quinta-feira, 31 de março de 2011

FIGUEIRA DA FOZ: Arte na Cidade

Parque das Abadias


A beleza, quando existe, desperta em nós sentimentos belos de admiração. Nem o cinzento frio e chuvoso que há dias nos envolvia fazia esconder a árvore (antes a sublinhava), de ramos ainda secos, mas à espera da primavera que tarda. Qualquer dia, quando por lá passar, prometo oferecer aos meus amigos essa outra imagem, que não fará esquecer a que hoje aqui partilho com o mundo.

Portugal entregue a golpes e contragolpes

A crise por que estamos a passar, com garantias de que o pior está para vir, talvez seja fruto dos golpes e contragolpes dos nossos políticos, que não poupam nas estratégias para ficar ou ocupar o poder. António Barreto, que não é um analista qualquer, fala, no i, desses golpes. Leia aqui 

Da inclinação para os ídolos já falava Moisés

Padre Américo

Sempre inclinados para os ídolos?


António Marcelino

«Os grandes da história não foram os que fizerem guerras ou inventaram objectos de morte. Ainda que discretos na sua história pessoal - são sempre assim as pessoas grandes - eles são os que a memória do tempo guarda e apresenta como modelos estimulantes de bem-fazer. Dos nossos tempos, basta recordar Teresa de Calcutá e o Padre Américo, que não se desviaram nunca do projecto que conduzia a sua vida. Por isso ela deixou sulcos inapagáveis. Na mesma linha estão milhares de anónimos das nossas terras. São eles que não deixam que este mundo, tonto e desfigurado, resvale para a barbárie. O seu número pode sempre crescer e é preciso que cresça. Todos lá temos lugar, se é que ainda o não ocupamos»Todas as pessoas, homens e mulheres, levam consigo, a tempo inteiro, e sem que alguém possa interferir nesta sua capacidade, serem capazes tanto do bem como do mal. O ambiente que nos cerca e os tempos que vivemos nem sempre favorecem a melhor opção, empurrando-nos para o que muitas vezes nós detestamos. Será sempre actual a palavra de S. Paulo ao dar conta, desolado, do que lhe ia na alma: “Ai de mim, que faço o mal que não quero e não faço o bem que quero!” Quem há aí que não tenha tido, em algum dia ou em muitos dias, esta dolorosa sensação?

quarta-feira, 30 de março de 2011

João Gonçalves Gaspar evoca Egas Moniz

Egas Moniz

Egas Moniz: «Que existe para além da morte?»

João Gonçalves Gaspar

No dia 29 de novembro de 1874, nasceu na vila de Avanca, na “Casa do Marinheiro”, o prof. doutor António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, médico, cientista, escritor, orador, professor catedrático, político e estadista de renome mundial. Faleceu em 13 de dezembro de 1955, na cidade de Lisboa, e os restos mortais, trasladados para a terra natal, foram sepultados no cemitério local.
Lembro uma curiosidade interessante sobre os seus cognomes “Egas Moniz”, que não herdou de seus pais. O tio paterno e padrinho, padre Caetano de Pina Resende Abreu Sá Freire, sendo pároco de Pardilhó, levou-o para a sua companhia e cuidou dos primórdios da sua educação. Como o mencionado sacerdote se interessava pelas genealogias, convenceu-se de que os Resendes descenderiam diretamente de D. Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, nosso primeiro rei; por isso, tomou a iniciativa de substituir no nome do sobrinho o patronímico “Resende” pelos apelidos “Egas Moniz”, com os quais ficaria a ser conhecido.

Ler todo o artigo aqui


A Economia é indissociável da Justiça

«Socialismo na gaveta»?

Acácio Catarino

Na luta contra a crise económica do início dos anos oitenta, o Dr. Mário Soares deixou cair a afirmação de que era necessário meter o socialismo na gaveta. A frase prestou-se, certamente, à deturpação das intenções do seu autor; agora, pode voltar a surgir, assim deturpada, num contexto muito mais desfavorável do que há trinta anos. O mais grave deste slogan, interpretado de maneira simplista, é afirmar exactamente o contrário do recomendável: No fundo afirma que, numa crise económica, não se pode atribuir prioridade à solução dos problemas sociais; devem meter-se na gaveta as preocupações de natureza social veiculadas pelo socialismo e por outras orientações de humanismo social, tais como, por exemplo, a social-democracia e a democracia cristã.

FIGUEIRA DA FOZ: Arte na Cidade


No jardim público da Figueira da Foz, tribunal de um lado e mercado do outro, há um tronco que sobressai entre árvores, arbustos e demais plantas e flores. Sobressai como sinal de teimosia para continuar a sua missão decorativa. A copa, que teria sido enorme, morreu. Mas o tronco, firme, forte e digno, ali está, não com sinais de vida, mas com certeza de presença que ainda desperta interesses. Pelo menos a mim.

