quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Universidade de Coimbra

Um texto de Maria Donzília Almeida

Universidade de Coimbra


A Universidade de Coimbra é uma das mais antigas da Europa. Os Estudos Gerais foram fundados, em Lisboa, por D. Dinis, em 1290, tendo sido transferidos para Coimbra, em 1308. Após um vai e vem entre as duas cidades, foi definitivamente, transferida para Coimbra em 1537, vindo a ocupar os edifícios do Paço Real da Alcáçova. Durante os reinados de D. João V e D. José I, a instituição sofreu grandes reformas, não só a nível do ensino, mas também no que concerne à construção de novos edifícios de estilo barroco e neo-clássico. 


O macro edifício inclui a Biblioteca Joanina cuja construção se iniciou em 1717, sob a égide de D. João V e é a mais famosa biblioteca de Portugal, pela singularidade do seu estilo. No piso superior, a biblioteca é composta por três salas, comunicantes por arcos decorados em madeira policromada, idênticos à estrutura do portal. As paredes estão cobertas por estantes lacadas de vermelho, verde-escuro e negro, com decorações em chinoiserie dourada. Ao gosto barroco, os tetos estão ornamentados com decorações de ilusão óptica. Os mais de 300 mil volumes que esta "Casa da Livraria" comporta, distribuem-se desde o século XII ao século XVIII, sobressaindo exemplares que versam áreas como o Direito Civil e Canónico, a Teologia e a Filosofia. 



As obras da construção da Capela de S. Miguel, (capela da universidade), iniciaram-se em 1517, sob a direção do arquiteto Marcos Pires. A fachada mostra uma porta em estilo manuelino, com acesso lateral através de uma porta neoclássica. No interior, é possível admirar um imponente órgão barroco de 1733, decorado em talha e chinoiserie ao estilo D. João V. As paredes da nave, são revestidas de azulejos de tipo tapete, do século XVII, e do século XVIII, os da capela-mor. O retábulo principal, de 1605, é um trabalho maneirista. 

OVOS-MOLES: O PRIMEIRO DOCE CERTIFICADO



Sobre os nossos ovos-moles, é bom conhecer tudo, comê-los e saboreá-los, com a convicção de que é um doce certificado e com muita qualidade. Podem ser conservados no frio sem perderem o sabor original. 
Leia mais aqui um texto da jornalista Maria José Santana, que me foi enviado por pessoa amiga.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

CONCURSO DE FOTOGRAFIA - "OLHOS SOBRE O MAR"



O Executivo Municipal aprovou as Normas de Participação no IX Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar", com o objetivo de posicionar o Município de Ílhavo como referência incontornável na temática do Mar.
O Concurso é aberto a todos os fotógrafos profissionais ou amadores (e tem carácter nacional), tendo como tema “O Mar” em todas as suas vertentes. Dividido em duas secções (cor e preto e branco), cada participante pode apresentar até um máximo de três fotografias por secção. A data limite de receção das fotografias a concurso é 22 de Junho de 2012.
Para mais informações contactar o secretariado do concurso através do 234 329 600 ou geral@cm-ilhavo.pt

Bispo do Porto no lançamento de um livro de João Gaspar


No Salão Nobre do Teatro Aveirense, 
8 de março, pelas 18.30 horas


No próximo dia 8 de março, pelas 18.30 horas, no salão nobre do Teatro Aveirense, vai ser apresentado publicamente o livro “1.ª REPÚBLICA PORTUGUESA E IGREJA CATÓLICA”, de Monsenhor João Gonçalves Gaspar. A apresentação será feita por D. Manuel Clemente, Bispo do Porto – o autor do prefácio.
Este é mais um trabalho do Vigário-Geral da Diocese de Aveiro e historiador, com larga obra publicada. Trata-se de um trabalho que surgiu, com oportunidade, no âmbito das celebrações do Centenário da República, oferecendo uma leitura enriquecedora, já que o livro foi elaborado com base em dados novos ou pouco divulgados.
O Bispo do Porto diz, no Prefácio, que «Monsenhor Gaspar nos dá boas contribuições, com referências documentais que não conhecíamos ou precisavam de integração», referindo que «o equilíbrio dos seus comentários coincide geralmente com o resultado geral das (...) publicações do centenário».

Fidel regressa à Igreja Católica?

No jornal i de hoje

(Clicar na imagem para ampliar)

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Volta, Cegonha!


Fotografia de Amorosa Oliveira

No momento único, irrepetível, e no ângulo exato, Amorosa Oliveira, da turma de Fotografia da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo, registou esta belíssima imagem que não terá igual. A arte está, garantidamente, na sensibilidade da artista, na procura do sítio ideal, na certeza do disparo, na moldura captada, nas cores e tonalidades, nos contrastes e nas sombras, nas silhuetas e no motivo central: a cegonha, que volta sempre ao ninho onde nasceu para nidificar e perpetuar a espécie. 
Emoldurada pelo ambiente que escolheu para si e para a sua descendência, a cegonha, serena, nas alturas onde se sente bem, contempla paisagens a perder de vista, enquanto sonha novas partidas para novos regressos. Volta, cegonha, que a região do Vouga gosta muito de ti!

Fernando Martins



TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 279

PITADAS DE SAL – 9



QUERO TANTO A MEU PAI,
COMO A COMIDA QUER O SAL

Caríssima/o:

Hoje é dia de conto; deliciemo-nos e apreciemos como o povo polvilha a vida com casos simples mas recheados de bons temperos.


«Um rei tinha três filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais velha respondeu:
– Quero mais a meu pai, do que à luz do Sol.

Respondeu a do meio:
– Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.

A mais moça respondeu:
– Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal.

