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quinta-feira, 1 de abril de 2021

A pobreza e a educação

Não podemos perder 
o progresso dos últimos 15 anos

Não podemos deixar que a pandemia nos leve o progresso dos últimos anos na redução da pobreza, nem na melhoria das qualificações em Portugal, que são o passaporte para sair da pobreza. Os adultos podem manifestar-se e lutar pelos seus direitos; mas as crianças, especialmente as mais pequenas, não.

A taxa de risco de pobreza após transferências sociais em Portugal era, em 2019, de 17,2%, acima dos 16,5% da UE27. Isto significa que 1.768.160 pessoas em Portugal viviam com menos de 6014€ por ano, o que equivale a 501€ por mês, ou 16,5€ por dia. É com estes números que a Mariana Esteves, a Susana Peralta e eu abrimos a primeira edição do relatório “Portugal, Balanço Social”​, que resulta de uma parceria da Nova SBE com a Fundação La Caixa.

Mesmo que a um ritmo lento, a taxa de risco de pobreza tem vindo a diminuir em Portugal. Segundo dados do Eurostat, em 2004 havia 2,1 milhões de pobres em Portugal (20,4%). Isto significa que, em 15 anos, saíram da pobreza cerca de 300 mil pessoas. A pobreza pode ser episódica ou mais duradoura e, em regra, é o resultado da confluência de vários fatores. Além da composição do agregado familiar e algumas características sociodemográficas (como o género, a idade, a nacionalidade ou a área de residência), um dos fatores mais importantes é a relação com o mercado de trabalho.

Bruno P.  Carvalho

Ler mais no PÚBLICO 

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Educação para a ecologia

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias


«E quem pensa nas gerações futuras?
Impõe-se pensar e agir. É da sobrevivência da Humanidade que se trata. Como escreveu o Papa Francisco, "a educação será ineficaz e os seus esforços estéreis, se não procurar também aprofundar um novo paradigma sobre o ser humano, a vida, a sociedade e a relação com a natureza".»

O étimo das palavras pode abrir-nos portas aparentemente difíceis de abrir. Neste caso da ecologia, temos oikos, palavra grega para casa, e logos, razão, tratado: o tratado da casa, da casa de cada um, de cada família, de cada país, da casa comum da Humanidade. A ecologia está inevitavelmente ligada à economia, e lá está de novo oikos, casa e nomos, lei, governo: cada um deve governar a sua casa, as famílias também, os países têm um governo que deve governar, e hoje, sendo todos interdependentes mais do que nunca, por causa da globalização, precisamos de uma governança global para a casa de todos, a casa comum da Humanidade. Em conexão com ecologia e economia está a ética, que tem um duplo étimo: ethos, que, segundo se escreva, em grego, com épsilon ou eta, significa, respectivamente, uso, costumes, e habitação. Assim, ligando as três palavras, a questão é esta: que comportamento ter para podermos todos habitar bem na casa comum da Humanidade?

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Em defesa das liberdades de educação

Os pais e encarregados de educação 
devem agir em conformidade com 
o que consideram melhor 
para as crianças e jovens



— Considerando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece expressamente que «Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos» (art. 26.º);

— Considerando que o Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais especifica que «Os Estados […] comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais» […] e a «assegurar a educação religiosa e moral dos seus filhos em conformidade com as suas próprias convicções» (art. 13.º);

— Considerando que, no Protocolo Adicional n.º 1 à Convenção de Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, os membros do Conselho da Europa convieram em que «O Estado, no exercício das suas funções, que tem de assumir no campo da educação e do ensino, respeitará o direito dos pais a assegurarem aquela educação e ensino consoante as suas convicções religiosas e filosóficas (art. 2.º);

— Considerando que a Convenção Internacional sobre os direitos da criança estabelece que «a criança tem o direito de conhecer os seus pais e de ser educada por eles» (art. 7.º);

domingo, 16 de setembro de 2018

Acolhimento aos professores na área concelhia

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Durante o  intervalo, jovens atentos num momento musical 

