quarta-feira, 31 de julho de 2013

Elogio do tempo livre


Claude Monet


O caráter lúdico da existência, a festa, o divertimento, mais ou menos organizado, tomou formas distintas ao longo da história e nas diversas culturas. Aí plasmava-se o Homo ludens, e manifestava-se a impossibilidade de definir o homem a partir da caracterização unidimensional do Homo faber. A gratuidade do lúdico mostra uma dimensão existencial que não podemos negligenciar, abre uma clareira no utilitarismo habitual com que se pensa o tempo (time is money) e, em consequência, o homem. (...) Pensar o que se faz do tempo é refletir como se define o homem.

Não somos máquinas

Férias úteis para todos, uma utopia?

Costa Nova (Ria)

«As férias são um direito e também um dever. Não somos máquinas. O desgaste dá-se em todos, a mudança traz oportunidades, descansar é um preceito divino que permite dominar muitas coisas, não apenas a obra criada, mas até forças desviantes que brotam dentro de nós próprios.»


 António Marcelino

terça-feira, 30 de julho de 2013

Artesanato no Rossio


A FARAV está a decorrer no Rossio, em Aveiro, até 4 de Agosto. Há um pouco de tudo relacionado com o artesanato regional e não só. Os meus olhos fixaram-se num artesão, Adelino Nunes Aires, que lá estava, concentrado, de formão e martelo, a desbastar um pedaço de madeira, rumo a mais um barco em miniatura. Trabalhava com desenvoltura e segurança. De vez em quando, com um lápis, traçava riscos para se orientar no corte. 
A barraca dos seus artigos expostos mostrava que era um artista. Um artesão é sempre um artista, conotado com a pureza de quem não tem escola. A arte brota-lhe espontaneamente. 
Adelino Aires nem sequer era carpinteiro, pois a sua profissão estava mais ligada à metalurgia. Mas um dia aconteceu e hoje trabalha sem parar e sem se cansar. Porque gosta do que faz. E até já foi entrevistado na televisão.
Um diploma, encaixilhado, mostra os agradecimentos da Fundação Gil Eanes pela sua participação na Exposição Arte Náutica. 
Tem trabalhos com muitas horas de trabalho. Uma caravela registou 6400 horas de labuta. E a peça mais cara está avaliada em 4500 euros.

O MARNOTO GAFANHÃO — 1

Um livro inédito de Ângelo Ribau
Ângelo Ribau



Na Primavera/Verão

“Pois é meu menino... Reprovaste no exame de admissão ao liceu, agora vais saber como elas te mordem. Vais aprender à tua custa, a comer o pão que o diabo amassou!”  Diz-lhe o pai.
O Toino nem sabia o que dizer. Ele que na quarta classe fora dos melhores alunos… Só ele e outro foram, no exame, aprovados com distinção, e agora, passado um ano (esteve um ano sem fazer a admissão ao liceu a conselho do professor, por ser muito novo), chumbou!
A ordem em casa era: chumbou, o estudo acabou…
Foi o que aconteceu ao Toino. Agora, com o pai marnoto, já sabia o que o esperava: marinha. E nós, os filhos da casa sabíamos muito bem o que era o trabalho nas marinhas de sal pois durante as férias grandes, sempre éramos “convidados” a ir dar uma ajuda…
Os que ficavam em casa a ajudar a mãe, que agricultava as suas terras, também tinham os seus trabalhos. Ainda agora o Toino se recorda que não eram autorizados a ir nadar no esteiro pequeno, sem primeiro desmantarem dois cabazes de espigas de milho…
Na marinha, o trabalho de rêr (juntar o sal dos meios para o tabuleiro), de encher as canastras, de as transportar para o monte no malhadal (que ficava num sítio alto, para que as águas da ria não o atingissem), sempre a correr, era muito pesado até para um homem. Para nós, malta nova, era um suplício! E as férias eram grandes…


"O Aveiro"



José Rabumba, "O Aveiro", nasceu em 22 de fevereiro de 1866, na Rua das Barcas, que hoje tem o seu nome como patrono. A este herói se ficaram a dever vidas de muitas pessoas, salvas em tragédias marítimas, como se lê no "Calendário Histórico de Aveiro", de António Christo e João Gonçalves Gaspar.
Passei hoje pelo monumento, que está limpo e florida no sopé. Um casal jovem, francês, deu a volta ao monumento, numa postura de quem procura qualquer legenda explicativa. E rodou sem ficar esclarecido, conforme pude confirmar. Fiz como o casal e não vislumbrei qualquer nota. Porventura estaria escondida não sei onde, arrancada ou vandalizada. Nada. E é pena. Porque, afinal, José Rabumba, "O Aveiro", foi homenageado, em 1969, por iniciativa do Rotary Club de Aveiro, merecidamente. Julgo que é oportuno assinalar, mesmo com legenda simples e breve, este heróico aveirense.
A nota da autarquia diz que há, de facto, uma legenda, mas não a vi... Terei de voltar com mais calma.

"Ria a Gosto"


7.º Festival de Marisco da Costa Nova




​Numa organização conjunta entre a Câmara Municipal de Ílhavo e o Illiabum Clube, decorrerá entre os dias 1 e 4 de agosto no Relvado da Costa Nova mais uma edição do “Ria a Gosto” – 7.º Festival de Marisco da Costa Nova.
Integrado no programa do “Mar agosto 2013 – Festas do Município de Ílhavo”, o Festival de Marisco tem como principal objetivo divulgar o marisco e todos os produtos da Ria, numa aposta de promoção dos produtos “Ria de Aveiro” e de dinamização da economia local, tendo o Relvado da Costa Nova como palco e os típicos Palheiros como cenário.
Assim, o Festival abrirá ao público no próximo dia 1 de agosto pelas 20h00 e encerrará no Domingo dia 4, após o serviço de almoço.

Fonte: CMI



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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papa Francisco

Reflexão de Bento Domingues
no PÚBLICO de ontem




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Irmão

"A cultura da solidariedade é ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão"

Papa Francisco

Nota: Será fácil? Será difícil? Depende das circunstâncias... penso eu. Mas será necessário fazer um esforço.... lá isso será! Vamos então tentar!

