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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Praça Padre João Gonçalves



Padre João e Inês Leitão
Por decisão da Câmara Municipal de Ílhavo, o "Jardim Central" da Gafanha da Carmo passa a designar-se "Praça Padre João Gonçalves". Trata-se de uma justa homenagem ao conhecido Padre das Prisões, filho da terra, onde nasceu em 28 de Março de 1944. Foi ordenado presbítero em 21 de Dezembro de 1969 e faleceu em 8 de Dezembro de 2020.
Entre outros cargos, foi pároco da Sé aveirense, capelão do Hospital e do Estabelecimento Prisional de Aveiro. Também coordenou a pastoral penitenciária nacional. É oportuno  realçar as suas responsabilidades ao nível das Florinhas do Vouga, uma IPSS com diversas valências, onde o padre João implementou serviços de apoio aos mais desfavorecidos, sem esquecer os sem-abrigo.
Um filme das irmãs Daniela e Inês Leitão, denominado "O Padre das Prisões", sublinha bem a missão deste sacerdote no meio de nós. Inês Leitão ainda escreveu um livro com o mesmo título.

domingo, 11 de outubro de 2020

Gafanha do Carmo - Mestre Daniel Gonçalves

Figuras da nossa terra


Na Gafanha do Carmo encontramos a rua dedicada a Mestre Daniel Gonçalves. Este topónimo foi uma proposta da Junta de Freguesia da Gafanha do Carmo em 16 de março de 1978 (Ata JFGC 4/1978-03-16). 
O Mestre Daniel Gonçalves nasceu a 31 de dezembro de 1897, sendo natural da Parada de Cima, que na época pertencia à Freguesia de Covão do Lobo. 
Devido às poucas perspetivas de vida que a sua terra natal lhe oferecia, decidiu partir em busca de trabalho na Gafanha, à semelhança de muitos outros compatriotas. O próprio Mestre Daniel, nos primeiros tempos em que esteve na Gafanha do Carmo, ficou alojado em casa de uns tios, que tinham tomado decisão idêntica. 
Estes jovens, que rumavam para as Gafanhas, assumiam profissões nos ramos da construção naval e civil e foi pela sua atividade neste sector que o Mestre Daniel será recordado. 
Ser construtor civil significava, naquele tempo, especializar-se em várias áreas que o sector exigia, desde produzir materiais, como os adobes, assim como trabalhar a madeira e o ferro, destinados a portões, janelas e portas. O Mestre Daniel Gonçalves tinha mesmo, para este fim, uma oficina devidamente equipada em sua casa. 
De referir que esta casa ainda hoje é conhecida como a Casa da Palmeira, devido às duas palmeiras que estavam no jardim. Foi também sede de diversas associações cívicas, culturais e religiosas, em que Daniel Gonçalves participava ativamente, visando sempre a melhoria das condições de vida do povo da Gafanha. Destas destaca-se a Comissão de Melhoramentos da Gafanha do Carmo que muito lutou para que a freguesia tivesse o seu próprio cemitério. Os defuntos tinham de ser enterrados em Ílhavo, causando grandes transtornos às populações, uma vez que a estrada que liga a Gafanha do Carmo à Vista Alegre era um caminho de areia muito difícil de percorrer. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Gafanha do Carmo - 60 anos de freguesia




