir as portas da santidade". 
Por sua vez, Kofi Annan, Secretário-Geral da ONU, considera que este Encontro "é para nós um incentivo e um sinal de esperança". E acrescentou: "Juntos, podemos fazer mudar as coisas e construir para todos um futuro de paz e de prosperidade."

  Posted by Hello

segunda-feira, 27 de dezembro de 2004

NATAL PARA SEMPRE

Terminada a quadra festiva do Natal, tudo voltará, se quisermos, ao normal. Nos últimos dias, tudo contribuiu para que a mensagem natalícia fosse bastante divulgada. As ruas enfeitaram-se e iluminaram-se de noite e a música, com melodias inesquecíveis, de sempre e de vários quadrantes, inundou o ambiente. Nas casas, não faltaram os presépios, as árvores de Natal e os enfeites a lembrarem aos familiares e visitantes que tinha chegado a hora de nos voltarmos mais uns para os outros, com gestos de ternura e de fraternidade. Curiosamente, ou talvez não, até nas ruas nos sentimos mais delicados e aos conhecidos, e até aos desconhecidos, soubemos sempre desejar Boas-Festas, enquanto formulámos votos de um Novo Ano mais próspero. Por todo o lado, houve festas, confraternizações, troca de lembranças e até a comunicação social nos deu conta de uma atenção especial para com os idosos, os mais pobres, os desprotegidos da sorte, os sem-abrigo. E não faltou gente generosa que se multiplicou no bem-fazer, com promessas de que estaria disponível para continuar a apoiar quem mais precisa. É um lugar-comum dizer-se que o Natal é quando o homem quiser. E também, que seria bom que o espírito natalício se prolongasse por todos os dias do ano. Vamos todos apostar nisso?

O NOSSO MENINO JESUS

O nosso MENINO JESUS está na família há muitos anos. Desde há meio século, aparece sempre, de forma mais visível no início do Advento, para a todos ajudar a chegar com mais autenticidade ao Natal. Em nossa casa, fica no salão mais movimentado, simplesmente na companhia de Sua Mamã, Maria Santíssima, e de Seu Papá adoptivo, o venturoso S. José. Sem vaquinha nem burrinho, sem pastores nem ovelhinhas, sem castelos nem riachos e sem outras fantasias que possam obscurecer a Sua presença inefável entre nós.
O nosso MENINO JESUS ali está como oferta a quem entra no salão e a quem se debruça sobre a Sua humildade e sobre o mistério do Seu nascimento. Sobre a Sua mensagem, que é o anúncio de um Deus próximo, humanado, que veio prometer um Reino de liberdade, de justiça, de amor, de verdade, de fraternidade e de paz. Deitado em caminha fofa, não passa frio. Mãos carinhosas tricotaram há anos roupinha quente, de lã, onde não falta uma capinha com capucho para maior agasalho. Tal como Sua Santíssima Mamã teria feito se ao tempo fosse moda. 
De fora, a desafiar o Inverno que às vezes se faz sentir, apenas o Seu rosto sereno e uns olhinhos muito vivos. Os bracinhos, abertos, como que oferecem um abraço de ternura a quem entra. Ou pedem um pouco de colo que O alivie da posição em que fica dia e noite. De quando em vez, há uma alma boa que O levanta, O aconchega, O afaga e O beija com carinho e amor. E até chama a atenção dos mais distraídos para a presença do MENINO, que não está entre nós só por estar. Estou mesmo convencido de que o nosso MENINO JESUS está atento ao calor humano com que a família, que há décadas O acolheu, O mimoseia, de maneira especial no Advento. 
Tenho mesmo a certeza de que Ele tem, ano após ano, segredos com que distingue toda a gente de casa e até os amigos da família. Talvez por isso, muitos não resistem a parar junto d´Ele, como quem O escuta com atenção. Estão a ouvi-l’O, certamente, como se ouve alguém da nossa intimidade com muito para contar ou para dizer. Que o nosso MENINO JESUS, pelo que tenho visto, gosta imenso de nos ouvir e de ler o que nos vai na alma. 
No salão, onde o nosso MENINO JESUS está, há vida, que Ele decerto aprecia e compreende. Gente que fala e escuta, gente que ri e discute, gente que conversa sobre coisas sérias e a brincar, gente que partilha sentimentos e emoções, gente que acredita que as comunidades podem ser melhores se todos quiserem e souberem contribuir para isso. 
No Seu íntimo, deve sentir-se feliz por estar connosco, no convívio constante com pessoas de idades diversas, de mentalidades diferentes, com sonhos bem guardados e às vezes comungados, com pessoas que não se deitam sem Lhe dirigirem um simples gesto de ternura e que, de manhã, ao levantar, O vão saudar e acariciar, com um “olá amigo!”, que o é de todas as horas. Há dias, o salão estava barulhento e nada convidativo ao descanso e à meditação.
Propositadamente, desliguei a televisão, para poder pensar e para contemplar o MENINO. E também na esperança de que Ele dormitasse, que os meninos precisam de dormir bastante. O Tóti e a Tita, o cão e a cadela que formam um par feliz, que nem alguns humanos conseguem imitar, estranharam o meu comportamento e procuraram os seus ninhos, onde se acomodaram. A Biju e a Gúti, as gatas, mãe e filha, a primeira mais arisca e fugidia e a segunda mais serena e misteriosa, fixaram-me espantadas, como que questionando-se sobre o porquê da minha atitude. Depois, a Biju quedou-se no parapeito da janela e a Gúti, a tal de ar e olhar misteriosos, aproximou-se, mansamente, do MENINO e ali ficou embevecida, talvez a contemplá-l’O. 
Na gaiola, Quitinho, o canário, deixou os trinados habituais e olhou, inquieto, para tanta calma. Senti, então, quanto o silêncio é importante na vida, para tudo e para todos. Desligados do barulho ensurdecedor que nos rodeia, saberemos encontrar-nos a nós próprios, para depois nos encontrarmos com os outros. E com Deus. 
Pé ante pé, aproximei-me do nosso MENINO JESUS, acariciei-O, e como que notei fixo em mim o Seu olhar, todo ele transbordante de infantil candura e de felicidade contagiante. Mais ainda: pressenti que Ele queria segredar-me um qualquer recado para eu ter em conta. Um recado contra o pessimismo que me domina frequentemente e que me leva a pensar que o mundo está perdido e sem conserto. Porque há guerras sem fim, como sempre houve através do tempo, porque há fome e pobrezas humilhantes, porque há gente que explora gente, porque há falta de amor em tantas vidas, porque há abismos sem fundo entre ricos e pobres, porque há homens e mulheres sem tempo para serem humanos, solidários e tolerantes, porque há pessoas loucas ou a caminho da loucura com o muito que têm e com o mais que ainda querem ter. 
O nosso MENINO JESUS concordou comigo, decerto numa estratégia pedagógica, para logo acrescentar, com uma convicção envolvente e desafiante, que todos podemos alterar este estado de coisas, começando a ser melhores, escutando-O, nos ambientes em que vivemos e trabalhamos. Sorridente, ainda adiantou que o segredo está em seguirmos os milhões e milhões de pessoas que promovem a paz, os milhões e milhões de pessoas que se dão aos outros, partilhando o que têm, os milhões e milhões de pessoas que vivem a alegria e a fraternidade, os milhões e milhões de pessoas que tornam o mundo mais belo, os milhões e milhões de pessoas que lutam pela justiça e pela verdade, os milhões e milhões de pessoas que vivem a simplicidade e promovem a reconciliação, os milhões e milhões de pessoas que pregam e vivem o amor, os milhões e milhões de pessoas que experimentam, no dia-a-dia, a liberdade, os milhões e milhões de pessoas que acreditam e apostam numa sociedade cada vez mais cristã. E eu a pensar que era tudo tão mau, quando, afinal, há imensas coisas boas, gratificantes, respeitadoras e promotoras da dignidade humana. 
Que grande lição me deu o nosso MENINO JESUS, naquele dia em que desliguei a televisão para pensar e para O ouvir, tendo por testemunhas, exclusivamente, o silêncio dos amigos animais de nossa casa. Prometi-Lhe, então, que jamais voltaria a querer ver a aldeia global, em que moramos, tão negra, com nuvens carregadas a escurecerem os hotizontes, acreditando, antes, que o homem novo e novas comunidades só podem brotar de gente com esperança e com coragem para ultrapassar mentalidades anquilosadas, retrógradas e pessimistas, oferecendo a todos testemunhos sãos que vêm da Fonte da Alegria e do Amor que nos ofertou o Deus-Menino, há mais de dois mil anos, e que alguns de nós teimamos em ignorar. Sobretudo, quando O pomos de lado ou apenas a decorar uma qualquer árvore com enfeites natalícios, onde o MENINO é tão-só um deles. 
A caminho do Natal, que é, como muitos ainda sabem, a celebração do mistério do nascimento do nosso Salvador, as catedrais do consumo já estão enfeitadas e preparadas para o desafio de nos fazerem esquecer o essencial, que é a mensagem de ternura que o MENINO nos legou. 
O MENINO, afinal, quer que descubramos nos nossos corações e nos corações dos que nos rodeiam, primeiro que tudo, os fios que tecem as verdadeiras prendas, que estão mais no darmo-nos aos outros do que no darmos somente embrulhos multicoloridos, quantas vezes cheios de nada. E também, que no meio de tanto sofrimento, de ódios, de violências e de escravaturas degradantes da vida humana, é possível descobrir um sentido novo, aberto a novos horizontes e que projecte um futuro melhor, verdadeiramente apoiado na lição sempre renovadora do NATAL DE JESUS CRISTO. 

