sexta-feira, 31 de outubro de 2014

HALLOE'EN - 31 DE OUTUBRO

CRÓNICA DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA

Apesar dos tempos difíceis que atravessamos, com as dificuldades económicas a atingirem o record, o desemprego que não pára de crescer, a colocação dos professores se ter transformado no calcanhar de Aquiles deste governo, nomeadamente da tutela da educação, a comemoração do Halloe’en aí está e bem visível em todos os cantos e esquinas. É destas que as bruxas, os fantasmas, os zombies vivem e fazem delas o seu palco de atuação. Já na minha infância se colocavam as abóboras esculpidas nos cruzamentos dos caminhos rurais, dada a sua ligação com o sobrenatural e o fantasmagórico.

JOANA PONTES NA LIDERANÇA DA CÁRITAS PAROQUIAL

O que é lixo para mim 
pode ser vida para outros

Joana Pontes

Acabo de receber a notícia de que a atual  direção da Cáritas Paroquial da Gafanha da Nazaré cessa funções, a partir desta data, tomando posse como coordenadora a Técnica do Serviço Social Joana Pontes, bem conhecida de toda a nossa comunidade e a nível mais alargado pela sua intervenção no âmbito da solidariedade, enquanto dinamiza e apoia campanhas, nomeadamente na recolha de tampinhas,  que se traduzem na oferta de cadeiras de rodas para quem delas está a precisar.
Há tempos, em entrevista que me concedeu e que foi publicada, também, no jornal Timoneiro, a Joana Pontes assumiu que a Cáritas Paroquial seria «um desafio muito grande», pelo que estava a tentar perceber, na altura, como é que a Cáritas funciona, garantindo-me que estava perante «uma excelente oportunidade para continuar a envolver a comunidade no Capital Social, isto é, a sentir que «o que é lixo para mim pode ser vida para outros»
Assim, a Joana Pontes «quer ajudar a comunidade a olhar mais para quem mais precisa, apostando numa responsabilização de todos». E sublinha: «Na Cáritas há muito mais trabalho do que distribuir bens às pessoas e famílias carenciadas, embora isso também seja preciso». Defende que é urgente «cultivar o espírito de vizinhança, de cooperação e de entreajuda, mas «nesta área ainda tenho muito que aprender», frisou. E da sua experiência tem registado que «já não estamos tanto na tipificação dos que não querem trabalhar e são subsídio-dependentes, mas confrontamo-nos com os que ficaram no desemprego, perderam a sua casa e sentem que a vida começou a descarrilar; são pessoas ditas normais com dificuldades extremas, de pobreza encoberta; e temos de pensar que amanhã qualquer um de nós pode estar em situação idêntica». 
Desejo à Joana Pontes e ao grupo que passa a liderar as maiores venturas, na certeza de que a crise possa vir a ser mais leve para quem menos ou quase nada tem.

Fernando Martins

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

OS MARESIA EM BUSCA DE NOVAS SONORIDADES

Os MARESIA
lançaram há semanas 
o CD "O Menino Gaivota"

Celso Simões, Nuno Filipe, Nelson Silva e Fernando Martins

Os Maresia animaram o momento musical no lançamento do livro “É MESMO UM BOA NOVA” do padre Pedro José, na sexta-feira, 17 de outubro, no salão Mãe do Redentor, na Gafanha da Nazaré. Esta é a razão por que conversámos, em antecipação, com alguns membros do grupo que nasceu há 14 anos, no seio das atividades escutistas. Celso Simões, Nelson Silva e Nuno Filipe, amigos e com a paixão pela música, cedo se identificaram com um eventual projeto de criar um grupo. «Foi no ROVER 2001, uma atividade para caminheiros, de âmbito nacional, em S. Pedro do Sul, que começámos a pensar que seria interessante constituir um conjunto musical para escuteiros, assente na mensagem escutista, embora não houvesse nem há música propriamente escutista», sublinharam. No fundo, os seus objetivos apostavam em «tocar nos acampamentos e festas».
Sublinha o Nuno que a participação nos acampamentos, encontros e festas, tocando guitarra e cantando, «era uma forma agradável de conviver e de partilhar», ao mesmo tempo que se cultivavam amizades. E esclarece: «No Fogo do Conselho há sempre música que anima e transmite mensagens, de mistura com alguma melancolia; nessa altura, não havia muita gente que tocasse guitarra, violino, flautas e outros instrumentos.»

CARTA DE DESPEDIDA DA IRANIANA QUE FOI ENFORCADA

O triste mundo em que vivemos 

Li no OBSERVADOR



Reyhaneh Jabbari foi enforcada no Irão por ter matado o homem que a teria violado. De nada valeram os apelos de clemência, ignorados pelas autoridades. Deixou uma carta comovente à sua mãe.

Minha mãe bondosa, querida Sholeh, mais querida para mim que a minha própria vida, eu não quero apodrecer debaixo do solo. Não quero que os meus olhos e o meu jovem coração se transformem em pó. Implora para que, assim que eu seja enforcada, o meu coração, rins, olhos, ossos e tudo o que possa ser transplantado, possa ser retirado do meu corpo e dado a alguém em necessidade, como uma doação.

Textos e foto do Observador


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

JÚLIO DINIS PASSOU PELA GAFANHA


De vez em quando, sabe bem reler os clássicos da nossa literatura, nem que daí resulte algum prejuízo, momentâneo embora, para os escritores e escritos mais na berra. E foi isso que me levou, há tempos, a procurar na estante, algo desarrumada, um livro talvez pouco lido, a não ser por curiosos ou estudiosos das coisas literárias. Refiro-me a “Cartas e Esboços literários” de Júlio Dinis, com prólogo do célebre Egas Moniz, sábio que ao mundo e ao Homem muito deu no campo da medicina, mas que ainda encontrou tempo e disponibilidade interior para se dedicar a estudos sobre literatos e questões literárias, com a mesma paixão com que dissecava o cérebro humano em busca de verdades até então ignoradas.

Nota: Encontrei hoje um texto já publicado há anos, que desejei partilhar com os que navegam atualmente no ciberespaço. Serve ele para nos estimular a olhar mais para lo que nos envolve,

Podem ler o texto na íntegra aqui.

PAPA EM DEFESA DOS MAIS FRÁGEIS


«Nenhuma família sem casa, 
nenhum camponês sem terra, 
nenhum trabalhador sem direitos»


Papa Francisco

«O Papa Francisco apelou hoje à defesa dos direitos dos trabalhadores e das suas famílias, durante um encontro com os participantes no primeiro encontro mundial de Movimentos Populares.
“Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”, declarou, perante trabalhadores precários e da economia informal, migrantes, indígenas, sem-terra e pessoas que perderam a sua habitação.»

