sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

SEMANA DA UNIDADE DOS CRISTÃOS

Presidente da Comissão Episcopal
para o Ecumenismo
sublinha efeito dos fluxos
migratórios
e das dinâmicas juvenis
::
PANORAMA ECUMÉNICO
ESTÁ A MUDAR EM PORTUGAL
::
D. António Marto, presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé e o Ecumenismo (CEDFE), considera que o panorama ecuménico no nosso país está em mudança, por força dos novos fluxos migratórios e das dinâmicas juvenis. “Ao nosso país chegaram muitos ortodoxos e isso, quer a gente queira ou não queira, obriga-nos a fazer um caminho ecuménico em virtude de problemas concretos”, refere em declarações à Agência ECCLESIA. Neste processo, destaca, houve uma grande atitude de “acolhimento” para receber estes cristãos, procurando proporcionar-lhes “um ambiente e lugares de encontro”. “São coisas pequenas, mas tal como na vida, no ecumenismo são as coisas pequenas que nos impulsionam”, acrescenta. No ano em que se celebra a III Assembleia Ecuménica Europeia, D. António Marto sublinha o esforço de “sensibilização ecuménica” levada a cabo pelos grupos juvenis das várias Igrejas cristãs, em especial nas Dioceses de Braga, Lisboa e Porto. A preparação para este grande encontro, na localidade romena de Sibiu, em Setembro próximo, contou com uma dinâmica que inclui encontros nas várias comunidades locais, em cada país europeu. Portugal, por força da dinâmica jovem, contou com “iniciativas muito belas” que serviram para avivar a chama ecuménica. O ecumenismo, defende, é “como a subida de uma montanha”, na qual são necessárias paragens para respirar. A primeira responsabilidade dos cristãos, neste sentido, é a oração em comum, que permita “tomar consciência do ser irmãos e alimentar a espiritualidade ecuménica”. “A espiritualidade é como o óleo do motor: ele pode estar muito bem equipado, mas sem óleo não anda”, explica. Este responsável destaca o facto de Bento XVI ter feito a sua “prioridade das prioridades a causa ecuménica”, dando “passos significativos”. “Tem-se a impressão de que se estão a retomar, com mais ânimo, os passos do ecumenismo”, assinala. A este diálogo teológico, de topo, deve juntar-se o “ecumenismo quotidiano”, na vida dos cristãos, que passa pelas “paróquias, hospitais, contactos pessoais e colaboração entre comunidades”. Para o Bispo de Leiria-Fátima, ser presidente da CEDFE e responsável pelo directo pelo maior Santuário mariano do país não são coisas contraditórias. O diálogo teológico entre cristãos tem produzido documentos "belíssimos" a respeito de Maria, que permitem ultrapassar alguns "preconceitos" e, quanto a Fátima, o Santuário "poderá também tornar-se impulsionador do ecumenismo". "Maria não é um obstáculo para o ecumenismo desde que nós saibamos situar o seu lugar na história da salvação e na própria Igreja", conclui.
::
Fonte: Ecclesia

1 comentário:

  1. Já sabemos que o diálogo teológico não consegue sair daí. Falam... falam.... mas na prática não dizem nada.
    Por que motivo as comunidades não avançam com acções que levem a uma cooperação maior, em tantos domínios?

    Maria Helena Correia

    ResponderEliminar