Fernando Martins

domingo, 26 de dezembro de 2004

Festa da Sagrada Família



Festa da Sagrada Família Celebra-se hoje a Festa da Sagrada Família - Maria, José e Jesus -, que nos é apresentada como modelo e fonte dos valores perenes que devem enformar a vida de todas as famílias. Num mundo marcada pelo secularismo e pela fuga às verdades que o cristianismo nos ofereceu, será sempre útil parar para reflectir sobre o bem que a família pode garantir a todos os seus membros, sempre numa perspectiva de construir uma sociedade mais humana. Os Bispos Portugueses escreveram uma Carta Pastoral -http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=9312 -, intitulada "A Família, esperança da Igreja e do mundo", em Maio de 2004, que tem andado um pouco esquecida. Nela se sublinha que, "Quando o homem chega a este mundo, é a família que o acolhe e é nela que ele aprende a dar os primeiros passos; é na família que ele encontra essa primeira teia de relações que o vão ajudar a desenvolver todas as suas potencialidades pessoais e sociais; é na família que ele toma consciência da sua dignidade e que aprende os valores; é na família que ele se descobre como ser chamado à comunhão e ao amor; é da família que ele parte ao encontro da cidade e é à família que ele regressa em busca da força da comunidade. A família tem, portanto, um papel único e insubstituível na vida e na realização do homem". E na parte final, diz, ainda, que "Aos crentes e a todos os homens de boa vontade, aos responsáveis pelas estruturas do Estado, aos legisladores e a todos aqueles que estão empenhados na construção de um mundo mais fraterno e solidário, a Igreja pede que amem a família e que promovam políticas de protecção da comunidade familiar".


