Mostrar mensagens com a etiqueta Doentes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Doentes. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Jesus e os doentes: A força da ternura e do cuidado

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo V do Tempo Comum

Jesus anda por terras de Cafarnaúm, segundo a narrativa de Marcos. Mc 1, 29-39. Vive uma jornada intensa de trabalho. Sai da sinagoga e vai a casa de Simão. Encontra, com febre, a sogra deste. Estende-lhe a mão e ela fica curada. Depois, ao cair da noite, depara-se com muitas pessoas atormentadas por diversos males. Cura umas e liberta outras. A sua fama vai aumentando. O estatuto social do carpinteiro de Nazaré começa a ter novo apreço. E ele tem de travar o “falatório” para não antecipar o ritmo normal da realização do seu projecto. Recolhe-se, por isso, em oração, para verificar a sintonia com o querer de Deus-Pai. Deixa aquelas terras e vai para as povoações vizinhas. É preciso anunciar que o reino de Deus está em realização. Há que ser coerente e não parar nos primeiros passos.
“O encontro de Jesus com os doentes, apresentado nesta página do Evangelho… que fala de atividade… de cuidados (tratamentos) e de cura dos que sofrem, comenta Manicardi, é instrutivo para o discurso espiritual cristão sobre a doença e o sofrimento. Jesus não prega resignação, não pede para oferecerem o sofrimento a Deus… Jesus luta contra o mal, procura fazê-lo recuar e devolver a saúde à pessoa. Ele apresenta-se como «médico» Mc 2, 17)”.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

JESUS COMPADECIDO CURA O LEPROSO. APRECIA

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha

Um leproso vem ter com Jesus. Ousa transgredir regras muito rigorosas de higiene pública. Expõe-se e corre riscos de morte. O contágio era fácil e perigoso. A sociedade protegia-se. Além disso, a lepra como outras doenças, tinha conotação religiosa. Fazia a pessoa impura, com uma relação negativa com Deus, culpada por algo que tivesse feito, amaldiçoada. Devia ser evitada a todo o custo.
Que experiência dolorosa e humilhante! Apesar disso, expõe-se e transgride, avança no desejo de recuperar a dignidade perdida e a liberdade cerceada. Ousa o inacreditável e, cheio de coragem e confiança, aproxima-se, ajoelha e suplica: “Se quiseres, podes curar-me”. Que força interior move as suas energias e alenta a sua esperança. Que firmeza de convicções manifesta e transmite. Que expectativas alimenta nos passos que dá para realizar o seu sonho: Ser alguém com nome próprio, ir ao culto religioso na sinagoga, ser membro da sociedade e poder andar em público sem restrições.
O leproso é também um símbolo de grandes maiorias humanas que se arrastam na vida por carências sem conta: desnutrição por fome, migrações forçadas por guerras impostas e alterações climáticas, falta de água e de outros bens indispensáveis à saúde, conflitos e violências, perseguições étnicas e religiosas. Ou ainda nas sociedades de “bem-estar” o isolamento e a solidão, as desigualdades irritantes, o individualismo egoísta, a exclusão e marginalização das minorias, a “ditadura” das ideologias e, por vezes, da opinião publicada. Tudo isto, e muito mais, apesar dos avanços admiráveis em tantas áreas da nossa humanidade.
Marcos, o autor do relato (Mc 1, 40-45), adopta um estilo diferente do habitual na narrativa. Deixa em aberto a identidade do leproso. Não se sabe quem é, nem donde vem, nem o local do encontro. Para ele, o importante é a atitude de Jesus, a força sanadora que possui, a compaixão que sente e o gesto que faz. Para ele, o importante é que os discípulos saibam que a lacuna não é esquecimento, mas oportunidade, para cada um fazer o encontro pessoal com Jesus, nas situações mais sofridas da vida, sem medo prudente a “sujar as mãos”, nem a perigos de contágio.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Dia Mundial do Doente



A Igreja Católica celebra hoje o Dia Mundial do Doente. E fá-lo para nos lembrar que os doentes devem merecer de cada um de nós uma atenção especial, envolvida pelo sentido da caridade fraterna, da disponibilidade a toda a prova, do amor incondicional. Quem sofre não pode ficar esquecido pelos seus amigos e muito menos ignorado pelos serviços de saúde estatais ou outros, nem tão-pouco pelos familiares próximos ou mais afastados. Mas ainda pelos colegas de trabalho e vizinhos.
Só quem já passou por períodos de doença mais ou menos prolongados saberá reconhecer, em plenitude, o valor dos cuidados que lhe dispensaram, o carinho e a simpatia de quem o visitou. Eu próprio, que estive acamado mais de dois anos na minha juventude, por doença pulmonar que hoje se trata sem cama, posso testemunhar a alegria que sentia quando amigos me visitavam, como dificilmente esquecerei a indiferença com que outros me distinguiram. A vida tem destas coisas. Os primeiros permanecem no meu coração, como é óbvio.
Então, que o Dia Mundial do Doente sirva, ao menos, para nos lembrar que há, garantidamente, amigos nossos que sofrem e que esperam a ternura da nossa amizade.

Pode ler a Mensagem do Papa Francisco para este dia.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Hospital da Figueira da Foz: estátua que faz pensar


Junto ao Hospital da Figueira da Foz, na Gala, com mar à vista, pude apreciar hoje esta estátua, simples, que nos leva a pensar. Num estilo figurativo e, por isso, muito acessível, mostra a dor, o desânimo, o conformismo ou a dúvida marcada pela incerteza do futuro. Sem adornos, no meio da pedra branca, qual mar sereno, é um convite à reflexão. Votos de rápidas melhoras para os doentes que por ali passam. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pensionistas de baixos rendimentos vão deixar de ter medicamentos grátis




«Mais de um milhão de pensionistas de baixos rendimentos vão deixar de ter medicamentos grátis, um benefício que lhes foi atribuído há pouco mais de um ano. Também a comparticipação de alguns dos remédios que são dos mais usados em Portugal, como antiácidos e anti-inflamatórios, vai diminuir para quase metade (baixa de de 69 para 37 por cento), já a partir de segunda-feira. E muitos doentes crónicos passarão a pagar mais pelos medicamentos de que necessitam até ao fim da vida, a não ser que optem pelos fármacos mais baratos do mercado.»

In PÚBLICO

Sou testemunha ocular e auricular

Diversas vezes já, assisti nas farmácias à dificuldade que alguns idosos sentiram na hora de aviar a receita médica. «Este não posso levar porque é muito caro; vai para o mês que vem.» É triste ver e ouvir este drama de quem não pode levar os medicamentos que fazem falta, apesar de serem comparticipados. Vem agora a ministra Ana Jorge com duas notícias: uma boa, a descida do preço dos medicamentos; outra desagradável, o corte dos medicamentos grátis para os pensionistas de mais fracos recursos.
Esta medida vai ser, com certeza, dolorosa para os que já têm que suportar o peso dos anos com doenças. Alguns, os mais pobres, ficarão mesmo sem essa ajuda. Não seria possível evitar mais esta dor para quem tanto sofre?

FM