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PRESO POR TER CÃO, PRESO POR NÃO O TER

E assim se perde tempo 
quando há tanto por fazer

«“Aquilo que Rui Machete disse toda a gente imagina que esteja a acontecer”. Loureiro dos Santos diz mesmo ser "pedagógico" que o ministro o tenha feito, porque "as pessoas também precisam de saber alguma coisa da verdade". "O ministro que é dos Negócios Estrangeiros - portanto não conhece a engrenagem interior - mas sabe, porque é ministro, que existe este tipo de acontecimentos que são uma ameaça ao país. Eu acho que não é muito inconveniente, eu não vejo grande inconveniente e, até pelo contrário, vejo algum interesse em que essas coisas sejam ditas publicamente por responsáveis", argumenta.»

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RAMAL DO PORTO DE AVEIRO VAI SER ELETRIFICADO

MAIS UMA BOA NOTÍCIA



«A empreitada de electrificação do ramal ferroviário de acesso ao Porto de Aveiro deverá arrancar nos próximos dias, prevendo-se que esteja concluída em Agosto de 2015, anunciou esta segunda-feira a REFER.
A obra, cujo concurso foi lançado com um preço base de dois milhões de euros, compreende as intervenções necessárias à electrificação do ramal de acesso ao Porto de Aveiro e das linhas da Plataforma Logística de Cacia.
Segundo a Administração do Porto de Aveiro (APA), este investimento vai permitir reduzir a poluição e tornar o porto mais competitivo, já que todo o trajecto vai passar a ser feito com material circulante de tração eléctrica.

CONTRASTES NO FORTE DA BARRA

 Mas há mais contrastes 
em tão pequena área


Bonito

Feio
Os contrastes servem para nos acordar para a realidade do que nos envolve. Sem eles, teríamos um mundo cinzento. Neste caso, servem para chamar a nossa atenção para o que não está bem. Eu presumo que haverá razões legais para justificar a existência daquele casarão com ruínas interiores escondidas para quem passa. Mas não seria melhor aproveitá-lo para, com uma reconstrução bonita, se tornar num edifício útil para a área portuária ou para a comunidade?

ECOMARE FICARÁ PRONTO EM FEVEREIRO

Um novo equipamento dedicado 
ao conhecimento e economia do mar 
encontra-se em construção na Gafanha da Nazaré
Jornalista:  João Peixinho

(Foto do meu arquivo)

«Encontra-se na fase final a construção do ECOMARE, entre o Porto de Pesca Costeira e o Jardim Oudinot, em Ílhavo, a concluir no próximo mês de Fevereiro, abrindo as portas a um Centro de Extensão e de Pesquisa Ambiental e Marinha (CEPAM) e uma Unidade de Pesquisa e Recuperação de Animais Marinhos (UPRAM) com a condução científica da Universidade de Aveiro (UA), promotora da obra, e da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem.
A Câmara de Ílhavo participa no co-financiamento da parte nacional e na gestão partilhada, a Administração do Porto de Aveiro cede os terrenos e a Oceano XXI reconhece a importância da obra.»

Texto de João *Peixinho, no Diário de Aveiro de hoje

terça-feira, 28 de outubro de 2014

MILHÕES PARA O PORTO DE AVEIRO

 
Verba destina-se a apoiar um projecto ferroviário
que irá permitir reduzir a poluição 
e melhorar a competitividade da estrutura portuária




«A Comissão Europeia (CE) anunciou ontem a aprovação de um investimento de 40,5 milhões de euros do Fundo de Coesão para um projecto ferroviário da RTE-T (Rede Transeuropeia de Transportes), que irá permitir reduzir a poluição e melhorar a competitividade do porto de Aveiro.
Segundo especificou a CE, em comunicado, espera-se que o projecto em questão esteja concluído até finais de 2014, prevendo-se que sejam construídos cerca de nove quilómetros de RTE-T ferroviária e seis quilómetros de caminhos-de-ferro paralelos entre a plataforma de logística multimodal do porto de Aveiro e Cacia, para a recepção e expedição de mercadorias no referido porto.
“Estão também previstas a electrificação e sistemas de sinalização e telecomunicações, ficando assim reduzido o transporte rodoviário de mercadorias de e para o porto e facilitado o transporte das mercadorias recebidas”, acrescenta ainda a CE.»

Um trabalho da jornalista Maria José Santana no Diário de Aveiro de hoje


NOTÍCIA DA RESTAURAÇÃO DA DIOCESE DE AVEIRO

28 - X - 1938 

Foi publicamente conhecida em Aveiro a jubilosa notícia da restauração da Diocese. O acontecimento foi efusivamente saudado pelo povo e pelas autoridades locais com manifestações de muita alegria (Correio do Vouga, 29-10-1938) – J.

"Calendário Histórico de Aveiro"
de António  Christo e João Gonçalves Gaspar


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ARES DE OUTONO: RAMOS SECOS



No meio da calçada, ramos secos deixados pelo vento, esquecidos e com morte lenta à vista, são um exemplo da finitude. Tudo quanto nasce acaba assim. Que ao menos, de tudo o que  morre, fique uma simples imagem. pálida que seja, na memória dos que vivem.

SÍNODO DAS FAMÍLIAS

Os documentos, os balanços e as crónicas

No blogue de António Marujo, um jornalista muito atento ao que se diz e pensa na Igreja Católica e no mundo, há textos que merecem ser lidos por quem se interessa pelo Sínodo das Famílias, que ainda não fechou as portas. 

Pode ler aqui  os desejos de Bento XVI, os balanços da assembleia e o caminho do futuro.

DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE

Crónica de Maria Donzília Almeida

Maria Donzília Almeida


Para o ignorante, a velhice é o inverno da vida; 
para o sábio, é a época da colheita.

Talmude



Primeira, ou terceira idade?
Que importa se há juventude?
Não tenham de mim piedade,
Na meia está a virtude!



Muita tinta já correu sobre o tema em epígrafe e particularmente sobre a melhor designação desta faixa etária: para uns é a meia, para outros, a terceira idade. Sendo um dado adquirido que ninguém gosta de ficar velho, é também uma verdade incontestável que a única forma de viver mais é ir somando anos, que mais não é que envelhecer. Cada um tem da sua idade, uma perspetiva muito própria, sobretudo se se aproxima ou está no limiar do crepúsculo da vida. 
Fazendo um paralelismo com a natureza, em que o fim do dia é o culminar de todo o esplendor do astro-rei, quando este mergulha no oceano como uma espada de fogo a abraçar o horizonte, assim é a plenitude do ser humano, na idade madura.
Prefiro usar o eufemismo Idoso para designar uma pessoa de terceira idade. A Organização Mundial da Saúde classifica, cronologicamente, como idosos as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade nos países em desenvolvimento. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

GRAFITES COM NÍVEL




Há grafites e grafites. Uns bem concebidos e outros uma borrada sem sentido. Vão dizer-me (até parece que já estou a ouvir) que todos terão a sua mensagem. Pode ser. Mas deste, que está nos sanitários do Jardim Oudinot e que a imagem retrata, confesso que gostei. E até penso que as nossas autarquias poderiam aproveitar esta arte de rua, que muitos artistas cultivam com nível, para embelezar alguns muros que há por aí completamente abandonados. Um aplauso para os artistas que contribuem para um ambiente mais belo.