Li no Diário de Aveiro que a Câmara Municipal de Castelo do Paiva organizou uma receção aos professores que vão lecionar no ano letivo em curso, com o objetivo de os integrar na realidade daquele município do Distrito de Aveiro. 
Com a mobilidade constante de professores, por força do sistema de colocações em vigor no nosso país, é compreensível a importância desta iniciativa, tanto mais que, como é sabido, há professores oriundos de diversas regiões de Portugal completamente alheios às caraterísticas sociais das escolas onde terão de educar e ensinar crianças e jovens de estratos familiares variados e, porventura, problemáticos. 
Confesso que não sei o que se passa a nível geral do ensino em Portugal, mas admito que em alguns agrupamentos escolares já esse acolhimento é feito, no sentido da tal integração. Se assim for, ainda bem. 
Bom ano escolar para todos os professores que este ano foram colocados no Concelho de Ílhavo. Mas desde já aqui fica o meu apelo para que procurem, por todos os meios, conhecer a nossa realidade, que não é homogénea em toda a área do município de Ílhavo.

Fernando Martins

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Novos cardeais para um novo papa

Anselmo Borges

«Impõe-se uma educação em todos os domínios para a autonomia e a responsabilidade, pois frequentemente o que se deu foi a infantilização das pessoas»


Francisco sabe que não é eterno e precisa de preparar a sucessão de tal modo que não haja volta atrás nas reformas que iniciou, pelo contrário, que continuem e se aprofundem, para que o Evangelho seja o que é e deve ser, por palavras e obras: notícia boa e felicitante para todos.
Tudo indica que este é o intuito da criação de novos cardeais no próximo dia 29. Então, os cardeais eleitores passarão a ser 125, dos quais 59 criados por Francisco, 46 por Bento XVI e 18 por João Paulo II. Como observa Jesús Bastante, os cardeais "franciscanos" serão quase metade dos participantes num futuro conclave, mas, dentro de um ano, uma vez que mais dez deixarão de ser eleitores, por causa da idade, a maioria será absoluta. Por outro lado, o Colégio Cardinalício é cada vez mais universal.
Entre os novos cardeais, está o amigo e antigo colega de Universidade, António Marto, bispo de Leiria-Fátima, claramente "franciscano" e favorável à reforma da Igreja: "A reforma é necessária e é para levar para a frente", diz. Uma profunda e gigantesca reforma, digo eu. Em duas vertentes, que se interpenetram: a da conversão pessoal e a institucional.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

EDUCAÇÃO — ARMA PODEROSA



"A educação é a arma mais poderosa 
que pode ser usada para mudar o mundo."

Nelson Mandela (1918 - 2013)

Nota: Gosto muito deste pensamento de um homem bom e sábio. E no meio de tanta barafunda com provocações de toda a ordem, no meio de tanta generosidade que salva o mundo, ouso pensar que todos devíamos lutar por uma educação forte e sadia, no dia a dia, na certeza de que a sociedade seria bem diferente.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O homem sem educação

«O homem sem educação, por mais alto que o coloquem, 
fica sempre um subalterno»

Ramalho Ortigão (1836-1915), escritor português

quinta-feira, 12 de março de 2015

Formação Contínua

Crónica de Maria Donzília Almeida


Na hora da poda
Constitui uma mais valia no desempenho profissional e uma ferramenta de rentabilização dos recursos humanos num qualquer setor de atividade, quer no primário, no secundário ou no terciário.
No âmbito da minha atividade, visa a melhoria da qualidade do ensino e constitui uma exigência da tutela da educação. A valorização profissional dos docentes é, através de um investimento na formação contínua, uma das medidas que se consideram prioritárias. A gestão do ensino e o sucesso educativo constituem o núcleo central da atividade docente. Pretende um melhor desempenho dos professores, com vista a prepará-los para os desafios que a constante evolução social e tecnológica nos apresenta. 
Sem prejuízo de outras alternativas adotam-se como modalidades de formação os cursos, as oficinas (workshops), os círculos de estudos e passam a reconhecer-se modalidades de formação de curta duração. A formação com recurso a metodologias de ensino à distância e ao estabelecimento de redes através de plataformas eletrónicas são considerados eixos a privilegiar nas diferentes modalidades de formação. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Banco Alimentar apela à solidariedade