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domingo, 28 de julho de 2013

Camarinhas






CURIOSIDADE

Ontem, dia de compras na cidade vizinha, deparei com algo que já não via, há séculos! Numa grande cesta, à entrada do mercado, deliciei-me na contemplação de pequenas bagas entre o transparente, o rosa claro e o rosa mais forte. Parecia um saco de pérolas, em vários cambiantes, apetitosas à vista e ao paladar.
Camarinha ou camarinheira (Corema album ou Corema album ssp. azoricum) é uma planta da família das Ericáceas, embora apareça associada à família das Empetráceas. As flores surgem de março a junho, masculinas e femininas em plantas separadas, mas são tão pequenas que passam quase despercebidas, sendo a sua polinização assegurada pelo vento. A ramagem liberta uma intensa e doce fragrância a mel dos deuses! Os frutos surgem em pleno julho, agosto e setembro, pequenas drupas brancas, semelhantes a pérolas, comestíveis, constituindo um apetitoso festim para animais silvestres e para humanos atentos e sensíveis à beleza natural. Noutros tempos, eram vendidos por mulheres, em diversas zonas balneares do país, em cartuchos de papel, às medidas, tal como hoje.

Políticos não sacrificam interesses

Garante António Barreto





"Os partidos políticos portugueses «exigiram à população enormes sacrifícios», mas, chamados a negociar, «foram incapazes de fazerem, eles próprios, o sacrifício dos seus interesses», analisa o sociólogo António Barreto."


Li aqui

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Gafanhões vistos por outros — 5

Quando passei na Gafanha


«Quando passei na Gafanha [1922], vi as cachopas da beira-rio, todas molhadas, sempre metidas na água a rapar o moliço. Feias e ingénuas. A uma calculei-lhe: – Tem para aí treze ou catorze anos. – Tenho vinte e um, e três filhos, respondeu. – Outra tinha ficado a olhar para mim com olhos inocentes de bicho e as mãos postas sobre os seios redondinhos – sobre aquilo, como diz a Ti Ana, que o Senhor lhe deu e ela precisa…
A ti Ana Arneira, com cuja amizade me honro, é um dos meus melhores conhecimentos da Gafanha. Mulher capazona, como por lá se diz. Acompanha-me pelo areal, e conta-me logo à primeira a sua vida. Tipo atarracado e forte, de grossos quadris, vestida de escuro, chapéu na cabeça e aguilhada em punho. O homem foi para o Brasil há muitos anos (— É o rei dos homes!... —), ficou ela e os filhos por criar. Criou-os todos. Netos, doenças, lutos. Nunca desanimou. A força que a sustenta é admirável, profunda e radicada, como a de quase todas as mulheres do povo que conheço. Deitou-se à vida — lavrou campos. Vieram mais aflições e outras mortes.
— Então de que lhe morreram os filhos?
— Sei lá, a morte não se quer culpada. Era preciso sustentar a família. Pegou nos bois e no carrinho e começou a transportar sal da Gafanha para Mira. Fez mais: antigamente no Arião também havia companhas, e quando faltava um pescador a ti Ana agarrava-se ao remo como um homem e ia ao mar no barco. — Nem do diabo tenho medo. Só tenho medo aos cães loucos. 
— A extensa planície que atravessa, duas, três vezes por dia, é um deserto. A Ti Ana vai e vem de noite, sozinha, com os bois que lhe fazem companhia. Agora tem um campo, barcos para o moliço, novos netos para criar — e olha cara a cara o destino sem esmorecer. A sua vida é uma grande lição de energia.»

Raul Brandão, 

in “Os Pescadores”




sábado, 27 de julho de 2013

Jovens e Idosos excluídos

Denuncia papa Francisco:


Culto ao «deus dinheiro» 
está a excluir jovens e idosos 

O papa afirmou esta quinta-feira no Rio de Janeiro que o «culto» ao «deus dinheiro» está a excluir «os dois polos da vida que são as promessas dos povos»: os mais velhos e os mais novos.
Os idosos são vítimas de uma «espécie de eutanásia escondida», porque não são devidamente acompanhados, e também de uma «eutanásia cultural», porque são impedidos de «falar» e «atuar», disse Francisco num encontro com compatriotas argentinos.


Férias em tempos difíceis — 1



Para muitos portugueses, não faz sentido falar de férias. As situações económicas e sociais provocadas pela conjuntura, patente aos olhos de todos, no mundo em geral e  no  nosso pais em particular, quase nos proíbem de falar do que possa implicar despesas, para além das estritamente indispensáveis. Contudo, atrevemo-nos a avançar com algumas propostas para momentos de ócio e de descanso forçado ou permitido pelo emprego e pela vida académica.
Como tristezas não pagam dívidas nem nos livram de aflições, desgostos, problemas e preocupações, nem nos trazem de volta o emprego perdido, então precisamos de olhar em frente, com coragem e determinação, mas ainda com esperança, pois temos como certo que depois da tempestade vem a bonança.
Se é verdade que devemos e podemos divertir-nos, dentro do razoável e possível, propomos que o façamos aproveitando o que temos à nossa volta, que muito é, começando, naturalmente, por dar mais atenção aos que nos são próximos, familiares e amigos doentes, isolados e, quem sabe?, esquecidos. Uns dias de férias para eles seria ouro sobre azul.

Fernando Martins


O saber para agir e viver

Os três estádios da existência 
e o combate da fé

Sören Kierkegaard


«A fé e o amor são levados ao paroxismo. Luterano, foi crítico ácido da Igreja oficial dinamarquesa: "Na sumptuosa catedral, eis que aparece o Reverendíssimo e Venerabilíssimo pregador da Corte, o eleito do grande mundo, e aparece perante um círculo de uma elite e prega com emoção sobre este texto que ele mesmo escolheu: "Deus escolheu o que é humilde e desprezado no mundo" - e ninguém se põe a rir." Mas, já à beira da morte, foi-lhe perguntado se acreditava em Jesus Cristo. E ele (cito de cor): "Sim. Em quem haveria de acreditar nesta hora?"»

Anselmo Borges

Rosto de Deus no coração humano


PAIZINHO QUERIDO



A resposta de Jesus abre novas dimensões ao pedido que o seu discípulo lhe faz para ensinar o grupo a rezar. São dimensões familiares que manifestam o ser de Deus na sua relação connosco, que o fazem presente nas entranhas filiais de cada humano, que o definem e tornam reconhecido como a fonte de vida comum que gera “um nós” inconfundível e original. Constituem, por isso, a verdade que nos identifica e consolida na existência e a realidade performativa que nos impele a viver cada vez mais de acordo com a matriz do nosso ser humano.
O pedido do discípulo surge após a oração de Jesus. Que haveria de especial neste gesto de Jesus para ele se sentir tão desejoso e impressionado? É certo que os mestres ensinavam os discípulos a rezar, transmitindo-lhes o resumo da mensagem que pretendiam difundir. Jesus praticava a oração com normalidade no decorrer do dia e das festas, sozinho e em família, com o grupo de acompanhantes, em lugares silenciosos, nos espaços públicos, na sinagoga, no templo. O grupo sabia-o e podia testemunhá-lo.
A novidade está, sem dúvida, na relação filial que manifesta ao dirigir-se a Deus como Abba, Papá querido, e consequentemente em “reconfigurar” o rosto de Deus no coração humano, em condensar o seu projecto de salvação em preces e atitudes vividas por ele e transmitidas aos discípulos, seus fiéis seguidores.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dia Mundial dos Avós

26.07.2013


“Os brinquedos mais simples, 
que até bebés sabem operar, 
chamam-se avós.”

