quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Efeméride aveirense

Fotos da capa do livro de Armando Tavares da SilvaJornal aveirense
27 de Novembro de 1908
D. MANUEL II foi recebido em Aveiro com grande entusiasmo
Há precisamente 100 anos, D. Manuel II visitou Aveiro, onde foi recebido com grande entusiasmo, tendo-se realizado festas de extraordinária imponência; esteve presente o Bispo-Conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, seu padrinho de baptismo, que recebeu o monarca à porta da igreja de Jesus, conforme lembra o Calendário Histórico de Aveiro. Por sua vez, Armando Tavares da Silva, catedrático aposentado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, diz, no seu livro "D. Manuel II e Aveiro – Uma visita Histórica (27 de Novembro de 1908)", que houve “cerimónias, festas e realizações populares”. Acrescenta que “D. Manuel II esteve ainda presente no distrito de Aveiro por mais duas vezes pouco antes do 5 de Outubro de 1910. A primeira para uma demorada permanência no Buçaco, no Verão desse ano, e a segunda para as comemorações do primeiro centenário da batalha do Buçaco, em Setembro de 1910”. Mas se é verdade que as festas foram imponentes, com a adesão popular e das autoridades, também é certo que a oposição se manifestou contra a visita, denunciando as altas despesas que ela comportou. No livro de Armando Tavares da Silva, pode ler-se, citando O Commercio do Porto, que as festas foram brilhantes, "cumprindo comtudo especialisar os numeros da noite, isto é, o fogo, as illuminações e a marcha, que chegaram a exceder a espectativa dos proprios organizadores". Depois, adianta: "Passava das nove horas quando se deu por finda esta brilhante festa, que decorreu tão cheia de enthusiasmo como de distincção." Por sua vez, O Democrata, que havia considerado a visita como “Real bambochata”, descreveu com sarcasmo o que viu, sublinhando que “a academia de Aveiro foi reforçada com collegas do Porto e de Coimbra”; referiu que “o sr. Dr. Jayme Silva […] animando com a sua voz cavernosa as frias gentes [estava] sempre prompto a defender o régio vizitante d’algum attentado… feminino. O povo não acclama […], move-se para ver o moço rei que […] ostenta vistosas condecorações […]”
Aqui fica este breve apontamento para tornar presente a efeméride, não vá ela ser esquecida por toda a gente. Para mais informações, clicar em Armando Tavares da Silva Fernando Martins

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