sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A propósito de uma afirmação do Cardeal Patriarca de Lisboa sobre os políticos

Bagão Félix, com oportunidade
"Sou católico apostólico romano. Activamente. E tenho respeito e consideração por D. José Policarpo. Mas fiquei estupefacto com a afirmação, surpreendente, injusta e perigosa. Surpreendente, vinda de quem bem sabe sopesar as palavras para exprimir fielmente o seu estruturado pensamento.
Injusta, tratando como igual o que é diferente. Na coisa pública, como no trabalho, na empresa, até na Igreja, há bons e maus exemplos. Reconheço que o maior escrutínio exercido sobre os políticos se justifica, pois actuam em nome e com os recursos do povo. Mas, se há quem tenha enriquecido através da política, há também quem tenha empobrecido. Se há quem seja pouco sério, há também quem se dedique com probidade absoluta. Se há quem trafique poderes, há também quem actue virtuosamente com a integralidade do carácter.

Filarmónica Gafanhense comemora o seu 175.º aniversário


Filarmónica Gafanhense

A Filarmónica Gafanhense vai comemorar o seu 175.º aniversário, no próximo dia 9 de Outubro, de cujo programa destacamos uma romagem ao cemitério da Gafanha da Nazaré (10 horas), a participação na missa dominical da igreja matriz (11.15 horas) e um concerto no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré (16 horas).
Segundo nota informativa que me chegou, a Filarmónica «é actualmente composta por um total de 43 executantes efectivos» e tem «como principal actividade a divulgação da cultura musical, actuando em procissões e romarias por toda a parte, apresentando um reportório variado, clássico e ligeiro».
Felicito a Filarmónica Gafanhense por este aniversário, desejando que no futuro continue a seguir os mesmos objectivos, alicerçados na cultura musical do povo da nossa região.


HISTÓRIA DA CATEQUESE de José Belinquete




Mesmo sem o ter lido, atrevo-me a dizer que se trata de um trabalho muito importante para todos os membros dos países de expressão lusófona. Atrevo-me a fazer esta afirmação porque conheço o autor,  muito entendido  em temas relacionados com a catequese e, além disso, por ser extremamente meticuloso nos assuntos em que se envolve. Daí a oportunidade de todos os crentes, e não só, poderem beneficiar da leitura desta obra. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Freguesias e paróquias a mais


Freguesias e paróquias, 
um problema 
e uma oportunidade
António Marcelino
O problema é real e não se pode iludir. Há freguesias e paróquias a mais no país. A oportunidade de uma solução válida, depende de quem a quiser aproveitar, mas não se pode adiar, porque adiado anda de há muito o problema. No caso das freguesias domina o problema económico, sem excluir outros de ordem humana e social. No das paróquias, o problema é pastoral e envolve a fidelidade ao adequado espírito de serviço da Igreja a pessoas concretas e uma reflexão serena sobre a natureza das estruturas eclesiais. O número das freguesias está na mesa da governação, com as tensões normais. No caso das paróquias, pela multiplicidade de responsabilidades hierárquicas independentes, o problema parece incomodar apenas pelas dificuldades, não tanto pela procura urgente de soluções viáveis e pastoralmente válidas.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ferrovia ligará Aveiro a Salamanca


Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, defendeu no programa "Prós & Contras", da RTP, a ligação ferroviária, de passageiros e mercadorias, entre Sines a Madrid e Aveiro a Salamanca, aproveitando os portos aí existentes. 
O ministro da Economia acrescentou que a intenção de criar duas linhas ferroviárias rápidas entre Portugal e Espanha consta do Plano Estratégico dos Transportes que vai ser apresentado esta semana, denotando uma aposta do Governo pelos portos marítimos e pelas linhas ferroviárias de bitola europeia, para o transporte de passageiros e mercadorias.
Santos Pereira acrescentou que as linhas "não podem parar em Madrid", numa alusão ao facto das ferrovias portuguesa e espanhola terem uma bitola ibérica, enquanto os restantes países têm bitola europeia, adiantando que os fundos alocados ao comboio de alta velocidade (TGV) poderão ser aplicados às futuras novas linhas, as quais serão em bitola europeia. 


Fonte: Porto de Aveiro

Ao sabor da maré — 4


1. Algo vai mal neste “reino” de Portugal, nomeadamente numa das suas Regiões Autónomas, a Madeira. Desde há mais de 30 anos que o “rei” da Pérola do Atlântico” não se cansa de ofender o continente, bem como os seus políticos e residentes. Usa uma linguagem desbragada, ofensiva da dignidade de adversários políticos, que toma como inimigos. Exige, reclama, chantageia, ameaça com a independência, sem que haja qualquer poder, político ou judiciário, capaz de deter as arremetidas do homem, contra todos os que não lhe dizem amem. É isto.
Por outro lado, os Açores, que estão no mesmo Atlântico, vão vivendo, democrática e respeitosamente, trilhando caminhos de progresso e de bem-estar, sem barulhos, nem ameaças, nem chantagens. O arquipélago já foi governado pelo PSD e de há anos a esta parte pelo PS. Que eu saiba, sem precisar de fantochadas e no respeito pelos demais autarcas, tenham eles as cores que tiverem.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Reitor de Coimbra avisa que "canudos" não valem nada sem conhecimento

Bons conselhos para estudantes


O reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, alertou, esta terça-feira, os estudantes caloiros de que as licenciaturas não servem para nada se estes não procurarem o conhecimento e a aquisição de competências. "Vocês vieram à procura do diploma, do canudo, mas posso dizer-vos já que isso não serve para nada. Aquilo que aqui têm de procurar é conhecimento", enfatizou o reitor na sessão de boas-vindas aos caloiros, que decorreu no Teatro Académico Gil Vicente.
João Gabriel Silva salientou que já "há muitos anos um canudo deixou de dar direito a um emprego" e advertiu os alunos para não usarem "truques, nem aldrabarem" nas avaliações das cadeiras, sob pena de se estarem a enganar a si próprios.
"A vossa tarefa-base aqui é exercitarem a vossa cabeça, aprendendo, sabendo encontrar novos caminhos, tendo a curiosidade, o empenho e a força para o fazer, mas essencialmente o que vocês vão levar da universidade é conhecimentos e competências", sublinhou, perante centenas de caloiros.
O reitor, que começou por dar as boas-vindas à "melhor universidade portuguesa", salientou que se o percurso dos estudantes "for construído neste sentido valeu a pena". "De outra forma desistam já, não vale a pena", concluiu.
No JN

