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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

“Pássaro de Seda” — Um espaço de bom gosto

Maria João, à esquerda, com uma colaboradora

O prometido é devido. Havia garantido à Maria João Cravo, do “Pássaro de Seda”, que um dia passaria pelo seu espaço de arte e bom gosto, na Rua Direita, em Aveiro. Tardei na visita, mas hoje aconteceu graças ao convite do meu filho Fernando, que me arrancou da sesta para o acompanhar. Aceitei o desafio com a condição de entrar, em primeiro lugar, no “Pássaro de Seda”. Assim foi.
Confesso que não fiquei surpreendido pelo ambiente acolhedor com que a Maria João Cravo recebe quem entra na sua loja. Tem um sorriso que cativa os eventuais compradores das suas belas criações, já com projeção para além fronteiras. Vários prémios fazem parte do seu currículo, porque não se fica pelo artesanato quantas vezes sem expressão. 
A Maria João, contudo, sabe que um espaço destinado ao público dos nossos tempos, exigente e sabedor do que quer, não pode limitar-se a um tipo restrito de oferta. «Ter peças só minhas é dar um tiro no pé», disse. E acrescentou: «Na minha loja há várias marcas, todas portuguesas, porque assumi isto como ponto de honra.» E não faltam produtos biológicos para os mais exigentes.
Olhei à minha volta. O espaço não é muito grande, mas dá para perceber que existe sensibilidade na oferta. 

sábado, 30 de novembro de 2013

"Pássaro de Seda" em Aveiro


Aposta de Maria João Cravo


A Maria João Cravo inaugurou hoje, envolvida pelo carinho de muitos amigos, o seu ateliê, no n.º 2, 1.º andar, do Largo Dr. Jaime de Magalhães Lima, mesmo ao lado da Biblioteca Municipal de Aveiro. Ali vai ter a sua tebaida de criação artística, com o sugestivo nome de “Pássaro de Seda”, que é ainda um espaço para receber gente jovem e menos jovem,  com sensibilidade e bom gosto.  
Em nota  inserida na sua página do Facebook, a artista sublinha que, «Depois de ter partido à conquista de recantos dentro e fora do país, pousando em vários ninhos amigos, o “Pássaro de Seda” chegou à conclusão que está na altura de voar também sozinho». A partir de hoje, «abriu as asas para começar a conquistar outros céus!», com a certeza de que poderá contar com todos os que apreciam artesanato de muita qualidade, assente em diversas vertentes, nomeadamente, na cerâmica, na pintura e na bijutaria.
Confesso que aprecio e valorizo quem ousa lutar contra a maré, com fluxos e refluxos provocados pela crise económica e social que nos quer manietar. A Maria João mostra deste modo à saciedade que é possível viver fazendo aquilo de que mais gosta, no respeito pelo provérbio que nos ensina que o trabalho por gosto não cansa. 
Felicito a Maria João na esperança de que o seu exemplo contagie muitos jovens à procura de oportunidades para singrar, vencendo procelas, com mão firme no leme. 



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Maria João Cravo e Jorge Cardoso apostam no artesanato

Escritos, conversas e reportagens à volta do Festival do Bacalhau, que decorreu entre 14 e 18 de agosto, no Jardim Oudinot, deram prioridade ao “fiel amigo” e a pratos das muitas maneiras de o confecionar, bem como aos petiscos dos chamados derivados, nomeadamente, bolinhos, pataniscas, feijoada de samos, línguas e carinhas fritas. Também se falou muito dos concertos que bateram recordes de assistências e de outras festas associadas. Pouco, a meu ver, dos artesãos que se apresentaram em bom número, cada um com as suas artes e ofícios, onde predominam, em diversos casos, o ineditismo e o espírito criativo.
Na impossibilidade de nos referirmos a todos, que todos bem o mereciam, optámos aleatoriamente por dois jovens entusiastas e profissionalizados. São eles Maria João Cravo e Jorge Cardoso.

Texto e fotos de Fernando Martins

Ambos começaram de forma espontânea e muito cedo. A Maria João sempre gostou de trabalhos artesanais e um dia, em férias, apeteceu-lhe fazer um colar. Foi à retrosaria e comprou o que julgou preciso. «Gostei tanto que repeti e resolvi mostrar… a partir daí, as coisas foram crescendo.» Do colar saltou para artes com tecido e corda. Posteriormente, entusiasmou-se pela cerâmica, tendo recebido formação na ACAV — Associação Arte e Cultura de Aveiro. «Mais a sério, dedico-me à bijutaria desde 2005», disse.
O Jorge iniciou esta atividade, que virou prazer, há 15 anos, por brincadeira, com a arte de marinharia, «para oferecer aos familiares e amigos, na expetativa de poupar dinheiro nas prendas de natal». E nunca mais parou. Dos nós passou ao restauro, às miniaturas e aos trabalhos com conchas, fixando-se, presentemente, entre outras artes, na “Amendoimlândia”
«Desde que tive contacto com o artesanato, fui-me apaixonando, e hoje não é só um sustento mas também um grande vício», sintetiza.