quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ARES DO OUTONO


VEIO A CHUVA

Veio a chuva
Serenamente
Para aquecer
O ambiente

Veio a chuva
Mansamente
Para nos lavar
A mente

Veio a chuva
Tranquilamente
Para nos fazer sonhar
Longamente

Veio a chuva
Ternamente
Para dar vida
A toda a gente

Veio a chuva
Num repente
Para nos saudar
Levemente

A chuva veio
Sem vento
Sem pressas
Sem sinais frios
E brutos
Para nos dizer
Educadamente
Que a vida
Sem ela
É seca
É escuridão
É sede
É fome
É luta
É morte
Fernando Martins
Foto do "sapo"

2 comentários:

  1. Muito bem.
    A tua veia poetica está a surgir
    levemente
    ternamente
    longamente
    a chamar pela gente.
    Só é pena o fim ser tão pungente...

    Ângelo

    ResponderEliminar
  2. Meu caro

    Sem água é o fim...
    E se continuarmos
    a gastá-la
    teimosamente
    e sem regra
    podes crer
    que a morte
    vem mesmo
    tristemente

    Um abraço,


    Fernando

    ResponderEliminar