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sábado, 7 de novembro de 2009

Mestre Lourenço de Sesimbra fez amizades na nossa terra


Pérola de Sesimbra

Mestre Lourenço, de Sesimbra, fez amizades na nossa terra. A sua traineira, Pérola de Sesimbra, ainda a laborar, terá sido o último barco feito pelo Estaleiro Mónica.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ainda a Praia dos Tesos


São Jacinto ao fundo

Praia tranquila e de águas baixas


Há tempos falou-se muito da Praia dos Tesos, a propósito da praiazinha que o Jardim Oudinot nos oferece. Jornais e rádios falaram dela diversas vezes e eu próprio fui na onda. Depois vieram os protestos, oportunos, de alguns amigos meus, que não aceitaram bem, com razão, o meu lapso. Fiquei de esclarecer o meu engano, mas a verdade é que não o fiz a tempo e horas.

O meu amigo Diamantino Ribau, contudo, foi mais além. Pegou num papel e fez a planta da verdadeira Praia dos Tesos, com pormenores de quem tem excelente memória, para me ajudar a recordar, com precisão, o local exacto dessa praia.

Passei com ele um bom bocado a reviver pessoas e factos que ajudaram a fazer a história, irrepetível, daquela praia, que nada tinha a ver com gente sem dinheiro.

A Praia dos Tesos ficava, pois, frente a São Jacinto, um pouco depois do campo de futebol, onde a União Desportiva Gafanhense e depois o seu sucessor, o Grupo Desportivo da Gafanha, treinava e recebia os clubes visitantes para jogos de muito entusiasmo. Um pouco adiante, havia um largo, redondo, a que chamavam campo dos cavalos. A seguir, vinha a praia. Era, na verdade, uma praia tranquila, frequentada por famílias com crianças e não só. Num espraiado, a água da ria permitia que crianças brincassem à vontade, porque não havia  fundos abruptos e perigosos, por isso. Apenas chegava aos joelhos, se tanto.

Essa ideia de lhe chamarem Praia dos Tesos talvez tenha saído da cabeça de alguns, que identificavam as Praias da Barra e da Costa Nova como as praias de gente rica. Seria?

Fernando Martins

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Paróquia de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha completa 99 anos




Nós, os gafanhões, somos assim...

A paróquia de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha completa hoje 99 anos de vida. Daqui a um ano, se Deus quiser e o povo estiver unido, celebraremos o primeiro centenário. É curioso como um século de existência parece tão curto. Digo isto, porque tive o privilégio de conviver com gafanhões que, antes de 1910, lutaram para que a então povoação da Gafanha se tornasse independente e seguisse a sua vida, deixando, por isso, a casa materna.
Antes dessa data, que foi a consagração desse esforço, já o nosso povo andava a construir a nova igreja matriz, que foi inaugurada, ainda inacabada, em 1912. Contudo, segundo Nogueira Gonçalves, a inauguração aconteceu em 1918, tendo o templo sido "produto de construtores locais". Como paróquia e freguesia nasceram juntas, como rezava a lei da monarquia, na altura própria as águas foram separadas, e ainda bem. A paróquia seguiu, como lhe competia, a valorização espiritual, cultural e social, e a freguesia voltou-se para o lado que lhe competia, procurando dar outras e variadas respostas, de vertente política, para bem da comunidade humana, na qual se insere a religiosa.
Hoje, porém, penso que se torna importante olhar o futuro com certezas de uma terra mais próspera, sob todos os ângulos de vista. Mais próspera, tendo sempre presente que o progresso deve ser sustentado, isto é, com os pés bem assentes na matriz das nossas raízes e sem ofensas ao ambiente e às pessoas.
Os gafanhões actuais vieram um pouco de toda a parte. Há anos, a análise a um recenseamento dizia que por aqui habitavam pessoas de mais de mil origens. Mas pode dizer-se, sem iludir ninguém, que toda a gente foi integrada, naturalmente, sem conselhos fossem de quem fossem, e sem decretos que nos recomendassem atitudes a seguir, no sentido da aceitação dos outros. Nós, os gafanhões, somos assim: abertos, acolhedores, dinâmicos, amigos dos seus amigos, empreendedores, capazes transformar areias esbranquiçadas e estéreis, das dunas, em terra fértil.
Neste dia de aniversário permitam-me que recorde a importância de nos prepararmos para o centenário, quer apoiando as autoridades religiosas ou políticas, quer avançando com projectos próprios, com a convicção de que a festa tem de ser de todos e para todos.


