terça-feira, 23 de agosto de 2005

A Igreja e o Mundo podem contar com os Jovens

  


As pessoas minimamente informadas, crentes ou não crentes, souberam das Jornadas Mundiais da Juventude que se realizaram na cidade de Colónia, na Alemanha, na semana passada. O encerramento aconteceu no domingo, com a participação de um milhão de jovens de 200 países. 
Católicos e de outras confissões cristãs, mas também de outras religiões, quiseram experimentar, no concreto, a universalidade da Igreja e a intemporalidade da Mensagem de Cristo, unindo-se para reflectir, rezar e escutar o novo Papa Bento XVI, num ambiente de saudável e contagiante alegria. E quando muitos temiam que a falta do carismático João Paulo II poderia causar um rombo forte no entusiasmo dos jovens de todo o mundo, face ao tímido Bento XVI, eis que a juventude mostrou, à saciedade, que foi capaz de se aproximar do novo Papa, com a mesma alegria e com a mesma convicção com que acorria ao encontro do Papa velhinho, alquebrado pelos anos e pelas doenças, mas com um sorriso terno e amigo que cativava tudo e todos. 
Afinal, os que têm pregado a morte de Deus nas novas sociedades, tão cheias de materialismo e despidas de espiritualidade, enganaram-se. Deus, realmente, continua no meio dos homens e mulheres de boa vontade do nosso tempo, decerto por formas diferentes das sentidas pelas gerações que nos precederam, mas continua. Promove generosidades, alimenta fraternidades, sugere o bem e o belo, indica caminhos de justiça e de verdade, conduz à paz e ao amor. 
As muitas centenas de milhares de jovens disseram, no domingo, a quantos os quiseram ver e ouvir, no centro de uma Europa secularizada e à espera de uma recristianização que tarda, que a Igreja e o mundo podem e devem contar com eles.

Fernando Martins

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