Sam Levenson


No “Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações", a palavra avós ganha uma nova dimensão no contexto social do nosso país.
Nos tempos atribulados que correm, os avós são uma mais valia, no banco de recursos humanos de uma qualquer família, em que haja crianças a seu cargo. Os avós são aquelas criaturas disponíveis, cheias de amor para dar, sem regatear e que estão sempre ali, para qualquer solicitação da família.
Não tive o privilégio de conhecer os avôs, pois partiram antes da minha aparição na terra e o tempo de convívio, com as avós, foi demasiado curto para quem tinha tanto a ganhar com esse contacto.
Quis o destino que tivesse, em contrapartida, um tempo dilatado de fruição da companhia dos avós, da minha prole.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Igreja fala muito de si...


Uma página eloquente  para ler e meditar



«O cardeal Ratzinger, futuro Papa, disse, no II Sínodo da Europa (1999), que “a Igreja fala muito de si e pouco de Jesus Cristo”. Os acontecimentos recentes recomendam um sério exame de consciência neste aspeto, tendo em conta o que se diz, se escreve, se faz e promete. Também a isso nos obriga o testemunho do Papa Francisco, que se debate numa Igreja que se fez centro, olha muito para si, mas continua poluída por excrescências históricas que ensombram a verdade de um só Senhor, o Senhor Jesus.»

António Marcelino

Mar Agosto 2013

Destaque para o Festival do Bacalhau



«Reforçando a aposta na divulgação do Município de Ílhavo, a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) realiza entre os dias 1 e 31 de agosto mais uma edição do “Mar Agosto – Festas do Município de Ílhavo”, com um programa cheio de atividades e em parceria com várias Associações, apostando uma vez mais na promoção turística do Município bem como na dinamização da actividade económica local, assumindo o desenvolvimento económico e a criação de emprego como objetivos centrais para os quais a CMI entrega o seu empenhado contributo.
A CMI dá as boas vindas a todos os Munícipes, muito em especial aos Emigrantes, e a todos quantos nos visitam com um leque de ofertas muito variadas, tendo como elemento central as Gentes, a Cultura e História do Município cuja proximidade à Ria e ao Mar constituem o principal elemento diferenciador.
O programa do “Mar Agosto 2013” inicia-se com o “Festival Ria a Gosto – 7.º Festival de Marisco da Costa Nova” e com a “V – Semana Náutica do Município de Ílhavo”, investimentos de promoção das potencialidades gastronómicas e das atividades náuticas na Ria de Aveiro.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Alfaiate e Modista

Dia Mundial do alfaiate e da modista: 23 de julho


Longe vão os tempos em que o alfaiate e a modista/costureia eram figuras de proa, numa sociedade semi-rural semi-piscatória.
Sendo do sexo feminino, detenho-me mais na figura da costureira, pois era essa figura que se deslocava às casas de família, para confecionar, por medida, as peças de vestuário usuais naquele tempo. Fazia-se acompanhar do seu instrumento de trabalho, a máquina de costura, preferencialmente da marca Singer de que existe um exemplar, deixado em herança pelo Zé da Rosa. Nas famílias, com várias raparigas, era frequente uma ser encaminhada para a arte da costura. Era, à altura, uma profissão de certo prestígio social, já que era um trabalho “limpinho” no linguajar do povo das Gafanhas, em contraste com as lides da lavoura ou da seca do bacalhau que empregavam a grande maioria das mulheres desta terra.

CREOULA

29 de julho no Município de Ílhavo



"Considerando a forte ligação do Município de Ílhavo ao Mar, desde logo associada aos 76 anos de vida do seu Museu Marítimo, bem como a importância da Formação no âmbito da Economia do Mar, o Executivo Municipal deliberou atribuir um apoio publicitário à Universidade Itinerante do Mar (UIM) no valor de 1.500 euros.
A UIM é um projecto de Formação Superior no domínio do Mar, com características pioneiras, envolvendo na sua organização um conjunto de instituições de Ensino Superior de Portugal e de Espanha, tendo neste ano de 2013 como tema principal a “Peninsularidade, produto de três Mares. Desafios do Mar 2020”.
No âmbito da UIM o Município de Ílhavo receberá a visita do NTM Creoula no próximo dia 29 de Julho, estando a ser preparado um programa de recepção aos Alunos participantes, que incluirá uma visita ao Museu Marítimo de Ílhavo. Nesse mesmo dia 29 de Julho, e aproveitando a oportunidade, a Associação Oceano XXI realizará a sua reunião ordinária de Direcção abordo do NTM Creoula."

Fonte: CMI


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Marisco na Costa Nova

Texto de Maria José Santana no Diário de Aveiro


Está já quase tudo a postos para a sétima edição do Festival de Marisco da Costa Nova - o “RiaAgosto”. O evento decorre entre os dias 1 e 4 de Agosto, no palco do costume: o relvado da praia da Costa Nova.
Durante quatro dias, volta, assim, a ser possível consumir marisco fresco e de qualidade a preços convidativos. “Apostamos sempre em produtos de qualidade”, vinca Artur Aguiar, presidente do Illiabum Clube, colectividade que assume a organização desta iniciativa, em parceria com a Câmara Municipal de Ílhavo.
Os números da edição do ano passado confirmam que este é já um evento de referência no cartaz turístico da região durante esta época de veraneio. “Ultrapassámos os 3.000 visitantes”, atesta Artur Aguiar, ao mesmo tempo que faz questão de relevar também “a equipa, com cerca de 60 pessoas, que voluntariamente participa na dinamização e realização do evento”.


Tecto e Foto do Diário de Aveiro


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A arte do inacabado



É-nos dito e repetido que o tempo bem aproveitado é um contínuo, tendencialmente ininterrupto, que devemos esticar e levar ao limite. A maioria de nós vive nessa linha de fronteira, em esforçada e insatisfeita cadência, a desejar, no fundo, que a vida seja o que ela não é: que as horas do dia sejam mais e maiores, que a noite não adormeça nunca, que os fins de semana cheguem para salvar-nos a face diante de tudo o que fica adiado.
Quantas vezes damos por nós a concordar automaticamente com o lugar comum: “precisava que o dia tivesse quarenta e oito horas” ou “precisava de meses de quarenta dias”. Desconfio que não seja isso exatamente o que precisamos. Bastaria, aliás, reparar nos efeitos colaterais das nossas vidas sobreocupadas, no que fica para trás, no que deixámos por dizer ou acompanhar.
(...)

