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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Uma lição de história: Visita de estudo a Conímbriga

Texto de Maria Donzília Almeida 


Casa dos repuxos

Ontem, dia 3 de Maio, rumou da nossa escola, um grupo de alunos do 5.º ano, para uma visita de estudo, com destino a Conímbriga. Apesar das condições atmosféricas adversas, lá partimos, com a chuvinha a cair certinha e a embaciar as janelas da camioneta. Contudo, a alegria e o entusiasmo desta gente miúda é alheia a qualquer contratempo. 
Como primeiro destino, tivemos as ruínas de Conímbriga. Aquilo que as criancinhas aprendem, em contexto de sala de aula, é confirmado e para sempre gravado naquelas memoriazinhas em crescimento. Depois da gravação na pedra, que os Romanos deixaram para a posteridade! Conímbriga localizava-se na via que ia de Olissipo, a Bracara Augusta. Foi ocupada pelos romanos durante as campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofreu importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Fórum.

segunda-feira, 15 de maio de 2006

Conímbriga - Ruínas merecem uma visita





Imaginar e “ver” o passado foram sempre para mim um prazer. Daí que, nos meus passeios, procure ver vestígios de outras civilizações, com tudo o que eles preservam. A beleza, a arte inventiva, a riqueza e as marcas de povos que ocuparam o território que é o Portugal de hoje encantam-me sobremaneira. Desta vez fui a Conímbriga para me reencontrar com as civilizações pré-romana e romana. Sem pressas, porque o tempo era e é todo meu. 
Os romanos terão conquistado Conímbriga em 136 antes da era cristã, durante a expedição de Décimo Júnio Bruto, mas só no reinado de Augusto a cidade se remodelou à maneira romana, diz o Guia das Ruínas, com texto de Virgílio Hipólito Correia. 
As ilustrações, de diversos autores, são muito belas. Quem chega, os seus olhos deparam com uma muralha imponente, construída nos finais do século III depois de Cristo. Nela, os seus moradores empregaram materiais de algumas habitações e outras construções públicas, como o anfiteatro. Mas o que ficou e depois foi soterrado com a decadência da cidade pode nos nossos dias encantar-nos, se gostarmos de apreciar a pré-história e história. 
A Casa dos Repuxos é uma excepcional obra de arquitectura, que corresponde à remodelação de um edifício anterior, lê-se no Guia das Ruínas, que recomendo a quem lá for. O vestíbulo, o peristilo central (pátio interior, com repuxos que funcionam), o triclínio (leito onde os romanos se reclinavam para comer e conversar) e outras dependências da casa estão bem à vista do visitante. 
Termas, casas com os seus mosaicos polícromos que reflectem cenas da vida e do mundo mental dos romanos, basílica paleocristã, aquedutos, ruas e lojas podem ser admirados, com leitura obrigatória das explicações bem visíveis junto de tudo o que há para ver. No Museu, preservam-se as mais variadas peças (utensílios domésticos, estatuária, armas, moedas, pedras tumulares, inscrições, ornatos, etc.) encontradas durante as escavações, sobretudo a partir de 1899. Se passar por Coimbra, não deixe de ir a Conímbriga. Este é o meu conselho. 

Fernando Martins 


NB: As fotos servem para abrir o apetite.