Fernando Martins

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Arrastão "Maria Teixeira Vilarinho"

A propósito do post sobre o arrastão "Maria Teixeira Vilarinho", recebi um esclarecimento do Ângelo Ribau, que publiquei no Galafanha. Pode ser lido para se ficar a saber a sequência das firmas ligadas a duas famílias.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ruas da Gafanha da Nazaré: Rua Dr. Josué Ribau

Hoje falamos aqui de uma rua da Gafanha da Nazaré, que evoca um jovem, o Dr. Josué Ribau, que ainda está na memória de muita gente. E lembro que na nossa terra há muitos que, de alguma forma, "da lei da morte se foram libertando", como diz Camões.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sábado, 15 de agosto de 2009

Irmã Sílvia Ribau celebrou Bodas de Ouro de Consagração Religiosa

Irmã Sílvia recebe lembranças do presidente da Junta de Freguesia,
Manuel Serra, na presença do Padre Miguel Lencastre
A Irmã Sílvia Ribau celebrou hoje, na sua terra natal, Gafanha da Nazaré, as Bodas de Ouro da sua Consagração Religiosa, no Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria. Houve missa solenizada, presidida pelo Prior, Padre Francisco Melo, e um almoço, no Stella Maris, a que se associaram algumas dezenas de pessoas. Para além do Prior da Gafanha da Nazaré, marcaram presença os padres Miguel Lencastre e Carlos Alberto, frei Silvino Filipe e os diáconos permanentes Joaquim Simões, Emanuel Caçoilo e Fernando Martins. Ainda vimos Irmãs do seu Instituto, do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt e do Instituto das Irmãzinhas da Assunção. É sempre comovente, para mim, participar em cerimónias destas, em que se agradece a Deus uma vida percorrida, quantas vezes com sacrifício, ao serviço da Igreja e do mundo. Afinal, as nossas comunidades, um pouco por todo o lado, são alimentadas pelo testemunho de gente que se dá em plenitude aos outros, sem nada esperar em troca. Ainda bem que assim é, porque uma sociedade mais justa e mais fraterna não se constrói apenas com pessoas que falam muito e bem, mas, fundamentalmente, com gente que trabalha com alegria com e para os feridos pela vida. A Irmã Sílvia, desde muito jovem, envolveu-se em tarefas paroquiais na Gafanha da Nazaré, nomeadamente, como catequista, visitadora de doente e de pobres. Foi membro da JOCF (Juventude Operária Católica Feminina) e participou, em Fátima, num congresso dessa organização da Acção Católica. Depois, o Prior Saraiva terá descoberto a vocação da Sílvia. Diz ela: “A minha mãe falou-me que o senhor Padre Saraiva lhe disse que eu tinha vocação religiosa. Passado algum tempo falou-me a mim própria …” Certo é que, aos 19 anos, entrou no noviciado das Franciscanas Missionárias de Maria e aos 20, em 1959, tomou o hábito. E desde aí, até hoje, com 50 anos passados, nunca se arrependeu de “fazer esta caminhada com Jesus Cristo e de realizar o Seu projecto”, com “fidelidade, inteira disponibilidade e alegria”. Os meus parabéns à Sílvia, minha colega da “doutrina” (como era designada a catequese da nossa infância), e da primeira comunhão, com o saudoso Prior Guerra. FM

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Crianças austríacas na Gafanha da Nazaré

As fotos de crianças austríacas que viveram na Gafanha da Nazaré, depois da segunda grande guerra, já começaram a aparecer. Pode ver duas crianças aqui.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Crónica de um Professor:“Gafanhoto”

