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sábado, 6 de abril de 2019

Afinal, há prisão perpétua em Portugal?

P. João recebe prémio Foto © Manuel Meira
«Numa intervenção durante a projecção do documentário O Padre das Prisões – uma iniciativa 7MARGENS, no âmbito do Terra Justa –, Almeida Santos contestou a ideia de que não há prisão perpétua em Portugal. “As penas sucessivas e acessórias estão a fazer com que já haja prisão perpétua”, afirmou, com pessoas que passam a sua vida nas cadeias. Além disso, mais de 30 mil pessoas, sujeitas a medidas como a prisão domiciliária, pulseira electrónica, liberdade condicional ou suspensão de pena podem ir para a prisão a qualquer momento.»

terça-feira, 14 de junho de 2016

O Padre das Prisões Portuguesas

Um ensaio de Inês Leitão 
sobre a vida do Padre João Gonçalves 

D. António e Padre João 
Padre João e Inês Leitão
“O PADRE DAS PRISÕES PORTUGUESAS — Ensaio baseado na vida do Pe. João Gonçalves”, de Inês Leitão, foi hoje apresentado no Mercado Manuel Firmino, onde está a decorrer a Feira do Livro, com organização da Câmara Municipal de Aveiro. Trata-se de um trabalho que resulta de notas e informações recolhidas pela autora, aquando da preparação do documentário “O Padre das Prisões”, de que Inês Leitão foi guionista e sua irmã Daniela Leitão realizadora. A Editorial Cáritas foi a responsável pela publicação do livro, tendo Eugénio da Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa, sublinhado que a missão daquela organização não é só prestar ajuda e matar a fome a quem precisa, mas também, e fundamentalmente, contribuir para a reintegração das pessoas na sociedade. Considera importante «transformar as consciências», estando atentos aos «sinais dos tempos». «É preciso olhar de maneira diferente a partir dos livros», razão por que existe a Editorial Cáritas. 
Inês Leitão manifestou o desejo de que descobríssemos no livro o Padre das Prisões, garantindo que há na Igreja «muita gente boa que faz coisas excecionais». Salientou que, apesar de católica, considerava que os presos deviam ser severamente castigados, sobretudo em certos crimes. Porém, com a ajuda do Padre João Gonçalves, acabou por reconhecer que Deus está realmente «preso entre os presos».
O Presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, admirador do Padre João, afirmou que marcara presença nesta sessão «para acordar», não certamente das viagens que havia concluído há pouco, mas decerto para a problemática dos presos, sua reinserção e seus familiares.
“O Padre das Prisões”, título que o Padre João nem aprecia, desvalorizou os elogios que vieram de todos os lados, afirmando que «também tem defeitos». Disse que aceitou o documentário e agora o livro tão-só para que se falasse das cadeias e dos  que estão detidos. «São pessoas que sofrem, marcadas pelas dores, mas são pessoas», referiu. Adiantou que os presos lhe merecem muito respeito, frisando que «as cadeias não são bons ensaios para a vida». 
Ao encerrar a sessão do lançamento do livro “O PADRE DAS PRISÕES PORTUGUESAS — Ensaio baseado na vida do Pe. João Gonçalves”, o nosso Bispo, D. António Moiteiro, lembrou que «a fé atua pela caridade» e explicou que a Cáritas «é o rosto visível da Igreja pelo exercício da caridade». E aos cristãos recordou que «não basta o carisma de cada um, porque é essencial a generosidade». 
Considerou oportuna a publicação deste livro, a meio do Ano da Misericórdia. «Somos chamados a ser agentes da Misericórdia; somos o rosto misericordioso de Jesus; e somo-lo na medida em que amarmos os outros», afirmou D. António. 
Voltarei ao livro quando o ler.

Fernando Martins