O rei entendeu por isto que a filha mais nova o não amava tanto como as outras, e pô-la fora do palácio. Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palácio de um rei, e aí se ofereceu para ser cozinheira.

VENCER A TENTAÇÃO

Uma reflexão de Georgino Rocha



É impressionante o que acontece a Jesus, após o baptismo. Imediatamente, se dirige ao deserto. Sem prestar contas a ninguém. Fá-lo “empurrado” pelo Espírito Santo. Abdica dos laços familiares de sangue. Fica entregue a si mesmo e à novidade que vai surgir.
É esclarecedor e provocante o motivo que o leva ao deserto: ser tentado por Satanás, a figuração por excelência das forças do mal. A tentação assalta-o ao longo de quarentas dias, o tempo da sua estadia entre animais selvagens. Marcos, o autor da narrativa não diz mais. Mas, não é difícil – como aliás fazem Mateus e Lucas – ir mais longe e ser mais pormenorizado.

O deserto e a tentação surgem como metáforas da realidade humana. Hoje, revestem as formas da nossa situação histórica e social, da nossa cultura fragmentada e subjectivista, da nossa economia precária e subjugada, da nossa religião predominantemente pendente do gosto do “cliente” e das tradições.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

LUGARES COM MEMÓRIA DE CASIMIRO MADAIL






De 3 a 31 de Março, vai estar patente na Biblioteca Municipal de Ílhavo uma exposição de fotografia a preto e branco de autoria de Casimiro Madail.
Esta nova exposição é composta por um conjunto de fotografias, a preto e branco, que pretende reflectir, no olhar do fotógrafo, sentimentos e emoções das visitas a Auschwitz, Birkenau e a alguns recantos da Normandia, que evocam o "Dia D", lugares marcantes da II Guerra Mundial, que ficaram na memória colectiva pelo seu significado e pela violência a que estão associados, e que cada vez mais é urgente lembrar às gerações actuais.

POESIA PARA ESTE SÁBADO

Sugestão do Caderno ECONOMIA DO EXPRESSO



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História de amor que passa a história de desamor


Um livro de Aida Viegas

Aida Viegas

“Laura — Um Grito no Silêncio”

Participei ontem, em Aveiro, na Casa da Cultura, no lançamento do mais recente livro da escritora Aida Viegas, “Laura — Um Grito no Silêncio”, uma edição da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro. Trata-se de um romance que casa bem na obra de Aida Viegas, que inclui poesia, contos, história e memórias. A autora é ainda artista plástica, oferecendo à comunidade a sua envolvência empenhada e qualificada em diversas áreas do saber e da cultura. A sessão foi organizada pela Academia de Saberes a que Aida Viegas está ligada.

Idália Sá Chaves

A apresentação do livro esteve a cargo de Idália Sá Chaves, amiga da autora e apreciadora do seu labor literário, que elucidou os presentes, com riqueza de pormenores, num trabalho escrito e muito bem elaborado, a trama romanesca do livro “Laura — Um Grito no Silêncio”, que aborda, com largo sentido de oportunidade, a problemática da violência doméstica de todos os tempos e tão notória nos dias de hoje. E a este propósito, Idália Sá Chaves sublinhou que sabemos ensinar artes e ciências, mas nenhuma universidade ainda conseguiu ensinar «a didática do amor». A apresentadora adiantou que se impõe, no século XXI, «ensinar os valores para uma sociedade mais equilibrada».
Sobre o livro, considerou que este romance de Aida Viegas  se apresenta com «laivos de realismo», bem patentes nos temas sociais que a autora aborda, sem descurar o estilo memorialista num espaço da Bairrada do século XX, concretamente dos anos 60 e 70.
Idália Sá Chaves frisa que se torna necessário ampliar o «eco do grito», numa clara alusão aos recentes crimes de Beja e de Águeda. E sobre Laura, a figura principal do romance, avança, em jeito de quem sugere a leitura do livro, que ela protagonizou uma história de amor, que evoluiu para uma história de desamor.


O Papa e as intrigas no Vaticano

Uma crónica de Anselmo Borges,
no DN



Dizia-me uma vez em Bruxelas, admirado e pesaroso, um ilustre teólogo da Universidade de Lovaina (Joseph Ratzinger até o cita num dos seus livros sobre Jesus de Nazaré; não é herege): "Como é que foi possível o movimento desencadeado por Jesus, essa figura simples e amiga dos pobres, que acabou crucificado, desembocar no Vaticano, com um Papa chefe do Estado?" Entende-se, quando se estuda a História, mas é preciso reconhecer a tremenda ambiguidade da situação e o perigo constante de traição da mensagem cristã.

Hoje, concretamente, como já aqui chamei a atenção, citando o livro de Hans Küng, Ist die Kirche noch zu retten? (A Igreja ainda tem salvação?), a Igreja Católica, a maior, a mais poderosa, a mais internacional Igreja, essa grande comunidade de fé, está "realmente doente", "sofre do sistema romano de poder", que se caracteriza pelo monopólio da verdade, pelo juridicismo e clericalismo, pelo medo do sexo e da mulher, pela violência espiritual.

Cesário Verde: 25 de fevereiro




Evoca-se hoje, a data de nascimento deste poeta parnasiano. (1855-1886) que estudei, na juventude. De poesia delicada, com tendências ecologistas, (!?) Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade, ao retratar a cidade e o campo, seus cenários prediletos. Usa um vocabulário muito concreto, com que retrata o quotidiano, aproximando-se do naturalismo.



Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
 houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Cesário Verde

Mª Donzília Almeida
25.02.2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Um livro de João Gonçalves Gaspar: 1.ª República Portuguesa e Igreja Católica


A República abriu um espaço novo de liberdade para a Igreja

No Prefácio de mais este trabalho de João Gonçalves Gaspar, Manuel Clemente, Bispo do Porto, refere: «De grande oportunidade é o presente estudo, na esteira das comemorações do centenário da implantação da República, que deu azo a muitas publicações sobre o assunto.» E adianta que, «Graças a estas publicações, temos hoje uma visão muito mais pormenorizada e circunstanciada do que sucedeu em Portugal nas primeiras décadas do século passado». 
Frisa a seguir que «Monsenhor Gaspar nos dá boas contribuições, com referências documentais que não conhecíamos ou precisavam de integração», referindo que «o equilíbrio dos seus comentários coincide geralmente com o resultado geral das referidas publicações do centenário». 
Por sua vez, João Gonçalves Gaspar diz, na Introdução, citando Bento XVI, aquando da sua viagem apostólica ao nosso país, que «A viragem republicana, operada há cem anos em Portugal, abriu, na distinção entre a Igreja e o Estado, um espaço novo de liberdade para a Igreja, que as duas concordatas de 1940 e 2004 formalizariam, em contextos culturais e perspectivas eclesiais bem demarcadas por rápida mudança. Os sofrimentos causados pelas mutações foram enfrentados geralmente com coragem». 
O autor afirma que o seu propósito se situou em «ordenar alguns factos sobre o que se passou no decurso dos anos da 1.ª República em Portugal, no que concerne às relações entre o Governo e a Igreja Católica». E acrescenta: «se houve pontos negativos com incontroláveis desacatos, injustas perseguições e múltiplas dificuldades que advieram da legislação civil, a Igreja também beneficiou muitíssimo, conquistando a sua própria autonomia, com muita persistência e tenacidade.» 


1.ª República Portuguesa e Igreja Católica, 
de João Gonçalves Gaspar, 
Edição da Diocese de Aveiro, 
novembro de 2011

BISPO DO PORTO NA 13.ª EDIÇÃO DO CORRENTES D'ESCRITAS





«Onde estamos, afinal? Simbolicamente, não num sítio muito diverso do que era o nosso há vinte anos, mas desta vez e para sempre não sós» (Eduardo Lourenço, Vence, 23 de outubro de 2000)

Agradeço o convite para estar aqui convosco, na 13ª edição do Correntes d’Escritas, embora sinceramente algo me custe, sobretudo por mim. Com o vosso convite, só posso ganhar e ganhar muito. Significa-me um misto de oportunidade e deslocação, não geográfica, que é curta, mas pessoal, por não ser propriamente um escritor. Escritor, que para o Dicionário da Academia é a “pessoa que escreve obras literárias ou científicas”. Isto não sou nem nunca fui bastantemente, ainda que tenha escrevinhado e poetado alguma vez, ou seguido um percurso académico discente e docente, com os respetivos encargos de investigação e redação. Nada que justifique o título.

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OVELHA DOLLY - 24 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida

Descansadinha
Homónima da verdadeira, a minha ovelha Dolly, foi uma criatura lãzuda que viveu dois anos de existência feliz, no pomar de minha casa. Com o objetivo de ser o meu corta-relva, doméstico, a tempo inteiro e em contínuo funcionamento, é, aqui, lembrada, no dia em que a inspiradora do nome é notícia 
A ovelha Dolly (5 de Julho de 1996 — 14 de Fevereiro de 2003) foi o primeiro mamífero a ser clonado, com sucesso, a partir de uma célula adulta. Foi criada por investigadores do Instituto Roslin, na Escócia, onde viveu toda a sua vida. O mérito pela clonagem, foi atribuído a Ian Wilmut, mas este admitiu, em 2006, que Keith Campbell seria, na verdade, o maior responsável pela clonagem. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Artista da Universidade Sénior


A Gafanha da Nazaré também é terra de Artistas! Eis um trabalho feito pelo aluno da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo, J.Teixeira, que foi apresentado na aula de fotografia. Afinal, há tanta gente com tanto para dar à comunidade. Ficamos  à espera de mais.

Nota: gentileza de Carlos Duarte

COMUNIDADE DE LEITORES NA BIBLIOTECA DE AVEIRO

O Grupo Poético de Aveiro, na sua missão de estimular a leitura e a partilha das reflexões de obras, irá promover um total de seis sessões durante o presente ano aos sábados de manhã: 25 de fevereiro, 7 de abril, 26 de maio, 21 de julho, 8 de setembro e 10 de novembro. Valter Hugo Mãe e Miguel Torga são alguns dos autores que serão abordados em sessões que contarão com a moderação de membros do Grupo Poético de Aveiro – Aida Viegas e Rita Capucho.

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PARTICIPAÇÃO DOS GUARDAS DA JARBA - 1925-1949

Inauguração no Museu da Cidade em 10 de março


Ponte-cais da Torreira, 1936


No próximo dia 10 de março, pelas 16:00, vai proceder-se, no Museu da Cidade de Aveiro, à inauguração da exposição “PASTA 76 e 76-A - Participações dos guardas da Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro e avulsos – 1925-1949”.
Na ocasião será assinado um Acordo de Parceria entre a Administração do Porto de Aveiro e o Museu da Cidade de Aveiro, entidades que há anos vêm mantendo profícua colaboração.
A exposição, de natureza documental, é composta por documentos constantes da “Pasta 76 e 76-A”, uma das muitas pastas existentes no Arquivo Histórico-Documental da APA (AHDAPA) e que se encontram a ser digitalizadas.

