Mostrar mensagens com a etiqueta Barra de Aveiro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Barra de Aveiro. Mostrar todas as mensagens

domingo, 3 de abril de 2022

Barra de Aveiro nasceu há 214 anos

Navio Escola Sagres vai sair para o oceano

No dia 3 de Abril de 1808 foi aberta a Barra de Aveiro. Naquele  dia,  as águas do oceano foram convidadas  a entrar na laguna aveirense para a purificar. E também se abriram as janelas para um futuro melhor de toda  a região. Depois veio o Porto de Aveiro. 
O responsável pela empreitada final foi o Eng.  Luís Gomes de Carvalho, genro do Eng. Oudinot, um dos responsáveis por estudos e trabalhos sobre a futura porta de entrada e saída de navios. Entre muitos outros, obviamente. Depois, é bem conhecida a história do "segundo dia da criação" para a nossa terra, no dizer poético de Luís Gomes de Carvalho, em carta que dirigiu ao regente e futuro rei D. João VI.
De «um simples regueirão — como disse o ministro Mário Lino, em “Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”, de Inês Amorim — consolidou-se a BARRA. As maiúsculas significam, aqui, o denodo de todos os que, ao longo de mais de dois séculos, souberam vencer as forças da natureza, impondo a férrea determinação humana aos ventos que impeliam ao fechamento.»
A barra e o porto mostram a sua importância estratégica, ao permitir a entrada de trinta e oito navios, em 13 de Maio de 1809, protegidos pelo brigue de guerra “Port Mahon”, que transportavam alimentos e forragens para o Exército Inglês que operava na zona e se dirigia para o Porto, como se lê em “Aveiro 2009 — Recordando Efemérides”, de João Gonçalves Gaspar.

Fernando Martins

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Melhoramentos da Barra de Aveiro

Fotos de obras - 1934





Conforme resolução em Conselho de Ministros de 26 de Setembro de 1930, o Governo da República Portuguesa , pelo Ministro do Comércio e Comunicações, concordando com o parecer do Conselho Superior de Obras Públicas, mandou aprovar o projecto de melhoramentos da barra de Aveiro, datado de 12 de Agosto de 1930, e respectivo orçamento  de 15 de Setembro de 1930, na importância de  17 943 277$00. O projecto-base, apresentado em 1927  pelo Engenheiro  João  Henrique von Haffe, fora alterado e aperfeiçoado por uma comissão de engenheiros ingleses (Diário do Governo , II Série, n.º 236, de 9-10-1930, pág. 3456; Arquivo, I, pgs.  237-238) - J


Calendário Histórico de Aveiro de 
António Christo e João Gonçalves Gaspar

Nota: Fotos do livro "Coutinho de Lima - In Memoriam 

domingo, 1 de agosto de 2021

Barquinho veio para descansar


Um barquinho veio do oceano e entrou em jeito de quem precisa de descansar. Sem vento, não havia velas enfunadas. E também não se via gente, mas ele sabia o caminho. E sabia, também, que na laguna aveirense não faltaria o sossego para a recuperação das energias. Boa estada se deseja sempre a quem vem até nós.

sábado, 3 de abril de 2021

Efeméride: Abertura da Barra

3 de Abril de 1808

Navio-Escola SAGRES a sair para o oceano na Boca da Barra

Em 1800, a Gafanha era já bastante povoada, na sua maioria por foreiros, e em 1808, a 3 de Abril, Luís Gomes de Carvalho abre a Barra, escancarando a porta à purificação da laguna e ao progresso da região. Estávamos a sofrer as consequências das Invasões Francesas, que tanto devastaram pessoas e bens no nosso país.
O comandante Silvério Ribeiro da Rocha e Cunha, numa conferência que proferiu em 14 de Junho de 1930 — AVEIRO: Soluções para o seu problema marítimo, a partir do século XVII —,  descreve com alguma poesia a forma como Luís Gomes de Carvalho, genro e continuador dos projectos do engenheiro Oudinot, inaugurou a nova Barra de Aveiro, depois de ela andar de Anás para Caifás durante séculos. Diz assim:

«Em 3 de Abril, domingo, [Luís Gomes de Carvalho] verificou que o desnível era de dois metros do interior para o exterior. Às 7 horas da tarde, em segredo, acompanhado por Verney, pelo marítimo Cláudio e poucas pessoas mais, arrancam a pequena barragem de estacas e fachina que defendia o resto da duna na cabeça do molhe, cortam a areia com pás e enxadas, e Luís Gomes de Carvalho, abrindo um pequeno sulco com o bico da bota no frágil obstáculo que separava a ria do mar, dá passagem à onda avassaladora da vasante para a conquista da libertação económica de Aveiro depois de uma opressão que durara sessenta anos.»

Se hoje recordo este acontecimento de suma importância para a nossa terra e região, e até para o país, é porque considero oportuno lembrar que Luís Gomes de Carvalho acabou por ser vítima de ódios políticos. Liberal por convicção, em plena guerra das Invasões Francesas, sofreu implacáveis perseguições dos absolutistas, tendo sido violentamente afastado da direcção das obras em 1823, vindo a falecer em Leiria em Junho de 1826, como refere o comandante Rocha e Cunha na obra citada.

Porque a sociedade não tem alma, facilmente ostraciza os seus heróis. Os que ontem aplaudiu hoje condena ao esquecimento. A Gafanha da Nazaré batizou uma rua com o seu nome. 