Moliceiro
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NO CENTRO DO MUNDO
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Agora, num tempo de mais serenidade, de certo relaxamento até, a saborear as delícias do Verão, na antecâmara das férias, deixa a memória divagar.... E, não é raro ocorrerem-lhe à mente, recordações dos seus tempos de estudante! Sinal de velhice, em que o espírito se compraz na evocação da juventude? Será, mas não lhe dá muito crédito!!! Quando na década de 60 do século passado, iniciou os estudos no venerável L.N.A, Liceu Nacional de Aveiro, deparou com um pequeno, que na altura se configurava como grande problema – o seu linguajar de “Gafanhota”, pois era este o gentílico utilizado para nomear os habitantes da Gafanha. A esse tempo, o Liceu era frequentado por uma elite social, da qual não fazia parte aquela aluna! Seria, digamos assim, a excepção que sempre confirmou a regra. Daí, que o seu discurso oral fosse, marcadamente, de cariz regionalista, destoando da linguagem urbana e mais padronizada das suas colegas de turma. Sentiu isso na pele, pois ainda não estava reconhecido como agora, o valor das especificidades linguísticas locais. Ainda se lembra da vergonha que passou, quase se sentindo marginalizada, por usar um léxico e uma dicção típicas da gente da beira-mar. Hoje, tudo mudou! “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...”, parafraseando Camões! A prova está, na recente publicação do livro “Língua e Costumes da Nossa Gente”, em que o tema central é a recuperação e fixação por escrito, dos regionalismos das referidas épocas passadas, antes de os mass media terem uniformizado a língua portuguesa. Nunca a teacher se assumiu como Gafanhota e a palavra Gafanhão também não lhe soa muito bem! Associa-a a fanfarrão, comilão, aldrabão! E por que razão não se chama pela mesma lógica, Ilhavão ao habitante de Ílhavo? Aveirão ao de Aveiro? Portão ao do Porto? Ilhavense, Aveirense, Portuense, assim mandam as regras! Então, chamemos aos nativos das Gafanhas, Gafanhenses, para evitar conotações pejorativas e mal sonantes! Contudo e apesar desta dissertação sobre o termo Gafanhoto, este ainda perdura na memória de todos, especialmente dos professores. É uma palavra que soa a música e é pronunciada com muito agrado e algum sentido de urgência! Sim, sobretudo a determinada hora do dia, especialmente quando se aproxima a hora do almoço! Gafanhoto foi preterido como gentílico e passou a designar um local que fica no CENTRO DO MUNDO! Assim dizem os cartazes publicitários que anunciam o local de repasto, situado nas imediações de duas escolas, na Gafanha da Encarnação. É uma palavra muito grata aos professores, que se organizam em peregrinação, para irem saciar a sua fome, no mais literal sentido da palavra. Dada a proximidade da escola, nem precisam de autocarro para a sua devoção... vão a pé e em jejum, para receberem a bênção dos deliciosos petiscos, lá confeccionados! É isso mesmo, aquele restaurantezinho aconchegado com vistas para o norte, nascente, sul e poente, numa orientação solar magnífica que a todos seduz. É ali que os docentes vão recobrar energias e fazer uma pequena pausa, depois de uma manhã a dar cabo das cordas vocais e... do sistema nervoso central! Honra seja feita ao Sr Paulo e Dª Gina, pois saciam aquelas famintas criaturas com a simpatia e eficácia que são já, marca da casa! Sucede em catadupa, no filme mental, aquela variedade de pratos que fazem as delícias dos comensais. E... aquele caldo feijão, evocando memórias antigas, numa tentativa de recuperação da gastronomia gafanhense do século passado? Ah! Quem não gosta de saborear o prato, único, mas substancial, que os lavradores comiam antigamente, depois da árdua freima dos trabalhos agrícolas? E para dar um toque cosmopolita ao local, os donos ainda acumulam a virtude de serem falantes da língua de Sua Majestade, a rainha Isabel II, sendo a Dº Gina uma exímia praticante! Que melhor ambiente para a teacher se sentir como peixe na água, em todos os sectores da sua vida? Ali mesmo... naquele centrinho do universo, onde o stress docente... faz uma pausa para almoço! Mª Donzília Almeida 05.07.09

terça-feira, 7 de julho de 2009

FILARMÓNICA GAFANHENSE COM DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

