Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XXV do Tempo Comum
Ser o primeiro em reconhecer a grandeza da simplicidade e a riqueza do amor de doação. Ser o primeiro na alegria de viver e na firmeza da fé da esperança. Ser o primeiro na partilha de bens e no testemunho da felicidade.
Aspirar a ser o primeiro faz parte da natureza humana e cultiva-se durante a vida. Os discípulos de Jesus conversam animadamente sobre este assunto, nos caminhos da Galileia. A conversa chega à discussão e revela quão importante era segundo os padrões da época: Hierarquias bem definidas na sociedade, nas sinagogas, nas festas e banquetes. Transparece claramente que o seu projecto de vida é alcançar a glória e o poder “num reino que só existia na sua cabeça”.
O episódio ocorre numa circunstância especial. Jesus tinha-lhes dito, mais uma vez, que o percurso que ia seguir, para realizar a sua missão, não era o da ostentação gloriosa, mas o da cruz, da morte indigna, da ressurreição feliz. Esta declaração confunde-os. Não era assim que sonhavam o trajecto do Messias para a vitória. Mc 9, 30-37