Mostrar mensagens com a etiqueta Inês Leitão. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Inês Leitão. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Praça Padre João Gonçalves



Padre João e Inês Leitão
Por decisão da Câmara Municipal de Ílhavo, o "Jardim Central" da Gafanha da Carmo passa a designar-se "Praça Padre João Gonçalves". Trata-se de uma justa homenagem ao conhecido Padre das Prisões, filho da terra, onde nasceu em 28 de Março de 1944. Foi ordenado presbítero em 21 de Dezembro de 1969 e faleceu em 8 de Dezembro de 2020.
Entre outros cargos, foi pároco da Sé aveirense, capelão do Hospital e do Estabelecimento Prisional de Aveiro. Também coordenou a pastoral penitenciária nacional. É oportuno  realçar as suas responsabilidades ao nível das Florinhas do Vouga, uma IPSS com diversas valências, onde o padre João implementou serviços de apoio aos mais desfavorecidos, sem esquecer os sem-abrigo.
Um filme das irmãs Daniela e Inês Leitão, denominado "O Padre das Prisões", sublinha bem a missão deste sacerdote no meio de nós. Inês Leitão ainda escreveu um livro com o mesmo título.

terça-feira, 14 de junho de 2016

O Padre das Prisões Portuguesas

Um ensaio de Inês Leitão 
sobre a vida do Padre João Gonçalves 

D. António e Padre João 
Padre João e Inês Leitão
“O PADRE DAS PRISÕES PORTUGUESAS — Ensaio baseado na vida do Pe. João Gonçalves”, de Inês Leitão, foi hoje apresentado no Mercado Manuel Firmino, onde está a decorrer a Feira do Livro, com organização da Câmara Municipal de Aveiro. Trata-se de um trabalho que resulta de notas e informações recolhidas pela autora, aquando da preparação do documentário “O Padre das Prisões”, de que Inês Leitão foi guionista e sua irmã Daniela Leitão realizadora. A Editorial Cáritas foi a responsável pela publicação do livro, tendo Eugénio da Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa, sublinhado que a missão daquela organização não é só prestar ajuda e matar a fome a quem precisa, mas também, e fundamentalmente, contribuir para a reintegração das pessoas na sociedade. Considera importante «transformar as consciências», estando atentos aos «sinais dos tempos». «É preciso olhar de maneira diferente a partir dos livros», razão por que existe a Editorial Cáritas. 
Inês Leitão manifestou o desejo de que descobríssemos no livro o Padre das Prisões, garantindo que há na Igreja «muita gente boa que faz coisas excecionais». Salientou que, apesar de católica, considerava que os presos deviam ser severamente castigados, sobretudo em certos crimes. Porém, com a ajuda do Padre João Gonçalves, acabou por reconhecer que Deus está realmente «preso entre os presos».
O Presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, admirador do Padre João, afirmou que marcara presença nesta sessão «para acordar», não certamente das viagens que havia concluído há pouco, mas decerto para a problemática dos presos, sua reinserção e seus familiares.
“O Padre das Prisões”, título que o Padre João nem aprecia, desvalorizou os elogios que vieram de todos os lados, afirmando que «também tem defeitos». Disse que aceitou o documentário e agora o livro tão-só para que se falasse das cadeias e dos  que estão detidos. «São pessoas que sofrem, marcadas pelas dores, mas são pessoas», referiu. Adiantou que os presos lhe merecem muito respeito, frisando que «as cadeias não são bons ensaios para a vida». 
Ao encerrar a sessão do lançamento do livro “O PADRE DAS PRISÕES PORTUGUESAS — Ensaio baseado na vida do Pe. João Gonçalves”, o nosso Bispo, D. António Moiteiro, lembrou que «a fé atua pela caridade» e explicou que a Cáritas «é o rosto visível da Igreja pelo exercício da caridade». E aos cristãos recordou que «não basta o carisma de cada um, porque é essencial a generosidade». 
Considerou oportuna a publicação deste livro, a meio do Ano da Misericórdia. «Somos chamados a ser agentes da Misericórdia; somos o rosto misericordioso de Jesus; e somo-lo na medida em que amarmos os outros», afirmou D. António. 
Voltarei ao livro quando o ler.

