domingo, 25 de junho de 2006

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Os livros
que ficaram
por dizer
Ao longo do ano lectivo que agora termina, realizou-se, na Universidade de Coimbra, por iniciativa da Reitoria e da Biblioteca Geral, uma série de debates sobre a problemática levantada por dez livros determinantes na História da Humanidade.
A escolha desses Dez Livros que Abalaram o Mundo resultou de um inquérito a professores das diferentes faculdades da Universidade. Por ordem de votação, foi este o resultado: A Origem das Espécies, de Charles Darwin; Bíblia; A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud; O Capital, de Karl Marx; D. Quixote, de Miguel de Cervantes; Princípios Matemáticos de Filosofia Natural, de Isaac Newton; Odisseia, de Homero; A Riqueza das Nações, de Adam Smith; Diálogo sobre os Dois Maiores Sistemas do Mundo, de Galileu Galilei; Teoria da Relatividade, de Albert Einstein.
Mas cá está! Não se aninha nesta selecção o perigo de esquecer tantos livros que foram também determinantes? E, sobretudo, não foram postos de lado livros de influência mundial, com origem no Oriente (aliás, por vezes, esquece-se que a Bíblia nasceu no Médio Oriente, com raízes também na Mesopotâmia)? Como se pode ignorar o Alcorão, que influencia hoje directamente mais de 1200 milhões de seres humanos, e outros?
Sempre atento aos grandes debates culturais e nunca esquecendo o Oriente, João Gouveia Monteiro, pró-reitor da Cultura da Universidade de Coimbra, encerrou o ciclo de debates com uma sessão dedicada à promoção do conhecimento e do diálogo entre o Ocidente e o Oriente - Virados a Oriente: Os Livros que Ficaram por Dizer. Nela, foram apresentados o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, Gilgamesh, a mais antiga epopeia da Humanidade, originária da Mesopotâmia e onde já aparece o Dilúvio universal, o Ramâyâna e a Baghavad-Gitâ, representando a Índia, as Máximas, de Confúcio (China), o Sermão de Benares, de Gautama, o Buda. A assistência acorreu, muito numerosa e atentíssima, à Biblioteca Joanina.
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