quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia Mundial dos Avós

Por Maria Donzília Almeida




Avozinho Zé



Guardam no olhar e na pele as marcas de toda uma vida. Guardam em si uma infinidade de conhecimentos que nos transmitem, é com eles que aprendemos. Aprenderam a lidar com as "feridas" de uma forma admirável. Dão-se intensamente em cada dia... Devolver-lhes o amor é o mínimo que podemos fazer.
Blue Shell
O dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo, foi a fonte de inspiração para efeméride de hoje, Dia dos Avós. Em 1879, o papa Leão XIII, cujo nome de batismo era Gioacchino (versão italiana de Joaquim), estendeu a sua festa a toda Igreja. Finalmente, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.
Conta a história que, no século I a.C., Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas rezavam, pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada, a quem batizaram de Maria.

Devido à sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. Ana morreu quando Maria tinha apenas 3 anos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por ele a escolhida para ser Mãe de Seu Filho Jesus.
Sendo o café, tão do agrado da maioridade, vejamos o que dizem os estudiosos do assunto.
As dúvidas em torno dos riscos e benefícios do consumo de café, principalmente para os mais velhos, são quase tantas quanto os litros desta bebida consumidos anualmente. De facto, desde sempre existiram diversos mitos à volta do café e a idade mais avançada. No entanto, a maioria deles é infundada e a cafeína previne muitas das doenças que afetam a terceira idade. No Ano Europeu do Envelhecimento Ativo, são inúmeros os benefícios do café, junto da camada sénior.
Com mais de 75 anos, poderá continuar a beber-se café? Em que quantidade? A resposta é afirmativa. No entanto, não deve ultrapassar-se as quatro a cinco chávenas diárias. O idoso, ainda que mais sensível à cafeína, pode obter benefício do café, para aumentar o seu rendimento psicofísico. Além disso, um café depois das refeições reduz a baixa de tensão caraterística dos seniores.
O café contribuirá para a manutenção da função cognitiva na terceira idade?
Sem dúvida. Numerosas evidências científicas demonstraram que a deterioração cognitiva reduziu-se para metade nos indivíduos que faziam um consumo regular de três chávenas de café por dia.
O café favorece as artroses? Não, sobretudo se for bebido em doses moderadas (3 chávenas por dia). Esta doença crónico-degenerativa não está associada ao consumo de café em doses moderadas. O mais importante é conhecer o estilo de vida de cada pessoa e o seu regime alimentar, que influenciam o peso corporal.
Será que o café propicia o aparecimento do Alzheimer?
De maneira nenhuma. Tem, inclusive, um efeito protetor contra esta doença. Vários estudos têm demonstrado que o consumo regular de café se relaciona inversamente com o risco de sofrer de Alzheimer.
Café incide no aparecimento do Parkinson?
Pelo contrário. Incide negativamente, ou seja, pode ajudar a prevenir. Os dados obtidos a nível molecular confirmam a ação protetora da cafeína em relação aos mecanismos celulares que conduzem ao Parkinson, por exemplo, prevenindo a toxicidade dopaminérgica, responsável pelo dano causado aos neurónios da substância negra.
Posto isto, vamos todos brindar com uma bica bem gostosa, aí no café da esquina!
Tendo contribuído para a tranquilização dos avós, quanto a este gostinho do café, evoco agora os meus próprios avós. Destes apenas conheci os elementos femininos, guardando algumas memórias da avó paterna, já que a materna nos deixou, na minha tenra idade. Da avó Rosa, a mesma que deu o nome ao avozinho que tenho em casa, guardo uma imagem linda, ternurenta e um pouco principesca! Recordo as suas visitas a nossa casa, que eram sempre aguardadas com ansiedade. Sim! A pequenada perfilava-se para receber a avó Rosa, pelo milagre que ela fazia, ali na nossa frente! Do seu amplo avental de fundas algibeiras, tal como no milagre das rosas da rainha santa Isabel, caíam.....não as flores para despistar alguém, mas as guloseimas que satisfaziam o apetite daquelas boquitas curiosas. E... tendo em conta que a avó teria mais de uma vintena de netos e da sua parte não havia descriminação... era preciso um armazém... só para contentar a criançada!
Gratas memórias, nos deixou a avó Rosa. E... também, para perpetuar as suas práticas de distribuição equitativa da “riqueza” cá deixou o seu descendente que lhe herdou o nome e o património genético... tão rico! E agora, este avozinho é a única pessoa que me resta desta “ínclita” geração de guerreiros que se fizeram ao mar, à vida e deixaram o seu legado para as gerações atuais.
Numa época de tanto alheamento da idade em questão, de tanta absorção pelas atividades mundanas, faz-me alguma espécie a incúria com que são tratados os avós! Tantos deles são depositados em lares, que nem sempre reúnem as condições sanitárias e aí ficam ao abandono!
Àquele que convive comigo, faço-lhe sentir que não caiu, em saco, roto todo o investimento do passado! Invejo-lhe a integridade moral, intelectual e a lucidez de gente fina.
Ontem, numa pequena conversa sobre gente do seu tempo e devido a uma pequena confusão sobre a identificação de dois amigos, tive a infeliz ideia de argumentar, como defesa da asserção que fizera: - Eu ainda não estou senil! Nem eu! - atalhou de imediato o avozinho! - Boa! Pensei eu, ufana de ter um pai com quase 93 anos e que ainda tem uma resposta destas na ponta da língua!

26.07.2012

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