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sábado, 30 de janeiro de 2021

O sentido da vida. 3. Sofrimento e sentido

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

A nossa vida não tem sentido, quando não vale para ninguém. No entanto, suportamos e superamos sofrimentos e fracassos, se alguém nos reconhece

Há uma vivência radical que põe o pensamento em sobressalto. Cada um de nós sabe que não esteve sempre no mundo, isto é, que nem sempre existiu e que não existirá sempre. Houve um tempo em que ainda não existíamos, ainda não vivíamos, e haverá um tempo em que já não existiremos, já não viveremos cá, deixaremos de viver neste mundo. Nesta constatação, experienciamos que somos de nós, somos donos de nós - essa é a experiência da liberdade -, mas não nos pertencemos totalmente, não somos a nossa origem nem temos poder pleno sobre o nosso fim. Viemos ao mundo sem nós - ninguém nos perguntou se queríamos vir - e um dia a morte chega e leva-nos pura e simplesmente. Não nos colocámos a nós próprios na existência nem dispomos totalmente do nosso futuro, não somos o nosso fundamento. Aqui, perante a certeza de que nem sempre estive cá e de que não estarei cá para sempre, pois morrerei, ergue-se, enorme, irrecusável, a pergunta: donde vim?, para onde vou?, qual é o sentido da minha existência?, que valor tem a minha vida?
Esta pergunta formula-se em relação a todos os seres humanos, à vida em geral, a toda a realidade: porque é que há algo e não nada?, perguntaram Leibniz e Heidegger, entre outros, mas ela diz respeito concretamente a cada um, a cada uma, de modo existencial e tem carácter ao mesmo tempo teórico e prático, uma vez que implica a liberdade. Ela é a pergunta mais originária e fundamental, como bem viu Albert Camus: "Se a vida tem ou não tem sentido, essa é a questão metafísica". De facto, o ser humano não pode viver sem sentido. Aliás, a existência humana está baseada na convicção do sentido.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Ser Feliz: Dar Fruto a Cem por Um

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XV do Tempo Comum



Jesus sai de casa, em Cafarnaum, e vai sentar-se à beira mar, assim narra Mateus o início de um dia de trabalho. Aqui, ocupado com os seus sonhos da missão, vê-se rodeado de numerosas pessoas desejosas de o ouvirem. Ao vê-las, levanta-se, entra numa barca, afasta-se da margem e começa a falar em tom familiar, narrando a parábola do semeador que lança à terra a semente. Mt 13, 1-23
O Papa Francisco, no seu comentário intitulado “limpar o terreno do nosso coração” afirma: “A parábola diz respeito sobretudo a nós: com efeito ele fala mais do terreno que do semeador. Jesus faz, por assim dizer, uma «radiografia espiritual» do nosso coração, que é o terreno sobre o qual a semente da Palavra cai. O nosso coração, como um terreno, pode ser bom, e então a Palavra dá fruto – e muito -, mas pode também ser duro, impermeável. Isto acontece quando ouvimos a Palavra, mas ela escorrega, precisamente como numa estrada: não entra”. .
A narração da parábola de Mateus compara a Palavra de Deus a uma semente, cheia de vigor, que o agricultor lança à terra. Jesus tem perante si a multidão encantada com os seus ensinamentos e quer iniciar os discípulos na compreensão dos mistérios do Reino. Está na margem do Lago de Tiberíades, onde se encontram barcos arrumados após a faina da pesca.
Mateus – o autor do relato – escolhe este cenário para dar início à parábola do semeador, a primeira de sete. De permeio, aduz a razão de Jesus optar por lhes falar em parábolas: “Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo”.
As “coisas ocultas” referem-se ao Reino de Deus, presente de forma velada na humanidade e agora anunciado explícita e publicamente por Jesus. Reino que é presença benfazeja, garantia de situações mais humanizadas, gérmen de um plenitude desejada, realidade promissora sujeita às leis do tempo e condicionada pelas forças que se cruzam na natureza e na história. Reino que, sendo de Deus e tendo o seu dinamismo, é realizado por Jesus e prosseguido por aqueles que aceitam a sua palavra e se fazem seus discípulos (Igreja nascente). Reino que é “justiça, paz e alegria no Espírito Santo” Rm 14, 17.
“Felizes os vossos olhos porque vêem e os vossos ouvidos porque ouvem” declara Jesus, com selo de garantia sem prazo de limite de validade, aos discípulos desejosos de compreenderem o alcance do que estava a acontecer. Felizes os que têm o olhar puro e apurado, descobrem as sementes do reino, quais sinais da presença de Deus no mundo, e exultam com os esforços humanos por lhes dar rosto pessoal na convivência social e nas comunidades cristãs.
Felizes os que ouvem os gemidos de tantos milhões e as boas notícias de quem procura ajudá-los na sua libertação do jugo infernal da fome, da sede, da doença, da ignorância, da guerra. Felizes os voluntários de todas as causas humanitárias que testemunham confiadamente os valores da solidariedade fraterna, do compromisso libertador, da entrega generosa por amor de doação. Esta é a boa semente que produz a cem por um.
“O bem tende sempre a comunicar-se. Toda a experiência autêntica de verdade e de beleza procura – afirma o Papa Francisco - por si mesma, a sua expansão; e qualquer pessoa que viva uma libertação profunda adquire maior sensibilidade face às necessidades dos outros. E, uma vez comunicado, o bem radica-se e desenvolve-se” (A Alegria do Evangelho, nº 9).

