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terça-feira, 26 de outubro de 2021

Hoje andei à cata de memórias

Quando estamos mais por casa, forçados ultimamente pela pandemia e habitualmente pela idade, como é o meu caso, a nossa memória é invadida por recordações e vivências agradáveis.  Garanto-vos, meus caros, que é o que nos vale.


Os filhos e netos perpetuam-nos no mundo. O nosso ADN vai passar, se Deus quiser, de geração em geração. Até ao fim dos tempos. Vem isto a propósito do nosso neto Dinis ter passado uns dias connosco. Os outros, a Filipa e o Ricardo, passam por cá quando podem, o que é sempre uma alegria para os avós. E também para eles, afirmo-o sem ter dúvidas.
Hoje, na hora da partida, ao apreciar os sacos e malas das roupas e outras coisas, veio o desafio de registar em fotografia a carga que uma pessoa, mesmo pequena, carrega para uns simples dias de férias. E três dos meus amores sorriram perante os meus comentários. Eu, que sou do tempo em que nos governávamos com pouquíssima coisa, apenas o suficiente para a vida de há uns 70 anos, não posso deixar de evocar as alterações profundas que se têm verificado na sociedade ao longo das últimas gerações, a tantos níveis. Houve progressos nunca sonhados na minha meninice e formas de viver e de pensar que se impuseram como marcas civilizacionais que serão alicerces de mudanças em constante movimento. Penso que poucos terão grandes saudades dos tempos passados, para além dos mimos com que nos brindaram.
Nos sacos e sacolas, malas e maletas dos tempos atuais, não falta nada. Para uns dias, há roupa para as quatro estações, calçado variado, jogos e quebra-cabeças, cadernos e livros de estudo que nem são abertos, computador (Claro!) para imensos tempos livres. E na despedida, a avó até comentou: — nestas curtas férias, só foste regar uma vez; nem foste ao galinheiro buscar os ovos; nem construíste nada no quintal; na próxima visita, teremos de fazer um programa diferente.
Depois da fotografia, lá foi o Dinis com a mãe Aida. Alegres como sempre. E a casa ficou vazia.

Fernando Martins

Nota: Saquei de Memórias Soltas 

domingo, 4 de abril de 2021

Dia de Páscoa

Memórias que escrevi em 2015



A Páscoa celebra, como é sabido, o grande mistério da nossa fé. Há um período, a Quaresma, que nos prepara para isso. Já no fim, o Tríduo Pascal congrega-nos intensamente para a vivência da paixão e morte de Jesus. Silêncio, meditação e oração, com jejuns, abstinências e partilhas, tornam mais expressiva a fé que de Deus no vem para em comunhão com todos construirmos um mundo melhor. Dir-se-á que esse propósito nos deve animar nos passos da nossa existência terrena. Para mim, a Páscoa é sempre uma mais-valia para o aprofundamento do meu envolvimento nos projetos da construção de uma sociedade mais fraterna, mais humanista. Por isso, valorizo de modo especial a festa maior do cristianismo. Maior, porque é da Ressurreição de Jesus Cristo que dimana a razão da nossa fé, dom de Deus ofertado a todos os homens e mulheres de boa vontade. Eu preciso da Páscoa.

Pode ler as minhas memórias da Páscoa aqui. 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cortejo dos Reis — Domingo, 17 de janeiro

Pastor vai adorar o Menino na igreja matriz
Vai realizar-se no domingo, 17 de janeiro, o Cortejo dos Reis. Com atraso, porque o tempo não o permitiu na passada semana. Desta feita, estou com fé de que vamos ter a festa dos Reis, porque pedi ao Deus-Menino que desse uma ajudinha. 
Ao contrário do que os mais pessimistas possam pensar, o nosso povo não perdeu o entusiasmo e tudo decorrerá como previsto, porque a nossa comunidade merece tudo. Então, boa participação para todos.