domingo, 26 de outubro de 2014

EU JÁ NÃO ACREDITO NO PAPA FRANCISCO

CRÓNICA DE FREI BENTO DOMINGUES
NO PÚBLICO


1. O Domingo passado não foi de grande festa para toda a Igreja. Está em curso um Sínodo dos Bispos no qual foi possível discutir temas considerados incómodos, como o do acolhimento eclesial dos homossexuais e dos divorciados recasados. Do relatório final da primeira etapa deste Encontro sobre a família esperava-se mais e melhor. Por outro lado, a beatificação do papa Paulo VI, responsável da Humanae Vitae (HV), - adiando questões que há muito deveriam estar superadas – também não foi um sinal muito encorajador. Mais do mesmo.
Não vale a pena dizer que isso não tem importância. Cada um ficará onde já estava. Os casais que se identificam com a doutrina da HV e a da Familiaris Consortio (J. Paulo II) suspenderam os seus receios. Quem aguardava, para já, uma alteração dessas posições, terá de esperar por melhores dias. O Sínodo sobre a família não está encerrado. Cada dia que passa, a realidade vai mostrando que a “Pastoral Familiar” não é a mais adequada, pois se “os pastores” conhecessem e escutassem as suas “ovelhas” não se contentariam apenas com as do rebanho privilegiado.

sábado, 25 de outubro de 2014

IMPRENSA CRISTÃ DEVE APOSTAR NO SOCIAL

Imprensa de inspiração cristã 
deve rejeitar agenda «devocional» 
e apostar no «jornalismo social»



Segundo a Ecclesia, João Aguiar Campos afirmou hoje, no IX Congresso da AIC (Associação da Imprensa de Inspiração Cristã), «que a identidade da imprensa de inspiração cristã não corresponde a uma “bandeira beata”, tem de rejeitar uma agenda “devocional” e “apostar no jornalismo social”»

Aqui está uma excelente aposta, se é que se pretende chegar a mais leitores e ouvintes. É urgente deixar a sacristia e o adro das igrejas, voando para outras paragens. 

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MUDANÇA DA HORA

Amanhã, 26 de outubro, 
às 2 da manhã o relógio atrasará para a 1 hora




«Atrasar os ponteiros do relógio 60 minutos não parece ser complicado. Mas sabe a origem do horário de verão? Será que uma medida implementada em 1916 para poupar carvão ainda faz sentido?»
É melhor ver a explicação no Observador

IGREJA, SEXO E FAMÍLIA

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

Aí está um tema sobre o qual a Igreja tem imensa dificuldade em falar. À partida, porque é em si mesmo difícil. Mas a dificuldade aumenta na Igreja, porque, para lá de outras razões, que talvez Freud ajudasse a explicar, está entregue ao papa, a cardeais, bispos e padres, que devem ser celibatários e não têm propriamente família. Mas que o tema é relevante, mostra-se, por exemplo, pela enorme importância dada pelos media ao Sínodo que lhe foi dedicado, cuja primeira fase - segue-se um ano de reflexão, que culminará na nova assembleia sinodal, em Outubro de 2015, e na Exortação final do Papa Francisco, nos inícios de 2016 - concluiu no domingo passado.

Quem foram os vencedores e os perdedores? Há quem insinue que o Papa Francisco não conseguiu levar adiante o seu projecto. Não creio nessa tese. É preciso perceber que se trata da primeira fase do Sínodo. Depois, sobretudo, criou-se um clima e abriram-se portas que já não é possível fechar. Votou-se um texto que, se em relação aos divorciados e aos homossexuais, não obteve os dois terços necessários para a aprovação, venceu, mesmo aí, por forte maioria, continuando, portanto, o debate. Que haja tomadas de posição diferentes, é sinal de vida, embora a Igreja não esteja habituada a este estilo de abertura democrática. Teve alto significado o facto de o Papa ter mandado votar os vários pontos e publicar os resultados, para que haja transparência e cada um assuma as suas responsabilidades.

ACIMA DE TUDO, O AMOR

Uma reflexão semanal de Georgino Rocha

A esplanada do Templo é palco de novo episódio. (Mt 22, 34-40). Os responsáveis dos grupos influentes mexem-se com grande persistência e à-vontade. Aproveitam-se de questões progressivamente mais delicadas e comprometedoras. Depois da política, vem a religião. Agora é o sistema e a hierarquia das verdades que se buscam. Assunto sério, se não houvesse uma segunda intenção: a de experimentar Jesus, a de ver como se posiciona face ao complicado conjunto legal - os peritos apontam 613 mandamentos –, a de saber a qual deles dá prioridade, que parecer tem sobre o núcleo central da vida dos judeus fiéis à Lei recebida de Moisés.

Os novos contendores pertencem aos fariseus, alegres por saberem que os saduceus se tinham remetido ao silêncio, após a disputa sobre a ressurreição. Era a sua vez e querem “marcar pontos” aproveitando-a com mestria porque têm reduzida influência junto do povo – virão a aumentá-la progressivamente e chegam a constituir a classe preponderante, por volta do ano 70 da nossa era, após a destruição do Templo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

REFORMA ADMINISTRATIVA, JUDICIAL E ELEITORAL DE AVEIRO

1855 - 24 de outubro

«Por decreto governamental, foi reformada a divisão administrativa, judicial e eleitoral do território do Distrito de Aveiro. Até esta data, toda a restinga de areia, desde o Furadouro à barra velha, pertencia à freguesia de Ovar; pelo referido decreto, apenas a costa do Furadouro ficou em Ovar, passando para o Bunheiro a costa da Torreira, para a Vera-Cruz a costa de São Jacinto, para Ílhavo a Costa Nova do Prado e para Vagos a costa da Vagueira (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, III, fl. 187; Cf. Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 229) – J.»

Calendário Histórico de Aveiro, 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

MARINA DO OUDINOT JÁ COM BARCOS

Marina do Oudinot com barcos


Ontem passei pelo Jardim Oudinot, como já disse em mensagens anteriores. E quando cheguei vi a marina com barcos nos seus lugares, bem arrumados. Gostei de ver, sim senhor. Há bom tempo, quando por lá passava, ficava incomodado por sentir que a marina estava subaproveitada, em tempo de crise. Chegava mesmo a perguntar, a mim mesmo, como seria possível tal estado de coisas? Então faz-se um projeto e não se lhe dá uso? Terá sido uma questão burocrática. E justificar-se-ia tanta demora? Pronto, agora já está tudo operacional. Ainda bem.

É PRECISO CUIDAR DA NATUREZA

Hoje, no paredão da Meia-Laranja.
Alguém bebeu e ali deixou as garrafas  e outro lixo. 

