“Don’t worry, be happy!”
Maria Donzília Almeida
Com o espírito mais liberto e o tempo menos espartilhado entre mil e uma tarefas, até a música tem outro encanto. A melodia citada em epígrafe, desde os tempos remotos, de 1988, em que apareceu, está aí de novo, sempre repetida e tão sentida. O cantor Bobby McFerrin readquiriu a força que o lançou e o refrão da canção anda aí, na boca de toda a gente.
Cada um atribui à canção o sentido que a sua vida lhe permite. A mim, evoca uma cena sui generis, que ficará nos anais de uma Mulher!
Fui solicitada a acompanhar uma amiga, à última morada. Não ao cemitério, mas a um tribunal, onde iria ser lida a sentença que poria termo à sua família. Uma morte anunciada, havia muito tempo.
Merece-me, aqui, fazer umas breves considerações acerca da efemeridade das famílias atuais, que parece estar a acentuar-se, a olhos vistos. As estatísticas falam por si e apresentam um panorama muito negativo. As relações pessoais são precárias, as pressões da sociedade são muitas e há uma crise de valores como não há memória.