sábado, 25 de dezembro de 2004

MENSAGEM DE NATAL DO PAPA

 Cristo nasceu por nós, vinde adorá-l'O 



Cristo nasceu por nós, vinde adorá-l'O! Vamos para Ti, neste dia solene, doce Menino de Belém, que ao nascer escondeste tua divindade para compartilhar a nossa frágil natureza humana. Iluminados pela fé, Te reconhecemos como verdadeiro Deus encarnado por amor nosso. Tu és o único Redentor do homem! Ante o presépio onde jaz indefeso, que cessem tantas formas de crescente violência, causa de indizíveis sofrimentos; que se apaguem tantos focos de tensão, que correm o risco de gerar conflitos abertos; que se consolide a vontade de buscar soluções pacíficas, respeitadoras das legítimas aspirações dos homens e dos povos. 
Menino de Belém, Profeta da paz, encoraja as iniciativas de diálogo e de reconciliação, apoia os esforços de paz que, ainda que tímidos, mas cheios de esperança, se estão a fazer actualmente por um presente e por um futuro mais sereno para tantos irmãos e irmãs nossos no mundo. Penso na África, na tragédia de Darfur, no Sudão, Na Costa do Marfim e na região dos Grandes Lagos. 
Com grande apreensão acompanho os acontecimentos no Iraque. E como não olhar com ansiedade compartilhada, mas também com inquebrantável confiança, a terra da qual Tu és Filho? Por toda parte se vê a necessidade de paz! Tu, que és o Príncipe da verdadeira paz, ajuda-nos a compreender que a única via para construí-la é fugir horrorizados do mal e buscar sempre e com valentia o bem.
Homens de boa vontade de todos os povos da terra, Vinde com confiança ao presépio do Salvador! «Não tira os reinos humanos quem dá o Reino dos céus.» Vinde para vos encontrardes com Aquele que vem para nos ensinar o caminho da verdade, da paz e do amor.

A Estrela Esperança

"Era uma vez... milhões e milhões de estrelas no céu, havia estrelas de todas as cores: brancas, lilases, prateadas, vermelhas, azuis... Um dia, elas procuraram o Senhor Deus, Todo Poderoso, o Senhor Deus do Universo, e disseram-lhe: ‘Senhor Deus, gostaríamos de viver na terra, entre os homens...’. ‘Assim será feito’, respondeu Deus, que acrescentou: ‘Conservarei todas vocês bem pequeninas como são vistas, e podem descer à terra." 
Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas, algumas aninharam-se nas montanhas, outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a terra escura e triste. — ‘Por que voltaram?’ — perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao céu. — ‘Senhor Deus, não nos foi possível permanecer na terra, lá existe muita miséria, muita desgraça, muita fome, muita violência, muita guerra, muita maldade e muita doença.’ E o Senhor disse-lhes: ‘Claro, o vosso lugar real é aqui no céu, a terra é o lugar do transitório, daquilo que morre e onde nada é perfeito, aqui no céu é o lugar da perfeição, o lugar onde tudo é imutável, onde tudo é eterno, onde nada perece.’ Depois de chegarem todas as estrelas e conferido o seu número, Deus disse: ‘Mas falta uma estrela. Perdeu-se no caminho?’ Um anjo que estava perto respondeu: ‘Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens; ela descobriu que o seu lugar é exactamente onde existe imperfeição, onde há limites, onde as coisas não vão bem.’ — ‘Mas que estrela é essa?’ — voltou Deus a perguntar. E o anjo respondeu: ‘Por coincidência, Senhor, era a única dessa cor. ‘ — ‘E qual é a cor dessa estrela?’ — insistiu Deus. E o anjo disse: ‘A estrela é verde, Senhor, a estrela verde do sentimento de Esperança.’ E quando olharam então para a terra, a estrela já não estava só. A terra estava novamente iluminada, porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa, porque o único sentimento que o homem tem, e Deus não, é a Esperança. Deus já conhece o futuro, e a Esperança é própria da natureza humana, própria daquele que caiu, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que ainda não sabe como será seu futuro. Vamos fazer a estrela verde que temos dentro de nós brilhar cada vez mais e sempre.”

In site judaico

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

PARA UM NATAL COM FUTURO

Decálogo para o Natal 

Natal é alegria

Se tens tristeza, alegra-te! O Natal é alegria. 
Se tens inimigos, reconcilia-te! O Natal é paz. 
Se tens amigos, busca-os! O Natal é encontro. 
Se tens pobres ao teu lado, ajuda-os! O Natal é dádiva. 
Se tens soberba, sepulta-a! O Natal é humildade. 
Se tens pecados, converte-te! O Natal é vida nova. 
Se tens trevas, acende a tua lâmpada! O Natal é luz. 
Se vives na mentira, reflecte! O Natal é verdade. 
Se tens ódio, esquece-o! O Natal é amor. 
Se tens fé, partilha-a! O Natal é Deus connosco.

Sagrada Família


Que a Sagrada Família nos ajude a transmitir, sobretudo aos mais novos, sentimentos de paz e de amor a todos os que nos cercam. 

SANTO NATAL

Formulo votos de Santo Natal a todos quantos me lerem, ao mesmo tempo que manifesto o desejo de que saibamos transmitir, aos que enchem os nossos corações e as nossas vidas, e a quantos nos cercam no dia-a-dia, as heranças de paz, amor e harmonia que recebemos dos que mais nos amaram. Fernando Martins

