terça-feira, 31 de outubro de 2006

I Encontro das IPSS do Distrito de Aveiro

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Lacerda Pais e Lino Maia
O nosso lucro
é o sorriso e a esperança
das pessoas
Decorreu no Centro Social Cultural e Recreativo de Avelãs de Cima, Anadia, no passado sábado, 28, o I Encontro das IPSS do Distrito de Aveiro. A iniciativa partiu da UDIPSS (União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social) e teve por tema central “Os Novos Desafios da Solidariedade”. Os trabalhos desenvolveram-se durante todo o dia, com a abordagem de questões pertinentes, relacionadas com os novos desafios impostos por uma sociedade em rápida transformação, tendo contado com a participação de cerca de uma centena de dirigentes. Trabalho em parceria e em rede, formação contínua, qualidade dos serviços e projectos, legislação e o exercício da solidariedade, num País rico em voluntariado, foram assuntos que suscitaram diálogo enriquecedor. Na sessão de abertura, o Governador Civil, Filipe Brandão, manifestou o seu reconhecimento pelo trabalho desenvolvido nas IPSS, mas não deixou de considerar que se torna imprescindível que as instituições se abram mais umas às outras, para uma maior rentabilidade das respostas sociais. Recordando a sua experiência de 32 anos ao serviço de uma IPSS, como dirigente, o director do Centro Distrital de Segurança Social de Aveiro, Celestino de Almeida, garantiu que é muito bom trabalhar para os outros e receber como paga a satisfação ou um gozo que não sabemos explicar”. Mas logo assegurou que, “se há pessoas com capacidades económicas diferentes, também têm de ser apoiadas de forma diferente” pelo Estado. Na sua intervenção, o presidente da CNIS, Padre Lino Maia, salientou que as nossas instituições respondem a 70 por cento dos problemas sociais do País, com os seus 250 mil trabalhadores, o que corresponde a 4,2 por cento do PIB. “Graças às IPSS, não são tão graves os problemas provocados pela crise que o País está a viver”, referiu. Depois de garantir que “o nosso lucro é o sorriso e a esperança das pessoas que apoiamos”, o presidente da CNIS lembrou que o sector da social está a ser cobiçado por gente ligada a interesses lucrativos. Alertou então para o perigo de passarmos a ser olhados como fazendo parte desses interesses, quando as nossas motivações são outras, porque visam as pessoas com mais dificuldades económicas. O presidente da UDIPSS de Aveiro, Lacerda Pais, disse-me que este encontro visou alertar as instituições para a importância do trabalho em rede e da formação. Também se pretendeu chamar a atenção dos dirigentes para a necessidade de desenvolverem serviços de melhor qualidade e de apostarem mais no exercício da solidariedade. Fernando Martins

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