30 de Novembro e 1 de Dezembro 
Bancos Alimentares  recolhem alimentos


«Os Bancos Alimentares Contra a Fome vão realizar uma campanha de recolha de alimentos nos supermercados das zonas onde desenvolvem atividade no próximo fim-de-semana, 30 de Novembro e 1 de Dezembro, com a qual querem mobilizar toda a sociedade para ajudar quem mais precisa.»

Ler mais aqui 

NOTA: Sabe-se que a generosidade dos portugueses não tem limites. Por mais dificuldades que estejam (estamos) a viver, conseguem ainda repartir o pouco que têm com quem mais precisa. E desta vez, como das outras, os homens e mulheres de boa vontade não faltarão à chamada, porque, por mais incrível que pareça, no século XXI, no nosso país e pelo mundo fora, há multidões a passar fome. 
Para além da nossa contribuição, contudo, penso que teremos de apostar na educação, levando os mais jovens a poupar e a não estragar comida.
Um dia destes, no Fórum, onde esperava a minha mulher, a Lita, não pude deixar de ver uma cena que me chocou. Uns jovens foram abastecer-se na área da restauração. Cada um com o seu tabuleiro, todos se sentaram  para degustar o que traziam. Nenhum comeu por completo o que tinha adquirido. Depois de petiscarem umas coisitas, deixaram os pratos bem abastecidos. Levantaram-se e saíram. A empregada da limpeza vem entretanto e atira para o saco do lixo as sobras. Era a sua obrigação.
Não sei se é gente rica ou pobre. O que sei é que não há noção do valor da comida, da importância de poupar. Muito menos saberão, penso eu, que há tanta fome por aí.

FM 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Nature versus Nurture

Problema crescente da indisciplina


Hoje em dia, em que a escola portuguesa se debate com o problema crescente da indisciplina, com a dificuldade em controlar o comportamento dos alunos, vem, novamente à ribalta, o debate “Nature Versus Nurture”
O que será mais marcante no desenvolvimento infantil? A genética ou a experiência?
O debate sobre este tema é dos mais antigos da psicologia. A questão está centrada na contribuição relativa da herança genética e dos fatores ambientais, no desenvolvimento humano.
Os filósofos Platão e Descartes sugerem que certas coisas são inatas na pessoa, ou então ocorrem fortuitamente, apesar da influência ambiental. As opiniões dividem-se entre os “nativistas” que defendem que as características e o comportamento individual são herdados e os empiristas como John Locke que acreditavam que o conhecimento é impresso numa tábua rasa, isto é, numa mente completamente em branco. Para eles o conhecimento tem por base a experiência.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Escola Limpa tem outra Pinta


Na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos da Gafanha da Nazaré,  apreciei este painel cerâmico — no domingo, dia de eleições autárquicas  que é um convite dirigido a todos, pessoal docente, demais funcionários e alunos, no sentido de manter o edifício permanentemente asseado. Gostei de ver e percebi que há, como deve haver sempre, cuidados deste género, ou não fosse a escola um espaço privilegiado de formação, informação e educação.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mudam-se os tempos...





