terça-feira, 20 de novembro de 2007

Árvores de Natal do tamanho da nossa generosidade


Com a chegada de Dezembro, o mês de preparação do Natal, nas ruas, nas casas e nos nossos corações, parece que anda no ar já uma competição engraçada: há muitos a quererem montar a maior e a mais vistosa Árvore de Natal do País. Não vejo nenhum mal nisso, mas gostaria de reflectir um pouco com os meus leitores sobre esta realidade.
Conforme reza a tradição, o Natal é, para muitos, para além da celebração do nascimento do Menino Deus, a vivência da generosidade. Multiplicam-se os gestos de solidariedade, preparam-se os cabazes de natal, organizam-se ceias para os sem-abrigo e para os mais pobres e idosos, marcam-se nos restaurantes encontros festivos para dirigentes e empregados de instituições e empresas, montam-se, em todas as casas, os presépios e planeiam-se as consoadas nas famílias. É muito bonito sentir este espírito natalício um pouco por todo o lado. Mas… Há sempre um mas…
É já um lugar-comum proclamar-se que o Natal devia ser todo o ano, que Natal é quando o homem quiser. E é verdade. Este espírito festivo e solidário não devia ter dia e época marcados. Mas tem…
E porque tem dia e época marcados, acho que devemos aproveitá-lo, com todas as forças das nossas almas. Com presentes, com gestos de ternura, com caridade a rodos, com a solidariedade a atingir pontos altos, com a bondade e a tolerância a mudarem os nossos comportamentos, com a alegria a iluminar a tristeza de muitos, com as melodias musicais a marcarem ritmos novos de vida, com a neve a aquecer a nossa forma de amar quem sofre…
Então, que as Árvores de Natal, altas, muito altas, aquecidas por luzes rutilantes, sejam, de verdade, do tamanho do nosso amor pelos mais pobres e pelos mais infelizes. No Natal e sempre!

Fernando Martins

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