Poesia de Manuel Armando



“Domingos de Luz e Poesia” é um livro de Manuel Armando, sacerdote da Diocese de Aveiro e pároco das freguesias de Aguada de Baixo e Avelãs de  Caminho, desde 1990. Trata-se de um livro que vem na sequência de “Os  pés de um homem nas pegadas de Deus”, publicado no ano anterior e no  qual ensaia alguns poemas no capítulo “Breve colheita de poesia”. 
O autor, que também é artista de palco, nas áreas da Magia e da Hipnose  teatral, tem colaborado em revista e jornais, dando largas ao seu pendor para a escrita. 
Em “Domingos de Luz e Poesia”, Manuel Armando veste de poesia os domingos e festividades do Ano A do Tempo Litúrgico, legando-nos o que meditou, rezou e escreveu, «não a esperar críticas ou elogios, mas como penhor de respeito por quantos compartilham a mesma fé no Senhor Jesus, expressão e Palavra de Deus-Pai».

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CETA - 3 de março - 18.30 horas




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PONTO ESSENCIAL DA VIDA DA IGREJA

Um artigo de António Marcelino

Foi na celebração da Eucaristia, a partir do Concílio, que o povo cristão melhor captou, por certo, o sentido da liturgia conciliar. Pôde, então, perceber que há uma unidade na celebração que não se pode menosprezar e muito menos destruir. As coisas já andavam pelos mínimos. Ainda está na mente de muita gente e justificava-se que, ao largo da celebração, estivesse sempre gente a entrar. Dizia-se que cumpria o preceito quem participasse no “levantar a Deus”, ou seja, na primeira elevação que se seguia à consagração. O moralismo do preceito nunca educou na fé e na vivência da Eucaristia.

MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA



"A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão."

Ler a MENSAGEM

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Dia Europeu do Apoio à Vítima - 22 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida



O crime hediondo que há pouco tempo abalou o país inteiro e deixou a sociedade portuguesa em suspenso fez refletir sobre as causas profundas que levam uma criatura a cometer um crime.
O Dia Europeu da Vítima de Crime é assinalado hoje, quando se regista um aumento de mulheres afetadas por crimes, principalmente de violência doméstica. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, APAV, assinalou 6539 mulheres afetadas por crime em 2009, uma média de 18 por dia, a maioria entre 26 e 45 anos, num total de 7639 vítimas apoiadas pela entidade. No balanço da sua atividade no ano passado, a APAV aponta um acréscimo de 1,3 por cento dos processos de apoio, que totalizaram 10 132, com o número de pessoas ajudadas a ultrapassar 20 mil. No total, foram registados 17 628 crimes, a maior parte de violência doméstica.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Dia Internacional da Língua Materna: 21 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida



As línguas maternas têm um papel fundamental na nossa vida, pois são o meio pelo qual verbalizamos o mundo pela primeira vez, sendo as lentes pelas quais começamos a entendê-lo. O Dia Internacional da Língua Materna é o momento de reconhecer a importância destas e de nos mobilizarmos pela diversidade linguística. Como fontes de criatividade e meios para a expressão cultural, elas também são importantes para a saúde das sociedades, além de serem fatores de desenvolvimento e crescimento. Hoje conhecemos a importância do ensino na língua materna para obtermos bons resultados de aprendizagem. Todos os saberes a utilizam para veicular informação, como suporte da investigação e aliada da ciência. A instrução em língua materna é uma poderosa forma de lutar contra a discriminação e para que o conhecimento alcance as populações marginalizadas. Como verdadeiros mananciais de conhecimento, as línguas também são o ponto de partida básico na busca por maior sustentabilidade no desenvolvimento e para criar relações mais harmoniosas com o meio ambiente As línguas maternas convivem, pacificamente, com a aquisição de outras línguas. Um espaço linguístico plural permite compartilhar a riqueza da diversidade, acelerando o intercâmbio de conhecimentos e experiências. A partir da língua materna, a aprendizagem de outros idiomas deve ser uma das altas prioridades da educação no século XXI.

Praias de Aveiro em risco muito elevado

Diz o DN: 


«As praias do litoral aveirense vivem uma situação de "risco muito elevado", dizem os especialistas. Barra, Costa Nova ou Areão têm perdido dezenas de metros de areal nos últimos anos, a Vagueira "pode ser arrasada de um dia para o outro..." E o problema tem epicentro no concelho de Ovar, com Furadouro e Cortegaça ainda mais encurtados e 50 famílias do bairro dos pescadores de Esmoriz com as casas fortemente ameaçadas.»

Ver aqui

Conspiração para matar Bento XVI?





O que está a dar, na comunicação social, são os escândalos. E se eles estiverem ligados à Igreja Católica, muito mais valor têm, sendo esmiuçados até ao tutano. Mesmo que sejam simples boatos, é certo e sabido que têm logo honras de primeira página e destaque, com grandes parangonas, no interior.  Depois, os desmentidos já não interessam. No jornal i de hoje vem mais um, com o título “Vatileaks”. Ou a estranha conspiração para matar oPapa Bento XVI. Vejam só. 