O Google faz anos hoje


Quem anda pela Internet sabe que o Google, o motor de busca mais visitado do mundo, completa hoje 13 anos. Os supersticiosos hão de pensar que até pode ser um número de azar, mas não creio. E não creio porque não haverá ninguém, no ciberespaço, que o não frequente, pelas mais variadíssimas razões: para descobrir uma fonte académica ou outra; para lembrar uma efeméride, para ler uma notícia, para escolher uma foto, para localizar um acontecimento, para traduzir uma frase, etc.,  etc., etc.
Por tudo isso, os meus parabéns a quem, desde há muito, me ajuda a compreender o que me cerca nesta aldeia global em que vivemos. Com o Google, muito mais informado. 


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bento XVI termina visita ao seu país natal




"O papa Bento XVI terminou hoje a visita à Alemanha, com uma missa campal que contou com a presença de mais de cem mil fiéis, no último dia de uma deslocação marcada pelo encontro ecuménico com igrejas protestantes.
No discurso de despedida, após quatro dias de visita oficial ao país natal, o papa, de 84 anos, destacou a "emoção" da missa campal no Estádio Olímpico de Berlim, na quinta-feira, e a cordialidade com que o parlamento alemão o recebeu.
Bento XVI destacou ainda os contactos que manteve com representantes das igreja evangélica e ortodoxa -- na cidade de Erfurt (leste) - bem como com representantes da comunidade judia e islâmica alemãs."
Ler mais aqui

Santa Maria de Vagos, na Lenda e na História

Texto elaborado para a visita, de bicicleta, 
ao Santuário da Senhora de Vagos, 
em 5 de Outubro, com organização da ADIG


Das Lendas 

Diz o padre Domingos Rebelo dos Santos, antigo prior da Gafanha da Nazaré, no seu livro “O Culto a Maria na Diocese de Aveiro”, que a história de Nossa Senhora de Vagos está ligada ao mar. «Segundo a tradição, a imagem primitiva (dos finais do século XII ou princípios do século XIII) veio de França. Um navio deu à costa onde se despedaçara, e o capitão, na operação de salvamento, conseguiu trazer para terra uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que o acompanhava. Escondendo o seu tesouro, foi junto da população próxima, Esgueira, pedir ao pároco que lhe desse um lugar condigno na sua igreja.» 
Depois, acrescenta a lenda, perdeu-se o rasto da imagem… acabando por não ir para Esgueira. 
Da lenda, ainda se sabe que a D. Sancho I, estando em Viseu, «lhe aparecera a Senhora em sonhos e lhe ordenara que fosse a determinado lugar onde acharia a sua imagem, e que no mesmo lugar lhe edificasse uma capela… 
«O rei terá vindo sem guia e, com toda a facilidade, terá encontrado a imagem como a vira em sonho. Mandou construir a capela e juntamente uma torre para defesa dos que assistissem à Senhora.» 


Uma boa lição de história: os gregos

"Passei os últimos meses com os gregos, não com os modernos, mas com os antigos. Podia dar-me para pior, haverá sempre alguém que o diga. Podia, mas não era a mesma coisa.

Como há vários milénios de gregos "antigos", fico-me com algumas incursões nos séculos quinto e quarto, onde habitam a maioria dos gregos que nós conhecemos, mas que deixa de fora o mundo homérico e mais tarde os bizantinos. No centro desta fase da história grega estão várias guerras, contra os persas, a guerra do Peloponeso e, por fim, a resistência frustrada contra Filipe da Macedónia. Nestes meses de convívio grego vi e ouvi as aulas de Donald Kagan em Yale (mais de 30 horas, pelo menos), e li o seu livro sobre a guerra do Peloponeso, assim como vários textos de Tucídides e Xenofonte que vinham de arrasto. Ler por arrasto, por contágio, é uma das formas mais eficazes de ler. Não está mal."
Ler uma lição de história de Pacheco Pereira aqui

domingo, 25 de setembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Uma reflexão para este domingo


COERENTES E RESPONSÁVEIS

Georgino Rocha



As autoridades andam preocupadas e dão sinais visíveis de animosidade. E não era para menos. No templo, coração da religião e centro principal da economia, o Nazareno desafiava tudo e todos: expulsa os comerciantes, derruba as mesas dos cambistas e parte as cadeiras dos vendedores de pombas; acaba com o negócio explorador, denuncia a atitude dos que fazem do templo um covil de ladrões e realiza gestos de cura a cegos e a aleijados, gente marginalizada pela classe dirigente. Cita, em jeito de justificação a Escritura: “A Minha casa será chamada casa de oração”.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 256

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 39



BICICLETA ... EM FRASES SOLTAS... 

Caríssima/o:

Olhando para a imagem, fico com a sensação de já ter ouvido esta história... 
De George Bernard Shaw será a frase síntese: 

«Triste, triste, na velhice, é ter uma bicicleta nova e, mal ter força para dar aos pedais.» 

E como estamos em globalização, parece-me que fica bem a frase atribuída a John F. Kennedy: “Nothing compares to the simple pleasure of a bike ride.” Que poderá querer dizer qualquer coisa como:“Nada se compara ao prazer de andar de bicicleta.” Palavra puxa palavra, ou melhor, frase puxa frase, e porque não ouvirmos algumas de pessoas ditas famosas! 