quinta-feira, 23 de dezembro de 2004

NATAL - 7

Origens do Natal 

Os primeiros dados históricos relativos à festa do nascimento de Jesus Cristo remontam ao ano 336, em Roma. A eles estão ligados dois acontecimentos determinantes: o Édito de Milão, em 313, pelo qual o imperador romano Constantino deu liberdade de culto aos cristãos, e a existência de uma festa pagã, iniciado por Aureliano, no ano de 274, a 25 de Dezembro, em que, por ocasião do solstício de Inverno, se divinizava o sol, comemorando-se o seu “nascimento”.
Na Igreja do Oriente, o Natal, como manifestação ou “Epifania” de Jesus, celebra-se no dia 6 de Janeiro. A solenidade da Epifania passou para o ocidente nos finais do séc. IV, pretendendo-se celebrar a vinda dos magos, a consequente manifestação de Jesus Cristo como senhor de todos os povos, luz do mundo.Os textos biblicos não especificam o dia ou mês do nascimento de Jesus. Segundo a tradição captada por São Lucas (2,4-7), o nascimento de Jesus aconteceu em Belém de Judá, a terra do rei David, de cuja linhagem era José, o esposo de Maria.
O nascimento terá ocorrido no ano 6 ou 7 a.C. O início da era cristã, fixado por Dionísio, o Exíguo (c. sécs. V-VI), foi mal calculado, pois o rei Herodes morreu no ano 4 a.C. Com São Leão Magno, o Papa do concílio de Calcedónia, deu-se a essa solenidade o fundamento teológico, definindo-a como "sacramentum nativitatis Christi" para indicar seu valor salvífico.
Liturgicamente, a Solenidade é caracterizada por três missas: a da Meia-Noite ou do Galo ("ad noctem" ou "ad galli cantum"), que remonta, parece, ao papa Sisto III, por ocasião da reconstrução da basílica liberiana no Esquilino (Santa Maria Maior), depois do concílio de Éfeso, em 431; a da Aurora ("in aurora"), originariamente em honra de Santa Anastácia, que tinha um culto celebrado com solenidade em Roma no século VI e, na liturgia actual, conserva ainda uma oração de comemoração; a do Dia ("in die"), a que primeiro foi instituída, no séc. IV.
A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II confirma a estrutura desse tempo, que vai das primeiras Vésperas do Natal até o Domingo que se segue à Epifania. Enriqueceram-se os textos litúrgicos das celebrações e inseriu-se a missa vespertina da vigília; solenizou-se a maternidade divina de Maria, bem como o baptismo de Jesus.
O tempo de Natal celebra a vinda de Jesus, o Filho de Deus, e a sua manifestação aos homens. Com o seu centro no Natal (25 de Dezembro), compreende as festas da Sagrada Família (Domingo após o Natal, ou, se este não ocorrer, a 30 de Dezembro); a de Santa Maria, Mãe de Deus, a 1 de janeiro; a Solenidade da Epifania do Senhor, a 6 de Janeiro, ou no Domingo que ocorre entre os dias 2 e 8 de Janeiro. 
O tempo de Natal termina com a festa do Baptismo do Senhor, no Domingo após a Epifania, ou, se esta coincide com o dia 7 ou 8 de Janeiro, na segunda-feira seguinte.Têm também lugar a celebração das festas de S. Estêvão, S. João evangelista e dos Santos Inocentes respectivamente a 26, 27 e 28 de Dezembro, dentro da oitava do Natal, que vai do dia 26 até 1 de Janeiro, Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, dia mundial da paz.Em redor da liturgia de Natal formou-se, ao longo dos séculos, uma série de costumes populares que contribuíram para criar um ambiente festivo na intimidade das famílias e nas ruas das aldeias e cidades...

 In Agência Ecclesia

quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

JOVENS DE TAIZÉ EM LISBOA

Jovens de Taizé em encontro europeu

Em Lisboa, de 28 de Dezembro a 1 de Janeiro, vai ter lugar o 27º Encontro Europeu de Jovens de Taizé. Serão três dias de oração, reflexão, partilha e debate de temas de importância para a construção de uma sociedade mais humana. Neste encontro, participam jovens de toda a Europa, esperando-se a presença empenhada de cerca de 50 mil, fundamentalmente cristãos de várias denominações. Os jovens vão ser, na sua grande maioria, acolhidos por famílias de Lisboa e arredores, num verdadeiro espírito ecuménico. Os momentos de oração serão seguidos de encontros abertos a todos os interessados, versando temas sobre religião, cultura, economia, entre outros, ao mesmo tempo que oferecem uma boa oportunidade aos participantes para fortalecerem a sua personalidade, com vista a um futuro melhor. Para mais informações: 

www.taize.fr/pt

NATAL - 6

Miguel Torga 




  ESTRELA DO OCIDENTE 

Por teus olhos acesos de inocência 
Me vou guiando agora, que anoitece. 
Rei Mago que procura e desconhece 
O caminho. 
Sigo aquele que adivinho 
Anunciado 
Nessa luz só de luz adivinhada,
Infância humana, humana madrugada. 
Presépio é qualquer berço 
Onde a nudez do mundo tem calor 
E o amor 
Recomeça.
Leva-me, pois, depressa, 
Através do deserto desta vida, 
À Belém prometida... 
Ou és tu a promessa?

terça-feira, 21 de dezembro de 2004

PRESTIGIAR A POLÍTICA


Prestigiar a política, uma urgência de hoje. António Marcelino Ouve-se, a torto e a direito, que a política entre nós está pelas ruas da amargura. De mistura com tal modo de dizer e de pensar, vêm os comentários, poucas vezes abonatórios, aos que se dedicam à acção política, sem o cuidado de não generalizar uma crítica negativa, pois ainda há gente séria e capaz que aceita estar em primeiro plano, por dedicação à causa pública. 
Não raras vezes o faz, com prejuízo da vida pessoal, familiar e profissional e sujeitando-se, sem necessidade, a ser vítima de arma de arremesso, gesto fácil de muitos que apenas olham aos seus interesses.
Esta situação traz desafios a quem preza a sua condição de cidadão consciente e não quer ficar em lamentações e protestos, dado que a política, como a entende, se deve considerar uma actividade necessária e, por isso mesmo, indispensável e nas mãos de gente digna, com valores e princípios. 
O que se pede é que todos contribuam para a dignificação da acção política, estimulando o empenhamento dos que a podem realizar, com dedicação e competência, olhando o bem de todos e denunciando os que, dentro ou fora, contribuem para a sua degradação. 
Há que agir, por isso, ponderadamente, na hora da escolha dos candidatos e intervenientes, provocando debate sobre as pessoas e as coisas essenciais, não se quedando a ver o que acontece, mas contribuindo para que aconteça o melhor. Melhor será sempre o que tiver no horizonte das preocupações e das decisões o bem de todos, traduzido na promoção e satisfação dos direitos humanos fundamentais; no respeito pela dignidade da pessoa, da família e da natureza criada; no reconhecimento dos valores éticos e morais; na estima pela cultura e pela legítima e sã tradição; na defesa activa da vida humana, da saúde, da liberdade, da justiça, da paz e da igualdade de direitos e deveres; no respeito pela democracia, suas exigências e construção harmónica e pelas legítimas e possíveis aspirações das pessoas e das populações; no diálogo sereno e aberto com todos; na liberdade interior, em relação a pessoas e grupos, que permita decidir e agir a favor do bem comum, sem prisão a interesses nem pressões de clientelas. É possível expressar tudo isto, com seriedade e sem demagogias, em projectos políticos concretos, e realizá-lo, com tempo e persistência, de modo programado e sem atropelos evitáveis.
O povo, se tem o dever de não se omitir na participação que lhe compete, tem também direito a que se lhe fale claro, sem subterfúgios nem palavras que emocionam, mas pouco ou nada esclarecem. “Forcemos os partidos a porem o acento da sua intervenção na qualidade das propostas, na competência e dignidade das pessoas e não apenas nos discursos que o ambiente de campanha habitualmente inflama”, assim dizem os bispos portugueses. É esta uma palavra responsável que pode, desde agora, ajudar a dignificar a política já na próxima campanha eleitoral. 