O CARNAVAL






Apesar das polémicas, o Carnaval animou e ainda vai animar os portugueses. Mesmo sem dispensa de ponto, as festas carnavalescas vieram para a rua e não houve frio que impedisse o povo de folgar, ora seguindo as tradições portuguesas ora copiando o carnaval carioca onde o calor ajuda na animação. 
Apesar de não ser fã desta festa popular, que vem de tempos ancestrais para descontrair, já que a quaresma vem a seguir, precisamente na quarta-feira de cinzas, não deixo de apreciar quem gosta de parodiar a vida, com políticos e políticas à cabeça. Antes assim que carregarmos frustrações e injustiças, quiçá algumas raivas que a troika criou em nós para escaparmos  à anunciada bancarrota das contas públicas e de muitas famílias, por se habituarem, erradamente, a viver à grande e à francesa, gastando mais do que entra na saca dos rendimentos normais. 
Depois dos festejos, é certo e sabido que vamos cair na real, no quotidiano cheio de lutas para poupar ou para conseguir o indispensável para viver ou sobreviver. Isto para quem trabalha, porque, para quem está desempregado,  a luta por um emprego minimamente estável vai fazer esquecer festas e brincadeiras, com ou sem máscaras. 
Bom Carnaval para este ano, com votos de que o próximo seja mais festivo e mais esperançoso.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dia da Resistência não Violenta - 20 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida 



Disse Jesus:“... mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra» S.Mateus, cap. 5: vv. 38 e 39.
Jesus não nos proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Ao dizer-nos para oferecermos uma face em resposta à agressão na outra, defendia a ideia que não devemos retribuir o mal com o mal; que é mais glorioso para Ele ser ferido que ferir, suportar, pacientemente, uma injustiça que cometê-la; que mais vale ser enganado que enganar, ser arruinado que arruinar os outros.
Mais que uma simples efeméride, o dia 20 de Fevereiro deve relembrar, à nossa sociedade, que a luta por aquilo em que acreditamos, por aquilo que consideramos correcto, não deve ser feita, utilizando a violência. Com o recurso à força estamos simplesmente a perder a razão que eventualmente possamos ter. A luta por todas as causas deve basear-se no diálogo, em manifestações pacíficas, que demonstrem a nossa posição.
Um dos exemplos mais marcantes da História, sobre uma luta pacifica é sem dúvida Mahatma Ghandi, uma das principais personalidades a nível mundial de defesa dos Direitos Humanos, cuja vida foi dedicada à luta pela independência da Índia. Criador do principio do Satyagraha, principio da não agressão, do protesto não violento, Ghandi é uma enorme inspiração para todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e pacifica. Certa vez, o líder indiano comentou: “Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mas nunca a matar por ela!”. Quando, em certos momentos, a violência começou a manifestar-se, entre os Indianos, Gandhi praticou o jejum, por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de sensibilizar os seus seguidores a não fazer uso da violência. O termo “não-violência” em sânscrito – “ahimsa” – tem o significado profundo de não dano, não prejuízo. Daí surge a ideia central desse conceito que nos inspira a sermos pacíficos, o que é bastante diferente de ser passivo.

Um livro de João Gonçalves Gaspar: “Pio XII — Defensor do Homem — Recordações e Testemunhos”



Nesta obra, o sacerdote e escritor com predileção pela história, João Gonçalves Gaspar, responde, de forma elevada, a apreciações e a críticas, «mais ideológicas do que historiográficas, sobre as atitudes do papa Pio XII e da Igreja Católica em face das atrocidades nazi-fascistas durante a segunda guerra mundial (1939-1945)». E fê-lo por não poder calar algo que conheceu e viveu, «em cima dos acontecimentos», durante os seus anos de jovem.
No Prefácio, o Bispo de Aveiro, D. António Francisco, refere que escrever hoje um livro sobre Pio XII «exige coragem, determinação e lucidez», numa alusão clara ao autor, «que há muito nos habituou ao rigor da investigação, à exigência da verdade e à beleza da palavra».
O prelado aveirense frisa: «A história de um Pontífice escreve-se habitualmente mais a partir das palavras ditas e dos textos do magistério publicadas do que de actos documentados e de pessoas implicadas nos acontecimentos que à história dão o autêntico rosto da verdade. E isso é pena!»
João Gaspar desenvolve o tema, longo e complexo, por 9 capítulos, começando precisamente por “D. João Evangelista de Lima Vidal e Mons. Eugénio Maria Pacelli (Pio XII), duas personalidades cujas vidas acompanhou de perto.
O autor evoca memórias de D. João em relação ao papa de quem foi condiscípulo, «vivendo debaixo das mesmas telhas, firmando-se entre ambos uma amizade de que Aveiro viria a beneficiar.»
Seguem-se capítulos sobre Pio XII “Lutador pela Paz, “Salvador de Judeus”, “Salvador de Roma”, “Na gratidão dos Judeus… e não só”, “Na recordação de João Paulo II” e, ainda, em jeito de conclusão, “Pio XII — Profeta da Paz”.

“Pio XII — Defensor do Homem — Recordações e Testemunhos”,
de João Gonçalves Gaspar.
Edição da Diocese de Aveiro,
Outubro de 2011


Serra da Boa Viagem: Memorial Floresta



Nos meus arquivos, nem sempre bem organizados, de quando em vez encontro imagens que me recordam viagens que fiz. Desta feita, veio-me à mão esta foto captada na serra da Boa Viagem, com um memorial assinalado pela sensibilidade de Fernando Pessoa, cujos ritmos, inconfundíveis, nos deixam a pensar. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

CARNAVAL - 2012





Carnaval

Ai que linda Cinderella!
Mas no fundo não é ela!
Pobre gata borralheira
Que trabalha a vida inteira
P’ra hoje se divertir
Quem sabe se p’ra carpir!
Uma vida atormentada
Em dívidas mergulhada,
Neste país da desgraça
Que só vive da trapaça!
Nada é já como dantes
Nem sequer os governantes
São gente de confiança!
Já se perdeu a esperança!
Só sabem apregoar
Medidas p’ra controlar
E o povo na pobreza
A contar os seus tostões
Nem sequer tem ilusões
Mas tem a firme certeza
Que aqueles figurões
Longe destes foliões,
Vivem à grande e à francesa!
Quando virá mão heróica
Que nos liberte da Troika?