Uma reflexão de José Tolentino Mendonça

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Guardas da JARBA

GUARDA DAS MARGENS DO RIO NOVO DO PRÍNCIPE É UM NOME BONITO





A função de António Dias da Silva e dos outros guardas da J.A.R.B.A. talvez não. Só gosta dos guardas quem deles se socorre e eram poucos; muitos mais os denunciados, autuados, despedidos.
A Junta Autónoma era ao tempo gorda de poderes, era da Ria e da Barra de Aveiro.
Os guardas escreviam cartas contando os sucessos da jorna, denunciando albertos com alcunha de espantar – “O Imaginário”.

domingo, 21 de julho de 2013

Os gafanhões vistos por outros — 4



As mulheres da Gafanha merecem um estudo profundo sobre o seu papel na construção das povoações e das comunidades desta região banhada pela Ria de Aveiro. É certo que alguns estudiosos e escritores de renome já se debruçaram sobre elas, cantando loas à sua coragem, mas também ao seu esforço, desde sempre indispensáveis na luta de transformação de areias improdutivas em solo ubérrimo.
Há décadas, e é sobre essas mulheres que nos debruçamos, elas eram as mães solícitas e amorosas dos filhos, mas também os “pais” que garantiam o sustento da casa, enquanto os maridos se aventuravam nas ondas do mar ou tentavam a emigração, na busca de mais algum dinheiro que escasseava em terra. 
Em jeito de desafio a quantos podem e devem, pelos seus estudos e graus académicos, retratar as nossas avós, com rigor histórico, estético, poético e antropológico, já que, aqui, não há lugar nem tempo para isso, apenas indicamos algumas pistas, que há mais de 60 anos nos foram oferecidas por Maria Lamas, na célebre obra “As mulheres do meu país”.


sábado, 20 de julho de 2013

As paixões de Lee Gallagher

Lee Gallagher
Lee Gallagher é capitão do Brasilia Fishing Charters. É natural do Reino Unido e vive nos Açores, onde é pescador e ilustrador de temas marinhos. Veio em 1987 de Inglaterra com destino aos Açores, para seguir a sua paixão de viver uma experiência de "pesca em mar aberto". Isto pude ler na revista NAU XXI, número 2, deste mês de julho, que sublinha, entre outros temas, que o "Peixe português é bom, muito bom...", em trabalho de Alexandra Prado Coelho. 
Voltando ao pescador ilustrador, que optou pelos Açores há 25 anos, ele confessou à revista a razão por que gosta do mar açoriano: "A biodiversidade marinha, o contacto com a natureza, a possibilidade de trabalhar nas suas duas grandes paixões e a vida rústica que tem oportunidade de viver.

Nota: Voltarei à revista para referir outra paixão pelo nosso país.

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Torreira: Tenda de Deus


Somos uma Diocese situada à beira mar, com zonas balneares de referência. Aveiro atrai todos os anos muitos veraneantes amigos vindos de longe. Queremos acolhê-los bem. Como é bom, muito bom mesmo, termos tanta gente que gosta da nossa terra, aqui encontra paz e procura descanso e se sente bem recebida e integrada nas nossas comunidades, sempre que aqui chega!


Novos olhos


«A verdadeira viagem de descobrimento 
não consiste em procurar novas paisagens,
 e sim em ter novos olhos.» 

Marcel Proust  (1871 – 1922) 

NOTA: Agora, mais do que nunca, todos precisamos de novos olhos ou novos olhares para enfrentar a crise que nos massacra o corpo e a alma. Com os erros, podemos sempre aprender, para não cairmos em precipícios que podem ser fatais. Com a indefinição, incompetência, luta cega  pelo poder, ambições pessoais, egoísmos ferozes e demagogias baratas ao nível político, social e económico temos mesmo de repensar as nossas opções partidárias. Com esta gente, não vamos a lado nenhum.

Falsos ricos

Desabafos de um habitante do Absurdistão

Anselmo Borges


«Há um verbo latino muito rico: mederi. É importante, porque dá origem a três palavras fundamentais para a nossa necessidade mais urgente: meditação, medicina, moderação. Precisamos de parar e meditar e viver mais moderadamente (todos, não apenas os pobres). Quanto à medicina, ninguém conhece exactamente o remédio, mas ele passa também pela convocação de representantes das forças mais dinâmicas e estruturantes do país - Universidade, partidos, patronato, sindicatos, média, Igreja -, no sentido de um estudo que comunique, sem mentira, a situação real do país, e de um consenso mínimo quanto ao essencial, para salvar o futuro de um país que caminha para o precipício.»

Anselmo Borges

Dia do Amigo: 20 de Julho


Com dedicação, gratidão e devoção... 
aos meus amigos do peito!





AMIGO...

Com o coração escuta...
A minha história
A minha luta!
A minha glória
O meu fracasso...
Tudo o que faço...
As lágrimas seca,
Com amor... e não peca!
Dá o seu ombro suave
Macio e acolhedor...
Refrigera a dor
Adivinha uma angústia
Vive os meus sucessos
E aceita os retrocessos.
Discorda de mim...
Cheira a rosas e a jasmim...
É o meu perfume!
Reacende-me o lume
Apagado, da paixão!
É certeza, na ilusão
Protege-me do perigo!
É no fundo do meu ser
O que mais desejo ter:
O meu porto de abrigo!


M.ª Donzília Almeida

20.07.2013

Saber acolher


RECEBER JESUS EM SUA CASA

«Saber acolher como Abraão que interrompe o seu descanso e se põe ao serviço de desconhecidos, prestando-lhes generosamente os cuidados usuais. Como Marta, a incansável dona de casa, que se esmera na prática das regras da boa hospitalidade. Como Maria, a ouvinte dócil e atenta, que se senta aos pés de Jesus qual discípula fiel. O acolhimento é fonte de enriquecimento mútuo. Como recorda o Papa Francisco na sua recente encíclica: “A fé ensina-nos a ver que, em cada homem, há uma bênção para mim, que a luz do rosto de Deus me ilumina através do rosto do irmão (LF 42).»

Georgino Rocha

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mandela: Um Gigante Moral

Mandela faz hoje 95 anos

«O objetivo da liberdade é criá-la para os outros.»

Mandela 


Nelson Mandela

«Nem profeta nem revolucionário, Nelson Mandela mostrou-se um homem fora do comum, um imenso líder político e um gigante moral.
Pelos seus princípios. Pelo seu sacrifício. Pela sua humanidade. Pela sua determinação. Pela sua coragem. Pela sua visão. Pela sua força para perdoar e reconciliar. Um homem íntegro. O combate de Nelson Mandela levou ao triunfo da justiça e da dignidade do homem. E quase sempre com Mandela a aparecer com um sorriso carinhoso.»