Texto do Bispo de Aveiro, publicado no Correio do Vouga

VIDA HUMANA

A vertigem na investigação do início da vida humana Em artigo publicado na ECCLESIA, intitulado “A vertigem na investigação do início da vida humana”, o Doutor Alexandre Laureano Santos, Consultor da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais, afirma que “Os progressos da investigação científica e as suas aplicações práticas devem privilegiar o respeito pelo ser humano relativamente aos objectivos e às motivações da ciência e da sociedade, segundo o princípio do primado ético do ser humano em todas as circunstâncias, sobretudo naquelas em que a própria vida pode estar em questão. 
Quando os interesses de uns e outros colidam, deve existir inequivocamente o primado da vida humana sobre todos os valores e interesses. Assim, todo o embrião humano tem o direito às condições do seu desenvolvimento. Os embriões originados in vitro, não obstante as eventuais reservas e limitações que possam colocar-se quanto às circunstâncias e mesmo à legitimidade da sua criação, deverão integrar-se num projecto parental e poder fazer parte de uma família. Em circunstância alguma poderão criar-se embriões humanos destinados à investigação”. 
Um artigo a ler, pela sua pertinência.

Natal


Bom momento para que saibamos e queiramos oferecer
o MENINO-DEUS aos nossos filhos e netos.

Votos de Natal

Voto de Natal 

Acenda-se de novo o Presépio no Mundo! 
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos! 
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos. 

E a corrida que siga, o facho não se apague! 
Eu aperto no peito uma rosa de cinza. 
Dai-me o brando calor da vossa ingenuidade,
para sentir no peito a rosa reflorida!

Filhos, as vossas mãos! E a solidão estremece, 
como a casca do ovo ao latejar-lhe vida... 
Mas a noite infinita enfrenta a vida breve: 
dentro de mim não sei qual é que se eterniza. 

Extinga-se o rumor, dissipem-se os fantasmas! 
Ó calor destas mãos nos meus dedos tão frios! 
Acende-se de novo o presépio nas almas. 
Acende-se Jesus nos olhos dos meus filhos. 

David Mourão-Ferreira

In Cancioneiro de Natal

AVEIRO DIGITAL

Partilha pela Internet Ontem, no Parque de Feiras e Exposições de Aveiro, foram aprovados 32 novos projectos, no âmbito do Programa Aveiro Digital. Trata-se de um investimento de 3,74 milhões de euros. Com estes projectos, são já 78 os que servem a área da AMRia, suporte da Aveiro Digital, o que corresponde a um investimento de 22 milhões de euros. Todos os projecto abrangem sectores tão diversos como a cultura, a educação e o ensino, o lazer, a formação, o social e a solidariedade, servindo populações, escolas de vários graus de ensino, em especial a comunidade Universitária, serviços de Saúde, autarquias, empresas, instituições de cultura e recreio, Misericórdias e IPSS (Institituições Particulares de Solidariedade Social). No fundo, vão proporcionar a aproximação de pessoas e instituições, vão dinamizar a partilha de saberes e bens, vão favorecer a troca de experiências, vão tornar público o que temos e o que nos faz falta e vão servir de estímulo a novas iniciativas, tudo para enriquecimento das nossas comunidades e pessoas, que ficam mais abertas ao mundo. Urge, porém, que não fiquemos apenas a ouvir falar destas novas tecnologias, mas que as saibamos aproveitar, utilizando-as com regularidade.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Natal



O grande desafio do Natal está 
em o prolongarmos por todos os dias do ano. 

NATAL



NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 

"Cinco mil cento e noventa anos depois da criação do mundo, ao tempo em que Deus tirou do nada o céu e a terra; Dois mil novecentos e cinquenta e sete anos depois do dilúvio; Dois mil e quinze anos depois do nascimento de Abraão; Mil quinhentos e dez anos depois de Moisés e do povo de Israel fugirem do Egipto; Mil e trinta e dois anos depois da sagração do rei David; No sexagésimo quinto dos anos preditos pelo profeta Daniel; Na centésima nonagésima quarta Olimpíada; No centésimo quinquagésimo segundo ano da fundação de Roma; E no ano quadragésimo segundo do Império de Octávio Augusto. Gozando todo o universo de Paz, na sexta idade do mundo, JESUS CRISTO, Deus Eterno e Filho do Pai Eterno, querendo santificar o mundo com a Sua vinda misericordiosa, foi concebido pelo Espírito Santo, e, depois de passarem nove meses sobre a sua concepção, NASCEU EM BELÉM DE JUDÁ FEITO HOMEM DA VIRGEM MARIA.

Do Martirológio Romano

O melhor dia



O melhor dia poderá começar com a ternura com que apreciamos uma flor.

PARA PENSAR

Perguntas com respostas 

 O dia mais belo? Hoje. 
O maior obstáculo? O medo.
A coisa mais difícil? Equivocar-se. 
A raiz de todos os males? O egoísmo. 
A pior derrota? O desalento. 
O maior mistério? A morte. 
O pior defeito? O mau humor. 
A pessoa mais perigosa? A mentirosa. 
O pior sentimento? O rancor.
O presente mais belo? O perdão. 
A força mais poderosa do mundo? A fé. 
A coisa mais bela do mundo? 
O AMOR. 

 (Revista Síntese)

domingo, 19 de dezembro de 2004

Para fugir ao stresse

Boca da Barra de Aveiro


Para fugir ao stresse: Se estiver metido em casa, com a carga às costas do stresse do dia-a-dia, o melhor é procurar as paisagens purificadoras que o mar nos oferece. No Forte da Barra, as vistas são deslumbrantes e esperam por si...

