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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Homem sensato, Homem insensato

"O homem sensato adapta-se ao mundo. 
O homem insensato insiste em tentar adaptar o mundo a si. 
Sendo assim, qualquer progresso depende do homem insensato" 

Bernard Shaw (1856-1950), dramaturgo

No PÚBLICO -Escrito na Pedra 

domingo, 4 de agosto de 2019

Anselmo Borges - O Homem: trabalhador e festivo



 «Dar-se conta do milagre do Ser e de se ser. 
Há maravilha que nos abale mais na raiz de nós do que esta?»


1. Andam enganados aqueles e aquelas que, no decurso do tempo, fizeram uma leitura literal do Génesis, o primeiro livro da Bíblia. Porque, concretamente nos primeiros três capítulos, não se trata de uma narrativa histórica, mas de um mito, uma estória. O filósofo Hegel, um dos cumes do pensamento, embora não fosse exegeta, viu mais, mais fundo e de modo mais penetrante do que muitos exegetas, quando leu essas primeiras páginas sobre a criação, Adão e Eva e o chamado “pecado original”. 
No princípio, Deus fez a Terra e os céus. E criou Adão e Eva, que viviam no Éden, o paraíso terreal. Não podiam comer da árvore que estava no meio do jardim, a árvore da ciência do bem e do mal. Comeram e foram expulsos do paraíso. O que aqui está, diz Hegel, é a passagem da animalidade à humanidade e à grandeza de ser ser humano, mas também ao seu carácter dramático e mesmo trágico. Souberam que estavam nus. Comeram da árvore da ciência do bem e do mal e ficaram a saber que são seres humanos, portanto, conscientes de si mesmos, conscientes de que são conscientes, com consciência reflexiva, que os outros animais não têm. Essa é a nudez humana, na solidão metafísica: cada um está só, é si mesmo de modo único e intransferível. 
Deus também tinha dito que, se comessem, morreriam. Comeram e souberam que o ser humano é mortal, o que o animal não sabe. Quando dizemos — cada um e cada uma — “eu”, cada uma e cada um di-lo de modo exclusivo e único e sabe que há-de morrer e angustia-se face à morte: “Ai, que me roubam o meu eu”, gritava Unamuno. Esta é a constituição do ser humano. E não é possível voltar atrás, porque a entrada do jardim do Éden, símbolo da inconsciência animal, é guardada por querubins com a espada flamejante.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

“O humano é provavelmente o animal mais perigoso que já viveu no planeta”

Lee Berger

O PÚBLICO inseriu hoje nas suas páginas uma entrevista feita a Lee Berger, o paleoantropólogo norte-americano que tem estado por detrás de importantes descobertas de hominídeos na África do Sul. Como destaque, em título desafiador, está uma frase que encima este apontamento, com a qual concordo em absoluto e cuja leitura recomendo aos meus leitores. 
Realmente, partindo daquela ideia, lembro que, durante a minha vida de oito décadas, nunca me lembro de haver paz no planeta Terra. Nasci com a segunda grande guerra e nem será preciso enumerar todas as outras guerras devastadores que emergiram, seguindo-se umas às outras. Isto, sem falar em contendas a tantos níveis, pessoais e familiares, entre vizinhos de perto e mais afastados, lutas tirânicas, opressões e ditaduras em nome do progresso e da fraternidade, onde a democracia só o é de nome.
Olhando à volta, há guerras por tudo e por nada, mesmo por aquilo que seria suposto estar na base da nossa alegria. Veja-se a violência no desporto, na política, na comunicação social com programas insultuosos, nas ditaduras, nos fanatismos e  nos terrorismos em nome de Deus.

F. M.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

O Homem é colossal e minúsculo

Adicionar legenda

“O homem de hoje é colossal pela enormidade das responsabilidades que pesam sobre ele e minúsculo perante a imensidão das tarefas que em toda a parte o chamam. Mas não podemos, a pretexto de que nos é impossível fazer tudo num dia, não fazer coisa nenhuma! Conservemos no coração a impaciência de fazer. E a indignação na acção.”

Abbé Pierre 
em o TESTAMENTO


Abbé Pierre nasceu a 5 de agosto de 1912 
e faleceu a 22 de janeiro de 2007

sábado, 27 de outubro de 2018

O Homem e o Sonho

(Foto do meu arquivo)
O homem é do tamanho do seu sonho"

Fernando Pessoa

Está tudo certo? Está. E o homem e a mulher terão consciência disso? Penso que sim. Então, vamos todos apostar em construir os nossos sonhos. A partir de hoje, com otimismo.
Bom fim de semana.

sábado, 18 de novembro de 2017

O Homem e a Natureza


«O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos.»
Albert Schweitzer (1875-1965)
Teólogo, filósofo, músico e médico alemão

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O Homem e o seu Sonho


"O HOMEM é do tamanho do seu SONHO"

Fernando Pessoa

Num bloco de notas oferecido pela Visão

Sonhar é preciso, com os meus votos de excelente fim de semana, que começa amanhã, sexta-feira, à noitinha.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Mundo perigoso

«O mundo tornou-se perigoso, 
porque os homens aprenderam a dominar a natureza 
antes de se dominarem a si mesmos.»

Albert Schweitzer (1875-1965), 
teólogo, filósofo, músico e médico alemão


terça-feira, 3 de novembro de 2015

O homem sem educação

«O homem sem educação, por mais alto que o coloquem, 
fica sempre um subalterno»

Ramalho Ortigão (1836-1915), escritor português

domingo, 6 de outubro de 2013

Homem respeitável

«Um homem é tão mais respeitável  

quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha»


George Bernard Shaw (1856-1950),
escritor e dramaturgo irlandês

No PÚBLICO de hoje

domingo, 7 de agosto de 2011

Poesia para este domingo




Foi assim que a história começou.
Era uma vez um homem
que tinha um relógio.
Dava  corda ao relógio,
o relógio andava, o tempo passava,
E o homem ficava a olhar,
O relógio a andar,
e o tempo a passar.
Mas um dia o homem
não deu corda ao relógio:
O relógio parou — o tempo passou.
Então o homem nunca
mais deu corda ao relógio.
E foi assim que a história acabou.

Eduardo Libório, 
História do Homem que Tinha um Relógio 
in ‘Poesias, Desenhos e Correspondência’

Caderno Economia do EXPRESSO

Conceito de Saúde e Doença





Antropologia e medicina

Anselmo  Borges


Já não vivendo em círculos fechados, acontece-me ser convidado para intervir sobre o tema em epígrafe, no contexto de colóquios de e para médicos.
De facto, o conceito de saúde e doença depende também da ideia que se tem de Homem.
1. Assim, sublinharia, em primeiro lugar, a neotenia, para reconhecer que o ser humano é um prematuro, nasce antes do tempo, sendo esta a condição de possibilidade de se tornar Homem. Enquanto os outros animais vêm ao mundo já feitos, o ser humano nasce por fazer e tem de se fazer. Por isso, é sempre o resultado de uma herança genética e de uma cultura em história, com encontros e desencontros e onde há lugar para a liberdade. O Homem é por natureza cultural.