Henrique Raposo garante que a sua relação com Deus é boa



Vagabundo do absoluto


Henrique Raposo, colunista e mestre em Ciência Política, fala da sua relação com Deus e do que espera no diálogo com a Igreja Católica, colocado no «Pátio dos Gentios»

As suas raízes alentejanas moldaram-lhe a personalidade, no entanto deixou de ser «vagabundo do relativismo». Com 32 anos, o colunista do «Expresso» Henrique Raposo confessa à Agência ECCLESIA que a sua relação “com Deus é boa”. Custa-lhe “o mistério pascal porque não consegue transformar este mistério em luz pascal…”
Com a Capela do Rato (Lisboa) a poucos metros, este homem da escrita – esteve no «Público», «Diário de Notícias», «Independente» e revista «Atlântico» -, nascido nos arredores de Lisboa (Loures), pede à Igreja para que saiba dialogar no «Pátio dos Gentios» e utilize a linguagem da Polis.

Ler a entrevista aqui

terça-feira, 29 de março de 2011

Como vai ser a próxima campanha eleitoral?

«Seria desejável que o ponto de ruptura a que chegámos pudesse suscitar uma espécie de exame de consciência nacional, em vez de mais uma troca de acusações mútuas»

João Carlos Espada,
 in PÚBLICO

Nota: Diz bem o Prof. Universitário João Carlos Espada, mas estou em crer que tal não vai acontecer. Até me parece que os portugueses, duma maneira geral, interiorizaram uma raiva inexplicável, quando falam sobre política. Normalmente num tom de voz agressivo, violento, acusatório, difamante… não havendo, por sistema, espaço para um diálogo sereno, pedagógico e construtivo. Estarei a exagerar? Penso que não. Será que, numa situação de crise a tantos níveis, vamos assistir, mais uma vez, a uma campanha eleitoral que contribua para afastar os portugueses da democracia?

FM

Saramago e a leitura

Costa Nova: Mar e ria despertam espiritualidade no Centro Jean Gailhac



«Entre a ria e o Atlântico, o Centro de Espiritualidade Jean Gailhac, em Ílhavo [Costa Nova do Prado], é um espaço de “calma e serenidade, onde a ansiedade e o barulho externo se diluem”, diz Cláudia Pacheco, uma das responsáveis da casa.
A religiosa de 41 anos é uma das cinco freiras do Instituto do Sagrado Coração de Maria pertencentes à comunidade situada na praia da Costa Nova, diocese de Aveiro, que a ECCLESIA visitou.
“O objectivo desta casa não é férias. Não é uma residencial nem um hotel”, acentua a irmã, realçando que a finalidade “exclusiva” deste centro católico, que recebe entre 800 a 900 pessoas por ano, é proporcionar “formação espiritual e oração”.
No interior opta-se pelo despojamento: “Tentamos ser sóbrias. Não é que seja uma casa austera, mas não gostaríamos que muita coisa fosse distracção visual”, explica Cláudia Pacheco, que aponta para breves passagens da Bíblia suspensas nas paredes.
Os quartos, com cama e escrivaninha, são “simples”, e o ambiente distancia-se da comodidade, obedecendo ao princípio de privilegiar a procura de Deus: “Gostaríamos que fosse um spa espiritual”, diz a religiosa, aludindo aos centros hoteleiros onde se promove o bem-estar físico e psicológico.»
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Hélio Loureiro apresenta Chora e Línguas de Bacalhau

No sábado, na RTPN, o chefe Hélio Loureiro apresentou, exemplificando, mais uns pratos de Ílhavo: Chora e Línguas de Bacalhau. No ambiente do Museu Marítimo de Ílhavo, tendo como pano de fundo a exposição Faina Maior,  Hélio Loureiro contou com Ana Maria Lopes no papel de cicerone, competente mais do que ninguém, ou não fosse ela coautora da referida exposição e do livro que saiu recentemente em 2.ª edição, sobre a pesca do bacalhau à linha.

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Jeremias Bandarra: 50 anos de pintura

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Crise: Todos gostamos de conhecer alternativas às opções do PS

Sporting: sempre há cada lírico


Este "poeta" deve ter estragado as hipóteses de Dias Ferreira conseguir mais votos nas eleições do Sporting. Sempre há cada "lírico"...

FIGUEIRA DA FOZ: Arte na Cidade


No painel cerâmico exterior do edifício do tribunal da Figueira da Foz há muito para apreciar. Voltado para o jardim, muitos passam sem olhar sequer. Aqui fica a disputa da criança por duas mulheres. Uma é a mãe verdadeira. Salomão decidirá. E bem, reza a lenda ou história.

Um livro de João Gamboa: "As Palavras em Mão - Apontamentos de Literatura

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domingo, 27 de março de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 230

DE BICICLETA... ADMIRANDO A PAISAGEM - 13



SOU SEU DISCÍPULO!...

