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domingo, 13 de setembro de 2020

Hoje é domingo

 

Como diria o saudoso Raul Solnado, um artista como poucos a fazer graça sem baixezas, "hoje é domingo em todo o país" e para além dele, conforme o globo terrestre que rola sem darmos por isso. A semana de trabalho a sério começa/termina sempre com o domingo, para descanso, lazer e outros derivados a gosto de cada um. Conforme a idade, a estrutura mental, a educação, a necessidade física, mental e outras. Eu incluo-me nisto tudo. O domingo dá até para variar e hoje nem me apetece dormir a sesta para o aproveitar bem. Veremos se consigo. 
Para já, estou só com a Lita e no meu sótão reina um silêncio que dá conforto e paz de espírito. Suspendo por momentos a escrita para o ouvir melhor. Nem vento assobiando, nem passarada a chilrear, nem gatos a miar, nem cães a ladrar, nem galos a cantar, nem música! É meio-dia e nada. E é nesta calmaria que reflito sobre os discursos de que dei nota neste meu blogue do Papa Francisco e de António Guterres sobre a realidade da Mãe Natureza que tão vilipendiada tem sido pelos humanos, que somos nós, que nos dizemos sós, através dos milénios. Ganâncias desmedidas têm dado cabo do planeta Terra e da Humanidade em geral. Depois brotam calamidades de toda a ordem. Os arautos das verdades do bem e do belo são ridicularizados ou ignorados. Todos proclamamos a necessidade de cuidar da Natureza, mas todos, também, embarcamos nas marés do consumismo desenfreado. 
Apesar de tudo, bom domingo. 

Fernando Martins

sexta-feira, 2 de março de 2018

AMEAÇAS PARA A HUMANIDADE

Anselmo Borges
Anselmo Borges 

A história da humanidade é feita de êxitos e fracassos, avanços e recuos, conquistas e derrotas, guerras e algum tempo de paz, esperanças e ameaças.
A novidade das ameaças, hoje, é que são globais. Numa obra lúcida, acessível, L"Humanité. Apothéose ou apocalypse?, com contributos de pensadores de vários horizontes e dando uma panorâmica do que está em jogo no século XXI, J.-L. Servan-Schreiber, optimista quanto ao futuro, apresenta também algumas dessas ameaças, obrigando a reflectir. Sintetizo.

1. Aquecimento global. Uma ameaça que todos têm presente: o aquecimento climático. Apesar da oposição de Trump e de as medidas concretas não serem suficientes, cresce a consciência do problema, que é realmente dramático.

2. Excesso de população. E a questão é que o crescimento da população se dará sobretudo nas regiões mais pobres, desencadeando ondas de emigrantes a fugir da miséria. Por outro lado, o envelhecimento das populações trará problemas explosivos para a saúde.

sábado, 15 de agosto de 2015

Papalagui - um livrinho para férias



Ontem, alguém me telefonou antes de partir de férias para o Algarve, pedindo-me um livro emprestado para sugerir como leitura a um jovem. O livro, que li há décadas, estaria na minha desorganizada biblioteca. Livro fininho, que se lê de um trago, estaria perdido porque não o via há muito. Procurei durante bastante tempo e lá o achei. Li umas passagens para recordar. E seguiu viagem, com votos (meus) de que inspire em quem o vai ler uma vida mais contida neste mundo de consumismo desenfreado. 
É uma leitura simples e rápida? É, sim senhor. Terá interesse nos dias de hoje? Julgo que sim. Ao menos faz-nos pensar no exagero do consumismo que nos estraga... Todo o exagero estraga. 
Boas férias

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sábado, 23 de agosto de 2014

RECEITA PARA SE SER FELIZ

Crónica de Anselmo Borges no DN

O que é que verdadeiramente queremos? Não há dúvida: ser felizes. Quanto a saber em que consiste a felicidade já não haverá unanimidade. Aristóteles escreveu: "Todos estão praticamente de acordo quanto ao bem supremo: é a felicidade. Mas quanto à natureza da felicidade já não nos entendemos." Julgo, porém, poder dizer-se que ela tem a ver com uma vida boa, realizada, de tal modo que daí resulta o contentamento da vida e com a vida.
E, claro, sempre se foram apresentando conselhos, receitas para alcançá-la. Agora, foi o Papa Francisco, em entrevista ao diário Clarín, de Buenos Aires. O jornalista Pablo Calvo: "Queria perguntar-lhe a si que, para lá de Papa, é químico: qual é a fórmula da felicidade?"

sábado, 20 de outubro de 2012

A economia é tudo menos uma ciência exacta.

O monoteísmo do capital financeiro e a felicidade

Por Anselmo Borges


De finanças o meu conhecimento é praticamente nulo. De ciência económica, quase. Mas não fico muito aflito, pois o que noto é que entre os economistas a confusão é imensa, tornando-se cada vez mais claro que, afinal, a economia é tudo menos uma ciência exacta.
Mas vamos ao capital, que é mesmo capital, como diz o étimo: caput, capitis (cabeça), necessário e até essencial para a existência humana. Seguindo em parte uma taxonomia de P. Bourdieu, X. Pikaza apresenta os diferentes sentidos de capital.
Nos capitais simbólicos, encontramos o capital sócio-cultural - o conjunto das riquezas simbólicas dos grupos e da humanidade, começando na língua e continuando nas tradições, nas esperanças de futuro, nas artes e tecnologias, nos saberes tradicionais e nos novos saberes científicos e técnicos - e o capital ético, incluindo os diferentes domínios da vida, no plano social, laboral, jurídico, abrangendo, portanto, o capital político, jurídico, religioso...