A Gafanha do Carmo está hoje de parabéns por celebrar o 60.º aniversário como freguesia, que foi criada por Decreto-Lei n.º 43 165, com data de 17 de setembro de 1960. A criação de freguesia teve em consideração a petição da maioria dos chefes de família daquele lugar que tinha 297 fogos e 1155 habitantes. A Junta de Freguesia foi constituída em 26 de dezembro do mesmo ano, presidida por António Maria Louro Domingues, que, no ato de posse, proclamou: «A Junta foi legalmente constituída e é com verdadeiro júbilo, e emocionado, que tenho a honra de presidir à sua primeira reunião.» 
A Gafanha do Carmo tem sido, fundamentalmente, uma povoação agrícola, mas houve sempre outras atividade. Muitos homens foram marnotos e moços de salinas, pescadores do bacalhau e da ria, trabalhadores nas companhas de pesca e na construção civil, mas ainda no comércio e indústrias locais e regionais. No entanto, a emigração também foi uma opção constante para o Brasil e Estados Unidos, Venezuela e Canadá, França e Alemanha. As mulheres, contudo, as que não emigraram, laboraram na lavoura, nas secas do bacalhau da Gafanha da Nazaré, enquanto outras vendiam, há décadas,  produtos agrícolas na Costa Nova, na época balnear, e nas feiras próximas, em especial na da Vista Alegre. 
Para comemorar o evento, a Câmara de Ílhavo vai reunir-se hoje,  na Gafanha do Carmo, a partir das 18 horas, e na agenda estará o Covid-19, o relatório do Auditor Externo sobre a informação económica, financeira e orçamental do Município e, ainda, o primeiro relatório de execução no âmbito do Protocolo de Concessão de Apoio Financeiro às Juntas de Freguesia. 
Li na Rádio Terra Nova que, na reunião, serão debatidos o Estudo Prévio de Águas Residuais e Pluviais da Gafanha do Carmo e a abertura de concurso para reabilitação do Pavilhão Desportivo da mesma freguesia,  entre outros assuntos. 
Felicito a mais nova freguesia do Concelho de Ílhavo e suas gentes por esta celebração, com votos de progresso a todos os níveis. 

F. M. 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Rua Padre José Lourenço


Padre José Lourenço
No limite entre a Gafanha do Carmo e a Gafanha da Encarnação, situa-se a rua que homenageia o Padre José Soares Lourenço que, durante anos, paroquiou a Gafanha do Carmo, tendo deixado o seu nome ligado à construção da nova igreja matriz. 
Nasceu no dia 14 de julho de 1923, em Valongo do Vouga. Foi ordenado sacerdote, em Vagos, no dia 13 de julho de 1947, pelo bispo D. João Evangelista de Lima Vidal. Faleceu no dia 27 de agosto de 2016, ficando sepultado na Gafanha do Carmo. 

Cardoso Ferreira, no "Correio do Vouga" 

NOTA: Há pequenas notícias que se tornam grandes pelas recordações que suscitam. É o caso da nota subscrita por Cardoso Ferreira no "Correio do Vouga", semelhante a outras do mesmo jornalista, pelas quais nos vai recordando figuras que na vida foram exemplares pelos mais variados motivos. 
O Padre José Lourenço foi para mim e para muitos outros um sacerdote que soube testemunhar a capacidade de serviço, revestida de uma humildade cativante. 
Para além de paroquiar a Gafanha do Carmo, exerceu o seu ministério por outras terras, mas quis que os seus restos mortais repousassem na sua Gafanha do Carmo.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Centro Comunitário da Gafanha do Carmo