Ontem, no Jardim Oudinot. O bebedor de cerveja
 já não teve forças 
 para deitar a garrafa no contentor do lixo


Diz-se, com razão, que é preciso cuidar da Natureza. Porém, nem todos têm os cuidados mínimos para que ela se mantenha asseada e higienicamente disponível para quem a usufrui. Os exemplos registados pela minha digital falam como gente. Transgressores não faltam. É pena.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

GRANDES VELEIROS VOLTAM EM 2016




O presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Fernando Caçoilo, anunciou hoje,  na conferência de imprensa de balanço do primeiro ano de mandato e visita à Gafanha da Nazaré, que os grandes veleiros regressam em 2016, como li no "site" da Rádio Terra Nova. Adiantou que está já a ser preparada uma escala  de uma regata de veleiros de grande dimensão, tendo acrescentado que a autarquia espera garantir a «presença dos veleiros, de novo, em Ílhavo»,  no referido ano. Ainda referiu que «o comércio local beneficiará desta iniciativa», já que «será um enormíssimo festival".
Não há dúvida de que a nossa gente, e não só, gosta dos veleiros e de tudo o que diz respeito ao mar e à ria. Com os Grandes Veleiros, será mesmo uma grande festa. 

CÂMARA DE ÍLHAVO EVOCA 1.ª GRANDE GUERRA

Cerimónia Evocativa do Centenário 
da 1.ª Grande Guerra 1914~2014



Vai ter lugar no próximo sábado,  25 de outubro, a Cerimónia Evocativa do Centenário da 1.ª Grande Guerra 1914~2014, promovida pela Câmara Municipal de Ílhavo em parceria com o Núcleo de Aveiro da Liga dos Combatentes.
Do programa, consta uma receção no Salão Nobre dos Paços do Município, pelas 10 horas, seguindo-se, às 11, no Jardim Henriqueta Maia,  a cerimónia de homenagem aos mortos da 1.ª Grande Guerra com a deposição de uma coroa de flores e descerramento de uma Placa Evocativa.
Esta será uma boa ocasião para em cada freguesia do município ilhavense se proceder ao levantamento das memórias de quantos participaram na guerra. Esta tarefa só será possível com o contributo dos familiares dos soldados que lutaram e morreram no conflito.


DIÁLOGOS COM DEUS EM FUNDO

Um livro de António Marujo



Na próxima segunda-feira, 27, pelas 18.30 horas, na Livraria Bucholz (R. Duque de Palmela ), vai ser lançado um livro do jornalista António Marujo, que inclui entrevistas que foi fazendo a pensadores do fenómeno religioso. A sessão conta com a presença do prof. Carlos Fiolhais. 
Diz o autor que os entrevistados são apresentados no livro pela ordem da publicação dos referidos textos. Assim, com esta obra, passaremos a ter acesso ao que pensam e dizem José Tolentino Mendonça, frei Bento Domingues, Joaquim Carreira das Neves, Mário Soares, Isabel Allegro de Magalhães, João Resina Rodrigues, José Augusto Mourão, Armindo Vaz, Horácio Araújo, Peter Stilwell, Maria de Lourdes Pintasilgo, Alfredo Bruto da Costa, Manuela Silva, D. Manuel Clemente, Alberto Azevedo, Teresa Toldy, Alfredo Teixeira, Anselmo Borges, Luís Archer, Dimas Almeida, D. Januário Torgal Ferreira, Laura Ferreira dos Santos, Joaquim Guerra e José Mattoso.
António Marujo sublinha que «Há um problema velho de décadas no catolicismo português: a quase ausência de uma reflexão, e de uma reflexão pertinente, sobre a sociedade, a experiência cristã e a própria questão de Deus». E acrescenta que um dos seus propósitos «tem sido o de dar expressão de cidadania à teologia, à reflexão sobre Deus, ao debate sobre a vida a partir da experiência crente. O debate cultural não pode continuar a remeter para a clandestinidade essas vozes que, pela sua diferença, podem ser um contributo fundamental também para a definição das escolhas sociais. Pelo contrário: religiões e cultura têm que se abrir mutuamente, para permitir que a condição humana seja mais dignamente vivida por todas as pessoas».

"A MÃE E O MAR"

Um documentário de Gonçalo Tocha




Nós, os litorâneos, facilmente nos apaixonamos por tudo o que diz respeito ao oceano, ao qual estamos ligados umbilicalmente. Uns mais do que outros, está bem de ver. E dentro destes últimos, destaco, permitam-me, Ana Maria Lopes que, no seu blogue, nos vai dando conta do que surge de interesse. Desta feita, um documentário, "A MÃE E O MAR", realizado por Gonçalo Tocha, filmado na praia de Vila Chã, em Vila do Conde.
Como gostei de ler, que não de ver o filme ainda, apresso-me a recomendar a descrição que dele faz Ana Maria Lopes,  no seu Marintimidades.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

COLÓNIA AGRÍCOLA DA GAFANHA

Subsídios para a sua história

Homenagem ao Colono

Placa com nome do autor da escultura

Lista de colonos

Um dia destes andei pela Mata da Gafanha, de que já falei neste meu blogue. Uma vez mais, reparei e fotografei, na rotunda central da Colónia Agrícola, a homenagem prestada aos colonos, cuja chegada registei na minha juventude. Vieram para agricultar areais inóspitos preparados para os receber. Depois, assisti à queda do projeto, que, julgo eu, não deu o que tinha sido sonhado. Mas a vida continua.

Em 2010 escrevi o que se segue:

«É pertinente sublinhar, meio século passado, a importância da Colónia Agrícola da Gafanha para a região. Dezenas de famílias nela se estabeleceram, criando raízes que perduram. Mas não foi fácil a vida de muitos colonos que aceitaram o desafio do Governo.
Compará-los com os primeiros gafanhões que desbravaram as dunas, criando riqueza agrícola à custa de muita tenacidade e coragem, é injusto. Os gafanhões não tinham, nos seus horizontes, outros estímulos para além da terra que a natureza lhes ofertava. Não tinham outra saída, que não fosse cavar e cavar, semear e voltar a semear, colher pouco, que muito só por milagre…
Os colonos, aqui chegados, não puderam deixar de mirar ao largo o que havia: secas, oficinas, navios, ria, mar, indústrias várias, mais perto ou mais longe, com acessos fáceis e com meios de transporte.
Os colonos gozavam de apoios variados: técnicos, sementes e gado selecionados, equipamento agrícola, incentivos, casa para viver. Mas nem isso os impediu de rumar a outras atividades. A Colónia entrou em degradação e hoje é uma pálida ideia do projeto inicial.»

Um pouco da história da Colónia Agrícola pode ser lido aqui

terça-feira, 21 de outubro de 2014

UMA QUESTÃO PARA PENSAR UM POUCO

Greve ou terrorismo? 

«Com efeitos já sentidos no dia de hoje, inicia-se mais uma greve dos trabalhadores do Metro de Lisboa, uma das empresas que mais tem contribuído para as dificuldades de consolidação, destinatária de vultosas transferências e senhora de uma gigantesca dívida. Fundamenta-se a greve na oposição dos trabalhadores à intenção de privatizar a gestão do negócio do Metro, bem como em razões que se prendem com condições de trabalho.
Leio, estupefacto que, entre estas últimas avulta a reivindicação do pagamento de um subsídio de assiduidade. Isto é, um subsídio devido a quem compareça para trabalhar!»