Fernando Martins

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Luís Gomes de Carvalho faleceu nesta data

Efeméride 
1826 
17 de junho 

Boca da Barra

«Faleceu em Leiria o Engenheiro Luís Gomes de Carvalho que, tendo nascido em 15 de Abril de 1771 na Atalaia—Vila Nova da Barquinha—foi engenheiro da barra e do Porto de Aveiro, que lhe ficaram a dever relevantíssimos serviços. (Arquivo, XIII, pág. 28)» 


“Calendário Histórico de Aveiro” 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Nota: Ler a carta que Luís Gomes de Carvalho enviou ao futuro rei D. João VI, a propósito da abertura da Barra de Aveiro

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Abertura da Barra de Aveiro - 3 de abril de 1808



Carta de Luís Gomes de Carvalho dirigida ao príncipe, futuro D. João VI

Celebra-se hoje, sem pompa, que não estamos em  número redondo, a abertura da Barra de Aveiro. São 211 anos, muitos dos quais, cerca de 80, com os meus olhos a contemplarem o fascínio da boca da barra, de horizontes largos, a desafiar os nossos sonhos. Fica a carta, na qual,  Luís Gomes de Carvalho garante tratar-se de  "hum segundo dia de creação" para estes povos...
Luís Gomes de Carvalho, o grande responsável por tão importante obra, acabou por cair no esquecimento... e somente há poucos anos mereceu a honra de figurar com o seu nome numa rua da nossa terra. Injustiças próprias de rivalidades políticas. Há mais de 200 anos, como agora. E a barra, em constantes readaptações às circunstâncias, aí está aberta ao futuro. 

FM

segunda-feira, 5 de junho de 2017

PRISÃO DE LUÍS GOMES DE CARVALHO

1823 – 5 de junho


«Por motivos de ordem política, a Câmara Municipal cometeu a iniquidade de prender e mandar sob custódia para o Porto o Engenheiro Luís Gomes de Carvalho, a quem Aveiro ficou a dever os mais assinalados serviços. Presidia então à Câmara o barão de Vila Pouca, Rodrigo de Sousa Teixeira da Silva Alcoforado, do partido absolutista, o qual nesta cidade possuía um vínculo importante, herdado de sua avó D. Maria José de Carvalho e Nápoles (Marques Gomes, Aveiro – Berço da Liberdade, pgs. 26 e 33 e ss.; Revista de Obras Públicas e Minas, Tomo II, Abril de 1875) – A.»

In "Calendário Histórico de Aveiro"
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


Nota: Luís Gomes de Carvalho, genro do Eng. Oudinot, foi um dos principais obreiros da abertura da Barra de Aveiro, no local em que ainda se encontra. Depois de outras tentativas, levadas a cabo por outros tantos engenheiros, foi Luís Gomes de Carvalho quem, no dia 3 de abril de 1808, abriu a porta ao progresso da nossa região. Contudo, as guerras políticas, ontem como hoje, foram capazes de humilhar um homem que tanto deu ao nosso país. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Auto de abertura da Barra de Aveiro

15-IV-1808

Barra de Aveiro (1934)


«Lavrou-se neste dia o auto de abertura da barra nova de Aveiro, que se realizou em 3 de Abril, subscrito por Miguel Joaquim Pereira da Silva. Depois de referir os trabalhos preparatórios de abertura e a maneira como se deu o rompimento, acrescenta: – «As águas que cobriam as ruas da praça, desta cidade, e os bairros do Albói e da Praia, abaixaram três palmos de altura dentro de vinte e quatro horas e outro tanto em o seguinte espaço, e em menos de três dias já não havia água pelas ruas e toda a cidade ficou respirando melhor ar por estas providências com que o Céu se dignou socorrê-la e a seus habitantes com esta grande Obra da Barra» (Aveiro e o seu Distrito, n.º 6, pg. 45) – A»

Fonte: "Calendário Histórico de Aveiro" 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Os pescadores



Os pescadores amadores são um belo exemplo de tenacidade e de paciente espera. Nada os afasta desta paixão. Admiro-os muito, talvez por nunca ter conseguido aprender a arte de pescar. E nem as nuvens carregadas e ameaçadoras de chuva os levaram  a desistir. Ontem, à boca da barra, havia bastantes. Até parecia um concurso de pesca, que logo admiti ser impossível em dia de semana. Eu regressei a casa com medo de apanhar alguma chuvada, mas eles lá ficaram, serenos, calados, pacientes.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Barra de Aveiro

As obras no molhe norte continuam

Desde que me conheço, sempre houve obras na Barra de Aveiro. Grandes ou pequenas, paredões e extensões, dragagens e muralhas, reparações e reposições foram e são uma constante para assegurar boas entradas e saídas. Sabe-se que as reações do mar, das correntes marinhas e das imprevisíveis atitudes da natureza escapam aos conhecimentos e cálculos dos homens sábios. Por isso, continuaremos a ter obras na barra. Esta é a grande e única verdade.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO

Planta da Barra em 1843. Arquivo do Porto de Aveiro
Ao longo do ano de 2008 assistiu-se, com agrado, às diferentes iniciativas e cerimónias destinadas a assinalar os duzentos anos da abertura da Barra de Aveiro.
Organizaram-se exposições muito interessantes e elucidativas sobre os antecedentes que levaram à execução do projecto, a complexidade dos trabalhos a executar, a tremenda dificuldade para os levar a cabo, a importância do seu funcionamento para o progresso verificado paulatinamente na região, a qualidade dos responsáveis e executores principais, que foram homenageados, como era natural.
Orquídea Ribau
Ler mais aqui