Este governo não pára de nos surpreender.
O ensino de Inglês nas atividades de enriquecimento curricular (AEC), do 1. º Ciclo do Ensino Básico, deixou de ser obrigatório.
No despacho nº 9265-B/2013, assinado em julho pelo ministro da Educação, Nuno Crato, não refere qualquer obrigatoriedade em relação a esta disciplina, ao contrário do que acontecia no despacho anterior (n.º 14 460/2008 (2.ª série) de 26 de Maio), em que era especificado que “os planos de atividades dos agrupamentos de escolas incluem obrigatoriamente para todo o 1.º ciclo, como atividades de enriquecimento curricular, as seguintes: Apoio ao estudo e Ensino do inglês.”
Agora, ao encurtar as Atividades de Enriquecimento Curricular (AECs) o ministro da Educação acabou com a obrigatoriedade do ensino de Inglês. Cabe às escolas decidir. Refere Nuno Crato que prefere as palavras autonomia e liberdade, à palavra obrigatório! 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O sonho comanda a vida

ARRANQUE DO ANO LETIVO

A rainha coroada 


“Nunca diga, a uma criança,
 que os seus sonhos são tolice. 
Poucas coisas no mundo são tão humilhantes…”

Willian Shakespeare


Neste dia de início de aulas, com tantos olhinhos a perscrutarem o íntimo da teacher, ocorre-me à memória, uma pequena história que sintetiza o papel daqueles que hoje se preparam para iniciar a maratona do ano.
“Conta-se que duas crianças, de tenra idade, patinavam, num lago, que havia congelado.
Era uma tarde nublada, fria, e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo quebrou-se e uma das crianças caiu na água.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Professores



Tempo de desassossego...

«Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados,... grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.»

Paulo Freire


Nos tempos conturbados, em que vivemos, a palavra professor anda nas bocas do mundo, como já há muito tempo não acontecia, neste país de supostos brandos costumes. A classe agita-se, movimenta-se, estrebucha cansada de despotismo e de ser recalcada e ignorada.
Todos sabem ou deveriam saber, pois de um modo ou outro, já conviveram de perto com algum representante da classe, que os professores são um pilar da sociedade, os obreiros dos cidadãos do futuro, dos seus valores da sua formação.
O orçamento destinado à educação, cada vez mais reduzido, não é um gasto supérfluo, como alguns sugerem, mas o grande investimento, no futuro da nação. O nível de desenvolvimento de um país é o resultado direto do investimento feito no seu sistema educativo.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Educação dos filhos





A Liga das Famílias de Schoenstatt vai realizar um encontro de formação destinado a pais e educadores, subordinado ao tema “Educação dos Filhos”. O encontro terá lugar na Casa José Engling, junto ao Santuário de Schoenstatt, no próximo dia 15 de junho, com início marcado para as 15 horas.
Antes do debate, intervirá Margarida Avillez Ataíde, colaboradora do Secretariado das Comunicações Sociais e Bens Culturais da Igreja para a Agência Ecclesia e do Secretariado da Pastoral da Cultura.
Falar da educação dos filhos nos tempos de hoje é tarefa essencial, numa altura em que se questionam valores que enformam a nossa sociedade de matriz cristã. 
Sabendo todos nós que no presente os filhos estão cada vez mais inseridos em “tribos”, relegando, muitas vezes, as famílias para segundo plano, urge preparar os pais e demais educadores para enfrentarem esta realidade, sendo certo que são essas “tribos” que determinam a forma de ser pessoa e estar na vida, estabelecendo regras de comportamento, nomeadamente, de pensar, vestir, falar e agir.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os políticos que temos…

Como é possível que gente desta 
possa representar e governar o povo português? 

«Arménio Carlos foi o primeiro a mostrar até onde vão as liberdades linguísticas na política portuguesa, ao chamar “rei mago escurinho” ao representante do FMI na troika. Seguiu-se o socialista João Soares: “O etíope é mesmo escurinho.” A seguir veio Renato Sampaio, também do PS, que respondeu a críticas de Marques Mendes com a frase: “A mim, não é qualquer anão que me ofende." E houve ainda o caso de Mário Nogueira, líder da Fenprof, que no discurso que fez durante a última manifestação de professores falou em “bandidos”, “vigaristas”, “trafulhas”, “aldrabões” e “canalhas”. 
Na mesmíssima semana em que tudo isto foi dito, o ex-Presidente da República Jorge Sampaio mostrou mais uma vez a sua imensa sabedoria ao falar de um assunto totalmente diferente e afirmar que, sem mais investimento no sector da Educação, “nada mudará” em Portugal. Mesmo sem saber o que se estava a passar ao seu lado, estava cheio de razão.» 

