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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Uma saudação natalícia para todas as Rosas...


A Rosa passou, olhou, e, com simpatia, dirigiu-me uma saudação amiga. Identificou-se como explicanda de há décadas. Estava eu sentado na zona de passagem de uma grande superfície a ver correr o tempo e as pessoas para as compras ou delas regressando. Sempre apressadas, como é timbre de quem tem horas contadas para tudo.
Como não gosto de apreciar preços e de andar à cata dos saldos ou coisa parecida, por ali me quedei meio absorto. A Rosa acordou-me da modorra em que estava. E a conversa pegou… com evocações de bons tempos. Foi uma grande alegria.
Estar com alunos e explicandos de há décadas é voltar ao passado, tornando-o presente. E a Rosa levou-me de mansinho, que na minha idade as comoções podem tornar-se perigosas, numa caminhada de recordações que nunca mais teriam fim, se não surgisse o seu marido que tive o prazer de ficar a conhecer.
Para mim, evocar é reviver, é dar lugar e espaço ao passado no presente. É sentir-me novo e atuante, é ver nos olhos de quem me fala reflexos de brincadeira, de correrias, de jogos onde cabiam todos e que implicavam habilidades, tendências, força e destreza, partilha e emoções. Mas ainda, e sobretudo,  de trabalho, de gosto pelo saber, da vontade de vencer.  E a Rosa levou-me com agrado meu, e dela certamente, a épocas em que fui e fomos muito felizes. 
Obrigado, Rosa, por me teres acordado de uma certa letargia, enquanto esperava a minha Lita. E fica ciente de que, de minha parte, haverá sempre lugar para a partilha de sentimentos.
Um abraço para todas as Rosas…

Fernando Martins 

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Convívio com alunos








No sábado, 28 de setembro, tive o privilégio, mais uma vez, de confraternizar com alunos meus da década de 60 do século passado, das escolas da Chave e da Marinha Velha da Gafanha da Nazaré. Por mais palavras que escolha e venha a empregar neste simples texto, jamais traduzirei, com verdade absoluta, os sentimentos que me invadiram durante todo dia e até hoje. E sempre, afinal. Simplesmente porque foram emoções intensas as que revivi com as histórias que ouvi e que não me canso de ouvir. 
Estes gestos tocam-me profundamente e por mais que agradeça aos presentes, e por eles aos que não puderam participar no almoço, ficarei sempre em dívida perante tanto carinho e amizade. 
Em convívios como este, a saudade dos tempos idos tem muito peso. Eu sei que há quem defenda que não importa o que lá vai, porque o importante está, no presente, a construção do futuro. Mas futuro sem raízes não terá grande sentido, porque nós somos já, indubitavelmente, o futuro do passado. E é neste ciclo do tempo sem fronteiras que nos movemos e convivemos. 
Nas trocas de impressões com os meus antigos alunos, fui compreendendo as suas vidas e lutas pela busca da felicidade, para si e para os seus. E com que enlevo me falaram dos filhos e netos, dos seus trabalhos e sucessos, dos seus percursos de vida e dos seus sonhos, das suas alegrias e algumas mágoas. Mas o que mais sobressaiu foi a sua alegria pelo convívio, pela partilha de sentimentos e emoções, pelas recordações das escolas que os marcaram, pelos companheiros da meninice, pela evocação dos que já não estão fisicamente entre nós e pelos que não puderam estar presentes, por doença,  situações difíceis ou migração.  
Felizmente, pudemos contactar com o Celso Alves Pinto e com o Manuel Ferreira, graças ao Messenger. 
A todos os presentes e ausentes quero agradecer as provas de estima com que me envolvem quando com eles me cruzo. Todos sabem que os alunos, como os filhos e netos, têm lugar especial no meu coração. Aqui ficam os meus votos das maiores venturas para todos. 