Ler  aqui

POSTAL ILUSTRADO: MATA DA GAFANHA

 A Mata da Gafanha merece mais atenção 




A Mata da Gafanha, que se estende da parte norte da Gafanha da Nazaré até à Gafanha da Boa Hora, é, indiscutivelmente, um ex-líbris da nossa região, porém, nem sempre reconhecido como tal. Talvez por isso, raramente se fala da mata e da sua real importância, como zona verde com imensa capacidade de purificar o ar e útil na fixação das areias dunares, para além de cortar a ação dos ventos, fortes quanto baste, que outrora, tal como hoje, prejudicavam as culturas das povoações vizinhas Para além disso, não será nunca de menosprezar o seu interesse económico. 
Por outro lado, a Mata da Gafanha não tem sido suficientemente aproveitada a nível paisagístico, turístico e mesmo de lazer, apesar de possuir algumas infraestruturas conhecidas e espaços convidativos ao descanso.
O padre João Vieira Resende diz, na segunda edição, de 1944, do seu livro “Monografia da Gafanha”, que «A sementeira do penisco, começada a norte em 1888, tem sido muito morosa, ultrapassando somente depois de 1939 o sítio da capela de N. Senhora-da-Boa-Hora. Hoje [1944] está ligada com a Mata de Mira.»
A sementeira do penisco, como se compreenderá, necessitou de mão-de-obra de muitos gafanhões e não só.
Todos sabemos que há moradores, serviços, equipamentos sociais, culturais desportivos e religiosos, bem como algumas festas que dão vida àquela zona verdejante, mas realmente há espaço para muito mais. De qualquer forma, aqui fica o convite para que a visitem e a usufruam. 

Fernando Martins

ARES DE OUTONO: ROLAS EM RAMOS SECOS


O verão acordou estremunhado, mas acordou mesmo. Pode ser um desabafo de arrependimento pela falta que nos fez, mas vamos tê-lo por uns dias. Depois se verá. Contudo, as marcas do outono estão aí, como bem o demonstra este casal de rolas que descansa em ramos secos. Boa semana de trabalho, e não só, para todos.

ESPERANÇA OU MORTE


"O fim da esperança é o começo da morte." 
Charles André Joseph Marie de Gaulle
(1890- 1970)

NOTA: Se não quisermos morrer não podemos perder a esperança. Bom conselho para começar o dia.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CENTENÁRIO DE SCHOENSTATT CELEBRADO NO SANTUÁRIO

Ser cristão implica  ter Deus na vida

Santuário Diocesano de Schoenstatt

Participei, no sábado, 18 de outubro, na eucaristia celebrativa do centenário da fundação do Movimento de Schoenstatt, que nasceu em 1914, por inspiração do Padre José Kentenich. Presidiu o nosso bispo, D. António Moiteiro, que, à homilia, sublinhou a importância de todos fazermos «uma experiência da presença de Deus na vida». O salão de Schoenstatt estava repleto de fiéis, schoenstattianos, envolvidos nos mais diversos grupos de espiritualidade, mas ainda peregrinos e amigos do Movimento.
D. António Moiteiro recordou, com muita oportunidade, as graças que podem e devem ser recebidas no Santuário Diocesano de Aveiro, réplica do original e, por isso, igual a muitos outros espalhados pelo mundo, graças que se consubstanciam no Acolhimento, na Transformação Interior e na Missão Apostólica. «É esta tríplice graça que vai dar vida a todas as obras e a todos os movimentos que nascem deste carisma», frisou o nosso bispo.

domingo, 19 de outubro de 2014

A CULPA É DE CRISTO?


CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES
NO PÚBLICO


1. Encontrei, na escadaria da Igreja de Santo Ildefonso (Porto), um senhor que, de costas para o templo, aproveitou para descarregar sobre mim não só o habitual anticlericalismo nortenho, mas também o seu desprezo agressivo pelas religiões, frutos do medo, da ignorância e da sacralização da maldade humana.
O Islão é um ninho de criminosos, o Judaísmo, uma rede dos bancos norte americanos, o Cristianismo, um mundo caótico de divisões em cascata, piorando sempre a configuração anterior. O papa Francisco chegou demasiado tarde para salvar a face de um catolicismo que a própria Europa já rejeitou. Etc.! Se as instituições e os serviços sociais da Igreja ajudam muita gente a aguentar a pobreza e a miséria, não revelam nem combatem as suas causas reais. Pelo contrário, ajudam-nas a sobreviver.
Estranhei que não terminasse a sua diatribe com a fórmula habitual, em circunstâncias análogas: Cristo, sim; Igreja, não! No caso referido, foi Cristo que pagou todas as despesas à base de especulações teológicas e cristológicas.

sábado, 18 de outubro de 2014

LANÇAMENTO DO LIVRO DO PADRE PEDRO JOSÉ

“É Mesmo uma Boa Nova”

Padre Pedro e editor Jorge Pires Ferreira

A beleza da densidade de uma vida

Na apresentação do livro do padre Pedro José, “É Mesmo uma Boa Nova”, que teve lugar no salão Mãe do Redentor, na Gafanha da Nazaré, na sexta-feira, pelas 21.30 horas, o nosso prior, padre Francisco Melo, louva «o homem, o cristão e presbítero que em boa hora decidiu compilar os escritos e estudos que foi fazendo durante nove anos de serviço nas paróquias de Mata Roma e Chapadinha, no Brasil. Com a publicação desta obra, podemos agora «aproveitar a profundidade das suas partilhas e saborear a beleza da densidade de uma vida», referiu o padre Francisco,
Ao agradecer tudo quanto o padre Pedro nos tem dado, o nosso prior salienta a densidade e simplicidade da sua vida, mas ainda «o seu silêncio tantas vezes eloquente, que nos faz sentir a grandeza do que somos». E citando o autor, acrescenta: «Procuro a densidade porque a intensidade não me permite o pensar reflexivo (…) Amar é difícil. Perdoar é um modo de sacrifício incruento. Viver é mais do que existir.»

Na hora dos autógrafos

Jorge Pires Ferreira, diretor-adjunto do Correio do Vouga e responsável pela editora Tempo Novo da Diocese de Aveiro, pouco conhecida porque a obra do padre Pedro José foi a primeira que publicou, frisa que foi «com uma alegria imensa que fez este livro», que apenas pôde incluir um terço dos textos inicialmente previstos pelo autor.
Jorge Ferreira adianta que “É Mesmo uma Boa Nova” inclui escritos, estudos e vivências de um padre no Brasil, cujos textos são «para ser lidos, aos poucos», tendo destacado que o autor «é uma pessoa que lê muito e que está a par do que dizem os filósofos, teólogos e intelectuais». Refere que se trata de um trabalho «interessante que enriquece as relações entre fé e cultura» e que a obra ora publicada valoriza «generosidades, vivências de textos feitos noite dentro sobre a amizade, a dor, o amor, a vida e a morte, partilhados em homilias e no seu blogue (http://pedrojosemyblog.wordpress.com/).
O padre Pedro José explica que escreve sobre tudo, como aconteceu recentemente quando  abordou o problema do vírus Ébola, adiantando que no Brasil chegou a ter problemas pela frontalidade com que aborda questões que afetam a sociedade. Nunca, porém, se sentiu perseguido, mas «algumas pessoas deixaram de lhe falar». Afirma que este é o primeiro livro publicado, mas garante que tem outro na gaveta, sobre o humor teológico. Ainda não viu a luz do dia, embora reconheça que, «de facto, tem mais interesse do que este». Não foi editado porque, ao pedir parecer a um teólogo brasileiro, este lhe terá dito que «lhe faltava um fio condutor», que, julgamos, estará em vias de o encontrar. Como promessa, afirma ter em mente escrever um outro sobre a Santíssima Trindade. 
A apresentação de “É Mesmo uma Boa Nova” saiu enriquecida com a leitura de dois textos do livro e com um momento musical a cargo do grupo Maresia (ver entrevista no Timoneiro deste mês), que interpretou temas originais dos seus dois CD já publicados.