Caríssima/o:

Conto chinês – A bicicleta

Um mestre chinês viu cinco dos seus pequenos discípulos voltando das compras, pedalando as suas bicicletas.
Quando eles chegaram ao mosteiro e largaram as bicicletas, o mestre perguntou aos estudantes:
“Por que andam de bicicleta?”
O primeiro discípulo disse:
“A bicicleta carrega, para mim, os sacos de batata. Estou feliz por não ter de carregá-los às minhas costas!”
O mestre elogiou o primeiro aluno:
“Você é um rapaz muito inteligente! Quando crescer não andará curvo como eu ando.”
O segundo discípulo disse:
“Eu adoro ver as árvores e os campos por onde passo!”
O mestre elogiou o segundo discípulo:
“Os seus olhos estão abertos e você enxergará o mundo.”
O terceiro discípulo disse:
“Quando eu pedalo na minha bicicleta, fico feliz e cheio de energia.”
O mestre louvou o terceiro estudante:
“A sua mente se expandirá com a suavidade de uma roda novamente centrada.”
O quarto discípulo falou:
“Pedalando eu vivo em harmonia com todos os seres vivos.”
O mestre ficou feliz e disse ao quarto estudante:
“Você pedala no caminho dourado da bondade.”
O quinto aluno disse:
“Eu pedalo na minha bicicleta por pedalar”.
O mestre sentou-se aos pés do quinto estudante e disse:
“Sou seu discípulo!...”

Manuel

FIGUEIRA DA FOZ: Ribeiro das Abadias




O Ribeiro das Abadias vem de longe, da Serra da Boa Viagem, e atravessa, no centro da cidade, o parque que lhe dá o nome. Depois cai no Mondego. Para sempre. É um fiozinho de água, muito ténue no verão, mas corre. Devagarinho, mas corre. Há anos não estava lá muito limpo, o que era pena e parecia mal, mas depois foi arranjado e ali se mantém como sinal de frescura permanente. Para quem faz desporto e para quem passa, simplesmente. Visito-o com frequência, porque gosto dele ali.

Faina Maior no Museu de Marinha e a bordo do Gil Eanes

 
A  2.ª edição do livro "Faina Maior: A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova", de Francisco Marques e Ana Maria Lopes, vai ser lançado no dia 31 de março, pelas 18 horas, no Museu de Marinha, em Lisboa. Depois acontecerá o mesmo a bordo do Gil Eanes, em Viana do Castelo.
 
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sábado, 26 de março de 2011

Jornal i: Tolentino Mendonça: "Um poema de Ruy Belo é um texto sagrado"

José Tolentino Mendonça


Se caminhar já é rezar, como dizia São Francisco de Assis,
esta não foi uma entrevista.
 Foi uma oração pelo Príncipe Real 



«A poesia é um sacerdócio que se ensina e que se aprende. Uma outra maneira de somar palavras para descrever o poeta, o sacerdote, o professor. Tolentino Mendonça, em suma, que afinal o nome que cada um carrega na bagagem é sempre mais forte que a bengala de um título. "O Tesouro Escondido", que entrou esta semana na terceira edição, segue caminho para Itália e Brasil. Pequeno pretexto para uma conversa maior com passagem pelo Teatro da Cornucópia, onde assistiu ao ensaio geral da "Morte de Judas". O dia foi de outra estreia: o interlocutor esqueceu-se da carteira em casa. Na da jornalista, não muito mais precavida, apenas um euro. A providencial moeda chegou para o café. Por sorte, ou por graça de Deus, nenhum dos dois ficou a lavar a loiça.»

Entrevista conduzida por Maria Ramos Silva

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A linguagem é um bem maior


Homem: animal que fala

Anselmo Borges

Entre as características ou "notas" que distinguem o ser humano dos outros animais, uma é determinante: a capacidade simbolizante, de tal modo que antropólogos, como E. Cassirer ou P. Laín Entralgo, o definiram, respectivamente, como animal simbólico e animal simbolizante.
O animal vive dentro do esquema estímulo-resposta. Com o homem, dá-se uma mudança qualitativa, já que, entre o estímulo e a resposta, se introduz o sistema simbólico. Ora, como escreve Gabriel Amengual, que sigo, esta nova aquisição transforma a totalidade da vida humana, pois, assim, o homem "já não vive apenas num puro universo físico, mas num universo interpretado, um universo simbólico". O homem, ao contrário dos outros animais, não vive na pura imediatidade das coisas, pois tudo lhe aparece interpretado, dotado de significado e valor. "Vemos a realidade através da linguagem, da cultura, da ciência, das crenças, etc."

Dia do Porto de Aveiro, no Centro Cultural de Ílhavo



O Dia do Porto de Aveiro vai este ano ser comemorado de forma diferente. O Centro Cultural de Ílhavo alberga, no próximo dia 3 de Abril, um evento organizado pela Comunidade Portuária de Aveiro e pela Casa do Pessoal do Porto de Aveiro.
A abertura, pelas 17:30, fica a cargo do Coro da Casa de Pessoal do Porto de Aveiro.
Às 18:00 lugar para “Marco Rodrigues & Mafalda Arnauth”.
Marco Rodrigues, o fadista da nova geração mais falado do momento, convida Mafalda Arnauth, cantora de carreira sólida, para um espectáculo partilhado, mágico e especial, onde, para além de várias canções dos seus reportórios, prometem, em duetos inéditos, ao vivo, encantar toda a plateia.
A receita da bilheteira reverte na sua totalidade a favor da Fundação Prior Sardo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