Na revista SÁBADO de hoje

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A sociedade está mais empobrecida e sem alma



Um apelo que frequentemente fica sem resposta 
António Marcelino 

António Marcelino


«Faltam educadores que sintam e tomem consciência de que, pela sua ação diária, passa o futuro de muita gente e a construção ou não de uma sociedade humanizada e fraterna. Há muitos educadores que sabem o caminho, lutam por segui-lo e se doem por verem que o muito que fazem é destruído por outros colegas, e, também, pela família, pela rua, pela comunicação social, que não olha a meios para conseguir quem compre os seus produtos viciados.» 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Desvalorização das Humanidades é um erro

Desvalorização das Humanidades no ensino «é um erro»,
considera o diretor da Pastoral da Cultura da Igreja Católica



O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça, considera que «a desvalorização das Humanidades» no ensino escolar «é um problema muito grave e é um erro» que causa a «anemia» da sociedade.
Em entrevista publicada esta segunda-feira no "Diário de Notícias", o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa recorda os seus mestres.
«A educação tem de ser sempre global: não basta construir saber, é preciso buscar uma sabedoria. Além da transmissão de conhecimentos, há outro processo de aprendizagem que passa pelo contágio, pelo testemunho. A figura do mestre exerce sempre algum fascínio. São mestres de uma outra ciência, que é a vida.»

Que recordações guarda dos primeiros anos de escola?

É sempre inesquecível, a primeira escola, e a minha foi no Lobito, em Angola. Depois mudámo-nos para Baía Farta, perto de Benguela, e já fiz a quarta classe na Madeira. Portanto, a minha primária foi muito itinerante. Há sempre um impacto muito grande do professor e da descoberta da camaradagem com os colegas, mas recordo sobretudo os espaços. As escolas em Angola eram muito grandes e com imenso espaço à volta. São memórias impressivas, talvez ficcionadas, mas são essas as recordações que guardo.

Ler toda a entrevista aqui


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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Maria Montessori


Por Maria Donzília Almeida






"A tarefa do professor é preparar motivações
para atividades culturais,
num ambiente previamente organizado,
e depois abster-se de interferir"

Maria Montessori


Vem mesmo a talhe de foice este tema,
para quem vai, em breve, retomar a atividade letiva

Maria Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870, em Chiaravalle, no seio de uma família muito religiosa. Após os estudos elementares, ingressou na Faculdade de Medicina, vencendo a resistência de toda a família, pois considerava-se, em toda a Itália, que não era próprio das mulheres, exercer esta atividade. Maria Montessori impôs-se pelo seu gosto do estudo e era respeitada pelos mestres e condiscípulos. Todos louvavam a sua inteligência e a sua coragem; havia nela um desejo de ver claramente os problemas, uma ânsia de servir a humanidade, um poder de iniciativa que lhe proporcionaram uma carreira brilhante.
Em 1896, alcançou o diploma de doutoramento e era uma curiosidade a primeira médica italiana. Ela só pensava em preparar-se para entrar na vida profissional, munida de boas armas. Interessavam-lhe, sobretudo, as doenças do sistema nervoso e concorreu ao internato da clínica de psiquiatria. A pouco e pouco foi-se especializando: as crianças desequilibradas atraíram-lhe a atenção e a piedade, encontrava-as em grande número num hospital de doenças mentais, onde ia escolher os seus doentes. Confrangia-se a sua alma, ante aqueles seres que um destino cruel aniquilara e ante os quais a medicina se sentia impotente. Invadia-a uma imensa piedade e a cada passo lhe ocorriam as palavras de Jesus: “Deixai vir a mim as criancinhas!” Ela estava certa de que o reino de Deus não se poderia construir sem a ajuda da criança.