Maria  Donzília Almeida
19.02.2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 278


PITADAS DE SAL – 8 



O SAL 

Caríssima/o: 

«Desde o momento em que se inicia a preparação da marinha para a gestação do sal, passando pela recolha da água nos canais vizinhos, sua engorda salineira, e toda aquela teia delicada de que o marnoto se vale na luta heróica pela sua subsistência, até ao limiar da morte do sal em pleno Outono, sempre o marnoto é tocado de carinho, engenho e arte. 

O sal de Aveiro não nasce, como nascem e medram os frutos silvestres. É feito pelo marnoto, com o seu talento, sofrimento e dedicação.» [Victor Manuel Machado Gomes] 

«Já em textos de 1057 se faz referência às águas marítimas de Esgueira. 
Era na altura a produção e o comércio do sal origem da riqueza desta região, então com o mar a banhar-lhe os pés. 
O sal de Aveiro imperou nos mercados nacionais e estrangeiros até ao século XVII... 
Exportações de Aveiro: sal, laranja e cortiça; e vidro e porcelana da Vista Alegre.»[ p. 53 do Diccionário Geographico Abreviado de Portugal e suas Possessões Ultramarinas, P. Francisco dos Prazeres Maranhão, 1852] 

FILHO, OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS

Uma reflexão de Georgino Rocha


Que declaração tão ousada! Que certeza tão firme! Que proximidade tão terna e familiar! Que afirmação tão provocante! Estas exclamações podem traduzir expressões da atitude de Jesus em relação ao paralítico em Cafarnaum. O episódio ocorre em casa aonde regressa o curador do leproso, após ter passado o tempo da descontaminação. Aí acorre tanta gente que barra a porta de entrada. Aí estão sentados rabinos e escribas, mestres em “fabricar” leis e a interpretá-las em nome de Deus. Aí chegam os amigos do paralítico, transportando-o numa enxerga. Aí acontece um diálogo em que o desafio e a resposta põem a claro a novidade de Deus que Jesus anuncia e realiza.
O Nazareno está a blasfemar – dizem. “Só Deus pode perdoar os pecados”. E segundo as leis religiosas era e continua a ser verdade. Mas Jesus, incomodado com os “murmúrio” do coração deles e condoído com a situação do paralítico, questiona-os abertamente: “Porque pensais assim nos vossos corações”?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

COMO BRUXELAS ESTÁ A DESTRUIR A GRÉCIA

"Afundada numa violenta depressão, a Grécia está a ser exaurida por uma UE "incompetente" e pelo seu "insensível" comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, acusa Peter Oborne, num veemente comentário de página inteira."


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PÔR DO SOL ENTRE PALMEIRAS

Foto do Ângelo Ribau




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POLÍTICA E ÉTICA

Um artigo de Anselmo Borges 
no DN 



Quando se pergunta: o que é o Homem?, as tentativas de resposta foram múltiplas ao longo dos tempos. Mas lá está, essencial, a de Aristóteles: um animal que fala, que tem logos, um animal político. 
O ser humano é constitutivamente um ser social. Fazemo-nos uns aos outros, genética e culturalmente. Procedemos de humanos e tornamo-nos humanos com outros seres humanos. A relação entre humanos não é algo de acrescentado ao ser humano já feito: pelo contrário, constitui-nos. A prova está nos chamados meninos-lobo: tinham a possibilidade de tornar-se humanos, mas, sem o contacto com outros humanos, não acederam à humanidade. É isso: somos humanos entre humanos e com humanos. Apesar da experiência, que também fazemos, da solidão metafísica - cada um é ele, ela, de modo único e intransferível -, não há dúvida de que só na relação nos fazemos. O individualismo atomista contradiz a humanidade que somos. 

POESIA PARA ESTE SÁBADO

Carlos Anastácio em entrevista ao Timoneiro


Entrevista conduzida por Fernando Martins


Carlos Anastácio


O trabalho faz parte da luta contra a solidão 


Carlos Ramos Anastácio, 76 anos, casado, dois filhos e dois netos, serralheiro civil em situação de reformado, ocupa os seus dias a trabalhar, por gosto, para se entreter e por necessidade de se sentir útil. Não trabalha para ganhar dinheiro, pois oferece muito do que faz, na sua pequena oficina, sem grandes recursos técnicos, aos familiares e amigos que o procuram ou que o visitam, na esperança de uma ajuda. No caso, por exemplo, de um utensílio que está meio gasto ou a precisar de reparação. Há dias, um amigo pediu-lhe que desse um jeito a uma tenaz, gasta nas pontas pelo uso. O Carlos consertou a tenaz, reconstituindo as pontas e, ao entregá-la, ofereceu ao amigo uma nova em aço inoxidável. O Carlos é assim. 
Na visita que lhe fizemos há dias apreciámos algumas peças perfeitas e luzidias. Uma enxada ainda sem cabo, uma tenaz, um pequeno ancinho para o jardim, uma pá para o lixo, grelhas para assar sardinhas, fogareiros e até um barquinho com caldeirinha para se deslocar pela força do vapor. Tem, contudo, uma alteração a fazer, para o barquinho não navegar somente para o lado em que está virado. 
Tudo feito em aço inoxidável, que o Carlos é, como sempre gostou de ser, um «serralheiro limpo», pois não gosta de mexer em ferrugens. Tem iniciado um carrinho de mão para o jardim, entre outras objetos que o levam a manter-se ativo, numa luta tenaz contra uma certa solidão provocada pelo seu estado de saúde, que o obriga a usar cadeira de rodas. Porém, mostrou, durante a conversa que manteve connosco, uma grande vontade de receber amigos com quem possa conversar, desabafar e passar algum tempo. 
O Carlos Anastácio iniciou a sua vida profissional na famosa, para a época, oficina de Manuel da Silva, onde mais tarde se instalou o Stand Dias. Por ali foi aprendendo e trabalhando até cumprir o serviço militar. E lembra que «na oficina do senhor Manuel da Silva se aprendia a fazer as coisas muito bem feitas». Depois foi para a Empresa de Pesca de Aveiro, mais conhecida por empresa do Egas, que trabalhava, como o Carlos nos frisou, apenas para os navios da casa. Daí, mudou-se para a Miradouro, do empresário França Morte.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