FEIRA DE MARÇO: a festa de Aveiro e arredores

 
Farturas (foto do meu arquivo)

Bem andou D. Duarte, o Rei Eloquente,  em criar, há 577 anos, a Feira de Março. Ontem como hoje, importante para o desenvolvimento da economia local. As feiras, daqueles recuados tempos (e ainda nos nossos dias), eram as grandes superfícies que presentemente nos oferecem tudo e mais alguma coisa.
A Feira de Março, que já abriu os portões que vão ficar abertos até daqui a um mês, é, realmente, a festa dos aveirenses e arredores. Não há quem deixe passar esta oportunidade sem lá ir. Para assistir a espetáculos dos nossos artistas da Rádio e Televisão, sempre com ritmo a marcar a alegria que falta para afugentar a tristeza, para apreciar a quinquilharia, para dar umas voltinhas nos carrosséis, para admirar as potencialidades da nossa indústria, para saborear umas farturas, mesmo sabendo que estão proibidas aos diabéticos e que fazem mal ao colesterol. Eu ainda não decidi se como uma ou não. Boa feira para todos.

Pontão do Jardim Oudinot foi aprovado


Pontão do Jardim Oudinot

A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou já o regulamento de Utilização do Pontão Nascente da Doca de Recreio do Jardim Oudinot e a integração da sua gestão na actividade do Fórum Náutico do Município de Ílhavo. Este regulamento foi estabelecido no âmbito do protocolo existente entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a Administração do Porto de Aveiro para a gestão daquele infraestrutura.

Pedro Passos Coelho vai cumprir o PEC que rejeitou


«Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, afirmou que obteve garantias claras de Pedro Passos Coelho de que as metas do programa de estabilidade acordado entre Portugal e a Zona Euro serão cumpridas caso o PSD venha a liderar o próximo Governo.»

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NOTA: Às vezes temos de engolir em seco. Esta coisa de Passos Coelho dizer, ao presidente do Eurogrupo, que vai cumprir o PEC que rejeitou um dia destes, no nosso Parlamento, faz-me rir. Há políticos com grande lata, não há? Por que razão não contestou a decisão da Europa a nosso respeito, impondo uma nova negociação?

Fonte: Foto do PÚBLICO

Peditório da Cáritas até domingo


Está a decorrer, até domingo, o Peditório Nacional da Cáritas. Ontem, já tive a oportunidade de encontrar, em espaços públicos, jovens sorridentes a convidarem-nos a contribuir. Fi-lo com gosto e voltarei a fazê-lo, pois aprecio e louvo o envolvimento da Cáritas em todas as situações de pobreza, tanto a nível nacional e internacional como local. Estamos em crise? Pois estamos, mas nem por isso ficaremos dispensados, cada um de acordo com as suas possibilidades, de ajudar quem precisa. Afinal, não há pobres, em Portugal, nas nossas terras e no mundo, à espera da solidariedade de alguém?

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ÍLHAVO: Caminhada pelo município

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Nota: Ora aqui está uma boa iniciativa para deixarmos o sofá, a televisão, a cama e tudo o que nos possa tolher os movimentos. Somos há muito a sociedade sentada, o que nos traz problemas de saúde. Eu cá vou andando com as minhas corridas de bicicleta, na sala, logo que acordo, e com uma ou outra caminhadita pelas ruas... A saúde exige!


Projeto para aproximar crentes e não-crentes


 Templo de Jerusalém (Fonte: SNPC)

Átrio dos Gentios: fazer dialogar a Esperança e a Espera

José Tolentino Mendonça

Precisamente neste final de março, a Igreja Católica escolhe dois lugares representativos da cultura europeia, Bolonha e Paris, para lançar um projeto que procura aproximar crentes e não-crentes, convidando-os a substituir o confronto pelo diálogo, e que tem a assinatura clara de Bento XVI e do seu colaborador para a cultura, o Cardeal Gianfranco Ravasi.
Antes de tudo, perguntar pelo nome escolhido para esta iniciativa: por que se foi recuperar uma designação que hoje não repetimos sem estranheza? Sem dúvida, pela forte inspiração simbólica. O “Átrio dos Gentios” era uma das partes constitutivas do Templo de Jerusalém. O interior do Templo, propriamente dito, organizava-se em três zonas: uma para o povo de Israel, uma para os Sacerdotes, e em seguida o Santo dos Santos. Mas entre este espaço interior e o muro externo, existia um átrio delimitado por colunas, que podia ser frequentado por não-israelitas. Era uma zona de silêncio (isto é, não votada ao comércio ou a curiosidade dos turistas de então, mas propícia às indagações profundas), onde alguns mestres judaicos se disponibilizavam para conversar sobre Deus e sobre a Torah com os estrangeiros que o desejassem.

