quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Um texto de António Pinheiro



2005 – o ano em revista Janeiro


: 2005 iniciou-se com a celebração do XXXVIII Dia Mundial da Paz, à volta do tema “Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com bem”. Neste ano assinalavam-se os 60 anos da libertação dos prisioneiros dos campos de concentração de Auschwitz e, mais adiante, os 40 anos da promulgação da declaração Nostra aetate que, de facto, abriu caminho ao diálogo entre judeus e católicos. O Papa não podia deixar de sublinhar os dois aniversários: fá-lo publicando uma mensagem. Fevereiro 


: No início deste mês começou a dramática sequência que em menos de noventa dias levaria à morte de Karol Wojtyla, e à eleição de Bento XVI, absorvendo, praticamente, toda a actividade da Santa Sé. Entre os dois internamentos de João Paulo II, é publicada a carta apostólica «O rápido desenvolvimento» que celebra, o 40º aniversário do decreto conciliar Inter Mirifica, dedicado aos meios de comunicação social. O mês regista também a morte de duas personalidades da Igreja muito ligadas, por razões diferentes, a João Paulo II: a Irmã Lúcia, a última vidente de Fátima, no dia 13 e Mons. Luis Giussani, fundador de Comunhão e Libertação, no dia 22.~ Março 


: O internamento de João Paulo II, até ao dia 13, mostra à Igreja e ao mundo a possibilidade de que a longa batalha do Papa com a doença tenha entrado numa fase crítica. Um facto que se pode observar com maior clareza quando, após o regresso ao Vaticano, não se conseguiu ouvi-lo falar em público, não obstante as repetidas tentativas. No dia 31 de Março, pouco depois das 11 horas, o Papa, na capela para a celebração da Missa, é colhido por um arrepio devastador, ao qual se segue uma subida de temperatura com febre a 39,6º. É uma complicação, bastante temida para os doentes como ele, uma infecção das vias urinárias, com gravíssimo choque séptico e colapso cardio-circulatório. Abril 


: O dia 1 de Abril contou com três declarações do director da Sala de Imprensa da Santa Sé: o Papa está muito sereno. Mais tarde, as suas condições gerais e cardio-respiratórias agravam-se, ao ponto de se difundir nos ambientes do Vaticano a convicção de que dificilmente João Paulo iria superar a noite. No dia 2, às 07h30 é celebrada a Missa na presença de João Paulo II, que no fim da manhã recebe a visita do Cardeal Sodano. Por volta das 15h30 com voz muitíssimo débil e palavras quase incompreensíveis, em polaco pede : «deixem-me ir para a casa do Pai». Entra em estado de coma antes das 19 horas: segundo uma tradição polaca uma pequena vela acesa ilumina a penumbra do quarto. Ás 20 o secretário D. Dziwisz, o Cardeal Jaworski, Mons. Rylko e Mons. Mokrzycki celebram, aos pés da cama do Papa, a Missa da festa da Divina Misericórdia. Às 21h37 João Paulo II adormece no Senhor. A 18 de Abril, 112 Cardeais eleitores entram em Conclave para eleger um novo Papa, o que acontece no dia 19: é eleito o Cardeal Joseph Ratzinger, desde 1981 prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, como 264º sucessor de São Pedro, assumindo o nome de Bento XVI. Maio 


: A primeira e, até agora, mais importante decisão de governo do novo Papa foi tornada pública no dia 13, e refere-se à nomeação do seu sucessor como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. A escolha caiu sobre D. William J. Levada, norte-americano de origem portuguesa, 69 anos, arcebispo de São Francisco desde 1995. No dia 14 celebram-se em São Pedro as primeiras beatificações do novo pontificado, mas não são presididas por Bento XVI, antes pelo seu delegado o Cardeal D. José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Junho


: O empenho que Bento XVI quer reservar à promoção da unidade entre os cristãos encontra uma confirmação no dia 16, quando recebe o Secretário do Conselho Ecuménico das Igrejas, pastor Samuel Kobia. No dia 28 é apresentado o Com-pêndio do Catecismo da Igreja Católica, fruto de uma iniciativa que Bento XVI, quando ainda era Cardeal, tinha patrocinado junto de João Paulo II. 


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