Pe. Georgino Rocha

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Felicidade



"Ninguém é dono da sua felicidade, 
por isso, não entregue sua alegria, 
sua paz e a sua vida nas mãos de ninguém, 
absolutamente ninguém!" 

Aristóteles, 
filósofo grego (300 anos A.C.)

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Felicidade Humana



«Estou mais do que nunca influenciado
pela convicção de que a igualdade social
é a única base da felicidade humana»

 Nelson Mandela (1918-2013), estadista, Nobel da Paz

Li no PUBLICO de hoje

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Mandela - A felicidade humana


"Estou mais do que nunca influenciado pela convicção 
de que a igualdade social é a única base da felicidade humana"

Nelson Mandela (1918-2013), Nobel da Paz


NOTA: Li no PÚBLICO

domingo, 31 de março de 2019

Anselmo Borges: O que queremos? Ser felizes. Decálogo para a felicidade

Anselmo Borges

1. Agora, há dias de tudo e para tudo. Certamente o dia mais universal é o dia 20 de Março, porque nele se celebra o Dia Mundial da Felicidade. Sim. O que é que verdadeiramente queremos? Não há dúvida sobre isso. Queremos todos ser felizes. O Papa Francisco acaba também de o reconhecer e dizer: “A busca da felicidade é algo comum em todas as pessoas, de todos os tempos e idades”, pois foi Deus que colocou “no coração de todo o homem e mulher um desejo irreprimível da felicidade, da plenitude”. “Os nossos corações estão inquietos e em contínua busca de um bem-estar que possa saciar a nossa sede de infinito”, desejo dAquele que nos criou e que é, Ele mesmo, o amor, a alegria, a paz, a verdade e a beleza. 

2. Precisamente por ocasião desse dia a celebrar a felicidade, Vatican News propôs, a partir de textos e declarações de Francisco, uma espécie de decálogo para a alegria e a felicidade. 

Ficam aí, em síntese, dez pontos sobre o tema, esse Decálogo. 

2. 1. O início da alegria é começar a pensar nos outros 

O caminho da felicidade começa pela necessidade de passar do egoísmo ao pensar nos outros. “Quando a vida interior se encerra nos próprios interesses”, sem “espaço para os outros”, não se goza da “doce alegria” do amor. Não se pode ser “feliz sozinho”. É necessário redescobrir a generosidade, porque, como disse São Paulo aos Coríntios, “Deus ama quem dá com alegria”. Jesus também disse: “Dá mais alegria dar do que receber”. “Se conseguir ajudar uma só pessoa que seja a viver melhor, isso já é suficiente para justificar o dom da minha vida”. 