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Recantos da Figueira da Foz



Passeio agradável, ontem, com marina de um lado e jardim de outro. Para saborear, descontraidamente, os recantos que a Figueira da Foz nos oferece. Ontem não houve blogue nem outras coisas que me envolvem diariamente. Também é preciso pôr de lado, por um dia apenas, as rotinas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O desânimo abateu-se sobre os portugueses

A ideia com que fico, a propósito desta crise política que os nossos partidos  construíram, é de que a fome de poder é terrível. Despudoradamente terrível. Uns orgulhosamente convictos de que podem fazer tudo sozinhos; outros ansiosamente forjando as coisas para saltarem para a mó de cima. Uns não promovem o diálogo porque não se dão bem com ele; outros não fugindo dele como o diabo da cruz. São os políticos que temos.
Juntando a isto o sistema eleitoral que criámos, aí tempos maus augúrios para o que há de vir. Vamos agora imaginar que as próximas eleições vão dar resultados semelhantes aos atuais, sem maiorias e sem possibilidades de alianças capazes de governar o país. Como sair disto? O PS não quer entendimentos com o PCP e com o BE. O contrário também é verdade. O PS não se casa, de forma nenhuma, com o PSD. E se PSD e CDS não conseguirem maioria parlamentar? Continuaremos numa posição muitíssimo delicada. Os juros a pagar são de tal monta que não haverá hipótese de os liquidar.
Tenho andado a ler o livro "Portugal: Anos 10". Desde 1210 a 2010. Passámos por dificuldades sem conta, por crises terríveis, guerras, pestes e nem sei que mais. Ultrapassámos imensas barreiras. Chegámos a 2010. O autor deste capítulo, José Guilherme Reis Leite, começa assim: «Annus horribilis apetece chamar a este ano de todas as desilusões e de todas as crises em Portugal. O desânimo abateu-se sobre os portugueses e não há jornal, não há livro, não há opinião expressa que não acentue a visão catastrófica da sociedade portuguesa incapaz de encontrar um caminho para a sua regeneração.»
Posto isto, há que ter fé e coragem para vencer mais esta batalha. Teremos de estar à altura do nosso futuro. Venham então as eleições.

Fernando Martins

Nuvens carregadas na Figueira da Foz


Hoje à tarde, as nuvens carregadas ameaçaram chuva na Figueira da Foz, com o areal deserto à espera de turistas. Nos bandos das esplanadas, por ali estavam alguns idosos alimentando conversas que ajudassem a passar o tempo. O céu, com estas nuvens negras, paradas, tapando o sol, era o que mais interesse despertava em quem passava.  

AVEIRO: Semana da Cultura e Identidade Cristã



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Desemprego e outros problemas do mundo do trabalho provocam diminuta apreciação



UM DADO PREOCUPANTE QUE OBRIGA A REFLECTIR

António Marcelino



A vida permite-se hoje, mais ainda do que antes, auscultar, quanto possível, a sensibilidade e o empenhamento consequente de muitos cristãos e comunidades cristãs em relação aos problemas concretos da sociedade. Por esse país fora, o contacto com padres, com casais, com movimentos apostólicos, com leigos em geral, ajuda-me a manter uma cuidada atenção à vida e ao eco que a mesma provoca na vida dos cristãos. Também a leitura da imprensa ligada à Igreja dá um bom contributo neste sentido. Assim se pode verificar que, para muita gente de prática de culto regular há mais tendência e sensibilidade para as situações estritamente religiosas, que para os problemas e situações sociais. Alguns exemplos elucidativos.

Ares da Primavera


Com um  ventinho pouco agradável, penso que é bom acreditar na beleza da primavera. Li hoje no PÚBLICO que o inverno deste ano foi mais frio do que o normal. Bem me parecia. Pensava que o frio que senti seria próprio da idade, mas afinal não era só isso. Esteve mesmo mais frio do que o normal. Diz mais a notícia que este frio anormal aconteceu pelo terceiro ano consecutivo. E acrescenta: «A estação foi também caracterizada por fenómenos extremos  como um tornado. A temperatura desta estação foi 0,3 graus célsius mais baixa do que o valor normal entre 1971 e 2000.»
Agora resta-nos saber como se vai portar a primavera...


É preciso devolver os monumentos à comunidade


NA ROTA DAS CATEDRAIS

Sandra Costa Saldanha

A crescente procura de propostas culturais em torno do património religioso português, tem levado a Igreja a procurar, em conformidade, acolher os seus visitantes de modo qualificado. Pese embora as dificuldades sentidas, a sua potenciação cultural é cada vez mais uma realidade.
Factor estratégico e de desenvolvimento inequívoco, preconiza, sem dúvida, a consciência de uma urgente, e há muito reclamada, política de gestão e conservação do património da Igreja Católica em Portugal.
O projecto Rota das Catedrais constitui, neste estrito sentido, uma oportunidade única de valorização. Valorização do edificado, mas também das comunidades, dos fiéis e dos visitantes.

terça-feira, 22 de março de 2011

Mário Soares no Diário de Notícias de hoje: «Uma guerrilha partidária à portuguesa»



