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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Importa descobrir o que podemos fazer contra o mal


O mal: uma difícil questão

José Tolentino Mendonça


«A Cabala judaica ensina que o mal surgiu no mundo quando um escriba preguiçoso se equivocou na escuta e transcreveu erradamente uma letra da Escritura Sagrada. Um rabino comentador da Cabala, Soloviel, afirma: «As duas vozes, aquela de Deus que não devemos nomear e a voz do mal, do mal inominável, são terrivelmente semelhantes. A diferença entre uma e outra é apenas o som de uma gota de chuva a cair no mar». Ambas são formas poéticas de interpretar a questão. Mas refletir sobre o mal, qualquer que seja a forma adotada, é já uma vitória, pois não raro ele nos aparece como austeríssimo lugar onde o pensamento entra em colapso.
O mal toca universalmente as existências e constitui a todos os níveis um desafio. O importante, porém, como explica o filósofo Paul Ricoeur, não é tanto insistir em encontrar uma solução. Mais relevante que pensar donde vem o Mal é sim descobrir o que podemos fazer contra ele. A experiência do mal desafia à luta prática contra o próprio mal. Reorienta-se, assim, o olhar para um novo futuro.»

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