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domingo, 21 de janeiro de 2024

Domingo luminoso

Acordei tarde e logo fui envolvido por um Sol luminoso. Nem vento, nem chuva, nem inquietações de maior. Também já não era sem tempo, mas, para que me não arrependa do que estou a dizer, venho tão-só desejar a todos os meus habituais leitores que sorriam e se abram ao bem, ao bom e ao belo, sem esquecermos os que sofrem as agruras das guerras, incompreensíveis para a nossa era.
Bom domingo para todos.

FM  


domingo, 13 de junho de 2021

Uma flor bonita para começar o domingo


Uma natural quebra no ânimo rouba-me o apetite de partilhar emoções. Contudo, acredito que a ausência de palavras pode muito bem ser substituída por uma flor bonita. Bom domingo.

domingo, 13 de setembro de 2020

Hoje é domingo

 

Como diria o saudoso Raul Solnado, um artista como poucos a fazer graça sem baixezas, "hoje é domingo em todo o país" e para além dele, conforme o globo terrestre que rola sem darmos por isso. A semana de trabalho a sério começa/termina sempre com o domingo, para descanso, lazer e outros derivados a gosto de cada um. Conforme a idade, a estrutura mental, a educação, a necessidade física, mental e outras. Eu incluo-me nisto tudo. O domingo dá até para variar e hoje nem me apetece dormir a sesta para o aproveitar bem. Veremos se consigo. 
Para já, estou só com a Lita e no meu sótão reina um silêncio que dá conforto e paz de espírito. Suspendo por momentos a escrita para o ouvir melhor. Nem vento assobiando, nem passarada a chilrear, nem gatos a miar, nem cães a ladrar, nem galos a cantar, nem música! É meio-dia e nada. E é nesta calmaria que reflito sobre os discursos de que dei nota neste meu blogue do Papa Francisco e de António Guterres sobre a realidade da Mãe Natureza que tão vilipendiada tem sido pelos humanos, que somos nós, que nos dizemos sós, através dos milénios. Ganâncias desmedidas têm dado cabo do planeta Terra e da Humanidade em geral. Depois brotam calamidades de toda a ordem. Os arautos das verdades do bem e do belo são ridicularizados ou ignorados. Todos proclamamos a necessidade de cuidar da Natureza, mas todos, também, embarcamos nas marés do consumismo desenfreado. 
Apesar de tudo, bom domingo. 

Fernando Martins

domingo, 7 de abril de 2019

Obrigado, amigo sol!


Ontem, sábado, não faltaram notícias com garantias de chuva e vento forte. Aproximei-me da janela para ver o tempo carrancudo, mas num instante, o sol, a caminho do oceano, onde passa a noite, deu um ar da sua graça e furou a tempestade para me dar alguma tranquilidade. Obrigado, amigo sol, pela tua simpatia!

domingo, 30 de julho de 2017

Bento Domingues — Jesus não gostava de broa? (2)


