domingo, 28 de outubro de 2007

RECONHECIMENTO A D. ANTÓNIO MARCELINO




Na próxima terça-feira, 30 de Outubro, D. António Marcelino vai ser homenageado no salão nobre do Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro. Pelas 21 horas, será lançado um número duplo da revista PRAXIS, que lhe é dedicada, por iniciativa do ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro), uma escola criada por D. António Marcelino e por ele dinamizada.
D. António Marcelino, como os bispos que o antecederam em Aveiro, deixou marcas próprias do seu temperamento e do seu reconhecido amor à Igreja, pelo que esta hoemagem, por esta forma, é mais do que merecida. Direi mesmo oportuna, tanto mais que ele foi um homem da comunicação social, ainda antes de chegar à diocese aveirense. Uma vez entre nós, logo começou, semana a semana, a reflectir e a ajudar-nos a reflectir sobre o quotidiano do Povo de Deus em terras da ria, projectando os seus anseios, denunciando injustiças e indicando pistas de valorização pessoal e colectiva.
Recordo-me bem do Congresso dos Leigos e do II Sínodo Diocesano de Aveiro, que implementou, na linha de uma comunidade que se pretendia mais aberta e mais atenta aos apelos de um mundo em mudança. Outras iniciativas e outros projectos mereceram de D. António a mesma atenção, nomeadamente no campo da formação, porque sempre acreditou que sem formação de base e continuada não seria fácil enfrentar os desafios próprios de uma sociedade cada vez mais marcada por influências diversas, frequentemente ao arrepio das verdades cristãs que a enformam.
O ISCRA foi um desses projectos, sendo hoje reconhecido o seu trabalho, na Diocese de Aveiro e muito para além dela. Os seus alunos, clérigos, religiosos e leigos, usufruem, regular ou esporadicamente, dos seus cursos e das suas diversas e diversificadas acções de formação, o que prova à saciedade a visão de um Bispo atento às carências do seu e nosso tempo.
Acredito que cada bispo terá os seus carismas, a sua visão da sociedade, a sua sensibilidade para os problemas emergentes, a sua maneira própria de agir e de se relacionar. D. António Marcelino cumpriu o seu dever e bem. Mas também sabe que os seus horizontes, enquanto cristão e como bispo, continuam em aberto, tanto quanto nós precisamos dele.

Fernando Martins

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