domingo, 30 de abril de 2006

Um texto de Georgino Rocha

Vida em arco-íris O arco-íris da vida está imbuído de beleza e cor, de cadência, harmonia e interpelação. É símbolo do presente e apelo do futuro, da vida em seus tons, da memória em seu sons. A vida em arco-íris tem um sentido que surge, de mil formas, como: Vitral do grande Mistério que, de tantas maneiras, se desvenda na natureza e irrompe no tempo, oferecendo-me uma oportunidade de encontro. Vibração intensa e calorosa dos sentidos, “janelas do espírito”, antenas de comunicação e sintonia com o universo. Prazer de ser eu mesmo, de me sentir bem “na própria pele” e de me relacionar com os humanos, meus semelhantes. Eternidade que me invade, me possui e me anima em cada momento a ser consistente e a caminhar com determinação. Centelha divina que enobrece a dignidade de todo o meu ser, abrindo-me as dimensões do Infinito. Oportunidade única de rasgar horizontes que desafiam o Céu, de deixar marcas que humanizam a terra. Vocação a um sentido mais pleno que, de mil maneiras, vou plasmando a meu jeito, em cada instante. Força de Jesus ressuscitado que se dá a conhecer no “repartir do pão”, na fraternidade universal, em ritmos de festa e dinamismos de intervenção. A vida em arco-íris é dom a acolher, tarefa a realizar, mistério a desvendar. É o eu germinal que desabrocha, à luz da primavera pascal, e se expande em criatividade fecunda, alargando-se até à plenitude amadurecida da comunhão.

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