Casa do Gaiato



Na Casa do Gaiato, a educação passa pelo estudo, pelo convívio com "irmãos" de diversas idades, pelo lazer sadio, pela respeito pela liberdade de cada um, pelo trabalho no dia-a-dia da família. Isto tudo, tendo em conta as dificuldades próprias de quem veio da Rua, sem hábitos de trabalho e de educação, sem noções de solidariedade e de vida organizada. 

CASA DO GAIATO

O importante é sabermos dar as mãos 

Uma auditoria da Segurança Social denunciou eventuais situações menos agradáveis na Casa do Gaiato, a célebre Obra da Rua que o saudoso padre Américo criou para acolher crianças e rapazes marginalizados. 
A auditoria foi implacável e chegou ao extremo de propor a retirada imediata das crianças e jovens para outras instituições. Os protestos não se fizeram esperar e daí à mobilização de gente para apoiar a Casa do Gaiato, que cuida, presentemente, nas diversas casas do País, cerca de 500 jovens, foi um ápice. 
Segundo diz o diário PÚBLICO (http://jornal.publico.pt/2004/12/19/Sociedade/S20.html), na sua edição de hoje, Zita Seabra, representante da futura Liga dos Amigos daquela instituição, frisou, em visita que fez àquela Obra: “Não incomodem e não estraguem a Casa do Gaiato.” 
Um grupo de personalidades, nomeadamente Agustina Bessa-Luís, Rosa Mota, Maria João Avillez, Marcelo Rebelo de Sousa, Carlos Queiroz, Nuno Grande e a própria Zita Seabra, deram já a cara pela Casa do Gaiato, no sentido de mobilizarem boas vontades para que a Obra do Pai Américo seja respeitada e dignificada, melhorando o que for de melhorar, para que continue a ser, como sempre foi, uma casa aberta para acolher quem precisa e para deixar sair quem prefere a rua e a marginalidade. Neste caso, como noutros, de nada valem as críticas, se não dermos passos, pela positiva, para ajudar os que precisam. No Natal e fora dele.

sábado, 18 de dezembro de 2004

Porto de Pesca de Aveiro



O Estudo de Impacte Ambiental relativo à construção da ligação ferroviária à área portuária já foi aprovado. Isto significa que há luz verde para a concretização do projecto, que passará a ser uma mais-valia para o desenvolvimento do Porto de Aveiro.

Presépio


NATAL - 3

José Régio Litania de Natal A noite fora longa, escura, fria. Ai noites de Natal que dáveis luz, Que sombra dessa luz nos alumia? Vim a mim dum mau sono, e disse: “Meu Jesus...” Sem bem saber, sequer, por que o dizia. E o Anjo do Senhor: “Ave, Maria!” Na cama em que jazia, De joelhos me pus E as mãos erguia. Comigo repetia: “Meu Jesus...” Que então me recordei do santo dia. E o Anjo do Senhor: “Ave, Maria!” Ai dias de Natal a transbordar de luz, Onde a vossa alegria? Todo o dia eu gemia: “Meu Jesus...” E a tarde descaiu, lenta e sombria. E o Anjo do Senhor: “Ave, Maria!” De novo a noite, longa, escura e fria, Sobre a terra caiu, como um capuz Que a engolia. Deitando-me de novo, eu disse: “Meu Jesus...” E assim, mais uma vez, Jesus nascia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

ELEIÇÕES À PORTA

No dia 20 de Fevereiro, os portugueses vão ser chamados, mais uma vez, a votar para as Legislativas, por força da dissolução da Assembleia da República pelo Presidente Jorge Sampaio. Com a dissolução da Assembleia, caiu logicamente o Governo e é preciso restabelecer o regular funcionamento das instituições democráticas, quanto antes, para se evitar o caos. Não vale a pena ficarmos a lamentar ou a aplaudir o que aconteceu, acusando o Governo ou aceitando a decisão do Presidente da República, porque o mais importante é entrarmos na campanha eleitoral que se avizinha, ou já começou, fundamentalmente para estruturarmos a nossa opção em favor de um ou de outro Partido Político. E isso não se faz com comodismos, tão ao nosso jeito, nem com o respeito cego por qualquer Partido. Se olharmos para os programas eleitorais que já começaram a ser delineados, é certo e sabido que encontramos em todos eles muitos pontos positivos que estariam na base da recuperação da nossa depauperada economia, da erradicação da pobreza, da diminuição do desemprego, enfim, da estabilidade social. Urge, sobretudo, por isso, tentar conseguir descortinar, do sem-número de propostas quer vão ser anunciadas com grandes parangonas, onde está a verdade e onde começa a demagogia enganadora. Não podemos cair no erro de votar por votar, por simples simpatia partidária, porque Portugal não pode andar eternamente ao sabor da maré e dos gostos insensatos de muitos políticos profissionais. Há que ver bem quem são os candidatos que se perfilam e tentar perceber se são gente com princípios ou meros funcionários dos Partidos, fazendo só o que os chefes ordenam. Ouvir o que se diz e como se diz, ler analistas ponderados e conversar com gente sensata poderá ser o ponto de partida para começarmos a estruturar as nossas opções. Do nosso voto, livre e responsável, poderá depender um Governo que nos governe, tendo em conta, sempre, os portugueses mais desprotegidos.