2. 2. Afastar a melancolia 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Georgino Rocha — Sereis felizes por minha causa




«Felizes os que cultivam a mansidão e a humildade, sobretudo em situações de irritabilidade e violência, e optam pela intervenção directa não violenta, mas persuasiva e paciente. Em todas as situações, sobretudo na família e na escola, no ambiente de trabalho e de lazer. Sem esquecer o desporto e as suas claques. Mansidão que nos faz mais sensíveis à relação com as pessoas e a natureza, à contemplação do belo e da harmonia do universo, do sol poente e do abraço amigo.»


A liturgia da festa de todos os Santos faz-nos ver uma multidão imensa, que “ninguém pode contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas”. Identifica-os como os “melhores filhos da Igreja”. E garante que são para nós exemplo a imitar e apoio para a nossa debilidade. Eles alcançaram a meta e nos estamos a caminho, unidos pela paixão que dá sentido à nossa vida: Mostrar por acções que a novidade do Evangelho de Jesus humaniza as relações humanas e robustece os esforços de quem colabora na construção de uma sociedade de todos/as, em que a dignidade se espelha na liberdade responsável de cada um/a.

O caminho a percorrer é claramente indicado por Jesus aos discípulos e à multidão que o acompanha. Quer dizer é caminho para todos. Mateus apresenta-o no início do “manifesto” programático do Reino (Mt 5, 1-12) no cimo da montanha, estando Jesus sentado, como mestre, à semelhança de Moisés. E realça a fluência do discurso que, em sequência progressiva, proclama as vias concretas da felicidade. Vias relacionadas com as situações de vida presente, embora abertas ao futuro definitivo de Deus. E destaca a admiração dos ouvintes perante a clareza e a autoridade do ensinamento apresentado. Reacção que brota certamente do contraste com o que outros mestres faziam e se divulgava como modo normal de ser feliz. Reacção que, certamente, se verifica entre nós que queremos levar a sério as bem-aventuranças da felicidade. Vamos salientar o contraste possível que se encontra na leitura do Evangelho de hoje.

Felizes os que vivem em espírito de pobreza e sobriedade, relativizando a riqueza material e apreciando os valores de realização integral de todas as pessoas, valores que “não se compram, nem se vendem, não se pesam nem medem”. Valores que brotam de um coração educado e bondoso, que desenvolve as suas capacidades e as coloca ao serviço dos outros, necessitados de ajuda e atenção. É a felicidade que resplandece no estilo de vida e nas atitudes de Jesus como ele irá testemunhar no exercício da missão pública.

Felizes os que cultivam a mansidão e a humildade, sobretudo em situações de irritabilidade e violência, e optam pela intervenção directa não violenta, mas persuasiva e paciente. Em todas as situações, sobretudo na família e na escola, no ambiente de trabalho e de lazer. Sem esquecer o desporto e as suas claques. Mansidão que nos faz mais sensíveis à relação com as pessoas e a natureza, à contemplação do belo e da harmonia do universo, do sol poente e do abraço amigo.

Felizes os que têm lágrimas de solidariedade, de compaixão e proximidade para com os que sofrem, vítimas de maus tratos e de carências sem fim, sobretudo de amor compreensivo e libertador; lágrimas de revolta pacífica que gera as mais ousadas atitudes e despertam a letargia dos insensíveis e dos indiferentes, especialmente dos responsáveis por minorar os males verificados. A alegria do coração brota do compromisso com os débeis e ostracizados, como fica claro no exemplo de Madre Teresa de Calcutá.

