segunda-feira, 30 de maio de 2005

RECONCILIAÇÃO entre cristãos

O presidente do Conselho Pontifício para a promoção da Unidade dos Cristãos propôs aos Ortodoxos um sínodo de reconciliação e, juntamente com os filhos da Reforma Protestante, uma aliança a favor da redescoberta das raízes cristãs. O Cardeal Walter Kasper fez estas propostas no Congresso Eucarístico Nacional Italiano, que decorreu em Bari. No início da sua intervenção, o cardeal alemão recordou que, em Bari, “cidade ponte entre Ocidente e Oriente, lugar do túmulo de São Nicolau, o santo da caridade reconciliadora, venerado tanto no Oriente como no Ocidente”, teve lugar em 1098 um sínodo de bispos gregos e latinos. “Por que não esperar que aqui, em Bari, mil anos depois do sínodo de 1098, em 2098 (e por que não antes?), possamos celebrar de novo um sínodo de bispos gregos e latinos, um sínodo de reconciliação?”, perguntou. O novo pontificado de Bento XVI, assegurou, “deu-nos a esperança de que estas expectativas não são utopias”. “Esperamos de coração, e eu estou profundamente convencido de que, depois dos grandes esforços e dos importantes passos de João Paulo II, o novo Papa Bento XVI aplane e abra o caminho para uma perspectiva assim”, acrescentou. O Cardeal Kasper reconheceu que ortodoxos e católicos “são herdeiros da cultura europeia comum e têm os mesmos valores éticos que são fundamentais para o bem das nossas sociedades e para os seus homens”. Nesse sentido, apontou como próximo passo, rumo à plena comunhão, a formação de “uma aliança a favor da redescoberta das raízes cristãs da Europa”. “Uma aliança – indicou – para nos ajudarmos mutuamente a favor dos valores comuns e de uma cultura da vida, da dignidade da pessoa, da solidariedade e da justiça social, pela paz e pela salvaguarda da criação”. O Cardeal Kasper abordou ainda a questão do ministério petrino (do Bispo de Roma), que constitui uma das dificuldades para o avanço do ecumenismo. “Por que não reflectir juntos sobre uma osmose entre o princípio de sinodalidade e o de colegialidade e o princípio petrino, que, precisamente nas semanas passadas, mostrou a sua força espiritual?”, desafiou. Fonte: ECCLESIA

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