Fernando Martins


A VITÓRIA SUBTIL DE FRANCISCO

Crónica de Anselmo Borges no DN

Na sua loucura lúcida, Nietzsche escreveu que cristão só houve um, Jesus, mas morreu na cruz, e o Evangelho tornou-se um Disangelho. Evangelho é palavra grega que quer dizer notícia boa, feliz e felicitante. Essa foi a mensagem de Jesus, que arrastou multidões em busca de saúde, libertação, vida expandida, salvação. Depois, tornou-se, tantas vezes e para muitos, uma má notícia, uma notícia de desgraça, um Disangelho. Só quem anda distraído ou não pode ou não quer saber é que não sabe disso.

O Papa Francisco pugna pelo regresso ao Evangelho do Jesus da vida, como notícia felicitante, por palavras e obras. Também na família. Ele sabe que, no meio das transformações culturais profundas, a sociedade e a Igreja continuam a precisar de "famílias felizes". E o contributo da Igreja é fundamental.

Assim, quis que, no Sínodo, com bispos de todo o mundo, casais, peritos e observadores, se falasse com liberdade e sem tabus. No relatório-síntese da primeira semana, é já possível antever o essencial dos novos caminhos, que, apesar das oposições, estão na linha pastoral de Francisco, que é a do Evangelho da alegria, antepondo a pessoa e a misericórdia ao dogma e à lei.

MAIS QUE UMA QUESTÃO DE IMPOSTOS


Reflexão semanal de Georgino Rocha


A armadilha não pode falhar. Há que pôr cobro ao agitador Nazareno que se movimenta tão livremente na esplanada do Templo e desafia o mais sagrado das práticas judaicas. O conflito crescia em intensidade e ostentação. A situação tornara-se intolerável. Por isso os chefes religiosos urdem a trama e aliam-se aos líderes políticos, partidários de Herodes. O “caldo” era excelente. (Mt 22, 15-21)

A delegação parte com uma missiva muito clara: surpreender Jesus em algo ilícito para ser acusado e condenado. Leva consigo uma estratégia aliciante: tecer elogios que, se não fossem hipócritas, eram verdadeiros e reconheciam o agir correcto do Mestre. Pagar ou não o tributo, eis a questão crucial. Se dizia sim, era colaboracionista com o ocupante romano e, por isso, insolidário com o povo oprimido. Se respondesse não, caía sob a alçada da lei e podia ser acusado de subversivo e revolucionário. E o exército imperial não tardaria a fazer-lhe o que havia feito a Judas, o Galileu, aquando da sublevação por ocasião do censo destinado a conhecer a população e a introduzir nova carga de impostos, cerca de seis anos antes de Cristo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A NOSSA GENTE: PADRE LÉ

Um bom amigo 
que faz parte das minhas memórias



O tempo escoa-se e nem sempre temos ocasiões para recordar bons amigos e tantas estórias que com eles partilhámos ao longo da vida. Vida que frequentemente atafulhamos com inutilidades. Pois hoje, em maré viva de recordações, evoquei um bom amigo que tive o privilégio de entrevistar uns meses antes de falecer [24 de maio de 2010]. Já se pronunciava  com dificuldade, mas falou depois de estimulado, não mostrando cansaço. Até chegou a entusiasmar-se. 

Ver aqui

POBREZA E DIREITOS HUMANOS

Solidariedade: 
Erradicação da pobreza em defesa dos direitos humanos


«A jornada internacional pela erradicação da pobreza vai ser assinalada hoje em Lisboa com a apresentação do projeto ‘Impossible – Passionate Happenings, que pretende declarar a pobreza como ilegal.“Salvaguardar e promover a dignidade de tudo quanto existe, enquanto gratuidade, ou ser sem razão” é a missão da ‘Impossible – Passionate Happenings’ que vai ser apresentada na Rua Augusta, em Lisboa, explica o comunicado enviado à Agência ECCLESIA.»

Ler mais aqui

NOTA: Este desafio, que devia ser seguido em Portugal e no mundo, por todo o canto e esquina, bem merecia ser levado à prática por todas as gentes. Há pobrezas que são escandalosas ofensas aos direitos humanos, nem sempre ao nosso alcance de as combater. A denúncia, que não deixa de ser importante, precisa de ser acompanhada de intervenções concretas de entidades oficiais e comunidades, mas também de gestos de partilha com os mais desfavorecidos. Sabe-se que há muitos pobres que são extremamente  generosos  e alguns  ricos que gostam de ajudar, mas também é certo que há pobres muito ricos e ricos muito pobres,  na hora da caridade e da solidariedade.

VAMOS EVITAR OS SACOS DE PLÁSTICO?



«A partir do próximo ano, os sacos de plástico vão passar a custar dez cêntimos, informou o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.É criada pela primeira vez uma taxa sobre os sacos de plástico leves, de oito cêntimos, que com IVA dará dez cêntimos”, informou hoje o ministro do Ambiente, em conferência de imprensa para a apresentação da proposta do Governo de Fiscalidade Verde.»

Li aqui 

NOTA: Para bem do ambiente, está bem de ver. Que os usamos muito, indiscriminadamente, também é verdade. Sabe-se que o plástico é inimigo da natureza, já que não é biodegradável. E não haverá forma de os evitar? Em muitos casos há. Basta adquirirmos uns tantos, de longa duração, ou preparar uns de pano ou de outros produtos. A questão está no nosso querer.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

Crónica da Maria Donzília Almeida




«O mundo precisa de atitudes, não de opiniões. 
Opinião nenhuma mata fome ou cura doença»


Angelina Jolie

Numa data, para mim tão importante, inicio com o pensamento duma grande mulher, a todos os níveis. 
O Dia Mundial da Alimentação comemora-se a 16 de outubro e foi criado com o fim de promover uma reflexão sobre a alimentação a nível mundial e sobre o flagelo da fome no planeta. A data pretende assinalar a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO - Food and Agriculture Organization), em 1945. 
O tema do Dia Mundial da Alimentação selecionado para 2014, “Alimentar o Mundo, cuidar o planeta” tem, como objectivo fundamental, sensibilizar para a importância da agricultura familiar e dos pequenos agricultores, tema que me é muito caro. Focaliza o relevante papel da agricultura familiar na erradicação da fome e da pobreza, na promoção da segurança alimentar, na melhoria da nutrição e da qualidade de vida, na gestão dos recursos naturais, na protecção do meio ambiente e no desígnio do desenvolvimento sustentável, em particular nas zonas rurais. 
A ONU proclamou o ano 2014 como “Ano Internacional da Agricultura Familiar”, como sinal claro de que a Comunidade Internacional reconhece o contributo dos agricultores familiares e da segurança alimentar familiar. 

