segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CENTENÁRIO DE SCHOENSTATT CELEBRADO NO SANTUÁRIO

Ser cristão implica  ter Deus na vida

Santuário Diocesano de Schoenstatt

Participei, no sábado, 18 de outubro, na eucaristia celebrativa do centenário da fundação do Movimento de Schoenstatt, que nasceu em 1914, por inspiração do Padre José Kentenich. Presidiu o nosso bispo, D. António Moiteiro, que, à homilia, sublinhou a importância de todos fazermos «uma experiência da presença de Deus na vida». O salão de Schoenstatt estava repleto de fiéis, schoenstattianos, envolvidos nos mais diversos grupos de espiritualidade, mas ainda peregrinos e amigos do Movimento.
D. António Moiteiro recordou, com muita oportunidade, as graças que podem e devem ser recebidas no Santuário Diocesano de Aveiro, réplica do original e, por isso, igual a muitos outros espalhados pelo mundo, graças que se consubstanciam no Acolhimento, na Transformação Interior e na Missão Apostólica. «É esta tríplice graça que vai dar vida a todas as obras e a todos os movimentos que nascem deste carisma», frisou o nosso bispo.


O Bispo de Aveiro evocou as dificuldades por que passou o Fundador, que o levaram a experimentar que, «sem Deus, não podemos fazer nada». O lema “Nada sem Ti; nada sem nós”, bem conhecido de todos quantos visitam o Santuário de Schoenstatt, foi ponto de partida para D. António afirmar que ele «se insere no mandamento do amor de Jesus Cristo». E disse: «Amar a Deus com todo o coração e com toda a alma (…), mas também amar o próximo com todas as nossas energias.»
Salientou, noutra passagem da sua homilia, que, «quando fazemos a experiência de Deus, não podemos ficar iguais», sendo urgente manter «a presença do outro na nossa vida». O cristão não pode ter Deus como objeto da sua vida, referiu, e sublinhou: «Não somos nós que vamos a Deus, mas é Deus que vem primeiro a nós.»
O nosso bispo considerou que «a Aliança de Amor não é apenas uma aliança com o outro; é fazer do outro eu próprio; que o outro seja eu; é fazer a experiência do amor». 
Momento comovente, para os schoenstattianos e provavelmente para todos os presentes, foi a leitura da mensagem do Papa Francisco, com a sua bênção, dirigida «Às Irmãs e aos Irmãos do Movimento de Schoenstatt». «A graça de Deus necessita somente de uma única pessoa para realizar grandes coisas na Igreja e no mundo. Isto nos ensina a história do modesto Santuário mariano de Schoenstatt que deu nome a um Movimento de espiritualidade difundido no mundo inteiro. Há cem anos, a 18 de outubro de 1914, na capela do cemitério de Schoenstatt, o jovem padre pallotino José Kentenich apresentou aos seus alunos um plano ousado: Através de oração, sacrifícios e aspiração à santidade o pequeno grupo queria mover Nossa Senhora a tornar a simples capela num lugar de graças. Eles selaram a Aliança de Amor com Maria, escolhendo-A como sua Mãe e Educadora. Essa Aliança dos homens com Maria foi levada pelo tempo fora como uma estafeta. Todos os que selam essa Aliança, declaram-se dispostos a empenhar-se com todas as suas forças pela causa de Deus e, à luz da fé, configurar juntos o futuro», diz a mensagem do Papa Francisco.

Fernando Martins



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