1. Vivemos, hoje, um momento de extraordinárias possibilidades na Igreja Católica e o Papa Francisco é, a muitos títulos, uma bênção mundial.
Os participantes no G20, em Hamburgo, nos dias 7 e 8 de Julho, tinham um tema: “Dar forma a um mundo interligado.” Na sua mensagem, o Bispo de Roma lembrou quatro princípios de acção, recolhidos da sabedoria multissecular, para a construção de sociedades fraternas, justas e pacíficas: o tempo é superior ao espaço; a unidade prevalece sobre o conflito; a realidade é mais importante do que a ideia; o todo é superior às partes.
Já tinha assumido essa sabedoria no seu programa pastoral Evangelii gaudium, pois a Igreja não deve aprender apenas na escola da Bíblia e das suas tradições, mas na de todos os povos e culturas, do passado e do presente. Para poder ser “mãe e mestra”, tem de ser filha e aluna atenta a todos os mundos. Antes de falar é necessário ouvir, como indica o ritual do Baptismo.
Na sua mensagem aos mais ricos e poderosos, Bergoglio abordou cada um desses temas de forma extremamente rigorosa e concreta, mas sempre com um objectivo muito preciso: dar prioridade absoluta aos pobres, aos refugiados, aos sofredores, aos deslocados e aos excluídos, sem distinção de nação, raça, religião ou cultura e rejeitar os conflitos armados.
Possibilidades semelhantes tinham sido abertas pelo Papa João XXIII, ao convocar o concílio Vaticano II (1962-1965), uma espantosa Primavera traída por algo que ainda hoje é inquietante: o adiamento da reforma das mediações concretas e a sua substituição por remendos de pano velho e irrecuperável.
A decepção criou gerações de católicos decepcionados, “não praticantes”, periféricos e um catolicismo do abandono da Eucaristia, cuja gravidade está ainda longe de ser reconhecida. Pela longa cegueira e medo de se tocar na Cúria, foi impedida a reforma radical dos ministérios ordenados que continua a ser uma urgência adiada.
Foi-se pronto a impedir a ordenação das mulheres, invocando razões teológicas ininteligíveis. Para os homens casados, dizem que não há nenhum obstáculo teológico, mas o resultado é o mesmo. Como o actual modelo de acesso a esses serviços está falido, os dons ministeriais de serviço sacramental da Igreja não têm quem os possa receber.
Em várias dioceses, o clero das Congregações religiosas vai procurando tapar o sol com a peneira, traindo a sua vocação específica. Certas Congregações femininas, multiplicando retiros e cursos de formação, ao rejeitarem as transformações das suas estruturas, estão em progressiva e inútil agonia.

2. A Igreja Católica não pode prescindir das mediações sacramentais e litúrgicas. Fazem parte das celebrações existenciais da Fé. O modo como celebra não é indiferente. Celebrar mal é pior do que não celebrar: fomenta alergias inúteis. O domingo, na linguagem cristã, não pertence ao “fim de semana”, mas à grande festa do seu primeiro dia. Nasceu como possibilidade, muito bela, de rejuvenescer e transformar a vida, resistindo às tendências negativistas e niilistas.
A religião ética é uma forma de resistência à alienação e ao pessimismo. É um protesto para abrir caminhos na floresta dos enganos. Por isso, a experiência da finitude é caminho de abertura à transcendência, que se exprime, sobretudo, na linguagem simbólica de gestos e palavras.

3. Tomás de Aquino, na primeira fase do seu ensino, estava marcado por uma concepção dos Sacramentos como causas da graça. Na Suma Teológica abandonou essa perspectiva e situou os Sacramentos no mundo da simbologia. São essencialmente signos, sensíveis, terrestres da graça actuante de Cristo. É uma mudança radical que ainda hoje está longe de ser assumida em todas as consequências. O primeiro cuidado com a sua celebração não é a fidelidade às rúbricas de um ritual, mas a realização de uma festa significativa da Fé pelo envolvimento de todos os participantes, mulheres e homens, grandes e pequenos.
É tríplice a sua significação: remetem para todo o percurso de Jesus Cristo até ao dom do Espírito Santo à Igreja, mas não são uma romagem de saudade, não fixam a comunidade naquele tempo. Cristo ressuscitado não pode ser amputado da sua vida terrestre, mas é celebrado como presença actual e transformante da comunidade, abrindo-lhe um futuro de esperança.
Seria engano ver nesta estrutura simbólica — causam o que significam — apenas actos de Cristo, como um automatismo ritual. Não se pode esquecer a correlação íntima entre essa actuação e as experiências de vida da assembleia celebrante. Estas são essenciais ao acontecimento sacramental e precisam de ter expressão pública.
Dizer que foi Cristo que instituiu os sacramentos e, especialmente, a Eucaristia, não se pode pensar como se ainda estivéssemos no mundo cultural da época de Jesus. Pensar dessa maneira é amputar o cristianismo da sua significação universal e da sua capacidade de inculturação em todos os povos e culturas. Quem, no seu perfeito juízo, pode hoje supor que na chamada celebração da última Ceia, Jesus tenha dito: fazei isto em memória de mim, mas só com pão de trigo, ázimo e a bebida só pode ser vinho?
Dir-se-á que hoje os comerciantes do trigo podem assegurar esse cereal em qualquer parte do mundo. Não tenho dúvidas. Todos sabemos das imposições culinárias da grande indústria. Não me parece que seja essa a missão da Igreja.
A simbólica da Eucaristia é a mesa partilhada, por isso, quando se convida alguém para jantar não se lhe pode dizer: vem, mas não comas.
Uma das grandes tarefas das Igrejas locais consiste em exprimir a identidade da Fé cristã nas linguagens das suas culturas.
Sarah, com as suas exigências culinárias, mesmo com risco para a saúde, anulou a simbólica essencial da Eucaristia, como mesa cristã de todos os povos. A base dos Sacramentos é terrestre, é sensível, mas é a sua tríplice significação do mistério cristão que mais conta. O cardeal atirou fora a simbologia e ficou, apenas, com as coisas, retirou-se da sacramentalidade.
Não sei se Jesus gostava ou não de broa. Talvez até nem soubesse que existia. Mas imaginar que ficaria atrapalhado, nos lugares em que o trigo não é o principal alimento, em celebrar com broa ou com arroz é duvidar do poder de Cristo.