EXPLIQUEM-ME PARA EU PERCEBER

AÇORES E MADEIRA SEM PROBLEMAS
COM A COLOCAÇÃO DE PROFESSORES

«Nas ilhas dos Açores e da Madeira, o problema nunca se pôs. Não houve protestos, alunos sem aulas, ou professores em listas erradas. Os sindicatos regionais dizem que nos arquipélagos, as aulas começaram normalmente.
A garantia é dos sindicatos regionais. O ano letivo começou como tantos outros. Com normalidade, apesar de alguns casos pontuais em que o professor não compareceu para dar aulas, mas por motivos de baixa.
O Sindicato Democrático dos Professores da Madeira conta que por ali está tudo bem nas escolas. José Dias admite que existiu um ligeiro atraso na colocação dos professores, mas nada de extraordinário. «As aulas começaram entre 17 e 20 de setembro e as colocações de professores ficaram resolvidas nos dias seguintes».»

Nuno Guedes

Li na TSF

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ASSEMBLEIA ARCIPRESTAL DE ÍLHAVO

O evangelizador não se pode 
apresentar  com cara de enterro



D. António Moiteiro esteve ontem, terça-feira, pelas 21 horas, no salão de Schoenstatt, para se encontrar com o clero e agentes pastorais do arciprestado de Ílhavo, tendo marcado presença todas as paróquias: S. Salvador, Gafanha da Nazaré, Gafanha da Encarnação, Gafanha do Carmo, Barra e Costa Nova. O objetivo assentava na preparação do novo projeto pastoral para a diocese e paróquias, na linha da Missão Jubilar e tendo como ponto de partida e inspiração a exortação apostólica a Alegria do Evangelho, do Papa Francisco. 
O Bispo de Aveiro, que aproveitou estes encontros para conhecer e se dar a conhecer ao Povo de Deus que lhe foi confiado, considerou as Bem-aventuranças como atitudes fundamentais para percorrermos os caminhos do ser discípulo, assumindo a proposta de Cristo de sermos «sal da terra e luz do mundo». Assim, temos de ser «cristão para os outros», testemunhando na vida os dons e os frutos do Espírito Santo.


SEM NET TODA A MANHÃ



Toda a manhã de hoje estive sem Net. A primeira reação foi de protesto, apesar de saber que o servidor não me ouvia. Sem Net, quer dizer sem poder ler o correio eletrónico e sem poder telefonar. 
Depois das primeiras reações, havia que pensar noutras formas de ocupar esse tempo preliminar do dia. E fui ler Pessoa, agora numa edição especial que adquiri, no sábado, na Festa do Livro, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Então, reli poemas conhecidos e outros, textos crítico-literários, cartas a amigos. E as leituras e releituras terão mesmo de continuar, porque Fernando Pessoa não se nos revela todo de uma vez…, nem duas nem três. E quantas vezes teremos de o ler para dele ficarmos com uma pálida ideia do grande mestre que foi e continua a ser?

MARIA DONZÍLIA RECORDA SEU PAI

À memória de meu Pai!

No segundo aniversário após a sua partida, 
uma pequena homenagem, no dia em que completaria 95 anos. 
Resta aprofunda saudade e o legado que deixou à sua prole.


Zé da Rosa

Jamais eu esquecerei
O homem da minha vida!
Sempre o honrarei
É uma referência querida!

Deixo em sua memória
Esta humilde dedicatória.

Atravessou mares
Lutou, venceu
Marcou a história
E na adversidade…
Instituiu a bondade
Deixou em paz
A humanidade.

Mª Donzília Almeida

15 de outubro de 2014


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Licínio Cardoso é padre há 25 anos



Licínio Cardoso é padre há 25 anos. Natural da Gafanha da Encarnação, tem servido a Igreja com todas as suas capacidades, alimentadas pela fé que o anima. Conheço-o desde a juventude e sempre apreciei a sua paixão, pela forma como se envolvia nos mais diversos projetos abertos a todas as faixas etárias. E também aprecio a sua cultura e a sua simplicidade no contacto com toda a gente.
Estava eu com minha esposa de férias em Vilamoura, Algarve, por gentileza de um amigo que já faleceu, quando me lembrei que o Licínio trabalhava na Quarteira. Um simples telefonema, e tanto bastou para que viesse ao nosso encontro, de bicicleta, para uma simples cavaqueira, que entretanto passou disso. De carro, andou a mostrar-nos, de forma até minuciosa, a Quarteira, paróquia da qual fazia parte Vilamoura. E percebi, nesse deambular, quanto se empenhou nos trabalhos paroquiais, colaborando afincadamente em tarefas de uma igreja matriz nova, na juventude, na catequese e noutros serviços. Recebidos pelo pároco, compreendi quanto era estimado e apreciada a sua ação. cheia de dinamismo.
Nas visitas de reconhecimento, pude perceber que, sem ele, eu e minha esposa ficaríamos a leste da realidade concreta daquela zona turística.
Na despedida, o padre Licínio teve um desabafo que me tocou: — Isto é muito bonito, gosto de trabalhar nesta paróquia, sinto-me muito bem com o pároco [cujo nome não consigo recordar], mas a minha Diocese é Aveiro e é para lá que eu quero voltar. Como aconteceu.
Parabéns, meu caro Licínio.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ARES DE OUTONO: PORTO


Em qualquer recanto há sempre ares de outono. Como este que encontrei no Porto, no sábado, ao princípio da tarde. As folhas semeadas a esmo mostram um tapete ainda de fundo verde, que sublinha o castanho caraterístico da época, que muito tem ainda para nos dar. Vamos esperando e vendo.