Fernando Martins 

Registo que me foi entregue no final do encontro: 

«Almoço de ex-alunos dos anos 60
com o estimado Prof. Fernando Martins

“E no meio deles, com o seu carinho indesmentível e amizade franca, revivi a minha e nossa sala de aulas, os métodos de ensino, os programas escolares, as brincadeiras com espaços de recreio marcadamente separados, para meninos e para meninas. Afinal, a rigidez já naquela época era considerada, por muitos, e por mim, anacrónica e sem sentido”.

Prof. Fernando Martins, 2018/10/20

(Blogue “Pela Positiva Etiquetas: Antigos Alunos, Escola, Marinha Velha)

Carlos Manuel Teixeira
Eduardo Almeida
Fernando Almeida
Fernando Batista
Hélder Mateiro
Manuel Cândido Rocha

Albino Ribau
António Barroqueiro
João Manuel Cardoso
Carlos Silva
Emídio Gandarinho
Fernando Calisto
Francisco Jesus
João Gonçalves
Júlio Caçoilo
Serafim Pinto

Com estima e amizade, muito obrigado Prof. Fernando Martins!

Gafanha da Nazaré, 2019/09/28


O Serafim, incansável obreiro destes encontros, teve a gentileza de me enviar as suas impressões de mais este convívio, que reproduzo com muito gosto e gratidão. 

A educação tem regras 
O trabalho tem regras 
A amizade não tem regras 
A amizade não tem condições 
A liberdade coabita com a amizade 
Quando a essa liberdade 
Trazemos as pessoas de quem gostamos 
Quando juntamos ex-alunos e amigos 
Com o nosso amigo Prof. Fernando 
A amizade sai reforçada e engrandecida. 

Pelo vídeo do “Messenger”, tivemos connosco, o Celso Pinto - nos USA e o Manuel Ferreira - em Lisboa. 

Parabéns ao professor Fernando Martins e a todos os ex-alunos da Escola Primária dos anos 60 presentes no encontro de hoje, 28 de Setembro de 2019! 

P.S.: O próximo encontro fica agendado para o dia 18 de Setembro de 2020.» 

Serafim Pinto 

terça-feira, 2 de abril de 2019

Todos aprendemos todos os dias

Clara Magalhães, da UA: 
“No ensino o que mais me fascina é ver a mente dos alunos a funcionar" 


Gosto de visitar, com alguma frequência, o site da UA (Universidade de Aveiro) porque há sempre motivos interessantes e fundamentais à ação formativa. Todos aprendemos todos os dias, se quisermos. 
«Clara Magalhães, professora do Departamento de Química, ligada durante 20 anos à formação de professores, afirma: “No ensino o que mais me fascina é ver a mente dos alunos a funcionar". E garante: “Para se ser bom professor, em primeiro lugar, tem que se dominar bem o conhecimento científico da área que está a ensinar. Obviamente que gostar do que se faz ajuda muito, mas não chega. Um professor excecional é aquele que alia o conhecimento com o prazer de ensinar – que faz os alunos apaixonarem-se!”» 

Ler mais aqui

segunda-feira, 9 de abril de 2018

PARA QUE A HUMANIDADE SEJA MELHOR

«Transmitir o melhor da Humanidade
para que a Humanidade seja melhor» 
Carlos Fiolhais
Carlos Fiolhais 

“Os alunos são o futuro e a maneira que temos de entrar no futuro é com eles e através deles, transmitindo o melhor da humanidade, e tendo a ser otimista, é sempre possível ser melhor e é nisso que a escola tem de ajudar”
(...)
“O bem, o belo e o verdadeiro são coisas que a Humanidade descobriu, e vai descobrindo, e a escola é uma inovação extraordinária porque vai buscar o melhor do passado para que no futuro a vida seja em conjunto, em sociedade, e faça mais sentido”

Li aqui

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O descanso do guerreiro

Crónica de Maria Donzília Almeida



«Educar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...Entendo assim a tarefa primeira do educador: Dar aos alunos a razão para viver»

