terça-feira, 21 de novembro de 2006

UM POEMA DE CAMÕES

Amor é fogo
que arde sem se ver
:::
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

2 comentários:

  1. Ola Professor:
    por ca do outro lado do rio grande,nos States vamos vivendo como e obvio com muitas saudades do nosso cantinho e do "nosso povo"mas gracas a esta joia que e a internet conseguimos matar saudades,um abraco.
    grande poeta que tantas coisas lindas soube dizer e que nem o tempo nem as vontades desvaloriza.

    ResponderEliminar
  2. Olá, amigos

    Por cá tudo bem... Com chuva e sinais de frio... Estamos no tempo dele...
    Quando lembro poetas de que gosto, sei que estou a ir ao encontro de muito que também gostam deles... E que nem sempre os têm à mão...
    Querem sugerir algum? Digam, que eu tentarei satisfazer o vosso pedido.
    Um abraço

    Fernando

    ResponderEliminar