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segunda-feira, 11 de maio de 2020

LARGO DO CRUZEIRO VAI SER REQUALIFICADO


A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou a aquisição de um prédio rústico no lugar da Chave, Freguesia da Gafanha da Nazaré, pelo valor de 61.200 euros, com o propósito de requalificar o Largo do Cruzeiro. Pretende-se, com esta aquisição, criar um espaço ajardinado e zona de estacionamento. 
Sublinha a autarquia ilhavense que esta requalificação vai devolver àquela largo a sua importância coletiva. O Largo do Cruzeiro, no lugar da Chave, foi palco, ao longo dos tempos, de uma das diversas centralidades da nossa terra.

Sobre o Cruzeiro ler mais aqui  

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Figueira da Foz — Marina


Já não vou à Figueira da Foz há meses, mas não me saem da cabeça imagens belíssima daquela famosa estância balnear, que outrora acolhia, com pompa e circunstância, a aristocracia de título e de dinheiro. Mas também artistas que por ali andavam a banhos na época própria. 
A atual marina merece-me sempre uma atenção especial, tanto pelos encantos dos barcos ancorados como pelos seus tripulantes, aventureiros de ocasião ou, quiçá, de profissão. De modo que, quando vou à Figueira da Foz, faço daquele local um espaço de sonho, sobretudo quando ponho a mim mesmo a questão: Por que razão, eu, que sou de alma e corpo um homem de mar e maresias, nunca me arrisquei a entrar num cruzeiro para uma viagem que ficasse para sempre na minha história de vida? 

sábado, 13 de agosto de 2016

São Jacinto tão perto e sempre tão longe


A Gafanha da Nazaré já esteve ligada a São Jacinto. Aliás, o primeiro cruzeiro de toda a Gafanha, «de que há memória histórica», diz o Padre Resende, «deveria ter existido em 1584, “perto da ermida de Nossa Senhora das Areias” em São Jacinto». Acrescenta aquele estudioso que «consideramos São Jacinto, por muitos motivos, pertencente à região da Gafanha. Era-o realmente antes da abertura da barra em 1808». 
Quando posso, olho normalmente com alguma nostalgia para São Jacinto sem saber porquê. Esta foto, que hoje partilho, faz parte desse imaginário. Contemplo o casario à distância e sou levado a pensar que, apesar de parecer tão perto, a freguesia de São Jacinto fica sempre tão longe de nós.

sábado, 22 de agosto de 2009

Mais imagens de sonho dos mares gelados

Troll Fjord Spitzbergen
Seven Sisters
Aqui ficam, para contemplação, mais três fotos, gentilmente enviadas por José Vilarinho, dos seus cruzeiros nos mares do norte.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

SOL DA MEIA-NOITE

O José Vilarinho enviou-me, há dias, notas do seu diário de bordo, com belíssimas fotografias. Umas já as publiquei. Outras ficaram em arquivo. Como algumas pessoas me falaram da beleza das fotografias, aqui ficam mais duas, para regalo de quem sabe apreciar coisas bonitas.
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Ver mais aqui

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Comandante José Vilarinho, algures em cruzeiro

A conversa a bordo lembrava
os nossos bravos pescadores dos dóris
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Iceberg

A minha última estadia nestas áreas do Norte foi há cerca de dez anos. Agora, ao voltar a tantos Glaciares, já antes visitados, é realmente assustador ver o quanto eles estão recuados em relação a um passado tão recente, devido ao aquecimento global. Em algumas viagens, efectuadas até bem perto dos glaciares nos nossos Zodiacs, era possível ver e ouvir o constante desmoronar de grandes pedaços de gelo que se desprendiam do glaciar, para iniciarem a sua viagem em direcção ao Sul.
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Magdalena
Foi possível desembarcar em Magdalena Fiorde, uma reserva natural no norte dos Spitzbergen, onde tivemos o primeiro encontro com ursos polares, que cada vez se acercam mais de nós, devido à falta de comida. Uma baleia morta na baía servia de banquete diário a estes animais tão belos e tão perigosos. Como temos várias tripulações portuguesas, um dos momentos altos destas viagens ao Norte é sempre a passagem por áreas onde é possível encontrar o FIEL AMIGO, o Bacalhau.
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Pesca de bacalhau
A partir das ilhas Lofoten, é fácil pescar bacalhau em quase todos os portos. Num destes portos, organizei uma saída num dos nossos Zodiacs para umas horas de pesca. São sempre momentos de relaxe, mas, ao fim de algumas horas de pesca, a conversa a bordo lembrava os nossos bravos pescadores dos dóris. O dia era de sol, a temperatura 17 graus, mas mesmo assim as mãos e os dedos já davam indícios de cansaço e dor. A pergunta é: como era possível aguentar tantas horas, tantos meses, em condições tão difíceis, aquele trabalho da pesca do bacalhau à linha, efectuada no passado pelos nossos homens, verdadeiros heróis?
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Bacalhau
O resultado da nossa faina não foi má e houve bacalhau para toda a tripulação. Na Gronelândia foi fácil ver de muito perto os megaicebergs na sua navegação em direcção ao Sul, sinais claros dos degelos que se passam no Norte.
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Glaciar
Caro amigo, a conversa já vai longa, pois quando começo a divagar sobre estes assuntos, perco a noção do tempo. Como deve imaginar, é muito difícil seleccionar, em milhares de fotos tiradas, as melhores que possam retratar um pouco tudo isto. Muito gostaria eu de as poder enviar todas, mas não é possível. Um abraço para si e para todos os leitores do seu Blogue. José Vilarinho

