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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Em maré de evocações





Hoje, no meu sótão, encontrei uma brochura, Crescem pães pelos Outeiros, de 1994, relacionada com Chaves, cidade por onde estacionei, com a família, diversas vezes, em férias, em casa de amigos inesquecíveis. Foi uma amizade de sempre, desde que nos conhecemos e até hoje,  que evocamos com frequência.
A brochura foi-me oferecida, com outras, por uns estudantes daquela cidade que necessitaram da minha ajuda para a elaboração de um trabalho académico relacionado com Aveiro e sua região.
Tanto quanto soube, na altura, o trabalho foi bastante apreciado. E foi a brochura, entre outras que devem andar por aqui perdidas, que me levou, novamente, até àquela região que me ficou no coração.
Estou numa fase de evocações, como é fácil imaginar, mas já não me sinto com forças para andar por aí, de tenda às costas, como antigamente, mas não deixo de sonhar e de recordar, como está a acontecer  hoje, levado a reboque da revista citada acima.
Confesso que não sei dizer se o melhor será evocar tempos idos, a reboque da memória, ou voltar aos locais, reais, das férias de outrora. Para já, vou pelo reboque da memória. Já não tenho a resistência de há meio século, mas a memória ainda consegue transportar-me aos sítios onde fui, com a família, muito feliz.

Notas: 

1. Voltarei ao tema: FÉRIAS;
2  Imagens da revista 

quarta-feira, 29 de março de 2023

CHAVES - RECORDAR É VIVER


As boas recordações, por mais antigas que sejam, de vez em quando saltam para a nossa vida atual. Acontece a toda a gente. Hoje, por exemplo, houve razões para isso. Quando procurava umas fotos, encontrei estas. Evoco com elas férias que passámos em Chaves. Aqui nas famosas  termas  flavienses. Naturalmente, bebíamos uns copinhos de água.

domingo, 15 de maio de 2022

CHAVES das minhas memórias


Estou no meu sótão. Silêncio. De vez em quando, percebo que lá fora há um ventinho que quebra a monotonia. Uns pingos de chuva não impedem a rega de amanhã.
Ao almoço, com a família que foi possível reunir, Chaves surgiu na conversa. E com ela vieram recordações de quem já nos deixou e dos que naquela cidade transmontana permanecem ou que labutam noutros ares. A conversa estava animada, mas tinha de terminar. Cada um tinha a sua vida.
No silêncio, então, deu-me para folhear a revista ILUSTRAÇÃO para ver como era a vida há tantos anos. E deparo com a foto que aqui exibo. O Tâmega, ao que julgo, que imensas vezes atravessei pela multissecular ponte romana, e a Torre de Menagem ali estão como a máquina os captou e a ILUSTRAÇÃO publicou em 16 de Abril de 1927.
Uma saudação muito amiga para os amigos flavienses.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Aproveitar o confinamento saudavelmente

Eu e a Lita na zona da muralha 
Três filhos com a Lita junto à Estátua de D. Afonso, 
Conde de Barcelos e Duque de Bragança 
Nas termas, a Lita prova a água com a Aidinha e o Paulinho

O desânimo não leva a parte nenhuma de sentido positivo. Em maré de confinamento necessitamos veementemente de optar pela via positiva. E como é preciso variar, hoje voltei-me para as  fotografias antigas de muitas que tenho por aqui, algumas em caixas e muito poucas em álbuns. O tempo para as arrumar tem escasseado ao longo dos anos. Mas hoje consegui rever umas tantas, que me trouxeram bastantes e agradáveis recordações. 
Começo por Chaves onde passei férias em casa de amigos e no parque de campismo, banhado pelo Tâmega com cidade à vista. Foram tempos de descoberta não apenas da cidade de Chaves, com montras vocacionadas para turistas espanhóis, mas com restaurantes a apostar no que é regional. Pastéis de Chaves e presunto eram reis para os flavienses, para os aquistas e para os veraneantes. Eu engrossava a lista dos dois últimos grupos. 
Com alguma frequência dávamos um salto a Espanha, clandestinamente, que a União Europeia ainda nem sequer sonhada estava. Não ousávamos passar a fronteira, mas seguíamos tranquilamente por carreiros entre terras agrícolas. Chegámos, contudo, a ir de carro com a concordância dos guardas fronteiriços. E na cidade de Chaves, com a sua ponte romana entre outros sinais que atestavam a sua antiguidade, sempre soubemos apreciar o passado no meio do presente que nos envolvia.