Um apelo angustiado

Mário Soares

1 Há razões para admitir que a próxima Cimeira da União Europeia, que se realizará em Bruxelas, nos dias 24 e 25, quinta e sexta-feira, vai ser decisiva para o futuro da Europa e do euro. A agenda, pelo menos, é indiscutivelmente importante e se for cumprida, como se espera, representará um passo em frente no projecto europeu, há tantos meses paralisado.
Com efeito, para além dos problemas da actualidade, como: a tragédia que vive o Japão e que merece toda a solidariedade internacional possível, depois do sismo e do tsunami que arrasaram cidades inteiras e dos perigos subsequentes, resultantes da proliferação das partículas nucleares, dada a explosão de várias centrais atómicas; e do genocídio intolerável a que tem estado a ser sujeita a população da Líbia, pela acção do ditador Kadhafi e dos seus mercenários, ter sido in extremis parada pela condenação do Conselho de Segurança da ONU e a consequente intervenção aéreo-militar dos Estados Unidos e de alguns países europeus, como a França.

Morreu Artur Agostinho

Artur Agostinho


Morreu hoje, terça-feira,  o jornalista, locutor e ator Artur Agostinho. Um homem das diversas áreas da comunicação social e um profissional respeitado, onde quer que se envolvesse. Da minha infância e juventude guardo, sem dúvida, os relatos de  futebol e de outras modalidades, a que emprestava uma vivacidade entusiasmante e um ritmo vibrante, tornando reais nos nossos ouvidos as imagens do que acontecia nos campos desportivos.
Ainda há pouco tempo tive oportunidade de o ouvir falar da sua longa e rica vida profissional, utilizando as palavras certas nas frases bem delineadas, tudo dito com naturalidade. Foi um exemplo para muitos que trabalham nos mais variados órgãos da comunicação social. Mas também para todos nós, os mais idosos. É que Artur Agostinho, apesar da idade, nunca renegou o trabalho.

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SPORTING: Eleições em 26 de março


O jornal i diz hoje, no espaço dedicado ao desporto, que acabou o Carnaval, «mas não em Alvalade». Depois afirma que «por isso ninguém leva a mal que o desfile dos candidatos às eleições do Sporting, a 26 de março, vá sendo avaliado». Como sportinguista que sou, sem alinhar nas contendas futeboleiras da semana, confesso que não sei onde é que está a legitimidade de associar as eleições do Sporting ao Carnaval, tanto mais que estamos a falar de um clube com história no desporto português e mundial, que não apenas no futebol.
Depois disto, o que espero é que as eleições, com cinco candidatos, mostrem a vitalidade de uma instituição, que quer voltar a ocupar lugar cimeiro no futebol como noutras modalidades. E estou mesmo em crer que o vai conseguir muito em breve, apesar das saídas ridículas de alguns escribas dos nossos jornais.

Centro Cultural de Ílhavo celebra 3.º ano de atividade

CCI


A Câmara Municipal de Ílhavo assinala na próxima quinta-feira, dia 24 de março, o terceiro aniversário do Centro Cultural de Ílhavo (CCI), através da inauguração da exposição temporária “Nadir Afonso – Retrospetiva”, pelas 22 horas, na sala de exposições.
O CCI é símbolo de uma obra de arquitetura arrojada, promovendo um ambiente urbano moderno e contemporâneo, tendo assumido, nestes três anos de vida, uma importante condição de espaço de cultura, sendo uma mais-valia a nível regional e nacional.
Nestes três anos de programação regular, o CCI recebeu mais de 110 000 visitantes, enquanto conseguiu uma taxa de ocupação média de 75 por cento, em todos os espetáculos apresentadas.

Aveiro: Apresentação do livro "Jesus de Nazaré"

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segunda-feira, 21 de março de 2011

Cortar pensões é imoral

Camilo Lourenço diz no Negócios online «que os reformados merecem mais do que ser moeda de troca numa jogada eleitoral». Também acho. Uma vida inteira de trabalho para no fim passarem a ser joguetes nas mãos dos políticos.
Simone Weil

O poema

José Tolentino Mendonça


Simone Weil lamentava que se considerasse a estética como um estudo especial, uma recôndita disciplina universitária, pois «a estética é aquilo que nos torna o espaço e o tempo sensíveis». Sophia de Mello Breyner escreve: «Dizer que a obra de arte, que o poema faz parte da cultura é uma coisa um pouco escolar e artificial. O poema, a obra de arte faz parte do real». De facto, a beleza não é um atributo, um campo à parte, uma moeda de troca, um consolo, uma técnica, um código simbólico, um artifício, uma especialidade, um suplemento, como se o Ser e a Beleza se pudessem, de alguma maneira, separar. Aquilo que o poema ensina é que a beleza é uma metafísica concreta, um ponto de união entre o invisível e o visível, encarnação do espírito, forma sensível daquilo que é suprassensível. Contra o mundo domesticado dos discursos, o poema restaura a inevitabilidade da experiência.

Dia Mundial da Poesia: Um poema de Aida Viegas



LEGADO

Poesia é legado, jamais completo
É simples tratado, suave e discreto
Que alberga tesouro sem jóias nem ouro.