No meu blogue Memórias Soltas evoquei uma participação no Cortejo com o meu irmão. Eu teria uns oito anos e ele cinco. Com as prendas ao ombro, que naquele tempo não havia carrinhas para facilitar a vida aos participantes, caminhámos de Remelha até à igreja. Esfalfados, corremos para casa. Podem ler a minha recordação aqui 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Memórias que não são só memórias

Um livro de Domingos Cerqueira



Domingos Cerqueira, que conheço há bons anos, acaba de escrever um livro — "Memórias que não são só memórias" —, cujo lançamento vai acontecer no próximo dia 2 de outubro, pelas 18 horas, no auditório do Museu de Santa Joana. Diz ele que «da ideia inicial de escrever apenas para os filhos e para os netos» nasceu este livro por «empurrão de alguns amigos», o que me parece muito bem. Afirmo isto por conhecer a intervenção cívica, social, política e religiosa do Domingos, tendo ele, naturalmente, muito que contar. 
O livro vai ser apresentado pelo padre João Gonçalves, pessoa grada e estimada na cidade e diocese, mas não só, sendo também profundo conhecedor da dedicação do Domingos Cerqueira a causas e tarefas da comunidade aveirense. Os meus parabéns com votos dos maiores êxitos.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

“Memórias a Mil Vozes”



Para reviver o passado, próximo ou mais afastado

“Memórias a Mil Vozes” é um livro com recordações de sete pessoas (Albertina Vaz, Conceição Cação, Dores Picado Topete, Fernanda Reigota, José Luís Vaz, Júlia Sardo e Maria Jorge) que delegaram em Ana e Miguel, as personagens à volta das quais as estórias se revelam, «como se de um filme se tratasse», a arte de os representar. 
Este trabalho, que nasceu como projeto de um grupo assente na Escrita Criativa, guia os leitores, com poesia e muito sabor, numa caminhada que reflete «os últimos sessenta anos de um povo que atravessou o longo túnel de todos os esquecimentos e surge renovado e repleto duma esperança que quer preservar», como se lê na contracapa.
As estórias em boa hora registadas neste livro de 396 páginas, editado por Chiado Editora, conduzem os leitores a vivências comuns a muita gente de várias gerações e estratos sociais, sendo certo que predomina, no essencial, o povo da nossa terra e região, com alegrias e tristezas, lutas e desafios, sonhos concretizados ou adiados, projetos de um mundo melhor, ideal permanentemente de portas abertas a quem não se conforma com a dormência em que alguns vegetam por comodismo ou conformismo. 

Os autores, da esquerda para a direita: Júlia Sardo, Dores Topete,
 Conceição Cação,  José Luís Vaz,  Maria Jorge,
Albertina Vaz e Fernanda Reigota 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A minha memória



Quando me propus registar pedaços da história da Gafanha da Nazaré, ouvidos uns e vividos outros, socorri-me da memória. E logo reconheci, de forma mais palpável, a sua importância. Com ela, e graças a ela, consigo desenhar percursos, meus e de outros, e compreender os alicerces das gentes desta terra que durante muitas décadas construíram a aldeia, depois a freguesia e mais tarde a vila e a cidade.
Senti, então, enquanto retrocedia no tempo, como a memória explica sentimentos, quantas vezes esculpidos nos acontecimentos que vivi ou vi de perto, mas também que foram experimentados por tantos outros e que passaram de boca em boca. Com a memória revivi interrogações, desafios, barreiras e sucessos que encheram a alma dos gafanhões.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Um livro da Fernanda Matias

"De mangas arregaçadas pela escada da vida"

No sábado, 24 de agosto, à noite, na Casa José Engling, junto ao Santuário de Schoenstatt, foi apresentado um livro de Fernanda Matias, conhecida gafanhoa que à sociedade se deu com entusiasmo, espalhando e criando imensas amizades. Daí os amigos, cerca de 200, de diversos quadrantes, que quiseram manifestar-lhe a sua simpatia, direi mesmo o seu carinho, tanto mais que ela foi, durante décadas, uma dedicada catequista, deixando em cada catequizando e nos seus familiares genes de ternura para toda a vida. 
Lurdes Matias, filha da autora, afirmou na abertura da sessão que o livro de sua mãe «não é nada de especial», mas não deixa de ser um seu irmão «que vai nascer hoje». E acrescentou: «Ao fim de 50 anos ter um irmão é uma festa.» Ainda frisou que para si é uma alegria grande saber que a sua mãe «tem muitos amigos».