Li aqui 

Europa sem horizontes novos


Cristãos à escala universal?



"Numa Europa politicamente baralhada, eticamente empobrecida, incapaz de horizontes novos, o mundo voltou a olhar para Roma, dada a esperança que daí parece vir a favor dos direitos humanos fundamentais, da dignificação e humanização das relações pessoais e sociais, da colaboração séria em prol da verdade, da justiça e da paz."

António Marcelino

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Olhos sobre o Mar"

CONCURSO DE FOTOGRAFIA


​«O Executivo Municipal ratificou a decisão do Júri do X Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar” em relação à atribuição dos Prémios. Nesta edição participaram 134 fotógrafos de todo o País, com um total de 631 trabalhos relacionados com o Mar, tornando-se a edição mais participada de sempre.
​A entrega dos prémios decorrerá no dia 23 de agosto no Navio Museu Santo André, local onde ficarão expostos os 50 melhores trabalhos durante o mês de agosto, integrados no programa do “Mar Agosto 2013 – Festas do Município de Ílhavo”.»

Fonte: CMI

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Medo


«À medida que nos libertamos do nosso próprio medo 
a nossa presença liberta automaticamente outros.» 

Nelson Mandela (°1918)

O PIQUENIQUE

Piquenique nas Abadias

Já lá vão os tempos em que fazíamos piqueniques. Filhos pequenos, cada um com o seu saco e pai e mãe com o resto dos apetrechos, os mais pesados. Mesa articulada montada, com cuidado, tachos, pratos e demais utensílios em cima, e toca a comer que o apetite era muito por causa dos ares dos pinheiros das matas da Torreia, S. Jacinto, Gafanha e Vagueira, entre outras, que o campismo proporcionava.
O que nos irritava eram os mosquitos esfomeados, que não nos perdoavam e nem sequer respeitavam os repelentes. Depois, em dias de nortada, o pó invadia tudo, ao ponto de nos obrigar a procurar refúgios, nem sempre fáceis de encontrar. Cansámo-nos. Mas de vez em quando ainda tenho saudades desses tempos.

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Figueira da Foz - Ponte nas Abadias

Pontes na vida



A ponte sobre o Ribeiro das Abadias, em pleno parque do mesmo nome, serve muita gente, apesar de ser pequena. Sobretudo os que fazem, com regularidade, os seus exercícios de manutenção.
As pontes são sempre úteis, especialmente para aproximar pessoas e comunidades desavindas. Sem pontes, não físicas mas de comunicação, o diálogo raramente se estabelece ou restabelece, tornando muito difícil o entendimento e o benefício da proximidade. Haja pontes entre as pessoas, tanto mais que temos, como nação, grandes desafios a vencer, são os meus votos.

Treino para férias


FIGUEIRA DA FOZ
Farol da Serra da Boa Viagem
Um dia de férias na Figueira a Foz para ensaio, que férias a valer só mais tarde. Nem sei quando.
A agitação doutros tempos anda fugidia. Compreende-se. Já lá vai o tempo em que a Figueira da Foz pontificava no turismo balnear, com a alta burguesia a marcar presença e a impor o ritmo social. Agora a praia democratizou-se sem ser preciso pedir licença a ninguém.
Hoje vi pouca gente, mas pode ser que em agosto as ruas, areais, esplanadas, cafés e bares, restaurantes e hotéis, espaços verdes e sombras venham a encher-se. Eu gostaria imenso, porque sem gente a Figueira fica mais triste.


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terça-feira, 16 de julho de 2013

Hortas


As hortas estão de regresso. As hortas têm de estar de regresso. Por prazer e por amor à natureza e ao gosto pela agricultura. Ainda  por causa das crises, que essas não perdoam e não têm compaixão por quem passa necessidades. As hortas são, na nossa região e noutras, um complemento para as receitas de qualquer família. Sobretudo de famílias onde entra pouco dinheiro. As hortas, que o arquiteto Ribeiro Teles defende há muito, como fundamentais na paisagem, estão a surgir também nas cidades. Esta encontrei-a na cidade do Porto, a capital do trabalho. 

Coragem


"Sucesso não é o final, falhar não é fatal: 
é a coragem para continuar que conta." 

Winston Churchill (1874 - 1965)


Fátima ajuda famílias

Publicado na Ecclesia 




Santuário propõe semana de férias 
para famílias com filhos 
portadores de deficiência

O Santuário de Fátima vai promover durante todo o mês de Agosto e início de Setembro um campo de férias gratuito para famílias com crianças, jovens e adultos portadores de deficiência.
O projeto solidário, que começou há sete anos com o objetivo de ajudar pais e mães que se dedicam a 100 por cento aos seus filhos, dando-lhes a oportunidade de “descansar durante uma semana”, transformou-se progressivamente numa iniciativa familiar, realça o reitor do Santuário, em entrevista concedida à Agência ECCLESIA.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Maria Virgínia e Manuel Olívio

50 anos de matrimónio

Olívio e Virgìnia


Há aniversários que merecem ser celebrados de forma muito especial. Não por se tratar de alguém que estimamos, mas sobretudo pelo exemplo demonstrado ao longo da vida na família e na sociedade, de amor e de responsabilidade comunitária e eclesial. Refiro-me concretamente a um casal amigo,  Maria Virgínia e Manuel Olívio Rocha, ela do Monte, Murtosa, e ele da Gafanha da Nazaré, que ontem, 13 de julho, comemorou 50 anos de matrimónio, com os seus filhos e netos, a que se associaram familiares e amigos.
Conheço este casal desde o tempo em que ambos eram jovens, solteiros e militantes da Ação Católica, tal como eu. Depois o amor, sorrateiramente, brotou nas suas vidas e continuou em crescendo, projetando-se nos filhos e netos, mas também nos amigos que a Virgínia e o Olívio souberam preservar e multiplicar.
Nos dias conturbados em que nos situamos, não será fácil viver um matrimónio tão duradoiro e capaz de testemunhar o amor com tanta serenidade. A sociedade, caracterizada pela competição desenfreada e a qualquer preço, repudiando, com que frequência!, a ética, o amor e a solidariedade, numa clara demonstração da prevalência do egoísmo entre os homens e mulheres deste século das altas tecnologias, das ciências e do mundo do ciberespaço, não tem sabido educar para  amores e casamentos duradoiros, com raízes que alicercem futuros mais fraternos e mais cristãos. Felizmente,  tal não aconteceu neste casal constituído por amor há 50 anos e noutros de formação semelhante, os quais bem podem servir de modelo a quem estiver interessado em aprender, estimulando-se nos seus testemunhos de compreensão, de tolerância, de respeito e de aceitação dos outros, tal como são, e no amor aberto à doação plena.
Daqui, deste meu recanto, saúdo os meus amigos Virgínia e Olivio, com votos sinceros de muita paz, alegria e amor, na companhia de filhos e netos, e também dos amigos que souberem manter nos seus corações.