NOVO CARDEAL PORTUGUÊS: A mulher deve poder ficar em casa

No PÚBLICO online




"Em entrevista ao Correio da Manhã, Monteiro de Castro afirma que “o maior problema de Portugal” é o “pouco apoio que o Estado dá à família”. “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos”, sustenta.
A resposta surge na sequência de uma pergunta sobre se está a acompanhar a situação difícil do país. O mesmo acontece na entrevista que o novo cardeal português dá ao Jornal de Notícias, na qual insiste que “Portugal tem de dar mais força às famílias, pôr os nossos portugueses a produzir em Portugal e não fora”. “Devíamos dar muito mais valor à família e ao valor da mulher em casa”, continua.
“O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país. Trabalhar em casa sim, mas que tenham de trabalhar de manhã até à noite, creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar como vai ter tempo para formar”, questiona Monteiro de Castro, ainda na entrevista ao Jornal de Notícias.

CÚPULA É MAIS EUROPEIA NUMA IGREJA CADA VEZ MAIS DO SUL

NO PÚBLICO DE HOJE






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MAIS UM LIVRO DE AIDA VIEGAS



​No próximo dia 24 de fevereiro, sexta-feira, pelas 17 horas, vai ser apresentado no Salão Cultural da Casa da Cultura de Aveiro o livro "LAURA - Um Grito no Silêncio". A sessão é organizada pela Academia de Saberes daquela cidade e pela autora, Aida Viegas.
Conhecida e multifacetada escritora, Aida Viegas merece o apoio dos aveirenses e não só.

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Formação adequada e participação ativa

Um artigo de António Marcelino




Um princípio conciliar muito claro e exigente, expresso na Constituição da Liturgia, refere-se à consciência necessária da Igreja e dos cristãos, em geral, de que é “através da liturgia que se atua e opera a nossa redenção”. Assim se pode dizer que os crentes só podem fazer a experiência completa do mistério pascal de Cristo mediante a sua participação na liturgia da Igreja. Há uma unidade indissolúvel entre o dom de Deus que vem até nós e nos santifica e a ação cultual da Igreja, que significa ir ao encontro desse dom para acolher, louvar e agradecer. Esta unidade traduz-se na centralidade do mistério pascal e na presença de Cristo na Igreja. “Cristo está presente na sua Igreja, muito especialmente nas acções litúrgicas”, assim diz o Concílio.
A natureza da liturgia e dos seus efeitos tornou-se mais expressiva na fórmula, já antes citada e, hoje, muitas vezes repetida: “A liturgia é o ponto mais alto para o qual tende a vida e ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde dimana toda a sua força”.
Para a melhor compreensão desta realidade, o Concílio logo sentiu a necessidade de indicar dois caminhos complementares para orientar toda a renovação: a formação litúrgica dos cristãos e a sua participação ativa nas celebrações. Um e outro iriam depender da hierarquia, dado que ela é um serviço permanente ao Povo de Deus. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"CARNAVAIS DA RIA" NO MUSEU DA CIDADE DE AVEIRO ATÉ 29 FEVEREIRO






Esta é uma exposição de caráter lúdico que oferece de forma unificadora uma gama de objetos de estudo, peças, imagens e informações representativas e dispersas dos diferentes municípios da Região de Aveiro, formando um conjunto cultural, que reflete modos de vida, expressões culturais, crenças e costumes regionais.
Para a concretização da referida exposição, contribuíram Municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Murtosa e Sever do Vouga; as Juntas de Freguesia de Oliveirinha e da Glória [Aveiro] a Fundação do Carnaval de Ovar e ainda instituições como, a Associação Cultural e Recreativa Os Baldas e a Associação Chio-Pó-Pó de Ílhavo.
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Praia da Barra: pôr do sol

Pôr do sol (Foto do Ângelo Ribau)

Tenho para mim que o registo de uma imagem como esta exige uma boa dose de paciência, um cuidado especial na regulação da objetiva e um olhar atento para não perder a oportunidade que, penso eu, dura poucos segundos.. Já tentei, mas não resultou. Ou sai desfocada, ou o sol, com o seu brilho intenso, abafa tudo... Como não sou artista, nem com a digital no automático sai coisa de jeito. Quem me dá umas lições?

Cavaco cancela visita a escola

O presidente Cavaco Silva cancelou hoje uma programada visita à Escola António Arroio, alegadamente por falta de condições de segurança. Tenho dificuldades em aceitar esta atitude do nosso Presidente da República. Que eu saiba, uma manifestação de alunos não é, seguramente, uma ameaça terrorista. Uma manifestação tem de ser entendida como um direito democrático, sendo legítimo o protesto de falta de condições para uma escola funcionar convenientemente. Causa-me, por isso, a ser verdade que a razão estaria na falta de segurança, uma impressão muito negativa, saber que o nosso Presidente tem medo de manifestações de jovens.