Filarmónica Gafanhense
Através da Câmara Municipal de Ílhavo, fiquei a saber que a Filarmónica Gafanhense foi considerada associação de Utilidade Pública. À Música Velha, como também é conhecida, desejo os maiores êxitos, tanto na arte de tocar como de ensinar a tocar, funções que cumpre com muito mérito.
Para conhecer a história da Filarmónica Gafanhense, clicar aqui

terça-feira, 23 de junho de 2009

Gafanha da Nazaré: decreto real da sua fundação

D. Manuel II
Não sei se sabem que neste dia, em Junho de 1910, pouco tempo antes da implantação da República em Portugal, o último rei, D. Manuel II, assinou o decreto da criação da nossa freguesia, como pode ver aqui. Recordo, por isso, uma data que tem sido menosprezada e até esquecida. D. Manuel II, que passou pela Gafanha da Nazaré, aquando de uma visita que fez a Aveiro, deixou o trono, em 5 de Outubro de 1910, quase sem contestação. Um dia destes falarei um pouco mais deste rei, a quem chamaram Patriota, pelo amor que sempre dedicou a Portugal e aos portugueses.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Rádio Terra Nova: a sua história não pode ficar esquecida

Mesmo fora da Gafanha da Nazaré, terra que me viu nascer há décadas, não esqueço as suas gentes e instituições. Há dias lembrei-me da Rádio Terra Nova, uma emissora que vive, desde a primeira hora, para servir o povo, sobretudo o sem voz nem vez. Vai daí, fui à cata da sua história e encontrei este texto, publicado no Timoneiro, escrito pela Maria do Céu, à altura a trabalhar na Terra Nova. Tinha ela, como ainda tem, uma voz inconfundível, quer pelo timbre, quer pelo ritmo e dinâmica expressiva, que impunha ao que lia ou dizia. Leia aqui o que a Maria do Céu escreveu, em 1989.
FM

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Marcos Cirino desfia recordações

Marcos Cirino desfia recordações
com muito amor à Gafanha da Nazaré

 
Marcos Cirino da Rocha, 87 anos, gafanhão de gema, vibra com as coisas da Gafanha da Nazaré. Conhece muito da sua história. Evoca com entusiasmo os assuntos em que se envolveu. Conta pormenores que escapam a muito boa gente. E insiste na ideia de que há pessoas que nos querem prejudicar, decerto marcado por tempos e comportamentos idos. Fomos ouvi-lo um dia destes. Entrámos em sua casa e vimos miniaturas de barcos de várias épocas. Todos construídos por si. “À escala”, sublinha. Mas também vimos inúmeras pastas de documentos e processos relacionados com antigas, e talvez recentes, reivindicações e polémicas.

Fernando Martins

Leia toda a entrevista aqui

segunda-feira, 23 de março de 2009

Tradições da Gafanha da Nazaré: Cantar das Almas

Para recordar tradições das Gafanhas, do tempo dos nossos avós, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré vai apresentar, no salão da igreja matriz, no próximo sábado, 28, pelas 21.30 horas, o Cantar das Almas, que mostrava as devoções que os gafanhões, como outros, nutriam pelas almas do Purgatório. Para além do grupo anfitrião, participa ainda o Grupo Folclórico de Portomar, Mira. A entrada é livre. Trata-se de uma boa oportunidade para reviver uma antiga tradição.

segunda-feira, 2 de março de 2009

GAFANHA DA NAZARÉ: Delimitações

Sobre as delimitações da freguesia da Gafanha da Nazaré, aqui publico a acta que regista o facto, em 1911. Lembro que a freguesia foi criada em 1910.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

SCHOENSTATT: Festival da Canção-Mensagem

Há anos, o Festival da Canção-Mensagem, uma iniciativa da Juventude Masculina de Schoenstatt, fez furor na Gafanha da Nazaré e arredores. Movimentava muita juventude, de todas as idades, e o salão da nossa igreja matriz estava sempre replecto de claques que aplaudiam as suas canções favoritas. Fiz parte do júri, em algumas edições, e lembro bem os aplausos e os protestos que se seguiam ao festival. Bons tempos... Leia mais aqui.