Momento fugaz de alucinação
Partilha de sonhos, lampejo de amor
Reflexo de vida e de pensamento
Que mostra desnudo todo o sentimento.

É salto sem rede, sem pudor nem medo
Que rompe o silêncio, desvenda o segredo.
Mistério insondável posto a descoberto.
É brado, queixume, grito de emoção
Ou brecha escavada no muro da razão.

Espreita quem quer
E há até quem escute,
Por entre uma fonte
Que jorra alegria
E uma cascata de paz, harmonia
Uma voz sonora que uma nova vida
E um novo mundo, feliz anuncia.

Aida Viegas

A primavera aí está!


Votos de uma primavera muito feliz para todos.

Dia Mundial da Poesia - 21 de Março

Todo o tempo é de Poesia

«O Grupo Poético de Aveiro vai comemorar no dia 21 de Março, o Dia Mundial da Poesia, com um conjunto de actividades alargadas a quase todo o distrito aveirense, em parceria com a Biblioteca Municipal de Aveiro, as Águas da Região de Aveiro- ADRA e algumas escolas.
Sob o lema “Todo o tempo é de Poesia”, o GPA promoverá nos espaços das Lojas da ADRA, intervenções poéticas com leituras de poesia e distribuição de marcadores de livros com poemas de vários autores, durante a manhã e no decurso da tarde.»

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"De Aveiro ao Oriente"— Mostra de Bonsais e de Chás.


Nesta exposição, o visitante poderá encontrar diversos exemplares das mais variadas espécies de Bonsais, bem como  ficará a conhecer melhor esta arte milenar.
Além dos Bonsais, estarão em exposição diversas peças decorativas, assim como, todo o material associado à criação de Bonsais, desde ferramentas, adubos, vasos e outros.
Haverá ainda um espaço dedicado á projecção de documentário e um outro dedicado a uma mostra de chás, onde poderá conhecer e degustar várias qualidades de Chá.

domingo, 20 de março de 2011

GUERRAS: tema muito complicado


PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Novo livro de Georgino Rocha: “Clarões de Esperança”




O novo livro de Georgino Rocha — "Clarões de Esperança" — chega às livrarias no início desta semana, estando prevista a sua apresentação pública para o dia 13 de Abril, no CUFC, junto à Universidade de Aveiro.
A apresentação está a cargo da ORBIS, que convida outras associações de voluntariado, bem como a plataforma de direitos humanos, de que é membro, para o evento. A Comissão Diocesana da Cultura, de que Georgino Rocha é presidente, será parceira na organização da sessão de lançamento do livro. Presidirá o Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos.
Em entrevista ao Correio do Vouga, Georgino Rocha, revelou que “Clarões de Esperança” apresenta relatos da vida, figuras bíblicas, experiências de voluntariado, entrevistas e cartas, poemas e factos marcantes da missão da Igreja. O autor diz ainda que o livro abre «clareiras por onde se possa caminhar em liberdade e segurança», sendo necessária uma atitude «mais audaz da parte dos movimentos sociais cristãos e das instituições».

FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 229

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 12



ENA, VELHOTE! QUE MÁQUINA!...

Caríssima/o:

Há anos, em 2002, o jornal Público, na página 40, do dia 2 de Janeiro, trazia um extenso artigo: «O “vício” da bicicleta entranha-se no distrito de Aveiro». Se me permitis vou fazer umas ligeiras transcrições. Começa por afirmar:
«A Murtosa quase parece uma Pequim em ponto pequeno e em hora de ponta»
E pergunta:
«O que há de comum entre uma avó da Murtosa, alguns desportistas da Feira e o autarca de Aveiro?»
Acrescentando:
«A paixão pelas bicicletas, algo que nem o “boom” automóvel dos últimos anos conseguiu destruir. Há décadas que se intensificou o uso da bicicleta por toda a corda do distrito de Aveiro, mas onde essa paixão está verdadeiramente massificada é na Murtosa, espécie de pequena Pequim em horas de ponta.
“Talvez porque estamos numa zona plana e não é preciso carta de condução nem combustível”, opina Henrique Pinho, residente na freguesia do Bunheiro, daquele concelho, que tem três bicicleta na garagem a fazer companhia a outros tantos automóveis.»
Mas onde eu queria chegar vem agora:
«Pernas para que vos quero – Celeste Figueiredo, igualmente do Bunheiro, quis usá-las também para dar ao pedal logo aos nove anos de idade, começando então a ziguezaguear pelas ruelas da localidade numa bicicleta “emprestada sem ordem do dono”. Dinheiro para comprar uma, só o teve quando se casou e agora, aos 49 anos, continua a fazer da bicicleta o seu transporte favorito, garantindo que assim vai continuar “por muitos e bons anos”. “Se andam por aí velhotas de 70 anos em cima da bicicleta, porque hei-de eu deixá-la?...”, pergunta.»

sábado, 19 de março de 2011

«Laicismo militante» quer expulsar Deus do espaço público


Querubim Silva

«O director do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA), padre Querubim Silva, afirmou hoje que o laicismo está a estorvar as relações entre a Igreja e a cultura.
“Neste momento, um laicismo militante acaba por ter alguns efeitos perversos nessa relação, que podia e deveria ser harmoniosa”, referiu o sacerdote, que em declarações à Agência ECCLESIA denunciou a tentativa de “fazer desaparecer Deus, por completo, de todo o espaço público”.»

