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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Quando passei pela Bestida


«No velho pontão da Bestida, que as invernias todos os anos despedaçam, dir-se-ia que Portugal acaba. Portugal e a terra na sua solidez física, nos seus costumes mais vulgares, e até nalguns dos elementos mais primordiais da sua vida. É outro mundo, líquido, brumoso, feito de distância azul, isolado do continente por uma ria maravilhosa, paleta de mil cores, tão larga que cabe nela o Tejo, nos seus dois quilómetros de água tranquila e adormecida. 
Fecham-se atrás de nós, como sob o pano de uma ribalta, as terras ribeirinhas da Murtosa, e de Bunheiro, entre pâmpanos virentes, muito tufados, milheirais extensos que ondeiam as suas bandeiras doiradas, pomares cerrados, onde os ramos já nos estendem os frutos maduros, corados de sol, que fendem a casca, pejados de sumo.» 

Artur Portela

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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Ponte-cais da Bestida renovada em 1938



Este é verdadeiramente um postal ilustrado (preto e branco) da ponte-cais renovada da Bestida, Murtosa, com data de 1938, a caminho, portanto, os 80 anos. Quem nos brindou com esta evocação foi o Porto de Aveiro com o intuito, garantidamente, de tornar presente marcas da passagem do tempo.

domingo, 8 de novembro de 2015

Escritores e a Ria de Aveiro - 4

Bestida
«No velho pontão da Bestida, que as invernias todos os anos despedaçam, dir-se-ia que Portugal acaba. Portugal e a terra na sua solidez física, nos seus costumes mais vulgares, e até nalguns dos elementos mais primordiais da sua vida. É outro mundo, líquido, brumoso, feito de distância azul, isolado do continente por uma ria maravilhosa, paleta de mil cores, tão larga que cabe nela o Tejo, nos seus dois quilómetros de água tranquila e adormecida. Fecham-se atrás de nós, como sob o pano de uma ribalta, as terras ribeirinhas da Murtosa, e de Bunheiro, entre pâmpanos virentes, muito tufados, milheirais extensos que ondeiam as suas bandeiras doiradas, pomares cerrados, onde os ramos já nos estendem os frutos maduros, corados de sol, que fendem a casca, pejados de sumo.»

Artur Portela

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Poço de rega


Poço de rega
Para quem nunca viu um poço de rega, com engenho do qual faziam parte os alcatruzes, aqui fica o retrato de um que encontrei, exposto, qual peça de museu, na Bestida, Murtosa. 
Nas Gafanhas, e não só, havia muitos, que o tempo tornou inúteis. Depois deles, qualquer motor a petróleo os podia substituir, sem ser necessário "explorar" o esforço animal (vacas e bois).

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