domingo, 19 de novembro de 2006

QUESTÕES DE EDUCAÇÃO

Afirmou Júlio Pedrosa, Presidente do Conselho Nacional da Educação
Eliminar as «calamidades»
na educação
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No âmbito do debate naci-onal sobre a educação, o Conselho Nacional da Educação (CNE) organizou um seminário sobre “Equi-dade na Educação: preven-ção de Riscos Educativos”.
Em declarações à Agência ECCLESIA Júlio Pedrosa, Presidente da CNE, subli-nhou que é fundamental “uma maior capacidade de integração das diferentes competências e programas existentes no terreno”.
Com a pluralidade étnica existente nas escolas e o aumento do insucesso escolar, Júlio Pedrosa afirma também que como estas realidades são locais “é fulcral envolver todos os agentes e instrumentos que no terreno têm responsabilidade de lidarem com estas questões”. E avança: “olhar também para estes problemas mais cedo”. Os participantes destes seminário apelaram ainda para a “criação de oportunidades mais frequentes para encontro destes diferentes actores”. O trabalho em rede poderá ajudar a limitar estes riscos educativos. “Só assim os programas encontram destinatários que estão ao alcance de diferentes pessoas.” Num país tão “carente de trabalho continuado”, todos os actores “são poucos” para responderem aos problemas existentes. Certamente, as instituições – “como a Escola Católica” - que tenham condições “devem mobilizar-se para responder de forma mais efectiva” – salientou o presidente do CNE. E avança: “é uma certa calamidade que nós temos em alguns territórios do país”. A Escola Católica, que conhece estas realidades e “tem associadas comunidades sensíveis a estas realidades sociais poderá dar um certo contributo” – afirma. Nesta iniciativa apresentou-se também um estudo – apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian – sobre uma área do Porto (Campanhã e Bairro do Lagarteiro) onde “há contextos sociais difíceis que geram um grande abandono escolar e situações de vida das crianças que conduzem ao risco”- frisou Júlio Pedrosa. Com este tipo de trabalho, “adquirimos uma percepção - muitas vezes não existe – que há muitas crianças que abandonam e não são visíveis”. Perante estes casos é fundamental continuar a procurar instrumentos para lidar com estas situações. “Estratégias pedagógicas e formas de tratamento com a diversidade existente na sala de aula” – disse Júlio Pedrosa. E acrescenta: “De tal forma que as crianças com diferentes condições de aprendizagem possam ser levadas o mais longe possível”.
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Fonte: Ecclesia

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