PIETÀ

Um artigo  de Vasco Graça Moura,
no DN


Mulher com um familiar ferido durante protestos contra o presidente do Iémen, 
15.10.2011 (Samuel Aranda/The New York Times) 


A imagem da mulher que segura o filho morto nos braços tornou-se, a partir da Idade Média, uma importante referência plástica e emocional do Cristianismo. Da rude imaginária medieval, de origem alemã (os Vesperbilder), desde o século XIII, e da Pietà dita de Avignon, de meados do século XV - esta ainda com processos típicos dos primitivos na elaboração realista da representação -, até aos Renascentistas e Maneiristas, à estatuária religiosa do Barroco e a Van Gogh, a figuração da mater dolorosa tornou-se um símbolo do drama humano que representa a perda de um filho. Mas na série avulta, sem carga expressionista, a Pietà do Vaticano, de Miguel Ângelo (1499), em que são representadas a gravidade melancólica da mãe, alcandorada a um idealizado plano neoplatónico e metafísico, e a morte do filho, a finitude irremediável do corpo humano, numa articulação indissociável e deslumbrante entre esses dois planos.

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SETE DIAS - 16 a 22 de fevereiro

Na SÁBADO de hoje

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

“Camões e a Química – A Química em Camões”


Um livro de Armando Tavares da Silva



“Camões e a Química – A Química em Camões” é um livro de Armando Tavares da Silva, professor catedrático da Universidade de Coimbra na situação de aposentado. Trata-se de uma edição patrocinada pela CIRES — Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, que veio a lume no âmbito das comemorações dos 50 anos de atividade daquela empresa. 
A obra de Camões, épica e lírica, tem sido suficientemente estudada e divulgada, decerto à medida da sua grandeza e qualidade, mas também do lugar de destaque que o “príncipe dos poetas portugueses” ocupa na história de literatura universal. 
Armando Tavares da Silva, com o seu gosto pelos temas históricos e com os seus elevados conhecimentos da Química, seria, como foi, a pessoa indicada para se debruçar sobre esta vertente da cultura na obra de Camões. Penso que não muitos estudiosos poderiam enveredar por aqui, olhando para a obra camoniana na mira de descobrir os seus conhecimentos nesta matéria não muito literária. 
Li o livro de Prof. Tavares da Silva com curiosidade, não obstante a minha posição de leigo nestes temas do âmbito da ciência ao mais alto grau. Confesso que, ao ler Os Lusíadas ou a lírica de Camões, nunca me passou pela cabeça catar palavras, frases ou expressões que denotassem os saberes do nosso maior poeta na área da Química. Daí um dos méritos deste trabalho do autor de “Camões e a Química – A Química em Camões”. 
O livro foi editado em excelente papel, capas cartonadas, e apresenta-se com boas ilustrações. 
Felicito o autor pelo trabalho que elaborou, sendo uma preciosa achega para um Camões não muito bem conhecido. 

FM 

Na contracapa pode ler-se, em jeito de desafio aos leitores: 

«Sendo Camões um homem do Renascimento, ávido de novas experiências e de conhecimento, até que ponto e em que medida as novas ideias e teorias no domínio da química — e dos materiais e substâncias, suas propriedades e aplicações — chegaram ao conhecimento de Camões e terão influenciado o seu pensamento e atitudes?» 



ÍLHAVO: Férias divertidas — PÁSCOA 2002



O Executivo Municipal vai levar a efeito, mais uma vez, o Programa Férias Divertidas – Páscoa 2012, a jovens do município. Este Programa, com duração de cinco dias na primeira semana e de quatro dias na segunda semana, será constituído por três modelos de atividades com tipologias distintas: um modelo composto por diversas modalidades desportivas; um segundo modelo com especial incidência nas modalidades náuticas; e um terceiro modelo, cujo custo de participação será mais reduzido, tornando-se mais acessível para as famílias com dificuldades e que pretendem que as suas Crianças continuem a frequentar este tipo de iniciativas. 
As atividades decorrerão de 26 a 30 de março de 2012 (semana 1) e de 2 a 5 de abril de 2012 (semana 2), sendo para tal necessário proceder-se à inscrição, a partir do dia 1 de março, nas Piscinas Municipais de Ílhavo e da Gafanha da Nazaré, até uma semana antes do início do Programa. 

Penso que é necessário reconhecer a importância  do envolvimento de crianças e jovens em períodos de férias escolares, evitando a ociosidade, mãe de todos os vícios, como reclama velho ditado.

CORRUPÇÃO: UM GRANDE PROBLEMA NACIONAL

NA RÁDIO RENASCENÇA




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A IGREJA PODE TRANSFORMAR-SE EM PEÇA DE MUSEU

Um texto de António Marcelino

NADA DE NOVO, TUDO DE NOVO


Foi o sobressalto. Não o devia ser. Ainda com muita gente na missa tudo estava a andar bem. De repente, consultam-se os livros paroquiais e verifica-se que batismos e casamentos diminuíram a pique. Quando a preocupação se esgota nos que ainda vão e procuram, a tentação é de conservar. Quando se pensa só em aguentar e conservar, logo se entra em perda. O mundo anda, e quem não anda fica para trás, queira ou não. A vocação da Igreja é ser companheira de jornada, não dama de varandim.
Quantos planos de pastoral se preocupam com os que deixaram de vir e se programa ação para ir ao seu encontro? Há consciência do novo modo de procurar e de agir, do número de cristãos que abandonam e da razão porque o fazem, da modorra de muitos que ficam, da nova situação das famílias, da razão porque ainda se casa no templo? As rápidas sessões de preparação para o casamento deixam o padre e os colaboradores, conscientes e tranquilos frente ao que se passa antes e depois? A Igreja de Cristo é uma comunidade viva, mas pode transformar-se em peça de museu, velha e carcomida, nada apetecível, nem significativa. Por vezes, dou por mim a pensar se, apesar do bem que se faz, existe e é muito, não estamos a voltar ao tempo das rotinas pastorais, das exclusões, das proibições? O que resta terá alguma coisa a ver com o “pequeno rebanho” do povo bíblico, crente e fiel, detentor de uma esperança nova?


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