LUGRE COM MOTOR LUIZA RIBAU

Depois de ter provado as águas lagunares

Muito da nossa história marítima e lagunar passa, indubitavelmente, pelo blogue Marintimidades de Ana Maria Lopes, que não me canso de ler, já que esse gesto simples me traz recordações enriquecedoras. Eu sei que há livros que falam das nossas frotas, de artes de pesca, de acontecimentos marcantes, de estaleiros e navios neles construídos, da ria,  de oficiais e pescadores, de naufrágios e mágoas, mas também de alegrias e heroísmos. Contudo, frequentemente esquecemos essas múltiplas ofertas por razões várias: trabalhos inadiáveis, canseiras profissionais, compromissos que nos absorvem, cansaços, etc. Porém, se nuns momentos de lazer pudermos consultar aquele blogue, mesmo de fugida, é certo e sabido que encontraremos novidades. Hoje, por exemplo, encontrei e li notas curiosas sobre o lugre com motor Luiza Ribau,   e não só. Vejam aqui

FILARMÓNICA GAFANHENSE CELEBRA 178 ANOS DE VIDA


Tiago, Luz Beleira e Armando

A Filarmónica Gafanhense celebrou ontem, 12 de outubro, o seu 178.º aniversário, sendo, porventura, a mais antiga associação cultural do concelho de Ílhavo, presentemente com sede na Gafanha da Nazaré.
Das cerimónias do aniversário, registamos a romagem ao cemitério da Gafanha da Nazaré, gesto simbólico de homenagem a quantos faleceram, sejam dirigentes, sócios, maestros, professores, executantes e alunos, e estão sepultados nos cemitérios da área municipal e noutros. Seguiu-se a participação na eucaristia das 11.15, na igreja matriz, com a parte musical a cargo da filarmónica, com músicos e coral. 
Pelas 14 horas, no Stella Maris, houve uma quermesse com comes e bebes e às 16 realizou-se um concerto musical, com apresentação de novos alunos, no recinto daquele espaço, anteriormente aberto ao Apostolado do Mar.
No final da missa, tivemos oportunidade de conversar com dois jovens executantes, os irmãos Tiago e Armando, que seguiam acompanhados pela avó, Maria da Luz Vilarinho, mais conhecida por Luz Beleira, que não escondia o seu orgulho pelos netinhos fardados a rigor. Deles disse o que só as avós sabem dizer, com um sorriso largo a emoldurar-lhe o rosto de felicidade.
O Tiago toca trompete e o Armando trompa. E quando perguntei o que era a trompa, o Tiago esclareceu logo que é um instrumento com quatro metros. Só depois é que fiquei a saber que os quatro metros correspondem ao comprimento das voltas que a trompa tem.
Sobre qual daqueles instrumentos é o mais bonito de ouvir, ambos concordaram que são os dois, mas o Amando adiantou que, apesar de haver solistas de todos os instrumentos, o melhor seria ouvir o conjunto, num concerto. 
Felicito a Filarmónica Ilhavense, desejando-lhe os maiores êxitos musicais, sempre em prol da cultura e da formação integral das nossas gentes, nomeadamente dos jovens.


FM

domingo, 12 de outubro de 2014

RELIGIÃO REFLEXIVA

CRÓNICA DE FREI BENTO DOMINGUES
NO PÚBLICO

1. As sociedades modernas foram fundadas sobre a excomunhão política de qualquer referência religiosa. Embora com vários desenhos, o cenário está identificado.
A institucionalização da autonomia da esfera secular fez-se para suspender a intolerância e a violência associadas às guerras de religião e ao poder absoluto em nome de Deus. A intervenção política ficaria, em princípio, entregue à responsabilidade de todos os cidadãos. Pertencia-lhes escolher as instituições em que desejavam viver. Os indivíduos poderiam ter convicções religiosas, mas estas deveriam cingir-se ao domínio privado e não poderiam ser invocadas na configuração das instituições próprias do agir político ou militar. Era urgente mandar para a reforma o “Deus dos Exércitos” do Antigo Testamento, do regime de Cristandade e do Islão.

sábado, 11 de outubro de 2014

O QUE SE DECIDE NO SÍNODO

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

A palavra sínodo vem do grego e significa caminho comum. Bispos de todo o mundo encontram-se em Roma desde o passado dia 5 e até ao próximo dia 19, para, em sínodo, debaterem questões relacionadas com a família, célula fundamental da sociedade e da Igreja. Como disse o Papa Francisco, "a comunhão de vida entre os esposos, a sua abertura ao dom da vida, o cuidado recíproco, o acompanhamento educativo e a transmissão da fé contribuem para uma sociedade mais justa e solidária".

CONVIDADOS PARA A FESTA NUPCIAL

Reflexão semanal de Georgino Rocha


A sala enche-se de convidados para a festa nupcial. (Mt 22, 1-14). Esteve em risco de ficar vazia, contrariando todas as expectativas. Salva a situação, a insistência paciente do pai do noivo que resulta em pleno. O amor desdobra-se em convites, face às recusas recebidas. A lista convencional tem de ser profundamente alterada. Quem, segundo a praxe, estava em primeiro lugar, dá preferência a outros interesses e não quer participar, sobrepõe as preocupações reais ou fingidas, liberta-se de incómodos, dá largas a velhos ressentimentos, exercendo violência e eliminando os portadores do convite. 
A praxe é rigorosa. Antes de aceitar, o convidado procura informar-se, cuidadosamente, sobre os possíveis participantes. A escala social é padrão de referência e introduz níveis de oscilação no apreço e na consideração de cada um. Entre os comensais e entre estes e quem organiza a festa.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

MARIA LAMAS: UMA MULHER DE FIBRA

Crónica de Maria Donzília Almeida



Foi após ter conhecido Angela Gillian, no último quartel do século XX, mais precisamente em 1976, que fiquei mais sensível ao papel da mulher na sociedade. Foi aquela socióloga americana convidada pela Faculdade de letras da Universidade de Coimbra para ministrar a cadeira de “História das Ideias e da Cultura na América” aos licenciandos em Literatura Norteamericana.

Era uma mulher vanguardista de ascendência negra que personificava a luta, dos seus congéneres americanos, pela igualdade de direitos e a sua inserção ativa na sociedade e na política. Vivia-se, nos Estados Unidos, o Bicentenário da Declaração da Independência, proclamada em 1776. Desde que as feministas americanas quiseram mudar o nome à história, propondo Herstory em vez de History…eu fiquei mais atenta à problemática da mulher!
Uma que mereceu a minha atenção e interesse foi Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas nascida em Torres Novas, a 6 de outubro de 1893, que ficou para a história como Maria Lamas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

ARES DO OUTONO: PEDRAS TRISTES


O outono, nestes dias, está assim: triste como estas pedras. Não há volta a dar. Resta-nos esperar, com calma. Sem desânimo. Eu sei que o outono, por natureza, é tristonho, melancólico, enfadonho. Mesmo assim, há quem aprecie a chuva a cair, o vento a zoar e o frio a convidar-nos ao aconchego do lar. Pois é. Afinal, cada estação tem a sua beleza.

ILHAVENSES NA PRIMEIRA GRANDE GUERRA




«A Câmara Municipal de Ílhavo encontra-se a realizar um trabalho de pesquisa para levar a efeito a comemoração do centenário da 1.ª Grande Guerra Mundial, homenageando os ilhavenses que nela participaram.» Assim começa a Nota Informativa da nossa Câmara Municipal, Trata-se, a meu ver, de uma excelente iniciativa que tem pairado na minha cabeça há bastante tempo, sem que tivesse assumida a labuta para descobrir quem sofreu no corpo e na alma os horrores da guerra, longe das suas famílias. Ainda dei alguns passos, pequenos, tentando consultar o Arquivo do Exército português, mas nada de concreto adiantei. Aqui ficam os meus votos de que haja sucesso desta feita.