«Se tivesse só uma oportunidade para ir ao ano de 2068, o senhor João Fernando visitaria Alcoitão. É que apesar de ser da Gafanha do Carmo, foi na freguesia do concelho de Cascais que ele, com esforço, conquistou o seu futuro. “Gostava de ir lá ver se eles continuam a ensinar as pessoas como me ensinaram a mim”, justifica, recuan­do à sua infância. “Aqui, como eu tinha uma deficiência [paralisia cerebral], não queriam deixar-me ir para a escola. Mas lá, eles perceberam que eu também era uma pessoa que tinha futuro e deram-me uma segun­da oportunidade. Ensinaram-me a dactilografar e, graças a is­so, voltei para cá e trabalhei mui­tos anos numa junta de freguesia. E sempre consegui su­pe­rar todas as barreiras que me apareceram na vida. Todas”, sublinha. Seja o que for que o futuro nos reserve, o exemplo do senhor João Fernando nunca vai deixar de ser inspirador.
Mas isso somos apenas nós a fazer o exercício de tentar adivinhar como será essa coisa do futuro. E foi isso que convidámos a fazer, também, a D. Ermelinda. Ela é que nos confidenciou que, em 2068, iria direitinha à América para visitar o neto Pedro Jorge, que criou e que não vê há 12 anos. Já a D. Maria Helena, regressaria a Angola. Ao país onde viveu 21 anos da sua vida, no qual viu os filhos nascer, e que é uma terra pela qual tem “uma admiração muito grande”. “Tenho e terei até morrer”, assegura. Mais perto, ficaria o senhor Lino. “Lino de Aveiro”, aliás. Homem que traz colado à identidade a terra que sempre foi sua e na qual é “muito famoso”. Por isso, em 2068, seria pelo Rossio e pela Praça do Peixe que voltaria a passear-se. 
O desafio para que os quatro utentes do Centro Comunitário da Gafanha do Carmo (CCGC) dessem um salto a 2068 foi proposto pelo Diário de Aveiro, mas a ideia está longe de ser original. Afinal, é isso que os responsáveis por aquela casa vão fazer, no sábado, pelo terceiro ano consecutivo. O “Futuridade 2068 – Desperta o teu horizonte” vai decorrer na Casa da Cultura de Ílhavo (CCI), a partir das 9 horas, contando com a participação de 12 oradores (ver caixa) das mais variadas áreas, que vão, também eles, ser desafiados a perspectivar como será o mundo daqui a 50 anos.»


Notas:
1 - Todo o texto pode ser lido no Diário de Aveiro em papel;
2 - A foto é do mesmo diário. 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

FERREIRA DE ALMEIDA APOSTA NOS MAIS PEQUENOS



«Mário Ferreira de Almeida, natural da Gafanha do Carmo, é licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e acaba de se lançar num projecto diferente, especialmente focado em dar a conhecer as belas artes aos mais novos (mais de seis anos) e a todos que tenham curiosidade em experimentar os prazeres do desenho e pintura.»


NOTA: Confesso que não conheço o artista Mário Ferreira de Almeida. Somos de gerações muito distantes e, por isso, está justificada a minha ignorância. Contudo, vou estar atento porque, pelo que li, tem projetos interessantes que merecem ser divulgados e apoiados. Fui à cata dele e descobri-o no FB, com a curiosidade de ser, nessa plataforma, meu amigo. Daqui lhe envio os meus parabéns pelo ideia de se voltar para os mais pequenos e para as pessoas interessadas pelo prazer do desenho e da pintura. 