Felizes os que escolhem percorrer os caminhos de justiça porque sentem o coração necessitado de mais e melhor que vem de Deus e quer ser repartido em medidas humanas. “Há uma íntima felicidade quando sentimos fome de Deus, fome de paz, fome de justiça, pois neste desejo se vislumbra a felicidade que, por vezes, vemos no sorriso de uma criança que tudo espera da sua mãe; ou de um idoso e de um doente que dependem de quem os cuida e aguardam um sorriso ou uma carícia”. J. Rubio Fernandez, Homilética, 2017/5, p. 628.

Felizes os que são misericordiosos, dão e recebem ajuda que humaniza, vence a dureza e a frieza do coração, abate muros e ergue pontes de comunhão, corre riscos de se deixar contagiar pela bondade que irradia de tantos rostos, às vezes, cheios de rugas de amargura e esquecimento. Deixar-se ajudar quando é necessário é experimentar a felicidade de ser frágil e estar dependente e proporcionar a outras pessoas a oportunidade de serem misericordiosos. Como os avós em relação aos familiares, os idosos em relação às gerações novas.

Felizes os que cuidam do coração e educam os desejos, apreciam a limpeza interior e a transparência, não pactuam com as intenções escondidas e malévola, abominam a mentira e o calculismo interesseiro, a cegueira que não olha a meios para alcançar os fins. O coração feliz tem outro bater e segue outro ritmo: o da simplicidade e da singeleza, da pureza no sentir e no ver, que são reflexo em nós do olhar de Deus.

Felizes os que promovem a paz assente no respeito pela justiça, que se pôem a caminho para dar e receber o perdão e promover a reconciliação, dos que estão prontos a sanar as feridas provocadas e ainda não cicatrizadas, as ofensas não reparadas. A felicidade dos violentos é efémera. A paz da consciência, fruto da compreensão recta das relações humanas à luz dos critérios do Evangelho, tem garantias duradoiras: “Serão chamados filhos de Deus”, afirma Jesus.

Felizes os que tém a coragem de ser coerentes com as consequências do bem feito e da justiça praticada, aceitando o sofrimento que lhes é imposto, e a perseguição que lhes é movida. O reino dos Céus brilha na sua atitude paciente e silenciosa que aguarda a vez e a voz de Deus a dar-lhes razão. Então será descoberta a verdade que certamente confundirá os intriguistas violentos.

Jesus conclui o seu ensinamento com uma certeza reconfortante: “Felizes sereis, quando por minha causa…disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa”. Como Ele, os que perdedores deste mundo são os verdadeiros vencedores. As bem-aventuranças são preciosos marcos do nosso caminhar. A festa de todos os Santos dá-nos a garantia de que é possível vivê-las agora. A celebração dos Fiéis Defuntos mostra-nos claramente que há um prazo para o fazer. Depois, será tarde. Sejamos coerentes com a mensagem que nos chega.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Escolher a felicidade

«Nem paz nem felicidade se recebem dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como no nascer e no morrer; como de um modo geral no viver, em que a única companhia possível é a daquele Deus a um tempo imanente e transcendente e a dos que neles estão, a de seus santos.»

Agostinho da Silva


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Viver feliz em comunidade

Júlio Pedrosa, professor catedrático 
e antigo Reitor da Universidade de Aveiro:

Viver feliz em comunidade 
— Questões que vou formulando 
sobre a ideia de ser feliz

Júlio Pedrosa 
«O que é a felicidade? O que é viver feliz? E onde, como e para quê? “A felicidade, a criação de condições para se ser feliz é uma questão pessoal, individual, social, das comunidades e política”. As perguntas e as respostas são de Júlio Pedrosa, professor catedrático e antigo Reitor da UA. Porque simplesmente hoje, como qualquer outro dia, é o dia ideal para se desejar que todos sejamos felizes.»

Ler tudo, porque vale a pena, aqui

sábado, 8 de novembro de 2014

SER FELIZ

Crónica de Maria Donzília Almeida


“Being happy” – Ser feliz

Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Quando os tem, ali ... na ponta do nariz!