“People love cycling but hate cyclists.” Atribuída a “Peter Zanzottera, senior consultant at transport consultancy Steer Davies Gleave, to Scottish Parliament’s Transport Committee, November 24th 2009”. Prometo que não digo mais nada que não seja no nosso linguajar e... o que este senhor quis dizer foi mais ou menos isto: “As pessoas gostam de ciclismo mas odeiam os ciclistas”. 

sábado, 24 de setembro de 2011

António Barreto daria um bom Presidente da República?

Marcelo Rebelo de Sousa avança com a hipótese no i de hoje


António Barreto


«Não estou a dizer que ele queira. Mas há pessoas que acham que ele devia ser candidato presidencial. Outro nome plausível é o de Leonor Beleza. Um nome teoricamente possível é Assunção Esteves, presidente do parlamento. Podemos cenarizar... Se formos para a esquerda, há o caso crónico de António Guterres, o caso menos crónico de António Costa, se porventura as hipóteses de intervenção na liderança partidária ou na candidatura a primeiro-ministro não se proporcionarem. Ou, independentemente disso, pode achar que é um passo importante numa determinada fase da sua vida. Estamos ainda a uma distância tal que são vários os nomes concebíveis, em abstracto...»

Leia a entrevista aqui

Um poema para este sábado



TELEVISÃO 


A televisão é uma fotografia de guerra 
que mexe. É um beijo mais largo que a minha cabeça. 
É uma caixa de sabão que não se cansa de lavar mais branco. 
E faz muita companhia, a mim, aos livros, ao cão. 


O arroz está mais caro. A água e a luz também. 
Eu estou mais gorda e não passou na televisão: 
a minha televisão é sensível, preocupa-se comigo, 
é como se fosse uma pessoa; melhor 
que as pessoas amigas que me contam as rugas 
e os cabelos brancos, resmungam 
por tudo e por nada, calçariam luvas 
para apanhar do chão um livro
ou mesmo o meu coração se caísse. 

 Teresa M. G. Jardim,
 Jogos Radicais, Assírio & Alvim, 2010, p. 19

 Nota: Sugestão do caderno Economia do EXPRESSO

Pacheco Pereira: cortar dinheiro ao Estado não é reformar o Estado

Pacheco Pereira garante que cortar dinheiro ao Estado não é reformar o Estado. Concordo com o conhecido político, cronista, historiador, analista e "dono" do blogue Abrupto.
Leia aqui

Lei de talião: olho por olho, dente por dente



O MILAGRE DO PERDÃO
Anselmo Borges

Já no avião, vindo de Santander, aonde fora participar num curso de Verão sobre "Transformação da Teologia na situação actual: pluralismo religioso e secularização", leio no El País um daqueles casos que nos dão o melhor da Humanidade.

Ameneh Bahramí é uma mulher iraniana de 32 anos, que não aceitou uma proposta de casamento com Majid Mohavedí. Por causa disso, este atirou-lhe ácido à cara, e ela não só ficou com o rosto desfigurado como perdeu a visão dos dois olhos. Um tribunal decidiu então aplicar a lei de talião, ainda vigente no Irão, e que Majid Mohavedí perdesse também a visão. Aplicação da lei de talião: olho por olho, dente por dente.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Moliceiros da Ria de Aveiro





“Moliceiros da Ria de Aveiro”, numa edição, a 3.ª, da Câmara Municipal de Aveiro, é uma brochura de apenas 53 páginas, que se lê ou relê num fôlego. A autarquia aveirense diz, na abertura, que entendeu «resgatar do tempo a parte mais significativa duma obra editada pelo Instituto para a Alta Cultura, em 1943, de autoria do etnógrafo D. José de Castro, sobre os Moliceiros da Ria de Aveiro». E acrescenta que este trabalho «é o resultado dum profundo trabalho de pesquisa levado a cabo ao longo de 3 anos, de 1940 a 1943, e que reflecte, em larga medida, a realidade da vida económica da Ria de Aveiro, numa época em que o Barco Moliceiro ainda desempenhava papel importantíssimo».
Para além dos escritos, desenhos e fotografias de D. José de Castro, o livrinho, muito bem ilustrado, ainda apresenta um poema de Amadeu de Sousa, um texto e fotografia de Gaspar Albino, um glossário de Diamantino Dias e mais fotografias de Manuel Gamelas e da CINEX.
Para ler ou reler, obviamente, quando houver saudades dos moliceiros ou da nossa laguna.
Voltarei a ele quando puder….

FM

O verão, triste, já lá vai, viva o outono!


O verão, triste, já lá vai, viva o outono! Será (o outono) como sempre foi: triste, acastanhado, cinzento, prenúncio do inverno que vem logo a seguir. Porque já sabemos como ele é, não estranhamos o vento, nem a chuva, nem o frio. Afinal, o outono é uma estação que não engana ninguém. 

Turismo em Aveiro: A ria sempre com interesse



Não há dúvida sobre a importância da nossa Ria de Aveiro. O turismo, sempre ouvi dizer, é um manancial com muito ainda por explorar. Quando vejo vida à sua volta, é bom sinal. Ontem os barcos não paravam com viagens sucessivas. Não sei se é assim todos os dias, mas se for todos temos de nos congratular.

OUTONO de 2011

Ilustração Portuguesa, 1922, n.º 832, 28 de Janeiro


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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Papa Bento XVI no seu país natal



Bento XVI

«Bento XVI convidou hoje os católicos alemães a manifestarem a sua pertença à Igreja, ainda que se confrontem com a “experiência dolorosa de que há peixes bons e maus, trigo e joio”.
“Se o olhar se fixa nas realidades negativas, então nunca mais se desvenda o grande e profundo mistério da Igreja”, disse o Papa, de 84 anos, na homilia da missa a que preside no estádio olímpico de Berlim, diante de dezenas de milhares de pessoas que lotaram o espaço”.
A intervenção deixou críticas aos que manifestam “insatisfação e descontentamento, se não virem realizadas as próprias ideias superficiais e erróneas de «Igreja» e os próprios «sonhos de Igreja»”.»
Ler mais aqui

ADIG: jogos tradicionais no Jardim Oudinot


Pião


A ADIG está a organizar um encontro para os interessados poderem exibir os seus dotes na área dos jogos tradicionais. No dia 2 de outubro, a partir das 14.30 horas, todos podem aparecer no Jardim Oudinot, com o material para a "guerra" dos piões. Haverá outras "guerras" sem pião, claro, como a dos calarotes. O importante é aparecer.