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro

Natal de Cristo, Natal de todos e de cada dia! Senhor, quero participar da alegria do Teu Natal, do amor enternecido da Tua Mãe, do cuidado extremoso de José, da alegria esfusiante dos anjos,da admiração jubilosa e simples dos pastores, da procura ansiosa dos magos! Senhor, quero alegrar-me, profundamente, com todos os que, de qualquer modo, festejam o Teu Natal; com todas as famílias que se reúnem, porque Te recordam; com todos os que, ao longe, doídos de saudade, cantam os hinos e saboreiam os mimos do Natal da sua terra; com as crianças, os doentes, os presos, os idosos, os sem casa nem família, agora todos mais recordados, porque Tu nascestes e estás connosco! Senhor, acredito, com serenidade, que a força do mistério que Tu encerras, o fascínio irresistível que despertas, a paz interior que suscitas, a pureza de sentimentos que inspiras, a certeza profunda que enraízas nos corações, um dia serão determinantes, para que o Teu Natal, longe do consumismo que anestesia e massifica, seja, na nossa sociedade, Natal de todos, para todos, todos os dias. Natal de contemplação e gratidão, mais que de barulho dispersivo, de amor diário, mútuo e partilhado, mais que de gestos vazios e fugazes! O Teu Natal, Senhor, é o abraço definitivo, histórico e universal, caloroso e confiante, que dás aos homens e mulheres de cada tempo! É a certeza, nunca desmentida, de que, para Ti, todos somos iguais! A notícia jubilosa de que o amor e a paz um dia vencerão, e “sermos irmãos” não é sonho, nem fantasia, mas realidade a construir, projecto final e único, dos que Te conhecem e Te seguem. Natal do Filho de Deus! Natal de todos e Natal de cada dia! Alegria profunda de me sentir, também eu, um irmão universal! É esse o Natal que me alegra e quero ajudar a construir! Porque acredito, Senhor, que é esse, e só esse, o Teu Natal! Natal de 2004 António Marcelino, Bispo de Aveiro

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz

João Paulo II contra a violência e a favor dos mais pobres Na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz, que se celebra no primeiro de Janeiro, o Papa João Paulo II condena o recurso à violência para solucionar os conflitos internacionais e chama a atenção para os dramas do terrorismo, para as guerras em África e para a situação na Palestina, ao mesmo tempo que lança um apelo a favor de uma mobilização global em prol dos mais pobres. A Mensagem, publicada hoje sob o tema “Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com o bem”, sublinha que, “para conseguir o bem da paz é necessário afirmar, com consciente lucidez, que a violência é um mal inaceitável e que nunca resolve os problemas”. Ao analisar a situação do mundo, o Papa aponta o dedo a “numerosas manifestações sociais e políticas” do mal, nomeadamente a desordem social, a anarquia, a guerra, a injustiça e a violência contra o outro. “Como não pensar no amado Continente Africano, onde perduram conflitos que ceifaram e continuam a ceifar milhões de vítimas? Como não evocar a perigosa situação da Palestina, a Terra de Jesus, onde não se conseguem enlaçar, na verdade e na justiça, os fios da mútua compreensão rompidos por um conflito que, de dia para dia, atentados e vinganças alimentam de maneira preocupante? E que dizer do trágico fenómeno da violência terrorista que parece impelir o mundo inteiro para um futuro de medo e de angústia? Enfim, como não constatar com amargura que o drama iraquiano se prolonga, infelizmente, em situações de incerteza e de insegurança para todos?”, interroga-se João Paulo II. O Papa frisa que o “O drama da pobreza está estreitamente ligado também com a questão da dívida externa dos países pobres. Não obstante os significativos progressos alcançados até agora, a questão ainda não encontrou uma solução adequada”, lamenta. E acrescenta: “Torna-se imperiosamente necessária uma mobilização moral e económica que seja, por um lado, respeitadora dos acordos assumidos em prol dos países pobres, mas, por outro, disposta a rever os acordos que a experiência tenha demonstrado excessivamente onerosos para certos países.”

UM LIVRO DE VEZ EM QUANDO

Um livro de Anselmo Borges 
“Religião — Opressão ou Libertação?” 

Acabei de ler um livro de Anselmo Borges — Religião – Opressão ou Libertação? — que me deliciou. Veio na sequência de um outro de sua autoria — Janela do (in)visível — que Frei Bento Domingues havia classificado no PÚBLICO como “a obra portuguesa de reflexão filosófica, teológica e espiritual mais estimulante e original dos últimos anos”. 
Escusado será dizer que o li num ápice, por tão oportunas e elevadas serem as considerações e partilhas do autor, que é também um padre da Sociedade Missionária e docente de Filosofia (Antropologia Filosófica e Filosofia da Religião) na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 
Os textos, que fazem parte destes dois livros de Anselmo Borges, resultam da sua colaboração no programa “Como se visse o invisível”, da TSF. Cada tema não excede duas simples páginas e é, quase sempre, um manancial de informação e de sugestões de outras leituras.
O primeiro capítulo aborda assuntos “Sobre o homem, a ética e a morte” e o segundo “Sobre a esperança, a religião e Deus”. São, no fundo, textos de que todos falamos e que procuram ajudar-nos a descobrir respostas para muitas inquietações humanas, sem deixarem de propor caminhos de vida com sentido positivo.
Para Frei Bento Domingues, conhecido teólogo e colunista do PÚBLICO, que prefacia a obra, este livro de Anselmo Borges tem a vocação de “Iniciar-nos na arte difícil de ver o que se vê. Ajudar-nos a descobrir, no coração da realidade multifacetada, nos fragmentos da experiência humana, no deslumbramento do mundo, os fios que nos ligam à Fonte da alegria e, no meio do sofrimento e perante o abismo da morte, a escutar o apelo da vida”.

Cristo é o seu Menino


 Jean-Paul Sartre, o filósofo ateu, enviou do seu cativeiro aos padres que admirava uma meditação sobre a pintura que gostaria fazer do Natal. 

Aqui fica a minha imperfeita tradução: 

"A Virgem está pálida e olha para o menino. O que seria necessário pintar neste rosto é um encantamento ansioso que não apareceu senão uma vez sobre uma figura humana. Porque Cristo é o seu menino: a carne da sua carne, o fruto das suas entranhas. Cresceu nela durante nove meses e dar-lhe-á o seu seio (...) e, por momentos, a tentação é tão forte que ela esquece que ele é Deus. Aperta-o nos seus braços e diz: 'Meu pequenino.’ "Mas noutros momentos ela suspende esse movimento e pensa: Deus está aqui. E fica possuída pelo horror religioso, por este Deus mudo, por esta criança terrificante. Todas as mães ficam assim suspensas, por um momento, diante deste fragmento rebelde da sua carne que é o seu filho, sentem-se em exílio diante desta vida nova que se faz a partir da sua e habitadas por pensamentos estranhos. Nenhuma criança, porém, foi tão cruelmente e tão rapidamente arrancada à mãe: aquela criança é Deus e ultrapassa sempre tudo o que Maria possa imaginar. "Penso que também há momentos, rápidos e fugidios, nos quais ela sente, ao mesmo tempo, que Cristo é seu filho e que ele é Deus. Ao olhar para ele, pensa: este Deus é meu menino. Esta carne divina é a minha carne. Ele é feito de mim, tem os meus olhos e esta forma da sua boca é a forma da minha. Parece-se comigo. Ele é Deus e parece-se comigo. "Nenhuma mulher teve, desse modo, o seu Deus só para ela, um Deus pequenino que se pode tomar nos braços e cobri-lo de beijos, um Deus quentinho que sorri e que respira, um Deus que se pode tocar e que ri! É num destes momentos que eu pintaria Maria, se fosse pintor." 