Mário Quintana
                                


É o título de um livro que me saltou à vista, quando deambulava por uma zona comercial, na capital londrina. Despertou a minha curiosidade, tanto pelo significado, como pela informação adicional de que se tratava de um bestseller.
Esta cena ocorreu nos idos tempos de finais do século passado, 1995 e influenciou, profundamente, a minha mundividência, a partir de então.
É um tema muito pertinente, já que é um desiderato de todos sem exceção e também, simultaneamente uma frustração para tantos que a perseguem e nunca a alcançam. Mas.....será que há fórmulas para se atingir na vida aquele estado de supremo bem estar a que se apelida de felicidade?

sábado, 23 de agosto de 2014

RECEITA PARA SE SER FELIZ

Crónica de Anselmo Borges no DN

O que é que verdadeiramente queremos? Não há dúvida: ser felizes. Quanto a saber em que consiste a felicidade já não haverá unanimidade. Aristóteles escreveu: "Todos estão praticamente de acordo quanto ao bem supremo: é a felicidade. Mas quanto à natureza da felicidade já não nos entendemos." Julgo, porém, poder dizer-se que ela tem a ver com uma vida boa, realizada, de tal modo que daí resulta o contentamento da vida e com a vida.
E, claro, sempre se foram apresentando conselhos, receitas para alcançá-la. Agora, foi o Papa Francisco, em entrevista ao diário Clarín, de Buenos Aires. O jornalista Pablo Calvo: "Queria perguntar-lhe a si que, para lá de Papa, é químico: qual é a fórmula da felicidade?"

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

quinta-feira, 31 de julho de 2014

FELIZES

«O mais feliz dos felizes é aquele que faz os outros felizes.»


Alexandre Dumas, 

1802 - 1870

sábado, 5 de abril de 2014

O DINHEIRO FAZ A FELICIDADE?

Crónica de Anselmo Borges 

Lá está Epicuro: "É preciso meditar sobre o que traz a felicidade, pois, se ela estiver presente, temos tudo, mas, se estiver ausente, fazemos tudo para obtê-la." E é o que faz F. Lenoir, num belo livro recente, exigente e acessível, Du bonheur. Un voyage philosophique: como alcançar a felicidade, ser feliz. E não podia faltar um capítulo sobre o dinheiro: ele traz a felicidade?

J. Renard atirou: "Se o dinheiro não faz a felicidade, dê-o." Mas quantos estão dispostos a isso? No entanto, num artigo célebre de 1974, o economista americano R. Easterlin mostrou que no seu país, embora o rendimento bruto por habitante tenha dado o salto extraordinário de 60%, entre 1945 e 1970, a proporção de pessoas a considerar-se "muito felizes" não tinha variado: 40%. Não se confirma a fórmula mágica do capitalismo liberal: crescimento do PIB = aumento da felicidade. Aliás, as estatísticas do Insee diziam o mesmo em relação à França: embora entre 1975 e 2000 se observe um crescimento global do PIB superior a 60%, a proporção das pessoas "satisfeitas ou muito satisfeitas" permaneceu à volta de 75%. Mas há mais. Na Inglaterra, por exemplo, enquanto a riqueza nacional quase triplicou em meio século, as pessoas que se declaram "muito felizes" passaram de 52% em 1957 para 36% em 2005. E quando se compara o índice de satisfação em países com níveis de vida incomparáveis? Ao contrário do que se poderia esperar, a taxa de satisfação é praticamente a mesma nos Estados Unidos ou na Suécia e no México ou Gana, embora o rendimento por habitante nestes países divirja numa escala de um a dez.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

FELIZES OS PUROS DE CORAÇÃO

Uma reflexão de Georgino Rocha 
para esta semana


Jesus sonha um homem novo, feliz, e faz a sua proposta de vida no ensinamento das bem-aventuranças. O local escolhido é a montanha que evoca o sítio em que Deus selou a aliança com o seu povo e lhe deu um código de comportamentos – os mandamentos. No Sinai, Moisés recebe a Lei. Neste monte, Jesus confirma o valor das promessas feitas por Deus e abre-lhe horizontes mais rasgados. 