Fernando Martins


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Gafanhões vistos por outros — 3


Joaquim Matias define o gafanhão deste modo:

«um homem persistente em seu querer, teimoso no trabalho, inquebrantável na fé de vencer. E há-de haver um dia, por justiça imanente da vida, cinzel ou caneta de homem de génio que materialize em forma artística a epopeia sublime desse camponês que ninguém conhece, quando ele é maior ainda do que o guerreiro da reconquista e o marinheiro das descobertas».

E mais adiante:

«O Gafanhão pretendeu apenas bastar-se, arrancar alimentos da areia, ser útil. Não tem consciência da epopeia magnífica erguida em três gerações, com suor e enxadadas, à sombra da proa recurvada dos seus moliceiros. Mas nem por isso é menor o seu mérito. Nem por isso a sua Gafanha, a Gafanha que ele fez sozinho, contra tudo e contra todos — nem por isso a sua Gafanha deixa de ser um triunfo monumental que aí temos a atestar ao País e ao Mundo que o braço do Homem continua sendo a grande alavanca da Criação, e que em boa verdade vence quem teima, porque “a fé revolve montanhas”.»

"Arquivo do Distrito de Aveiro", n.º36, 1943

sábado, 13 de julho de 2013

Nadadores Salvadores

Praias da Costa Nova e da Barra mais seguras



«A Associação 'ResgatÍlhavo' que, neste Verão, coordena pela primeira vez os nadadores salvadores presentes diariamente nas praias de Ílhavo, trabalha com 21 'activos' que desenvolvem actividade preventiva e de salvamento.
André Baroet lidera a Associação e integra a equipa que coordena toda a actividade. "Desenvolvemos actividade na Costa Nova e na Barra. O nosso orçamento financeiro 'cobre' dois projectos integrados. Os custos são garantidos pela Associação de Concessionários da Beira Litoral, por concessionários individuais e por dinheiros da Câmara de Ílhavo e Porto de Aveiro", disse, em entrevista à Terra Nova.
"O nosso projecto que abrange as praias da Barra e Costa Nova permitiu diminuir o número de nadadores salvadores em termos comparativos com outros anos. Temos só um nadador por cada concessionário. Assim conseguimos reduzir os custos", adiantando que "não temos problemas. Temos mais meios, em termos materiais, rádios, telemóveis, viaturas", disse.»

A Luz da Fé

A última encíclica de Bento XVI



«A fé tem o seu fundamento na experiência crente de Jesus, naquela sua experiência avassaladoramente felicitante de Deus enquanto Abbá (querido paizinho). Acreditou, entregando a sua vida até à morte a esse Deus-Amor e ao seu Reino de vida digna para todos. Os cristãos acreditam como ele e nele, que está vivo em Deus, o Deus da Vida. E procuram agir como ele, levando avante, na confiança e no combate pela vida, o Reino do Deus da vida para todos.»

Anselmo Borges


Faz-te voluntário



VAI E FAZ O MESMO


«Vai e faz o mesmo porque o amor de Deus envolve necessariamente aqueles que Deus ama, sem distinção de género ou de raça; percorre os seus caminhos de aproximação e serviço; reveste os seus sentimentos de ternura e misericórdia; faz-te voluntário e envolve-te em todas as causas dignas da condição humana; doa-te, por inteiro, com os teus bens, o teu tempo, as tuas capacidades de relação e influência.»

Georgino Rocha

“A quem muda, Deus ajuda!”


Dia do Agricultor - 13-07


"A agricultura aqui (em Portugal) 
é a arte de assistir impassível 
ao trabalho da natureza."

Eça de  Queirós 


«Mudar é próprio das pessoas inteligentes! E... lá diz o povo: “A quem muda, Deus ajuda!”
A vida ao ar livre descongestiona o cérebro e permite o recarregar de baterias, sem a incómoda e onerosa deslocação ao ginásio. Deambular à sombra retemperadora dos pinheiros, regar uns pés de alface, couve galega, pepinos ou pimentos e contemplar os tomates a avolumar-se sob o olhar lascivo das curgetes...é um exercício que retempera a alma e promove a saúde física e mental, “Mens sana in corpore sano!” 
A sinfonia em “lá maior”, ali... no bosque ou na horta, orquestrada pelo canto sensual das rolinhas, dos melros e de outras espécies ornitológicas, convida ao sonho, à evasão dum mundo marcado pelo ritmo alucinante da vida moderna. 
Com o astro-rei a abençoar e fazer medrar todas as sementes de vida lançadas, neste ventre enorme que é a terra, temos uma réstia de paraíso... ao nosso alcance.»

M.ª Donzília Almeida

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ílhavo: Semana Jovem no município


«A Câmara Municipal de Ílhavo organiza de 12 a 19 de julho mais uma edição da Semana Jovem. Este evento, já com larga tradição no Município, permitirá aos Jovens de todas as idades a participação num conjunto vasto de atividades, que preencherão por completo os dias previstos para a realização da Semana.

Na edição 2013 da Semana Jovem há a salientar, como tem acontecido nos últimos anos, a colaboração ativa e empenhada de diversas Associações e de mais de duas dezenas de Jovens Voluntários que aceitaram este desafio, consolidando desta forma a opção de uma Semana Jovem “de e para os Jovens”.

Das iniciativas propostas merecem especial destaque os sempre concorridos concertos (Luisa Sobral, Mind da Gap, Manilla, Motim e Kapittal), as restantes atividades noturnas, como é o caso da noite de cinema com o filme “Sangue Quente” no Centro Cultural de Ílhavo, e das noites animadas pelas nossas Associações com “Karaoke Jovem”, “Sarau 20 Anos” e “Noite dos Anos 60,70,80”. Durante a semana decorrerão diversas atividades de índole desportiva, como é o caso do futsal, street basket 3x3, ténis, minigolfe, futebol de praia, ténis de mesa, canoagem (passeios diurnos e noturnos), surf, bodyboard, matraquilhos, pesca desportiva, peddy paper e voleibol de praia.»

Ver mais aqui e Programa 

Farisaísmo na sociedade


Conversão da linguagem 
à verdade e à simplicidade

«A sociedade hoje iguala facilmente as pessoas, mas mantém o farisaísmo no modo de as tratar publicamente, pensando talvez que a importância das mesmas lhes vem dos superlativos que se lhes atiram para cima. Há um velho ditado que diz: “Excelência em Portugal, monsenhor em Itália e dom em Espanha não valem uma castanha.” A verdade, porém, é que todos estes epítetos, que significam bem pouco, continuam a engalanar os que gostam e se sentem lisonjeados com tal tratamento.»