Aveiro: proas de moliceiros




Andei hoje por Aveiro sem destino certo. Quando assim é, até parece que enfrentamos um sensação especial e rara de liberdade. Paramos quando nos apetece, olhamos para aqui e para ali, fixamos um pormenor nunca visto e, ainda, recordamos rostos perdidos no tempo.
Verifiquei que o turismo à volta da ria está com vida, com bastantes estrangeiros a saltarem para os moliceiros para a viagem rápida pelos canais. E apreciei recantos, e falei com pessoas amigas, e visitei uma livraria para ver como param as modas, e almocei rápido num restaurante que surgiu na hora própria, e comprei uma revista do dia, e tomei café numa esplanada bastante frequentada.
Para assinalar este meu dia dedicado à cidade, registei na minha digital algumas fotos que hei de partilhar com o meus amigos. Aqui fica primeira com as proas dos moliceiros.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A ADIG já tem um blogue




A ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha) já tem o seu blogue (http://adig-blog.blogspot.com/), com o intuito de partilhar com o mundo do ciberespaço informações, saberes, vontades, apostas e tudo o mais que venha a ter interesse para a valorização do nosso presente e futuro, sempre tendo em conta o nosso passado.
Será, tanto quanto é justo supor, um espaço de partilha, de troca de conhecimentos e até de emoções, na certeza de que somos gente com vontade de se exprimir com verdade e com arte.
Todos esperamos que os entusiasmos ora rejuvenescidos não esmoreçam nem sejam levados por nortadas, por mais fortes que elas se apresentem.
Ver aqui

Morreu o pintor Júlio Resende




"O pintor Júlio Resende morreu esta quarta-feira, em Valbom, Gondomar, aos 93 anos. O corpo do artista ficará em câmara-ardente na igreja paroquial de Valbom"
Ler mais aqui
Nota: Trabalho do pintor

O Sol bem quer furar, mas por vezes não consegue




O Sol bem quer furar para nos aquecer, mas nem sempre o consegue. Todos o desejamos e lhe suplicamos que desça até nós, mas as forças estão muito em baixo. É pena, claro.

Como é lida a Igreja em Portugal pela comunicação social




Janelas estreitas 
e relações limitadas

António Marcelino


«Há meios de comunicação social que, não só em relação à Igreja, mas também à política e a outras realidades sociais importantes, “adoram o conflito”, a divisão e o confronto, ainda que inútil, quando não mesmo ridículo. É seu gosto preferido explorar o que pode dividir e provocar fricção. É isto o que se vende a leitores ou ouvintes superficiais, sempre ávidos de novidades que choquem. Será esta a sua missão?»

Visita inesperada do Ruben e da Anabela



Ruben e Anabela


O Ruben Branco, que foi meu aluno, teve ontem a gentileza de me visitar. Vinha acompanhado de sua esposa Anabela. Já não os via há anos, mas foi com facilidade que os reconheci. Os mesmos olhos, as mesmas expressões, os mesmos sorrisos, as mesmas simpatias. Foi bom recebê-los e saber novas suas. Estão de férias entre nós e foi muito bom sentir que não se esqueceram desta nossa terra e sua gente. Lembrámos outras eras, amizades comuns e experiências vividas, ao mesmo tempo que vieram até nós pessoas e acontecimentos que perduram nas nossas memórias. E também fiquei a conhecer quanto apreciam o nosso país, com belezas que não nos cansamos de admirar e elogiar.A visita mostra que é possível e necessários conjugar outras eras com os tempos presentes, partilhando amizades, sensibilidades e emoções que alegram as nossas almas e enriquecem as nossas recordações ainda resistentes aos trabalhos da vida. Vão regressar e daqui, desde meu recanto, formulo votos sinceros de boa viagem e das maiores felicidades.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Figueira da Foz: maneira delicada de educar





EXPRESSO: Portugal é o país da Europa com mais autoestradas per capita

Portugal é o país da Europa com mais autoestradas per capita, o que promove ainda mais o uso do carro em detrimento da utilização dos transportes públicos, afirmou hoje um responsável da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM).
"Portugal tentou melhorar a mobilização com uma solução de 'penso rápido', que foi através do investimento em infraestruturas rodoviárias pesadas, nomeadamente autoestradas e hoje é o país da Europa com mais autoestradas per capita", disse Mário Alves à agência Lusa. Ver aqui

MUITO SE COMENTA, MAS POUCO SE FAZ

NO TEMPO DOS COMENTÁRIOS
Sandra Costa Saldanha


Deambulando pela vida alheia, descobrindo novidades sem interesse, discutindo tudo e criticando todos, cresce assustadoramente o número daqueles que perdem horas presos a um post ou a uma notícia online. Nos últimos meses, mais atentos às medidas de austeridade, mesmo até às políticas incompreensíveis, não somos só invadidos com notícias, mas verdadeiramente bombardeados de comentários, em que todos opinam, publicam e republicam, partilham e sugerem.