O Reino – expressão usada para designar esta realidade – está já em realização e o coração prepara-se para o acolher e manifestar. Jesus vem não anular, mas potenciar; não denegrir, mas fazer brilhar; não aprovar os sinais exteriores, mas valorizar as atitudes interiores; não adiar a satisfação das aspirações, mas garantir que, desde já, a felicidade é possível se os ouvintes/discípulos viverem a sua proposta em todas as dimensões.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ricos pouco solidários

Maria João Lopes escreve no PÚBLICO: «Quanto mais instruídos e ricos, menos solidários são os portugueses.» O «estudo da Universidade Católica Portuguesa e do Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano vai ser apresentado na quinta-feira e mostra ainda que pessoas que recebem mais de 4 mil euros por mês são tão infelizes como quem recebe menos de 500.» 

Ler mais aqui


domingo, 29 de dezembro de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

Primavera, Poesia, Felicidade


Hoje, em que simultaneamente, se assinalam três efemérides de grande significado, a entrada da primavera, o dia da poesia e o dia da felicidade, gostaria apenas de referir que me sinto muito feliz por ter sido a depositária fiel da herança genética do Zé da Rosa. Enquanto esta criatura respirar o ar da Gafanha, contemplar a erupção da primavera e for sensível à poesia que nos rodeia, a esmo, a sua memória não se desvanecerá do planeta Terra.
E para atestar o que aqui fica dito, farei apenas uma singela citação dum autor que muito prezo - Andrew Mattews:"

On this special day! 

Being happy is a decision!

Being happy can be hard work, sometimes. It is like maintaining a nice home-you have got to hang on your treasures and throw out the garbage. Being happy requires looking for good things. One person sees the beautiful view and the other sees the dirty window. You choose what you see and you choose what you think.

Kazantzakis said, “You have got brush and colours. You paint paradise, then in you go.”

(Ser feliz é, por vezes, tarefa difícil. É como manter uma casa bonita – tem que se separar os tesouros, do lixo. Ser feliz implica olhar para as coisas boas. Uma pessoa vê a paisagem bonita, enquanto outra, apenas, vê os vidros sujos. Escolhe-se o que se vê e escolhe-se o que se pensa.

Katzantzakis disse, “Tens o pincel e as tintas. Pintas o paraíso e entras nele.”)

Mª Donzília Almeida

20.03.2013

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Amor é Felicidade


"Nenhum homem mau é feliz. Somente o amor é felicidade"

Decimo Giunio Giovenale (60-140 d.C.).

Claro como a água cristalina que brota das fontes sem pressões nem poluições. Ninguém ganha nada com a maldade, com  raivas e ódios, com vinganças e perseguições.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Happiness

Por Maria Donzília Almeida





Perdoem-me os defensores da língua portuguesa, mas eu também o sou! Apenas utilizo o termo inglês, por uma economia de dicção, de tinta e de espaço ocupado! A palavra portuguesa, correspondente, tem cinco sílabas e...é uma palavra grave! Não gosto, decididamente, das coisas graves, prefiro as agudas ou as esdrúxulas...como o nome que ostento!
Será esta a razão aparente do uso da língua de Shakespeare, pois o verdadeiro motivo...só pode ser o contágio do espírito “poupadinho”do nosso ministro da economia! De tanto poupar, à custa da usurpação dos nossos proventos, até me fez sentir compelida a poupar as nossas palavras! Uso a estrangeira, seguindo o caminho e as práticas de Álvaro Santos Pereira! Com esta tendência de nos ir roubando a “ração”, qualquer dia vai acontecer-nos como ao burro do Inglês! Quando o animal se tinha habituado a não comer....e a não dar qualquer despesa, morreu! Que desfaçatez para o dono! Nem lhe deu o prazer de poder gabar-se que tinha um burro dependente, sem nenhum encargo financeiro! Sr ministro! Vai querer imitar o Inglês? Sabe, eu gosto muito dos Ingleses e se o Sr também gostar.........corremos esse perigo!