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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

O TEMPORAL ENCOMENDADO

A história que levou à construção
da nossa atual Av. José Estêvão


«O visconde da Luz veio certificar-se por seus próprios olhos das razões que militariam a favor da construção ou da sua desnecessidade, apregoada em alta grita pelos foliculários locais que se opunham a José Estêvão.
Joaquim de Melo Freitas relata o episódio que convincentemente determinaria as conclusões do ilustre visitante, com o bom humor e a elegância que lhe eram habituais:
Embarcaram no cais, e fizeram-se ao largo. Neste instante o vento desencadeia-se, as marés agitam-se em balanços desesperados; o barco dançava sobre a espuma da ria, e o mastro, curvado pelo vendavaI, gemia e estalava com o impulso cego das lufadas. A chuva desatou-se por fim em torrentes, e não tardou uma trovoada medonha.
O visconde da Luz ordenou imediatamente aos barqueiros que voltassem para traz porque não gostava da chuva nem do temporal. José Estêvão, a cada relâmpago que alumiava o céu, brusco e temeroso, esfregava as mãos de contente e dizia com esplêndida alegria:
— Encomendei-o de propósito; eu desejava que você se convencesse de que a estrada era precisa e até urgente... Desminta-me agora se é capaz!
A encomenda era o temporal.
Dentro em pouco — prosseguia — procedia-se à construção da estrada, da estrada que chegou a registar, há meses, em vinte e quatro horas, num domingo de verão de 1965, um movimento de cerca de seis mil veículos automóveis.»

Eduardo Cerqueira,

em “Aveiro e o seu Distrito”, n.º 2,  1966

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Efeméride — José Estêvão Coelho de Magalhães

1984 — 15 de Outubro



Voltou a ser colocada junto do edifício da Assembleia da República a estátua do insigne parlamentar aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, que fora inaugurada em 1878 em Lisboa, no Largo das Cortes, e daí retirada em 1935. No mesmo dia, o Parlamento prestou ao grande tribuno uma significativa homenagem, falando os representantes dos principais partidos políticos (Diário das Sessões da Assembleia da República, 16 -10-1984) — J.

Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo 
e João Gonçalves Gaspar

sábado, 7 de agosto de 2021

Evocação de José Estêvão

José Estêvão com esposa e filho 


Destes ocasos d'oiro e deste cerúleo mar

Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar,
Desta mesma risonha e plácida paisagem,
Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem
Se reflectiu no teu embevecido olhar!

Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar,
Refazer, para a luta, as forças e a coragem,
Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem,
Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar…

Por isso o coração aqui me prende assim!
E, da saudade, quando, ao remorder acerbo,
Tua figura evoco e ressuscito em mim,

Vejo-te errar na praia – emocionante engano! –
Buscando a inspiração do teu ardente verbo
No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano!


Soneto de Luís de Magalhães,
filho de José Estêvão Coelho de Magalhães,
em que evoca a Costa Nova e o seu próprio pai

In “José Estêvão – Estudo e Colectânea”

domingo, 22 de abril de 2018

José Estêvão e a estação de Aveiro


NOTA: Aquando da recente e singela homenagem prestada a José Estêvão na estação de Aveiro, realcei, de forma simples, que ele lutou para que a via férrea passasse pela nossa região. Hoje, apresento um texto com alguns pormenores interessantes que vale a pena ficar a conhecer. Texto publicado na revista Arquivo do Distrito de Aveiro.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

José Estêvão e a Estação de Aveiro



Amanhã,10 de abril, vai ser prestada uma justa homenagem ao célebre aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, com o descerramento de uma placa. Esta distinção honra a memória de um político que lutou incansavelmente para que a Linha do Norte passasse por Aveiro, como veio a acontecer. Tanto quanto julgo saber, aquele traçado que ligava o Porto a Lisboa estaria planeado para passar por Águeda.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Estátua de José Estêvão

1889 - 12 de agosto
 
 
«Estando presente a veneranda viúva D. Rita de Moura Miranda Magalhães, foi solenemente inaugurada a estátua do tribuno aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, havendo por esse motivo três dias de festas – 11, 12 e 13 – entre elas um luzido cortejo cívico, no dia 12, em que figuraram diversos carros alegóricos. Foi lavrado um auto da inauguração do monumento, que se guarda no arquivo do Liceu (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, cols. 81'-83'; Arquivo, V, pgs. 134-135) – A.»
 
"Calendário Histórico de Aveiro",
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Escritores e a Ria de Aveiro — 11

palheiro de josé estêvão - Pesquisa Google:
Palheiro de José Estêvão

Destes ocasos d’oiro 
e deste cerúleo mar

Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar,
Desta mesma risonha e plácida paisagem,
Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem
Se reflectiu no teu embevecido olhar!

Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar,
Refazer, para a luta, as forças e a coragem,
Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem,
Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar…

Por isso o coração aqui me prende assim!
E, da saudade, quando, ao remorder acerbo,
Tua figura evoco e ressuscito em mim,

Vejo-te errar na praia — emocionado engano! —
Buscando a inspiração do teu ardente verbo
No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano!

Luís de Magalhães

 "José Estêvão — Estudos e Colectânea” 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Ainda o Palheiro de José Estêvão




«As companhas tinham chegado em 1808 ao areal,ali mesmo defronte daquele local,onde se estabeleceram os palheirões de guarda de material, e um ou outro palheiro de que temos referência, entre eles o do padre José Bernardo de Sousa, o do capitão-mor, chefe das Ordenanças, Manuel Maia Vizinho, o do José Ferreira Félix,vereador e sargento-mor, o de João de Azevedo, feitor do sargento-mor, e o de José Gomes dos Santos, feitor do cap-mor. Também, ali, naquele local, o abastado comerciante, Manuel de Moura Martinho, oriundo de Viseu, mercantel da sardinha, construiu um palheiro – que provavelmente seria originalmente um armazém de salga de sardinha, eventualmente, para habitação, também. Decorria o ano de 1840 quando José Estêvão lhe adquire o palheiro, e, provavelmente, lhe introduziu modificações sensíveis.
José Estêvão, diz-nos o seu filho Cons. Luís Magalhães, adquire-o para que junto com sua esposa, D Rita de Moura Miranda, pudesse «nesse recanto modesto e obscuro», … mas belo e largo» descansar das “violentas refregas da vida publica”,aí passando, com a família, por norma, longos períodos.»

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Fotos dos meus arquivos

sábado, 16 de janeiro de 2010

José Estêvão: Revolução e Liberdade


O período da Exposição “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1832)” foi prolongado até 26 de Fevereiro, pelo que não encerra amanhã, dia 12 de Janeiro, como tínhamos anteriormente anunciado.
Inserida nas comemorações do bicentenário do nascimento de José Estêvão, inaugurou-se no passado dia 19 de Dezembro, a exposição intitulada “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1862”).
A mostra “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1862)” está patente até ao dia 26 de Fevereiro, na galeria do antigo edifício da Capitania de Aveiro, de terça a sexta-feira das 10.00 às 12.00 horas e das 14.00 às 17.30 horas. Tem entrada livre.

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