Mais um novo ano se iniciou

Árvore

Entrada


Regresso às aulas 
Maria Donzília Almeida

“Naquele tempo, a Escola 
era risonha e franca” 
Alcino Antunes 

Mais um novo ano se iniciou para aos alunos, sob os auspícios da mudança! Se já o filósofo Heráclito afirmou que a mudança é a maior e única constante da vida, nós como povo, temos vindo a assistir a grandes alterações na sociedade portuguesa. 
No setor a que me reporto, a educação, têm-se verificado grandes mudanças: a redução drástica de professores nas escolas, que atirou muitos para o desemprego, após “n” anos de serviço; a extinção de áreas curriculares não disciplinares como a Área de Projeto e o Estudo Acompanhado; o aumento da carga horária em Português e Matemática. Quanto a esta medida, interrogam-se os professores se será assim tão benéfico, quanto pensa a tutela, ou se não será asfixiante para os alunos que já passam muitas horas encerrados numa sala de aula. Os cortes orçamentais que a Troika nos impôs, começam a fazer-se sentir no quotidiano das escolas. Quando os nossos governantes cometem erros crassos na governação do país, é lamentável e injusto, que seja o povo trabalhador a arcar com as consequências

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Procissão pela Ria em honra da Senhora dos Navegantes


Traineira Jesus nas Oliveiras (Foto do Marintimidades)


Razões ponderosas impediram-me de admirar a procissão pela ria em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com todo o seu colorido. Nem sequer pude participar na eucaristia nem assistir ao festival de folclore e ao concerto da Filarmónica Gafanhense. Ficará para o ano, se Deus quiser. Contudo, e com a devida vénia, ofereço aos meus amigos e leitores a excelente e oportuna descrição feita por Ana Maria Lopes, no seu blogue Marintimidades, que  podem ver aqui

Ao Sabor da Maré - 3

1. Cumpriu-se ontem, mais uma vez, a tradição da festa em honra da Senhora dos Navegantes, com a procissão pela Ria de Aveiro, que, esta, não é assim tão antiga como muita gente pensa. Começou, realmente, depois do 25 de Abril e, após uma pausa, foi retomada logo a seguir à EXPO'98, com experiências ouvidas pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, durante uma festa que lá teve lugar. De qualquer forma, a ideia surgiu, criou raízes e tem-se mantido, graças no Etnográfico e ao apoio incondicional da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré.
Movimenta muita gente, muita coragem, mas também, certamente, muita devoção à Mãe de Deus, por quem, neste caso, vive as agruras do Mar, na busca de sustento para si e para a sua família. Esta festa, como todas as festas, aliás, tem muito de positivo. Aproxima as pessoas, gera fraternidade, provoca encontros quantas vezes inesperados, une as famílias, alimenta convívios nem sempre fáceis, promove a alegria e desperta vínculos de fé porventura adormecidos.
Daí o meu apoio e o meu interesse pelas festas populares. Contudo, não aprovo gastos exorbitantes, foguetes em demasia, artistas musicais sem nível ou mesmo rascas, muito embora, neste caso, haja outros gostos.
2. Com a demagogia de alguns políticos que até se dão ao luxo de brincar com coisas sérias é de aceitar, à partida, um certo desânimo por parte de muito boa gente. Portugal está a enfrentar uma grande crise, agravada com dívidas escondidas pelo "rei" da Madeira. Todos os portugueses de boa-fé sabem que o problema não se resolve com silêncios cúmplices nem com explicações esfarrapadas. O jornal i, de hoje, diz,  com razão: "Se [Passos Coelho] não puser na ordem Jardim, vai perder toda a autoridade política. Não pode estar a pedir austeridade a quem trabalha, cortar 3000 milhões de euros no Estado social e permitir ao seu companheiro de partido esconder o buraco das contas sem fazer nada." E acrescenta: "Há mais de 30 anos que [Alberto João Jardim] ergueu um Estado clientelar na Madeira. Jornais, clubes, empresas dependem de Jardim. Está sempre a arengar contra o "continente". É altura de ser colocado na ordem. Os governantes têm de cumprir a lei."

domingo, 18 de setembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Uma Reflexão para este Domingo



PATRÃO BONDOSO, 
TRABALHADORES CIUMENTOS

Georgino Rocha


Pedro continua com as suas dúvidas interiores. E quer dissipá-las. Tinha aderido ao grupo do Mestre sem condições. Havia assinado um contrato em branco. Depois de tudo o que viu e ouviu, acha que chegou a hora de o preencher: E desabafa: Deixámos tudo, qual vai ser a nossa recompensa? Que nos espera no futuro? Com que podemos contar?
Jesus, que conhece bem os corações, dá-lhe uma resposta clarificadora. Aproveita a oportunidade do encontro com os discípulos e lança mão de um costume usual no campo que serve de base à sua parábola: a dos trabalhadores da vinha contratados pelo proprietário.
Este dono da vinha sai de madrugada, às nove da manhã, ao meio-dia, às três da tarde e, ainda, às cinco (uma hora antes de terminar a jornada laboral). Que o levaria a tantas saídas? Que segredo animaria a sua decisão? Que procurava com tanta urgência e preocupação?

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 255


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 38 




BICICLETAS E PRESIDENTES DE CÂMARAS 

Caríssima/o: 

Campanha: "Bicicleta Solidária" 
Reis de bicicleta... 
APRENDER A ANDAR DE BICICLETA 
Procura Bicicleta? 
É de louvar a iniciativa de pedalar em Lisboa 
A bicicleta na Marinha Grande 
Ciclovia Torreira (N327). Aveiro 
IV Fórum Murtosa CiclávelRepública das Bicicletas em Aveiro 
Murtosa ciclável 
A volta à Murtosa em bicicleta, a Primavera ciclável, os sucessivos bike papers, o passeio cicloturístico do emigrante, prémio nacional Mobilidade em Bicicleta,Ria de Aveiro e o lazer ciclável... 
Autarca incentiva uso da bicicleta em deslocações de serviço 
"Presidente da Câmara Municipal de Murtosa, que se desloca diariamente para o trabalho em bicicleta, pôs à disposição dos funcionários oito velocípedes para pequenos trajectos. 
Paredes: Cidade inaugura serviço de partilha de bicicletas 
Primeiro festival ciclável da Ria de Aveiro 
Bicicletas do início do século XX serão estrelas da Primavera Ciclável 
O município da Murtosa vai acolher o 9º Congresso Ibérico “A Bicicleta e a Cidade” em 2012. Encontro de bicicletas Pasteleiras – Murtosa 
Vai uma volta de BUGA? BUGA - Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro 
"Ciclistas de todas as idades inauguraram, este sábado, o primeiro troço NaturRia (percurso visitável da natureza), que liga o cais do Bico à ponte da Varela, numa extensão de 10,5 quilómetros, pelas margens da ria de Aveiro. 
Aveirense ligou Luanda a Maputo em bicicleta 
Atravessar a ria de Aveiro... de bicicleta 
GAFANHA SETEMBRO | TER 14 às 14:30. A Bicicleta da República 
Maratona BTT - rota do bacalhau - Ilhavo - 06 Junho 2010 
Fátima - Ilhavo pelos Caminhos de Santiago X Grande Pedalada.Ilhavo 2010-06-19 
Ciclistas podem ir da Gafanha até Aveiro... mas não podem regressar! (SIC) 
«Para quem não possui bicicleta própria, agora é possível alugar bicicletas numa loja situada na Avenida Fernão Magalhães junto ao largo do Farol na Praia da Barra (234 041 733). 