Fernando Martins

domingo, 22 de novembro de 2020

TAREFAS DO CONFINAMENTO - PEDRA BOLIDEIRA

 


É óbvio que o confinamento, nas suas mais diversas variantes que às vezes até nos confundem, é fruto da pandemia a que todos, no mundo, não podemos escapar. Uns respeitam e outros fazem ouvidos de mercador. Vai daí, os que respeitam, cumprindo a lei, ficam em casa mas precisam de ser criativos para equilibrar a cabeça e a paciência. Os outros, que se consideram espertos, contribuem para o alastramento do contágio. Eu pertenço ao primeiro grupo, mas não quero cruzar os braços à espera que o drama acabe depressa. Então, para não ser ferido pela pasmaceira, procuro conviver com saudáveis recordações, como esta que aqui partilho.
Partindo de Chaves, eu a Lita e a Aidinha, seguimos a rota de Bragança, cuja meta distava 100 Km. A dada altura deparámos com a Pedra Bolideira, a tal que estava em posição instável. A Lita e a Aidinha aproximaram-se, corajosas, para pôr a rocha a dançar. Eu, de máquina em punho,  registaria o facto. Os telemóveis não eram sonhados.  Mas o pedregulho, ou metade dele, mais ou menos, não reagia. Aproxima-se um vizinho, solícito,  e exemplifica  como seria fácil pôr a Pedra a bulir. E depois, seguindo a explicação, a Lita e a Aidinha cantaram vitória. O segredo estava, realmente, na descoberta do ponto ideal. 

NOTA: Dedico esta foto aos meus amigos que, durante anos, nos acolheram em sua casa: António Fernandes (já falecido mas presente na nossa memória) e Nazaré Chaves, mas também aos seus filhos, netos e noras. Um filho, o José Carlos, também falecido, ocupa um recanto especial no coração da nossa família. 

terça-feira, 21 de julho de 2020

Chaves - Ponte romana com ou sem carros?

Doze anos depois, 
ponte romana de Chaves voltará a ter carros? 
Os cidadãos vão votar 



Tribunal Constitucional já deu luz verde para a realização de um referendo local. Ponte romana pedonalizada em 2008 poderá voltar a receber veículos ligeiros? Os flavienses vão decidir no dia 13 de Setembro... Li no PÚBLICO.

NOTA: Não tem conta o número de vezes que passei por esta ponte com séculos de história. De pé e de carro, lendo com alguma frequência a inscrição que atestava a sua vetusta idade. E depois procurei saber um pouco mais da presença dos romanos por aquelas bandas. Já lá vão muitos anos, também, sem possibilidades de voltar a uma terra onde, com toda a família, fui muito feliz. 
Apesar deste relacionamento com Chaves, desconhecia que a ponte estava vedada ao trânsito automóvel, decerto por razões de segurança, mas ainda por respeito à sua idade.Os flavienses saberão decidir para bem de todos. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Poesia para este tempo

Um poema de Miguel Torga


LAMENTO

Pátria sem rumo, minha voz parada
Diante do futuro!
Em que rosa-dos-ventos há um caminho
Português?
Um brumoso caminho
De inédita aventura,
Que o poeta, adivinho,
Veja com nitidez
Da gávea da loucura?

Ah Camões, que não sou, afortunado!
Também desiludido,
Mas ainda lembrado da epopeia...
Ah, meu povo traído,
Mansa colmeia
A que ninguém colhe o mel!...
Ah, meu pobre corcel
Impaciente,
Alado
E condenado
A choutar nesta praia do Ocidente...

Chaves, 11 de setembro de 1975

Diário XII

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Chaves candidata a Património Mundial da Humanidade

Balneário termal romano descoberto no largo do Arrabalde
A Câmara de Chaves anunciou a candidatura da cidade a Património Mundial da Humanidade, pelo seu património cultural e histórico, essencialmente legado pelos romanos que construíram a ponte e a termas descobertas este ano, segundo informou o PÚBLICO. O presidente da Câmara de Chaves, João Batista, referiu que o ano de 2008 marca uma viragem para a cidade, permitindo-lhe reunir as condições necessárias para a candidatura a Património Mundial da UNESCO. O autarca explicou que apenas este ano foi reconhecida a existência de um balneário termal romano, descoberto no decorrer de escavações arqueológicas realizadas no largo do Arrabalde, que é "considerado como um dos maiores da Europa". O balneário já foi alvo de uma candidatura a monumento nacional. "Também só este ano foi aprovada a candidatura, no valor de dez milhões de euros, com vista à regeneração do centro histórico, o que vai permitir uma melhor funcionalidade desta zona da cidade", frisou. Estes dois factos juntam-se aos vários monumentos nacionais e de interesse histórico existentes na cidade, desde a ponte romana, as termas de Chaves, o castelo, as muralhas medievais ou os fortes de São Francisco e de São Neutel. "Tudo isto junto permite-nos pensar que reunimos todas as condições para a nossa cidade ser classificada como Património Mundial da Humanidade", afirmou o autarca. O grande objectivo da câmara é, segundo João Batista, o "reconhecimento internacional da cidade e do património de Chaves, o reforço da identidade e o desenvolvimento sustentável", adianta o PÚBLICO.
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Nota: Congratulo-me com esta candidatura, ou não estivesse, pessoalmente, tão ligado à cidade e região de Chaves. A importância do seu património histórico, que remonta ao império romano, bem merece um reconhecimento mais universal.
FM