 António Marcelino

Vaticano sem prisão prepétua




«O Papa assinou esta quinta-feira o decreto que reforma o Código Penal do Vaticano. São introduzidas penas duras para os membros da Igreja Católica que cometam crimes sexuais (pedofilia e prostituição com menores) e financeiros (lavagem de dinheiro e corrupção generalizada).
O decreto papal, que se chama Moto Proprio, terá como primeira consequência a aplicação de uma política de tolerância zero para com a pedofilia, que descredibilizou a Igreja Católica nos últimos anos.
São definidos os crimes cometidos contra menores, entre eles a venda, a prostituição, o recrutamento, a violência sexual, a pornografia infantil, a posse de material pornográfico com menores e os actos sexuais com menores.
"As leis adoptadas são a adequação das normas jurídicas vaticanas de Bento XVI", explicou o presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Della Torre (que apresentou esta reforma com o director da sala de imprensa, o padre Federico Lombardi). Em Abril, o Papa Francisco pedira que se agisse com "determinação" contra os crimes sexuais cometidos por membros do clero. Foi a primeira vez que o Papa falou publicamento do tema, menos de um mês depois de ter sido eleito, a 13 de Março, após a renúncia de Bento XVI.»

Li no PÚBLICO, ler mais na Ecclesia


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Oração numa noite de verão


“ Um dia vou rezar à noite… Hoje é o dia”


Zona da Bruxa


Oração numa noite de verão

O calor do verão leva-nos a procurar a brisa do mar, a proximidade da água, a sombra das árvores ou a altura das montanhas. E tudo isso dá mais conforto ao corpo e mais sentido e horizonte à vida.
O verão traz-nos também oportunidades de alimentar a alma e de saciar o espírito. E isso só a oração o consegue fazer. Rezar em noite de verão significa procurar Deus desde o alvorecer da manhã, acolher a ternura de Deus na tranquilidade da tarde, encontrar o Senhor Jesus no silêncio da noite e ouvir a voz do Mestre que fala aos discípulos à beira do Lago. Sabemos todos como é bom rezar no silêncio e a sós com Deus. Mas sabemos igualmente como é necessário reunir e rezar com todos quantos procuram Deus de coração sincero.
Nos caminhos de vida e de fé que a Missão Jubilar nos propõe tem todo o sentido valorizar as noites de verão como tempo abençoado de silêncio dado à oração e espaço necessário de encontro de pessoas que se juntam para rezar.
Assim está pensado o próximo dia 11 de Julho. Não é o único dia ao longo do verão em que nos congregamos para a oração, mas é um sinal pedagógico e um dia significativo em que nos queremos reunir, à mesma hora, num espaço público, em cada um dos arciprestados da nossa diocese para rezar: “Um dia vou rezar à noite…Hoje é o dia!”
Saboreemos esta experiência espiritual que nos vai ajudar a perceber o valor de sermos Igreja de Aveiro e de nos sabermos unidos em nome do Senhor para rezar. Ele está no meio de nós. A oração é a alma da vida cristã e da Igreja viva, dinâmica, evangelizadora e missionária que queremos ser.
Valorizemos esta oportunidade para vivermos com a criatividade que o tempo de verão nos proporciona e a que a Missão Jubilar nos convida estes momentos densos de fé e intensos de oração.
Não fazemos férias de Deus nem a Igreja está em férias. Aproveitamos, isso sim, o verão e as férias para nos reunirmos com tempo e com disponibilidade para rezar.

Da Mensagem de D. António Francisco


Museu de Aveiro

Um dos dez melhores de Portugal


«O Tripadvisor, um dos maiores sites de viagens do mundo, acaba de divulgar na sua "Traveller's choice 2013", a lista dos 10 melhores museus de Portugal. Nesta lista, apurada a partir dos comentários e impressões deixadas pelos “viajantes”, bem como informação diversa divulgada ao longo do ano, o Museu de Aveiro consta em oitavo lugar, numa selecção dos 10 mais votados.»

Li no Diário de Aveiro

Ver mais aqui

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Santo António da Coutada



As festas em honra de Santo António da Coutada vão realizar-se nos próximos dias 20, 21 e 22 de julho naquele lugar de S. Salvador de Ílhavo, conforme me informou Jorge Saraiva, que faz parte de mordomia que tem por juiz António Simões. 
Jorge Saraiva, da Oficina da Formiga, que conheço há anos, teve o cuidado de me enviar notas dos preparativos da festa, que reputo de muito interessantes e até originais, fundamentalmente pelos encontros que proporcionaram entre os moradores. 
Sublinha Jorge Saraiva que a equipa organizadora, constituída por nove pessoas, conseguiu promover iniciativas, tendo em vista um orçamento correspondente a «metade do valor do ano passado». Atentos à crise, naturalmente.

Convívio


Petiscos
Refere o leitor do meu blogue que a angariação dos respetivos fundos não passou por bater à porta das pessoas para lhes pedir dinheiro, mas tão-só para visitá-las nas suas casas, fotografando-as, o que suscitou considerações oportunas dos idosos: «Então nem os meus filhos me vêm visitar e vocês até me vêm tirar uma fotografia?» … «nunca ninguém me tirou uma fotografia!»
Dignas de registo foram as ações de convívio que se seguiram, nomeadamente, magusto, sardinhada, caminhada com chanfanada à moda da Coutada (receita antiga), animação musical com o envolvimento dos jovens valores do lugar e até aulas de ginástica, informa Jorge Saraiva.
Esclarece que «a própria divulgação das atividades também foi feita porta-a-porta» e que foi entregue em cada casa o programa da festa. «Tem sido cansativo, mas gratificante a aproximação às pessoas da rua», explicou Jorge Saraiva.

Chanfana 

Ginástica para todos

O leitor do meu blogue adiantou, por fim, que estão «apostados em fazer um bom trabalho com custos reduzidos e até agora temos conseguido superar-nos. Os dias da festa estão à porta e está tudo planeado para manter e valorizar a tradição de uma procissão religiosa condigna do passado e do presente».

««««««««««««««

NOTA: Este exemplo do Jorge Saraiva pode muito bem ser seguido por outros leitores, estejam eles onde estiverem. O valor da partilha de vivências é extremamente saudável. Fico à espera... 

Liberdade

"A liberdade é como o ar: se o ar é imperfeito, você sofre; se o ar é insuficiente, sufoca; se falta ar, morre”.