Hoje apetecia-me encher o espaço com transcrição de títulos. Aí fica uma pequena parte dos que têm sido publicados pela imprensa regional. A Gafanha, Ílhavo e Aveiro surgem com alguma frequência mas, factos são factos, a Murtosa sobressai. 
E não é por acaso: Santos Sousa, o presidente da Câmara, apostou forte. Assim o dão a entender os jornais e isso o vemos na estrada quando passa por nós na sua bicicleta, sorridente e a vender boa disposição no cumprimento que avança enquanto suspende a pedalada. 
Não serei eu a especificar as muitas iniciativas lançadas pela edilidade; podemos dizer que têm funcionado como motivação para outras tantas que encantam e põem em movimento engrenagens ferrugentas e que não circulavam há uns bons pares de décadas. 
Mérito e muito o seu e o da sua equipa. 
Mas, porque já bem ferrugento, a tendência é para andar devagar e ... às vezes, a escorregar para trás... batendo com a memória em pessoas e factos que marcaram terras e pessoas. Por tal, lembrarei o senhor Rocha e o doutor Apolinário Portugal. E perguntareis: afinal que tinham de comum? 
Ambos autarcas, o seu transporte era a bicicleta... e não havia dinheiro para mais. 
Outros tempos... outras mobilidades e diferentes sustentabilidades.

Manuel 

sábado, 17 de setembro de 2011

OS POLÍTICOS... NÃO PODEM ENRIQUECER

A QUESTÃO DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
"Toda a gente quer atacar o enriquecimento ilícito e eu também. Não tenho dúvidas de como é chocante vermos diante dos nossos olhos pessoas que conhecíamos sem ter nada, ou quase nada, e que tendo essencialmente actividade política, tornaram-se milionários. Ora isto é uma impossibilidade nos seus termos. Como já o disse um político que viva do seu salário e do trabalho complementar que a lei lhe permite, pode viver bem, mas não pode enriquecer. Pura e simplesmente não pode. E no entanto…"
Veja a opinião de Pacheco Pereira aqui

Exposição de fotografias de Pedro Loureiro





Foi inaugurada hoje, no Museu do Neo-Realismo, em  Vila Franca de Xira, a  exposição “The Return of the Real – 16”, intitulada “A Figura”,  de Pedro Loureiro, que ficará patente até 11 de Dezembro de 2011.
O convite da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e do Museu do Neo-Realismo sublinha que «o conjunto de retratos agora apresentado por Pedro Loureiro resulta de um jogo imagético que procura descobrir o fio de identidade que existe ainda entre a memória das figuras que outrora alimentaram a literatura redoliana e os ambientes humanos encontrados hoje nas mesmas regiões, procurando assim ecos dessa relação etnográfica com os grupos sociais que chamaram a atenção cívica e narrativa de Alves Redol e a dissonância manifesta, necessariamente, pela nossa contemporaneidade».

Poesia para este sábado




Quem regressa a Portugal

Quem regressa a Portugal regressa ao medo
de falar sem alçapões de protecção
conventual, ao respeitinho pelos títulos
de borra, à timidez de protestar nas oficinas,
nos empregos, nos polés, nos hospitais.

Volta ao gozo bichaneiro da franqueza
pelas costas, ao bitate regougado
pela incúria, ao leve gás do palavrão
desopilante, pusilânime, vendado,
ao complacente desamor da liberdade.

Regressar a Portugal é regressar
ao desapego por direitos e deveres,
à indiferença pela história colectiva,
pelo que quer que sobrepuje o cá-se-vai
dum comodismo sem coragem nem prazer.

É regressar a horizontes de betão
e eucalipto, a frustrados atoleiros
de automóveis à deriva, ao fanico
de salários sobrevivos, mordaçantes,
ao cajado da lisonja e da preguiça.

Quem regressa a Portugal, regressa ao tempo,
sobretudo, da infância, que o lugar
já foi levado (não me canso de o dizer,
nem me conformo) pelo tufão da mais-valia
predial. Mas se o tempo da infância

cabe inteiro na memória, quem regressa
a Portugal, regressa a quê e para quê?

José Miguel Silva
 Eucaliptal

Sugerido hoje pelo Caderno Economia do EXPRESSO

Direitos dos animais: tema para refletir...




DIREITOS DOS ANIMAIS?

Anselmo Borges

Sobre esta questão complexa, existem três posições filosófico-jurídicas fundamentais. No Ocidente, predomina a concepção chamada kantiana, que só reconhece direitos às pessoas. Nas últimas décadas, o movimento animalista vem defendendo a tese de que há animais não humanos que são pessoas. A terceira proposta é a de um modelo de sociedade na qual se reconhece a dignidade dos humanos, mas tem em atenção o valor dos animais.
1 Na concepção predominante, só a pessoa humana é sujeito de direitos. A dignidade da pessoa humana é o fundamento dos direitos humanos. Mas significa isso que os animais devam ser remetidos para o domínio das coisas? O constitucionalista J. Gomes Canotilho pergunta justamente, numa obra colectiva sobre os desafios para a Igreja de Bento XVI, se precisamente um desses desafios não é desenvolver uma ecologia em que "as diferenças entre 'algo e alguém' não remetam para o domínio das coisas a problemática humana dos outros seres vivos da Terra".