Rubem Alves

Fui aluna quando era bom ser professor! Fui professora quando é bom ser aluno. Nesses remotos tempos, do Magister dixit…o professor cheio de direitos, contrapunha-se ao aluno cheio de deveres. Mudaram-se os papéis e, agora, o aluno está no centro das atenções.
Hoje em dia, os professores trabalham até à exaustão, sendo pouco reconhecidos socialmente. É das profissões com maior índice de burnout. 
A nossa profissão é um iceberg: uma parte visível, na escola, a lecionar e a fazer serviço burocrático; o trabalho de bastidores, que não se vê, em casa, mergulhado numa parafernália de papéis.
No início do ano, multiplicam-se reuniões, somam-se planificações, avaliações diagnósticas, preparação de dossiers, elaboração de grelhas, etc, etc

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Arquimedes sacrificaria a vida

«O mais vulgar dos alunos sabe agora verdades 
pelas quais Arquimedes sacrificaria a vida»

Ernest Renan (1823-1892), escritor e filósofo francês

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Dádiva preciosa

"O ensino deve ser de modo a fazer sentir aos alunos 
que aquilo que se lhes ensina é uma dádiva preciosa 
e não uma amarga obrigação"

Albert Einstein (1879-1955)


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Visita inesperada do Ruben e da Anabela



Ruben e Anabela


O Ruben Branco, que foi meu aluno, teve ontem a gentileza de me visitar. Vinha acompanhado de sua esposa Anabela. Já não os via há anos, mas foi com facilidade que os reconheci. Os mesmos olhos, as mesmas expressões, os mesmos sorrisos, as mesmas simpatias. Foi bom recebê-los e saber novas suas. Estão de férias entre nós e foi muito bom sentir que não se esqueceram desta nossa terra e sua gente. Lembrámos outras eras, amizades comuns e experiências vividas, ao mesmo tempo que vieram até nós pessoas e acontecimentos que perduram nas nossas memórias. E também fiquei a conhecer quanto apreciam o nosso país, com belezas que não nos cansamos de admirar e elogiar.A visita mostra que é possível e necessários conjugar outras eras com os tempos presentes, partilhando amizades, sensibilidades e emoções que alegram as nossas almas e enriquecem as nossas recordações ainda resistentes aos trabalhos da vida. Vão regressar e daqui, desde meu recanto, formulo votos sinceros de boa viagem e das maiores felicidades.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Português e Matemática




A comunicação social noticia que os exames de Português e Matemática, do 12.º ano,  denunciaram a má preparação dos alunos. Os resultados foram negativos, sendo de sublinhar que na disciplina de Português não se viam notas destas há 14 anos. A Matemática, já nem se fala, pois os nossos alunos, na sua grande maioria, continuam a olhar para os números com horror.
Estou longe de saber de quem será a culpa. Normalmente, atribui-se aos alunos a responsabilidade das más notas em Matemática; os professores ficam à margem, como se fossem todos pedagogos notáveis. Ora, eu acho que os professores deviam fazer um exame de consciência, no sentido de descobrirem se da parte deles haverá capacidade e arte para motivar alunos. O mesmo poderá ser dito aos professores de qualquer área.
A nível do Português, também não me espanta a situação. Pelo que tenho sabido, os nossos jovens leem pouco; muitos fogem dos livros como o diabo da cruz. E sem leituras, na área das Línguas como noutras, não se vai a lado nenhum.

Uma pequena estória

Alçada Baptista era um bom contador de estórias. Incisivas e com graça. Como esta:

«O meu querido Raul Solnado quis ser simpático com o filho de um amigo, um rapaz de 23 anos. Achou que se devia interessar pelas suas preocupações. Disse-lhe:
— Então, rapaz, tens lido alguma coisa? Gostas de ler?
Ele pensou só um bocadinho e respondeu:
— Evito.»