 Texto de Frei Bento Domingues
publicado no PÚBLICO
no Natal de 2003

NB: Durante o Advento, continuarei a oferecer textos sobre o Natal, de que gostei particularmente.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

Ouro da UA para Bispo de Aveiro

A Universidade de Aveiro (UA), nas comemorações do seu 31º aniversário, atribuiu ao bispo aveirense, D. António Marcelino, a primeira Medalha de Ouro da instituição. O galardão será entregue na próxima sexta-feira, dia 17, em cerimónia pública que terá lugar naquela Escola Superior.
D. António Marcelino será distinguido pela sua acção em favor da UA e da região, ao longo dos anos em que tem desempenhado a sua missão pastoral, paralelamente com uma invulgar intervenção em favor dos mais desfavorecidos. 
O Papa João Paulo II nomeou D. António para Bispo Coadjutor de Aveiro em 1980, sucedendo a D. Manuel de Almeida Trindade em 20 de Janeiro de 1988. Em sinal de reconhecimento pelos seus méritos, o Presidente da República, Jorge Sampaio, concedeu-lhe, em 2000, quando comemorou os 25 anos da sua ordenação episcopal, a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
Um ano depois, Alberto Souto atribuiu-lhe a Medalha de Ouro de Mérito Municipal. Quem conhece, como eu conheço, o Bispo aveirense, não pode deixar de se congratular com esta distinção da UA. De facto, D. António Marcelino tem sido um exemplo completo de homem de fé e de Bispo que todo se dá à causa da difusão da Boa Nova, alicerce do Reino de Deus que tem de começar entre nós e connosco. 
Atento aos valores perenes que a Igreja propõe para os tempos de hoje e de sempre, o Bispo de Aveiro é um incansável defensor dos interesses dos mais desprotegidos e lutador determinado em prol da justiça, da verdade, da liberdade e de um mundo mais fraterno.

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

Bispos portugueses e a situação política


Admitindo a delicadeza do actual momento político que Portugal atravessa, os bispos portugueses, através do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, lembram que “o progresso do País precisa do empenhamento generoso de todos, da renúncia a egoísmos pessoais ou grupais, da competência dos agentes económicos, culturais e sociais”. E sublinham, no seu comunicado, publicado hoje, que, “empenhar-se na construção da comunidade nacional é, para os cristãos, uma forma de exprimirem a sua fidelidade cristã”. 
O Conselho Permanente adianta que a etapa democrática que agora começa “não pode limitar-se a resolver uma crise política, mas deve enfrentar, com serenidade e lucidez, os problemas de fundo do País, apresentando para eles soluções credíveis e viáveis”. Refere que “é urgente criar uma onda de fundo de entusiasmo por Portugal, em que as legítimas diferenças se transformem em riqueza e não em obstáculo”. 
Os bispos portugueses apelam a uma participação responsável de todos e frisam que “só tem direito de criticar e denunciar quem se empenha generosamente na busca de soluções”. Por outro lado, recordam que na campanha eleitoral que se aproxima “temos todos o dever de nos esclarecermos criteriosamente, passando para além do discurso eleitoralista e apreciando as soluções objectivas que nos são propostas para o Governo da Nação”. 
Para tal, “importa avaliar da sua justiça, da sua viabilidade, da sua consonância com os princípios da dignidade humana, do respeito pela vida, da dimensão social que todas as políticas devem ter”. No comunicado pode ler-se um apelo a que não deixemos o futuro do nosso País “só nas mãos dos políticos profissionais”, ajudando-os “com a nossa consciência crítica e com a nossa escolha responsável”. E diz mais: “A nossa convivência democrática aprofundar-se-á qualitativamente se votarmos em propostas, mais do que em partidos, motivados pela esperança objectiva que essas propostas suscitam e não tanto pela nossa tradicional simpatia partidária.”

Natal

Neste NATAL 

 “Neste Natal quero armar uma árvore
dentro do meu coração
E nela pendurar, em vez de presentes,
Os nomes de todos os meus amigos.
 Os amigos antigos e os mais recentes.
Os amigos de longe e os amigos de perto.
Os que vejo em cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que sem querer eu magoei ou sem querer me magoaram.
Os meus amigos humildes e os meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Muito especialmente aqueles que já partiram
e de quem me lembro com tanta saudade.
Que o Natal
permaneça vivo em cada dia do ano novo.
E que a nossa amizade seja sempre uma fonte de luz e paz
em todas as lutas da vida.”

 De autor desconhecido;
publicado na Revista Xis,
no Natal de 2003

Propósito

O meu propósito, a partir de hoje e neste espaço, situa-se na linha dos que apostam, no dia a dia, num mundo muito melhor. Não simplesmente pelo protesto, que será sempre a via mais fácil e menos estimulante, mas fundamentalmente pela defesa do bem, do belo, dos afetos, em suma, dos valores que enformam a nossa civilização.
Pela Positiva vai ser o meu lema de todos os dias, quer na análise dos mais diversos acontecimentos, quer pela divulgação do que vou lendo, quer pela defesa do que vou refletindo, quer, ainda, pela partilha de gestos, porventura ignorados ou marginalizados, que são matriz de uma sociedade mais justa e mais fraterna. De bom grado se aceitam sugestões, desde que venham pela positiva. 

 Fernando Martins