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Política em Portugal

No i de hoje
"O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje em Paris que a situação da Madeira configura "uma irregularidade grave", afirmando que o executivo já está a elaborar legislação para que tal não se repita."
Em Portugal muito se brinca a nível da política. E o problema, que é grave, está, fundamentalmente, na falta de coragem dos chefes máximos em pôr na ordem quem prevarica. Não há Presidente da República, Primeiro-ministro, ministros, Tribunais, Parlamento... Ninguém é capaz de impor respeito neste país. 

 Ler aqui

Outra vez as minhas férias

As crises e as limitações normais de idade e outras só me permitiram ficar pela Figueira da Foz. Já não foi nada mau!
Tantos outros ficaram pelos horizontes do dia a dia. Aqui ficam três imagens dessas férias, apesar de tudo muito boas.



Figueira vista do cimo da Serra da Boa Viagem, com areal à vista



Farol do Mondego, mais antigo do que o de Aveiro. Tem data de 1858



A energia eólica a implantar-se na Serra da Boa Viagem

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Há doentes e idosos à espera da nossa visita

Visitar doentes: 
maneira de santificar o domingo 



Rosa Lé, viúva de João Vilarinho das Neves, é visitadora de doentes na nossa paróquia. Oficialmente começou há cerca de um ano, quando respondeu ao apelo do Prior da Gafanha da Nazaré, Padre Francisco Melo, dirigido a todos os que se sentissem vocacionados para o serviço de apoio aos idosos e doente. Mas Rosa Lé já tinha, desde muito nova, a experiência de visitar os doentes, sobretudo na Marinha Velha, lugar onde nasceu e com o qual mais se identifica por conhecer toda a gente. 

Quando menina acompanhava regularmente sua mãe, Custódia Lé, nessa missão de caridade e de apoio a quem sofre, na companhia de Maria da Luz Bola. Aconteceu isto na década de 50 do século passado. E Rosa Lé recorda-nos esses tempos de «muita pobreza», o que levava sua mãe com a referida vizinha a desenvolverem iniciativas de ajuda às famílias encontradas em situação precária, ao mesmo tempo que solicitavam a cooperação da comunidade.

Partilhar saber é partilhar vida



De professores de disciplinas 
a educadores e mestres de vida

António Marcelino

Participei, com muito proveito, num seminário orientado para a formação de professores das escolas católicas, sem outro interesse que a sua qualificação de educadores cristãos. Mais de duzentos, vindos de todo o país, participando livremente e preocupados em somar créditos, não para si, mas para os seus alunos. Os orientadores eram leigos, vindos de Espanha, professores investigadores, que, neste Verão, como já o fizeram em anos anteriores, ele acabava de chegar da Guatemala e ela dos Camarões. Viagens à sua custa, trabalho totalmente gratuito para ajudarem a qualificar as escolas, por rudimentares que fossem, e a formação dos seus docentes. Também este testemunho qualifica o seu trabalho.

O amor é sobretudo milagre da comunhão


Abraçados podemos voar

José Tolentino Mendonça

Para a Elodie e o Marco Miranda


Tenho tido nestes anos, como padre, a gratíssima alegria de casar dezenas de amigos. Sei por eles, e da forma mais pura, a verdade daquele verso de Dante que diz: «o amor move o sol e as outras estrelas». Ao olhar para o interior das suas vidas, para dentro dos seus sonhos e até dos seus temores é esse incomparável mistério que se deteta: o modo como o amor, como a frágil força do amor é capaz de mover, de transfigurar e de unir, até ao fim, cada fragmento do corpo e cada filamento da alma.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

FUTEBOL ATÉ ENJOAR

"NADA. ESTÁ SÓ A FALAR"
A história é conhecida. Ante alguém que falava muito e depressa, outro perguntou: “O que está ele a dizer?”- “Nada. Está só a falar!”. Hoje a televisão está cheia de gente que só fala. De futebol até enjoar, de política de igual modo, e de nada, em muitas horas e em todos os canais. Naturalmente é isto o “serviço público” entendido por públicos e privados. Fora disto, há programas em que se vêm ou se ouvem com gosto, mas para logo esquecer. O bom que faz bem e perdura chega, muitas vezes, fora de horas para gente que trabalha.
Assim se acumula o défice cultural. Mesmo quando são programas para divertir, e abundam neste sentido, podia-se também instruir e formar. Se não se forma o sentido crítico e a capacidade de discernir, se não se abrem horizontes de saber, é tudo emoção para logo deitar fora. Programas onde se testa a cultura geral e a informação, frequentemente são, pelos intervenientes, uma verdadeira lástima.
Os minutos de televisão custam milhares.
Mereciam melhor aproveitamento. Será isso o que interessa ao Estado e aos privados, nivelar por baixo, porque é assim que as audiências crescem?
António Marcelino

Bombeiros de Ílhavo precisam de mais sócios




Os Bombeiros de Ílhavo precisam de chegar aos 10 mil sócios, porque só assim "será possível garantir a sustentabilidade da corporação", afirma Hélder Bartolomeu, que acrescenta: "num concelho com 40 mil habitantes não podemos ter apenas 3700 sócios". Isto mesmo li no "site" da Rádio Terra Nova.
Também li que o comandante da corporação, Carlos Mouro, continua "optimista, apesar da crise e da saída de alguns bombeiros que estão obrigados a emigrar, em manter a resposta operacional".