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Recanto de paz no Santuário de Schoenstatt

Santuário de Schoenstatt

O inverno pode ter o seu encanto para alguns, mas a primavera, ou sinais dela, envolve-nos de tal forma que nos transforma o ânimo, fazendo de nós pessoas renovadas. Acontece assim com todos os seres vivos.
Com o sol a brilhar, sem vento, dei comigo a deambular por espaços que vi nascer e crescer ao longo de décadas. Refiro-me ao Movimento de Schoenstatt que em boa hora se instalou entre nós, graças à visão dos padres Domingos Rebelo e Miguel Lencastre. De modo que, sempre que posso e o tempo permite, lá vou saborear a paz que ali se respira. Entrei no Santuário por momentos para, no meu íntimo, reviver tantas horas agradáveis de encontro comigo próprio e com o transcendente, enquanto recordei e experimentei, mais uma vez, que o Santuário é, de facto, um lugar onde é bom estar.

FM

Qual é o lugar do bispo na comunidade cristã?



Bispos cristãos

Anselmo Borges

Causou alguma admiração tanto interesse dos media, aquando do 75.º aniversário do patriarca de Lisboa, José Policarpo, e do seu pedido de resignação, sendo seguro que o Papa lhe concederá mais dois anos. Mas, afinal, o móbil dos media pareceu ser, mais do que fazer um balanço, por todos considerado positivo, a curiosidade quanto ao sucessor.
Só curiosidade? Alguma forma de pressão? A dança das cadeiras episcopais e dos seus ocupantes ainda atrai público? Afinal, a Igreja continua com peso suficiente para despertar interesse social e político? Concretamente, no caso de Lisboa, não há dúvida de que, embora o patriarca não tenha jurisdição sobre os outros bispos e não seja o "chefe" da Igreja em Portugal, de facto, mora na capital, está mais próximo do Poder e, consequentemente, não é indiferente para a sociedade o nome que se segue.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Primavera à vista


Igreja de Nossa Senhora dos Campos


Apesar de oficialmente a primavera chegar na próxima segunda-feira, 21, hoje pude saborear um tempo primaveril. Havia certezas de frio de manhã e à noite, mas o dia, meus amigos, esteve lindo.
Deambulei pela Colónia Agrícola, com ruas que se cruzam em todos os sentidos, sempre debaixo do ar resinoso dos pinheiros, com manchas aqui e ali de áreas de cultivo há muito abandonadas. Outras áreas, preparadas para aquele fim, nunca chegaram a sentir o gume da enxada ou da charrua.
Casas de antigamente, de modelo único, não se veem nos horizontes possíveis, limitado pelas ramagem dos pinheiros. Passei por instituições e serviços que aproveitaram os terrenos abandonados e as famílias que ficaram readaptaram as habitações às suas vidas, com mais filhos e netos que entretanto foram nascendo. E a velha Colónia Agrícola é agora uma povoação em crescendo, quem sabe se a caminho de uma freguesia. Voltarei ao tema.

FM

Algum PS contra Sócrates

António Costa contra ministro das Finanças

Medeiros Ferreira sugere António Costa para o lugar de Sócrates

Escola Municipal de Educação Rodoviária, hoje com mais vida

Crianças aprendem a dar as primeiras pedaladas com regras

A Escola Municipal de Educação Rodoviária (EMER), instalada na Colónia Agrícola, mesmo ao lado da Piscina Municipal da Gafanha da Nazaré, esteve hoje com mais vida, para celebrar o seu 7.º aniversário. Um programa recheado destinado a todas as escolas do concelho de Ílhavo, envolveu cerca de 200 crianças, para aprenderem, assim, a dar passos importantes na arte de andar, com regras, nas nossas estradas e ruas. Logo de manhã assisti às "corridas" dos utentes dos nossos infantários. Escusado será dizer que a EMER está aberta todo o acto, com ações programadas, para crianças das escolas do nosso concelho e não só.

Luís Miguel Cintra lê o Eclesiastes


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quinta-feira, 17 de março de 2011

Os políticos, quando estão na oposição, reivindicam o que agora negam


Profetismo corajoso
da igreja,
uma urgência à vista


António Marcelino

Os políticos no poder, pelo seu modo de falar e de agir, têm sempre razão no que fazem e no que dizem, e, no seu pensar, só eles a têm. Por isso mesmo, se fecham orgulhosamente às opiniões contrárias e às críticas sobre problemas concretos, por mais justas e legítimas que sejam umas e outras. Os mesmos políticos, quando estão na oposição, reivindicam o que agora negam. Assim se mostra, lamentavelmente, a pobreza do jogo democrático e se mina o seu sentido, bem como se mostra a impreparação de muitos políticos para a missão que a nação espera deles.