Fernando Martins

domingo, 12 de junho de 2016

João Gonçalves — O padre das prisões

“Eu acredito em super-heróis.
Para mim, ele é um deles”

Inês Leitão
«“O padre das prisões portuguesas – ensaio baseado na vida do padre João Gonçalves” é lançado na próxima terça-feira, às 17 horas, na Feira do Livro de Aveiro. O Diário de Aveiro conversou com a autora, Inês Leitão, que já antes, juntamente com a irmã, fizera um documentário sobre João Gonçalves, coordenador da Pastoral Penitenciária portuguesa e presidente da instituição social Florinhas do Vouga Diário de Aveiro: Depois de um documentário, lanças agora um livro sobre o padre João Gonçalves. O que se pode encontrar nesta nova obra? Inês Leitão: Este livro é o resultado de muitas horas de entrevista que fiz ao padre João Gonçalves na parte da “repérage” e durante a investigação para o documentário. Fiquei a viver em Aveiro durante uma semana - eu nunca tinha estado em Aveiro - e grande parte das minhas horas serviram para conhecer melhor o padre João através de entrevistas gravadas em áudio e de amigos ou pessoas próximas dele. Foram muitas horas de material e achei que não podia ficar tudo para mim. Tinha de o mostrar. Não sei se a linha que escolhi faz jus àquilo que, para mim, é a figura do Padre das Prisões. Espero que faça.»

Fonte: Diário de Aveiro (Texto e Foto)


NOTA: Sobre o Padre João Gonçalves, pode ler mais aqui, em entrevista que me concedeu.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Padre João Gonçalves — O Padre das Prisões

Padre João Gonçalves 

Participei no sábado à tarde, no edifício da Assembleia Municipal de Aveiro e antiga Capitania, na apresentação do documentário “O Padre das Prisões”, que retrata o trabalho do Padre João Gonçalves, capelão do Estabelecimento Prisional de Aveiro e Coordenador Nacional da Pastoral das Prisões, junto dos reclusos. O documentário resulta de um desafio do Padre João lançado às irmãs Inês e Daniela Leitão, argumentista e realizadora, respetivamente, que há bons meses foram recebidas pelo Papa Francisco, a propósito de “O meu bairro”, documentário que mostra a ação pastoral de Missionários da Consolata.
O Padre João Gonçalves é um sacerdote de causas, que não se fica pelas meias tintas. Anda há 40 anos nesta missão de assistência espiritual e não só aos reclusos na Cadeia de Aveiro, sem descurar outros trabalhos eclesiais e sociais, bem conhecidos de todos os aveirenses, a par da coordenação nacional da pastoral direcionada para os que se encontram privados da liberdade, por crimes que a sociedade não perdoa. E nesses 40 anos, depois de tanto falar, de tanto procurar sensibilizar pessoas, paróquias, entidades particulares e oficiais, para além de empresas e serviços religiosos, sociais e culturais, sem nunca desanimar, sentiu que era preciso abanar a comunidade nacional, em geral, e a Igreja Católica, em particular, para a urgência do apoio incondicional aos presos e ex-presos e suas famílias. Fê-lo em boa altura, quando bateu à porta certa. As irmãs Inês e Daniela, com toda uma equipa agora alargada, puseram mãos à obra e o documentário foi divulgado pela comunicação social com grande profusão. Nestes últimos dias, “O padre das prisões” saltou as grades e anda na rua, recebendo aplausos e palavras amigas de toda a gente. Será preciso não se ficar por aí.
Os reclusos têm de ver reconhecida a sua dignidade de seres humanos; os ex-reclusos não podem mais carregar o ferrete do desprezo e da indiferença; os empresários devem acolhê-los com sinais de confiança; todos precisamos de levar à prática, junto deles, sentimentos de partilha e de esperança.

NOTA: Tenho acompanhado a ação do Padre João Gonçalves há décadas. Aprecio imenso a sua generosidade e disponibilidade ao serviço do Reino, com prioridade dada aos feridos da vida. Entrevistei-o diversas vezes e hoje até repesquei um texto que publiquei no jornal Solidariedade em 2004 e que pode ser lido  aqui.