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Comandante José Vilarinho, algures em cruzeiro

Comandante José Vilarinho, ao centro, num Polar-Bar

ITTOQOORTOMIT, para quem chega,
é como chegar ao fim do mundo
Espero que estas minhas linhas o possam encontra de boa saúde, assim como toda a sua família. Deve pensar que me esqueci de si e dos leitores do seu blogue, mas não é o caso; apenas a rotina por aqui tem sido muito pesada e stressante, pois estes cruzeiros do norte são mais exigentes, a nível de horas na ponte; e no final, quem paga é o descanso. De qualquer modo, não podia deixar de passar algumas imagens destes distantes destinos, que muito gosto de partilhar consigo e com todos os leitores do Pela Positiva. Da minha parte, mais uma vez, um muito obrigado pela companhia feita através da blogosfera, pois é raro o dia em que não vou dar uma espreitadela, para saber coisas da nossa terra.

Paquete do Com. José Vilarinho

Estou quase no final da minha temporada. Dentro de 15 dias desembarco para férias. Estou a terminar uma viagem de 23 dias, que nos levou desde a Alemanha, subindo toda a Noruega, depois todo o Spitzbergen, até aos 80 graus de Latitude Norte. Daí cruzámos para as distantes paragens da Gronelândia, descendo a sua costa Leste até a uma pequena cidade chamada ITTOQOORTOMIT, que, para quem chega, é como chegar ao fim do mundo. Da Gronelândia cruzámos para a Islândia, Ilhas Faroes, de volta ao Sul da Noruega, e vamos terminar na Alemanha, de novo. A subida da Noruega é feita através das passagens maravilhosas dos famosos Fiordes, onde cada cidade visitada parece um paraíso, tirado de um livro de histórias de encantar, onde não faltam as lendárias personagens Norueguesas, chamadas TROLLS, a dar-nos as boas-vindas.

Bebé em terra de muito frio

A natureza mistura, numa harmonia perfeita, neve, florestas, água doce originária dos degelos nas montanhas, criando lindíssimas quedas de agua, e, na base de tudo, água do mar. Tudo isto torna os fiordes da Noruega algo único, que só visitando é possível apreciar devidamente, já que não há fotos que possam descrever tanta beleza. No Norte da Noruega foi possível admirar um maravilhoso Sol da meia-noite, no Cabo Norte, e desde então praticamente não se encontram seres humanos, pelas remotas paragens dos Spitzbergen. Ao chegar a Ittoqoortomit, uma pequena aldeia perdida no sul da Gronelândia, voltamos a encontrar pessoas, e aí muitos valores das riquezas materiais, tão importantes no mundo ocidental, perdem todo o seu valor, e somos levados a pensar, seriamente, quanto somos RICOS, sem muitas vezes darmos o devido valor a essa realidade.

Iceberg a caminho do Sul

A pobreza e as condições de vida destas 200 pessoas que ali vivem, em condições tão difíceis, principalmente no Inverno, são visíveis por todos os lados da aldeia. São visitados apenas por dois navios de abastecimento duas vezes por ano, raramente são visitados por navios de cruzeiro, mas mesmo assim é possível ver alegria no rosto das crianças que brincavam com vários objectos e que alguns deles, no nosso civilizado mundo, são chamados lixo ou sucata. As pessoas que se cruzavam nos caminhos sorriam, simpáticos e felizes, por poderem mostrar os seus bebés, as suas casas e os seus cães.
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José Vilarinho
NOTA: Continua