terça-feira, 4 de julho de 2017

A nossa Gente — Ângelo Valente e Sofia Nunes



Julho celebra a juventude no Município de Ílhavo e, num mês próspero em atividades que lhes são destinadas, destacamos dois dos jovens mais dinâmicos e notáveis do concelho: Ângelo Valente e Sofia Nunes. É já praticamente impossível falar em gerontologia em Portugal sem mencionar o Centro Comunitário da Gafanha do Carmo. E é muito por causa deles. 
Ângelo Valente é animador social, Sofia Nunes é gerontóloga. Quando, em 2011, o Centro Comunitário da Gafanha do Carmo os juntou, poucos meses depois de abrir portas, estavam longe de imaginar que viriam a formar uma equipa tão popular. 
A premissa que os inspira é simples, embora concretizá-la seja um desafio diário: multiplicar a felicidade, dividindo-a. “Ver cada pessoa feliz” é, de resto, assim que a dupla resume o objetivo daquilo que é mais que um trabalho. Para Ângelo e Sofia, estar no Centro Comunitário é estar em casa, em família, “rodeados de pessoas, música, abraços, amizade, do Vadio e da Viana”. Vadio e Viana são os cães de estimação do Centro Comunitário da Gafanha do Carmo, verdadeiras sessões de terapia em quatro patas. Foram ambos adotados pela instituição e são fortes aliados no combate à depressão e à solidão dos utentes. Têm sido, provavelmente, dois dos cães mais mediáticos do país, nos últimos anos, acompanhando Ângelo e Sofia em todas as suas intervenções. 
Foi em 2014, com um vídeo que parodiava o da música “Wrecking Ball”, de Miley Cyrus, que Ângelo Valente e Sofia Nunes perceberam que tinham as armas certas para fazer algo diferente: um sentido de humor consciente, mas desprovido de pudores, a “família” certa e as redes sociais, que os erguiam no número de seguidores muito rapidamente. Entre esse vídeo e serem a equipa que dá a cara pelo lar mais conhecido do país, passou menos de um ano.
Centenas de entrevistas, reportagens inteiramente dedicadas a eles, um “Alta Definição” (SIC) com o utente Alfredo, duas conferências Futuridade com lotação esgotada e convidados como Daniel Oliveira, Marisa Matias, Nuno Markl, Fernando Alvim ou Manuela Ferreira Leite. 
Ângelo e Sofia têm o currículo cheio, mas isso nem os preocupa muito. O que realmente lhes importa é a quantidade de sonhos que já conseguiram concretizar, o número de pessoas que se identifica com eles e os que já não têm medo de envelhecer, graças a eles. “A missão é desmistificar a velhice e a institucionalização, sensibilizando a sociedade para se tornar mais integradora de forma a que todos possamos envelhecer de forma livre, autónoma e feliz” e, para isso, o animador e a gerontóloga garantem que é muito importante que, mesmo depois de envelhecer, seja “valorizado o potencial de cada ser humano, o contributo de todos, independentemente da sua condição ou faixa etária”. A equipa assume que a institucionalização é “um evento marcante na vida de qualquer pessoa e exige muito, até da família, principalmente ao nível emocional”. Mas, Ângelo e Sofia garantem que as melhores respostas são “o amor e a aceitação” e que, na maior parte dos casos, a adaptação é bem sucedida e grande percentagem dos utentes acaba por reencontrar, no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo, “uma felicidade que já julgava extinta”. 
Quem os conhece e está atento ao seu trabalho, à ligação que estabelecem com os que os rodeiam, percebe perfeitamente porquê. Ângelo e Sofia merecem tudo de bajulador que se diga sobre eles. 
Nossa gente: resta-nos agradecer que nos multipliquem a felicidade, juntando-se.

Fonte: Agenda "Viver em..." da CMI

NOTA: Não tenho o gosto de conhecer pessoalmente os homenageados deste mês pela agenda "Viver em..." da CMI, mas sei das suas iniciativas levadas a cabo no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo, algumas das  quais foram badaladas na comunicação social. Porque se trata de ações que fogem, tanto quanto sei, do dia a dia de muitas instituições de âmbito igual ou semelhante ao do Centro Comunitário que animam, numa conjugação de saberes (animação cultural e gerontologia) a todos os títulos meritória, apraz-me sublinhar que podem e devem ser seguidas por muitos técnicos que trabalham nestas áreas. Nos tempos que correm, urge levar à prática o espírito criativo e inovador junto de quem precisa de recriar novos horizontes que justificam uma existência feliz. 
Os meus parabéns. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Gafanha do Carmo vai ter unidade turística de quatro estrelas

«Trata-se de um investimento que promete dinamizar o sector turístico na Freguesia da Gafanha do Carmo. Está em fase de licenciamento uma unidade hoteleira com aproveitamento da localização, da ria e da floresta, para área de lazer. Chama-se “Pátio das Areias Boutique Hotel” e estará na categoria das unidades quatro estrelas da Ria de Aveiro. Segundo adianta o site Publituris, dedicado às questões do turismo, o empreendimento faz aproveitamento da reconversão de uma antiga coelheira. O hotel vai disponibilizar 15 unidades de alojamento, entre os quais 10 quartos duplos, dois estúdios e três suites. Admite-se que a nova unidade esteja pronta em dois anos e que venha a garantir a criação de 10 empregos. Luís Diamantino, Presidente da Junta do Carmo, elogia o projecto e diz-se esperançado na dinamização turística.»
 
