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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Fantoches, Robertos...

(Foto da exposição patente no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré)

Foi provavelmente em 1949 ou no ano seguinte do século passado que pela primeira vez assisti a um curto espetáculo de Fantoches ou Robertos. Já estudava em Aveiro. Aconteceu no Rossio, palco habitual à época da Feira de Março, mas o certame já teria terminado. Estava bom tempo e a malta andava por ali a usufruir uns "feriados". 
Aparece, entretanto, um homem com uma coisa esquisita às costas. Junto dele vinha um outro com uma máquina de filmar. Atrás deles seguiam uns miúdos da minha idade que davam a impressão de alguma familiaridade. Sabiam ao que iam, talvez por terem participado no espetáculo num outro recanto da cidade. 
O homem pousa a espécie de barraca sem teto, ficando dentro dela, e de repente surge no ar um fantoche a saudar-nos com um olá numa voz fina mas roufenha. E outro salta com um pau na mão desancando no primeiro. O homem da máquina de filmar começa a orientar o pessoal assistente, recomendando que não olhássemos para ele. Qual quê! Todos deitávamos uns olhares de esguelha para apreciar as filmagens... E ele insistia e nós lá fomos obedecendo. E o espetáculo continuou...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fantoches


Armando Ferraz, 
um artista popular

Armando Ferraz


A Gafanha da Nazaré pode orgulhar-se de ter entre os seus naturais um artista popular que, mesmo iletrado, se tornou famoso. Foi, decerto, um dos últimos fantocheiros, ao jeito daqueles que andavam de feira em feira a exibir a sua arte. Era ele Armando Ferraz, que morava no «canto dos zanagos», perto do “Zé da Branca”, onde convivia com amigos, saboreando um qualquer aperitivo ou digestivo.
Trabalhava na JAPA e distinguiu-se, entre nós, como artista um pouco de tudo. Foi ensaiador de ranchos e marchas, sendo exímio na preparação de encadeados ou entrançados. Mas a sua arte preferida, aquela que levou até ao fim da vida, foi a dos fantoches, também chamados robertos.
Calcorreou arredores da nossa terra, ensinou na Universidade de Aveiro, aos futuros professores e educadores, as suas habilidades na confeção do necessário para apresentar os fantoches, embrulhados em estórias que ele muito bem sabia urdir e exibir como poucos.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Fantoches no Centro Cultural


Robertos e Marionetas 
no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Depois de evocar as suas recordações de infância ligadas aos fantoches, que lhe deixaram «marcas» que perduram, Paulo Costa, vereador responsável pelo pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Ílhavo, afirmou que a autarquia ilhavense está a investir na área dos Robertos e Marionetas, no sentido de envolver «a malta mais nova», e não só. Paulo Costa abriu ontem a programação comemorativa do 3.º aniversário da renovação do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré (CCGN), que vai estender-se até 29 deste mês, com um conjunto significativo de ações ligadas ao Teatro de Robertos.

José Pina e Paulo Costa
O vereador da Cultura lembrou que «o teatro também é podermos criar personagens que nos estimulem», enquanto frisou que o mestre fantocheiro Armando Ferraz era da nossa terra, tendo o seu espólio enriquecido sobremaneira a mostra, que pode ser visitada por toda a gente, de terça a sábado, das 15 às 20 horas, no CCGN. Legendas em cada quadro esclarecem os visitantes, proporcionando um conjunto de conhecimentos deveras significativo.

Rui Sousa e Vanessa Magalhães