domingo, 7 de fevereiro de 2010

Gafanha da Nazaré: Tomada de posse de dirigentes da comunidade

Em tempo de dificuldades
é preciso dar primazia ao que é positivo


Padre Francisco Melo

Os membros do CEP (Conselho Económico e Pastoral) e os corpos gerentes da Fundação Prior Sardo e do Centro Social e Paroquial da Gafanha da Nazaré tomaram posse hoje, domingo, na missa das 11.15 horas, presidida pelo Prior, Padre Francisco Melo. Associaram-se os presidentes da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, e da Junta de Freguesia, Manuel Serra. Depois da celebração, todos participaram num almoço, no Centro Comunitário, preparado por um grupo de voluntários.

É preciso testemunhar uma Igreja
organizada, aberta e inclusiva

Nas palavras que dirigiu aos empossados, o Prior Francisco Melo lembrou a necessidade de todos testemunharem na vida “uma Igreja organizada, aberta e inclusiva, comprometida na missão de Cristo e consciente de que os bens que possuímos se destinam a fazer cristãos e a partilhar”. Referiu a urgência de experimentarmos no dia-a-dia “a Igreja da caridade”, capaz de levar à prática a disponibilidade, o que permitirá tornar efectiva “a solidariedade e a fraternidade”.
“O mundo que nos é dado viver parece cheio de incertezas económicas, sociais, religiosas e culturais”, frisou o Padre Francisco. E acrescentou: “O homem pós-moderno e superdesenvolvido e a nossa sociedade em concreto parecem trilhar caminhos em que não conseguimos vislumbrar em que portos iremos atracar: se o da vida ou da destruição.”



Hugo Coelho
Universidade Sénior
para os que gostam de aprender

Hugo Coelho, presidente da Fundação Prior Sardo, afirmou que a instituição que dirige “é de todos nós” e que nasceu para ajudar os mais necessitados, apostando, por isso, em projectos cujos horizontes indicam “perspectivas de futuro”. Salientou a acção das equipas e técnicos para o projecto da prevenção  da toxicodependência, tido como  o melhor a nível distrital, e considerou uma mais-valia a recente criação da Universidade Sénior, “para os que gostam de aprender”, envolvendo 90 pessoas. Adiantou que a Fundação não existe só para apoios sociais, pois se empenha na defesa dos valores, enquanto dá muita importância às parcerias. “Qualquer instituição, para crescer, tem de estar acompanhada”, disse.



Manuel Serra

Forças que hão-de gerar fraternidade

Manuel Serra, presidente da Junta de Freguesia, congratulou-se com este encontro, que mostra “uma grande capacidade de trabalho” do nosso povo e da nossa terra. Louvou o crescimento da Fundação e a criação da Universidade Sénior, "um sonho de há tantos anos", garantindo tornar-se em breve um seu aluno. Ainda considerou o Prior da Gafanha da Nazaré e o seu vigário paroquial, Padre César, “os grandes motores” do que se está a fazer na paróquia, mostrando enorme jeito para aglutinarem forças que hão-de gerar “fraternidade”, num futuro próximo.




Os sermões, como os homens,
não se medem aos palmos

O presidente da Câmara Municipal, Ribau Esteves, afirmou que o mundo e o nosso país “estão numa fase muito difícil”. E numa clara alusão ao que a comunicação social tem divulgado, frisou que “parece que estão todos de cabeça perdida”. Disse que as empresas de comunicação “vivem uma época de esplendor”, com as “telenovelas” que vão publicando, e referiu que se torna imperioso criar um “país capaz”, porque em tempo de dificuldades é preciso “dar primazia ao que é positivo”.
Prometeu que 2010 vai ser um ano “muito importante para o nosso município”, havendo certezas da inauguração de oito obras, de que destacou “o renovadíssimo Centro Cultural da Gafanha da Nazaré e o Centro Escolar da Cale da Vila, na recta final da construção”.
Anunciou que o Navio-Escola Sagres, na sua volta ao mundo que há-de concluir em 23 de Dezembro deste ano, vai divulgar as riquezas do Museu Marítimo de Ílhavo. E sobre o Centenário da criação da freguesia da Gafanha da Nazaré, Ribau Esteves esclareceu que as festas em preparação vão ser, sobretudo, “uma homenagem àqueles que produziram a realidade de hoje”.
Ao reconhecer que estamos numa comunidade em franco crescimento, valorizou o papel pastoral e humano do nosso Bispo, D. António Francisco, “que está muito próximo de nós” e nos permite “o acesso a Deus  mais fácil”. Dirigindo-se ao Prior Francisco, cujo trabalho enalteceu, disse que "os seus sermões são bons por não serem compridos, mas incisivos”. “Os sermões, como os homens, não se medem aos palmos”, concluiu.

Fernando Martins

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