 
Nota: Texto e foto da Terra Nova

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Topónimos no Município de Ílhavo

No seguimento da reunião da Comissão Municipal de Toponímia, no passado dia 2 de dezembro, o Executivo Municipal deliberou aprovar os topónimos propostos pela referida Comissão:

São Salvador

Via do Conhecimento
Becos da Rua João Carlos Gomes (Beco do Pinto, Beco da Mónica, o Beco do Valente, o Beco da Cininha, o Beco dos “Avós”, o Beco do Félix e o Beco do Manicas)
Largo Dona Celeste dos Santos
Rua do Antigo Mercado

Gafanha da Nazaré

Travessa do Prior Sardo
Travessa do Esteiro
Beco do Alvim

 Gafanha da Encarnação e da Gafanha do Carmo

. Estrada Quintas do Sul

NOTA: A comissão privilegiou, e bem, Pessoas e expressões muito nossas.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Na despedida do Padre Francisco Melo

Ser Igreja que acolhe, porto de abrigo, âncora firme 
e farol que ilumina nos momentos difíceis da vida

Padre Francisco Melo

«Gostava de pedir desculpa por todas as vezes em que não fui capaz de ser o rosto de Deus para aqueles que me foram confiados.» Foi com estas palavras humildes que o Padre Francisco Melo se despediu dos paroquianos das Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo na eucaristia a que presidiu no “Centro Comunitário Mãe do Redentor”, no domingo, 26 de julho, pelas 16.30 horas. O Padre Francisco Melo, por decisão do nosso Bispo, D. António Manuel Moiteiro, vai estudar Teologia Pastoral em Roma. 
O Padre Francisco afiança que nem sempre «foi expressão da misericórdia de Deus» nem teve «coragem e fé para enfrentar e viver a vida». Disse que «houve momentos muito bons e muita alegria» com aquelas pessoas que trabalharam consigo, nomeadamente com «a equipa sacerdotal», mas não deixou de afirmar que «houve momentos difíceis que ficam no coração de Deus e no coração de muitos de nós».
Depois da Eucaristia, houve um momento expressivo de agradecimentos ao Padre Francisco, com palavras amigas e lembranças das três paróquias que serviu ao longo de sete, seis e dois anos, respetivamente. Manuel Sardo, do Conselho Económico e Pastoral da Gafanha da Nazaré, falou da gratidão do povo daquela freguesia pelo «enorme trabalho e dedicação manifestados», pela «coragem sem nunca manifestar desânimo», pelas «palavras de estímulo para com todos» e pelos «ensinamentos nos encontros e nas reuniões mais alargadas».

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Um retrato bonito da Gafanha do Carmo:

A Cândida Pascoal, autora do texto que copiei do Facebook, presta desta forma uma bonita homenagem  à Gafanha do Carmo, terra que lhe está na alma. Gostei muito e daqui, por esta forma, saúdo todos os emigrantes que cultivam o amor à sua  terra-natal. 