Sou levemente alérgico a estas crónicas durante o mês de Agosto. Até Setembro

Frei Bento Domingues, no PÚBLICO 

domingo, 9 de novembro de 2014

UM DIA DE CHUVA


 Com Miles Davis em fundo

Hoje, domingo, 9 de novembro, desejo sentir-me com a tranquilidade necessária para refletir. Sem movimento cá por casa, que todos os filhos e netos têm as suas ocupações, será bom partilhar com a Lita sonhos ainda por realizar, sonhos esses que alimentam os nossos quotidianos.
Desde muito jovem que me dei bem com a chuva, menos quando ela é torrencial. Chuva que cai de mansinho, sem vento que a empurre, que bate nas vidraças levemente, é lenitivo para momentos de recordações agradáveis que ao longo da vida experimentei. O menos agradável fica lá fora.
Também gosto de ler embalado por essa chuva. Ler o que me faz pensar e sonhar. Ler o que me leva a viajar. Ler o que me educa. Ler o que me diverte. Ler o que me informa e forma. Ler o que me abre novas portas a mundos desconhecidos. Ler o que me serena o espírito. Ler o que desperta para novos horizontes. Ler o que me acorda para caminhos de esperança. Ler o que me mostra a ternura de Deus.
Um domingo assim será um domingo abençoado.

Fernando Martins



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domingo, 18 de setembro de 2011

Uma Reflexão para este Domingo



PATRÃO BONDOSO, 
TRABALHADORES CIUMENTOS

Georgino Rocha


Pedro continua com as suas dúvidas interiores. E quer dissipá-las. Tinha aderido ao grupo do Mestre sem condições. Havia assinado um contrato em branco. Depois de tudo o que viu e ouviu, acha que chegou a hora de o preencher: E desabafa: Deixámos tudo, qual vai ser a nossa recompensa? Que nos espera no futuro? Com que podemos contar?
Jesus, que conhece bem os corações, dá-lhe uma resposta clarificadora. Aproveita a oportunidade do encontro com os discípulos e lança mão de um costume usual no campo que serve de base à sua parábola: a dos trabalhadores da vinha contratados pelo proprietário.
Este dono da vinha sai de madrugada, às nove da manhã, ao meio-dia, às três da tarde e, ainda, às cinco (uma hora antes de terminar a jornada laboral). Que o levaria a tantas saídas? Que segredo animaria a sua decisão? Que procurava com tanta urgência e preocupação?