Vale mais o caminho do que a estalagem



O Caminho e a Estalagem

José Tolentino Mendonça

Chega setembro e damos por nós a conjugar regressos. Há duas maneiras de encarar este reencontro com o nosso quadro habitual de vida. Podemos entendê-lo como um retomar simples de um percurso que a pausa estival interrompeu. Voltamos aos mesmos lugares, ao mesmo ritmo, aos mesmos tiques rotineiros, como se a vida fosse um contínuo inalterado. Ou podemos voltar, tendo ganho uma distância crítica e criativa, em relação ao modo como habitamos o real que nos cabe. Sentimos então, como naquele verso de Rainer Maria Rilke, que temos de chegar ao que conhecemos e arriscar olhá-lo como se fosse a primeira vez. De facto, a vida, nas suas várias expressões (laborais, familiares, afetivas…) precisa de recomeços que o sejam verdadeiramente. Não nos podemos instalar simplesmente nas vitórias de ontem, nos saberes adquiridos de um dia, nas experiências de uma determinada etapa. O recomeço supõe uma abertura esperançada em relação ao hoje, encarando-o com a pobreza e a ousadia de quem aceita, depois de ter percorrido já uma estrada, considerar que está novamente, e que estará até ao fim, a viver sucessivos pontos de partida.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Recordando descontentamentos de alguns gafanhões

Hoje recordei aqui  certos descontentamentos de alguns gafanhões em relação a Ílhavo. Os tempos são outros e a democracia tem as suas regras. Contudo, não nos fica mal recordar peripécias com alguma graça ou sem graça nenhuma.

Por estranho que pareça: Ajudas à UE

Por estranho que pareça, os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vão reunir-se para tentar ajudar a União Europeia a sair da crise. Países que nos habituámos a ver com atrasos em relação à Europa e com pobreza em cada canto estão agora na mó de cima e até dispostos a prestarem uma preciosa ajuda...

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Atenção vigilante face à crise



O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, da Igreja Católica em Portugal, pediu hoje em Fátima uma aposta na “escuta de atitudes inovadoras já em ato” e “atenção vigilante” perante a atual crise.
D. Carlos Azevedo falava na abertura do 27.º Encontro da Pastoral Social, promovido pela referida comissão episcopal até à próxima quinta-feira, tendo como tema ‘Desenvolvimento local, caridade global’.
Este responsável falou numa situação “dura, aflitiva e incerta para tantos”, que exige “reflexão”, por parte dos católicos.
Presente na cerimónia inaugural deste encontro, com várias centenas de participantes, esteve o cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo, que apelou a uma “maior atenção ao próximo”.
No mesmo sentido, D. Carlos Azevedo destacou a importância de “relações de proximidade” e de formar “comunidades de irmãos, na relação de radical igualdade e dignidade é o caminho”.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Escola moderna e Escola antiga


Escola da Tia Zefa

As televisões deram hoje largos espaços às Escolas que receberam a visita do primeiro-ministro Passos Coelho. Divulgaram escolas-modelo onde nada falta, desde salas amplas com bastante luz até modermos equipamentos para uma melhor educação e um mais eficiente ensino. Gostei de ver e de ficar a conhecer. Também falaram, como é óbvio, de lacunas imperdoáveis para os tempos de hoje, como a falta de empregados não docentes e de verbas para energia, que garanta aquecimento em épocas de invernia. É bom podermos oferecer o melhor às novas gerações, para que todos se sintam bem nas horas da sua formação académica e humana, a vários níveis.
O tempo das carências do essencial já lá vai. Fui aluno e professor em momentos de pobreza muito acentuada. Não havia empregados, nem aquecimento, na iluminação elétrica, nem carteiras para todos os alunos, nem turmas reduzidas, nem material escolar sofisticado, nem esferográficas, nem manuais especiais.
Recordo os dias invernosos. Quando o professor chegava, mandava-nos correr pela rua, que era o recreio de então, frente à escola da ti Zefa. Garantia que ficávamos mais quentes. E na sala, quando o frio apertava, dava ordens para batermos com as mãos nos ombros, cruzando os braços. As mãos ficavam à moda de se poder escrever na lousa ou no quadro. A limpeza da escola era feita pelos alunos, com a ajuda do professor. O lixo acumulado era tanto, que até apetecia pegar numa pá para o remover com mais facilidade.
Tempos incríveis, muito difíceis, que espero não voltem mais. Este desabafo tem como finalidade, apenas e só, lembrar que hoje tudo é diferente. Muito melhor que há décadas, está bem de ver. E ainda bem!

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro




A comunicação social recordou hoje, e bem, o horror do 11 de setembro de há dez anos. Dizem alguns analistas que o ataque terrorista marcou indelevelmente a história, com um antes e um depois desse dia. Também julgo que sim.  O terrorismo, desencadeado por fanáticos religiosos, é a mais terrível guerra dos nossos dias, porque é uma guerra covarde e, pior do que isso, em nome de Deus. 
Olhando para o que se passou, com ódios a dominar os homens em pleno século XXI, nunca poderemos compreender esta ligação de pessoas crentes ao horror, ao terrorismo. E no entanto, temos de reconhecer que, infelizmente, incompreensivelmente, no seio de doutrinas religiosas também existem raivas fratricidas e mentes doentias, capazes de pregar a violência.

Lições islandesas

Rui Tavares explicou, há dias, no Público, como é que a Islândia se libertou do FMI. Não sei se o retrato foi feito com rigor. De qualquer modo fica aqui - Posted using BlogPress from my iPad

As sete maravilhas da nossa gastronomia







Os portugueses que votaram decidiram. Não estarei à altura de me pronunciar, mas terei, naturalmente, as minhas opiniões. O que posso concluir é que muita coisa boa ficou de fora, como, por exemplo, o cozido à portuguesa, os ovos-moles, a caldeirada de enguias, entre outras delícias. Mas votações populares são democráticas e temos de as respeitar. Quero, contudo, dizer que, por vezes, as escolhas nem sempre batem certo com os nossos gostos. 
Vejam aqui