Igreja matriz da Gafanha do Carmo

«A minha terra tem uma "Rua De Baixo". Tem um "Café Central" e uma " loja do Ti Larico" e o Talho do Ti Mário da Fátima . No Largo da Igreja há um jardim para as crianças brincarem nesse largo existe aos Domingos no fim da missa uns senhores a venderem fruta , ouro e lençóis . Tem varias pessoa que ainda fazem pão em casa . Flores amarelas de erva azeda em vez de ervas daninhas pelas bermas da estrada. Tem pessoas que dizem sempre "bom dia" a quem passa, mesmo que sejam desconhecidos , tem o Ti Tairoco sentado no seu banquinho , que nos chama de Cachopas 
Ao meio dia toca o Sino. Tem um campo da bola. Um Grupo União Desportivo. Tem um Centro Comunitário onde tomam conta dos nossos idosos , com jovens cheios de entusiamo , o mesmo entusiamo que teve o seu Fundador e a sua equipa . Tem um grupo de pessoas que, eles vestem umas capas vermelhas , elas uma blusa branca e uma saia preta e vão na procissão da festa e funerais .
Um carteiro que se entrega cartas deslocando-se numa Vespa . Tem uma mercearia que toda a gente achou que ia à falência com a abertura do shopping mais próximo mas que resiste porque vende o pão da padeira, frango churrasco ao Domingo e a Quinta, os legumes mais frescos vindos directamente dos fornecedores locais, sempre que lhe falta um cliente idoso mais que um dia na loja, vai tentar saber junto da família e vizinhos se está tudo bem. Teve vacas e ordenhas que fizeram muitas vezes parar o trânsito, às vezes. Tem Senhoras que moram ao pé do adro da Igreja e que vão a todos os funerais e velórios, mesmo que não conheçam os mortos. Tem um sino que se ouve, altaneiro, às onze da manhã de domingo. Tem vizinhos que se cumprimentam por "vizinhos" como se fosse um parentesco. Tem muita gente que não sabe o meu nome mas sabe de quem sou nora ou Cunhada. Tem a ida aos cricos e ao moliço. Tem gente que se conhece pelo nome próprio. 
Do mês de Junho ao mês de Agosto as casas enchem-se ,com gente, filha , prima , Cunhada, netos , de muitos TI Maria e de muitos Tí Maneis .
Tem um Presidente da Junta que pertence aos Escuteiros.

A minha terra tem vida lá dentro. E vocês conhecem esta terra ?;))

Cândida Pascoal»

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Comemorações dos 50 Anos da Freguesia da Gafanha do Carmo


No próximo sábado, dia 30 de Outubro, pelas 21h00, vai ser inaugurado um Monumento no Jardim Central, que assinalará o encerramento das comemorações dos 50 anos da freguesia da Gafanha da Carmo.
Pelas 21h30, terá lugar uma peça de teatro apresentada pela Associação Cultural da Gafanha do Carmo, no Salão Cultural da Freguesia, encerrando assim o programa comemorativo, numa acção de parceria entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a Junta de Freguesia da Gafanha do Carmo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gafanha do Carmo: Freguesia há 50 anos


Amanhã, Sexta-feira, 17, a Câmara de Ílhavo e a Junta de Freguesia assinalam o 50.º aniversário da Criação da Freguesia da Gafanha do Carmo, com a realização de uma Sessão Solene Evocativa,  a realizar no Salão Cultural da Gafanha do Carmo, pelas 18.30 horas, dando assim início a um programa comemorativo que nesse dia será publicamente apresentado.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Gafanha do Carmo – reabilitação da engrenagem de uma moagem

Foi restaurada uma Mó que se encontra no Jardim Central da Gafanha do Carmo, junto à Igreja Matriz, num investimento de cerca de 3300 euros, mais a mão-de-obra oferecida pela Câmara Municipal de Ílhavo. Esta Mó foi pertença de Silvino da Silva Troca, antigo proprietário do terreno onde a mesma se encontra. Foi nos anos 60 que Silvino da Silva Troca, ourives de profissão, mandou construir uma moagem industrial para processamento do centeio, milho e trigo, que depois vendia. Há cerca de nove anos, a Câmara Municipal de Ílhavo adquiriu o terreno aos herdeiros de Silvino Troca e transformou-o em Jardim, um espaço privilegiado de encontro para a população da Gafanha do Carmo, preservando a Mó como memória da moagem tradicional.