Luigi Sturzo (1871 - 1959)


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Festa da Vista Alegre


Terminaram ontem as Festas da Vista Alegre. Para o ano que vem há mais. Fui lá não tanto pela festa, que não sou muito festeiro, mas para sair de casa, apesar do calor e ar abafados que mal nos deixavam respirar. Entrei na igreja dedicada a Nossa Senhora da Penha da França, que preserva o túmulo artístico do Bispo D. Manuel de Moura Manuel, e regressei ao largo onde barracas de doces, comes e bebes e refrescos aguardavam a chegada do povo da região que ali vem decerto para descontrair das agruras provocadas pela política e não só.
Os meus olhares deambulavam pelos edifícios da famosa fábrica que leva a diversos cantos do mundo as artes ali iniciadas e projetadas pelo seu fundador, José Ferreira Pinto Basto. O museu que nos dá conta do passado que chegou até nós, as lojas para quem pode comprar sem dificuldades e para quem tem de se limitar a pouco e barato, as cores e traça do edifício, o busto do fundador que ficou para a posteridade e as árvores que oferecem alguma frescura em tempo de canícula, tudo contemplei sem preocupações de maior.
Depois, uma boa água fresquinha na improvisada esplanada. Umas boas duas horas na Vista Alegre. 

Ver: Vista Alegre

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Chorar os mortos que ninguém chora

Papa Francisco em Lampedusa




"O Papa que colocou os pobres no centro da sua missão visitou nesta segunda-feira a ilha que serve de porto de abrigo a milhares de imigrantes. Pediu um "despertar das consciências" para combater a "globalização da indiferença"."

Li no PÚBLICO


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Cemitério da Gafanha da Nazaré

25 de julho de 1921

Cemitério Paroquial

Cemitério da Gafanha da Nazaré
O Cemitério Paroquial, assim designado na altura da sua construção, foi benzido no dia 25 de julho de 1921. 
Avançando com um pouco de história, lembramos que foi sucessivamente acrescentado em 28 de dezembro de 1933 e em abril de 1939, conforme se lê na “Monografia da Gafanha” do Padre João Vieira Resende. Em 16 de julho de 1938, a Câmara pagou 1150 escudos pela planta do cemitério da Gafanha da Nazaré, certamente para legalizar as diversas alterações entretanto feitas. 
Com a sua inauguração, os falecidos na Gafanha da Nazaré deixaram de ser sepultados no cemitério de Ílhavo, acabando o sacrifício que isso representava, tanto na altura dos óbitos como nos dias de Todos os Santos [1 de novembro] e Fiéis Defuntos [2 de novembro].

Paciência

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO de ontem





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domingo, 7 de julho de 2013

Folclore na Gafanha da Nazaré

XXX Festival Nacional de Folclore 
da Gafanha da Nazaré

Cristina Reis entrega lembranças ao rancho de Minjoelho

Realizou-se ontem, com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o XXX Festival Nacional de Folclore, com a participação de grupos de cinco regiões do país, nomeadamente, Gafanha da Nazaré, Coruche, Santo Tirso, Soalhães (Marco de Canaveses) e Minjoelho (Tomar). Cinco regiões, correspondentes a outras tantas culturas etnográficas, sendo, por isso, um bom desafio à formação de quem aprecia e se interesse por esta área do saber e do viver.
Depois da visita à Casa Gafanhoa, espaço museológico integrado no Museu Marítimo de Ílhavo, mas da responsabilidade do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, teve lugar o jantar na Escola Preparatória da nossa cidade, seguindo-se o desfile e a exibição dos grupos e ranchos convidados, no Jardim 31 de Agosto,


Vereador da CMI entrega lembranças ao grupo anfitrião

Na cerimónia de abertura na Casa Gafanhoa, que incluiu palavras de boas-vindas do presidente Alfredo Ferreira da Silva, e do convite do presidente da Junta, Manuel Serra, dirigido a quantos vieram pela primeira vez à nossa terra, para que nos visitem com mais frequência, a representante da Federação do Folclore Português, Cristina Reis, frisou que um Festival de Folclore «é uma festa e um momento de cultura», ao mesmo tempo que proporciona «um encontro de pessoas». 
Cristina Reis lembrou, contudo, que «os grupos federados não podem ser só isto», pois cada um tem de assumir «a responsabilidade de sensibilizar as populações por onde passam para a carga histórica do nosso passado cultural». E adiantou que são os grupos e ranchos que tornam mais presente as «identidades de lugares de que ninguém ouviu falar», porque «as comunidades académicas não podem chegar a todos os cantos».
A representante da Federação do Folclore Português perguntou, a título exemplificativo, quem é que ouviu falar de Minjoelho?

Fernando Martins

Gafanhões vistos por outros — 2


Rocha Madail afirma que os homens «são robustos e de boas formas, e as mulheres de mediana estatura, mas cheias e vigorosas. São de carácter expansivo e índole benévola. É raridade o casamento de um gafanhão, homem ou mulher, fora da colónia, que talvez por isso conserva imutável a sua feição primitiva».

No Livro “Gafanha da Nazaré: Escola e Comunidade numa Sociedade em Mudança”, coordenado por Jorge Arroteia

sábado, 6 de julho de 2013

Fonte de alegria

A ALEGRIA, FRUTO DA MISSÃO



«O envio dos discípulos é dirigido a todos. O número 72 comporta este símbolo. Eram os povos conhecidos. Neles, está toda a humanidade. A missão é universal. Realiza-se na reciprocidade de dons: oferecer o que cada um tem de valioso e, simultaneamente, receber a oferta que expressa o ser do outro. Todas as culturas estão dotadas de bens apreciáveis, todas as religiões contém expressões e rituais de grande significado. Também as confissões católicas/Igreja encerram ricas mensagens de humanização da pessoa e das sociedades, criam laços de fraterna convivência entre os seus membros, configuram, de modo sacramental, a pessoa e obra de Jesus Cristo prosseguida pelo seu Espírito na Igreja. Entrar em comunhão com os valores humanos e valorizar a originalidade fiel do Evangelho, eis o desafio da missão católica.»

Georgino Rocha

A coragem

"Eu aprendi que a coragem não era a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele."

Nelson Mandela (°1918)


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O Papa tornou-se humano

Cem dias de Francisco: a mudança a caminho




«E a revolução está em marcha. De modo natural, de tal modo natural que se fica espantado por ser notícia precisamente o que não devia sê-lo. Por exemplo, desejar "boa noite", "bom descanso", "bom almoço" ao povo. O Papa tornou-se humano, vendo-se claramente que o seu desejo e preocupação é o bem-estar, a saúde, a alegria de todos.»

Anselmo Borges


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Calor




Calor, praia, esplanada, refrescos e banhos com farol à vista. Aproveitar enquanto há.

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