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sábado, 30 de dezembro de 2023

Obra da Providência


Dona Rosa Bela e Dona Maria da Luz

Neste mês, em que se assinala o primeiro aniversário do Fórum Municipal da Maior Idade e em que apresentamos aos nossos leitores uma Agenda renovada, dedicamos esta nova rubrica da Agenda de Eventos “Viver Em...”, “Associações”, à Obra da Providência, a mais antiga entidade parceira do Fórum.
A Obra da Providência, Instituição Particular de Solidariedade Social, nasceu espontaneamente em 1953, na Gafanha da Nazaré, graças ao empenhamento de duas mulheres, a D. Maria da Luz e a D. Belinha, que dedicavam grande parte do seu tempo a ajudar os mais desfavorecidos.
O objetivo era o de dar apoio a jovens vítimas de rejeitação familiar e violência doméstica, da prostituição e de outras situações sociais problemáticas, sendo um grande número de mães adolescentes. Denominada na altura de Lar da Providência, as fundadoras procuraram desde o início que a marca caraterística desta casa fosse o ambiente de acolhimento e de liberdade. Procuraram também manter um grupo pequeno para assegurar um ambiente familiar.

Fonte: CMI

Nota: Publicado em 30 de dezembro de 2013.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Importa manter a fidelidade ao espírito inicial da Obra

Nova direção da Obra

Sofia Inês, a nova presidente da Obra

Eduardo Arvins no momento da despedida


Ascensão Ramos intervém em nome da direção


D. António Moiteiro pede fidelidade ao carisma da Obra


Presidente da CMI  recorda as fundadoras
Depois de evocar as fundadoras da Obra da Providência (OP), Maria da Luz Rocha e Rosa Bela Vieira, que considerou “pessoas de fé”, o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, lembrou, na tomada de posse dos novos corpos sociais daquela instituição, criada em 1953, que importa manter a “fidelidade ao carisma inicial, que é a ajuda aos que mais precisam, descobrindo caminhos novos”. Contudo, os desafios do nosso tempo exigem respostas diferentes, sendo certo que, “se a Direção fizer o melhor que puder, Deus fará o resto”, sublinhou o prelado aveirense. E acrescentou que, na eventualidade de faltarem os apoios estatais, “teremos de reinventar a caridade cristã, que essa não pode acabar”.
Os dirigentes tomaram posse no passado dia 3 de Janeiro, na Igreja Matriz, depois da Eucaristia das 19 horas, a que presidiu o nosso Bispo. O prior da Gafanha da Nazaré, Pe. César Fernandes, que concelebrou com D. António Moiteiro, integra a Direção empossada.
O prelado aveirense frisou que temos, presentemente, desafios grandes porque estamos a caminhar para “uma sociedade bastante egoísta, utilitarista e indiferente ao religioso”, como o provam os dados do recenseamento à prática dominical. Por isso — acrescentou — “é necessário estarmos atentos aos sinais dos tempos que nos vão sendo dados à luz da fé, levando-nos a encetar caminhos que respondam ao que Deus espera de nós”.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

História da Obra da Providência registada em livro

Fernando Martins apresenta livro 
sobre instituição notável da Gafanha da Nazaré, 
no Salão de Junta de Freguesia, 
dia 1 de março, 
às 21h00.

As fundadoras
No próximo dia 1 de março, pelas 21 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, vai ser apresentado o livro “Obra da Providência — Subsídios para a sua história”, da autoria do professor e diácono Fernando Martins. A sessão é aberta a todas as pessoas, convidando-se especialmente os amigos desta instituição, uma das mais antigas da Gafanha da Nazaré. 
O livro surge como uma resposta à necessidade de preservar a memória da obra social notável, principalmente após a morte das fundadoras. “Mais de meio século de vida intensa em prol da comunidade, nomeadamente da família e de quem mais precisa, a Obra da Providência bem merece que a sua memória seja preservada. Não para ficar guardada numa qualquer gaveta de boas recordações, mas para servir de estímulo a todos, no sentido de nos abrirmos mais à solidariedade social e à caridade cristã”, escreve o autor na apresentação do livro. 
Preparado e concluído há vários anos, o livro surge a público já depois da morte das impulsionadoras da obra, Maria da Luz Rocha (falecida a 4 de outubro de 2016) e Rosa Bela Vieira (falecida a 15 de março de 2018), que, como escreve o professor Fernando Martins, “são duas MULHERES que se complementam. Razão e coração sempre de braço dado. A olhar para os mais carenciados de afeto, pão e trabalho”. “(…) Nelas, homenageamos os que se dão à sociedade, hoje como sempre, em tantas e tão diversas formas de serviço”, acrescenta. 
O livro, publicado pela editora diocesana Tempo Novo, divide-se em duas grandes partes mais uma adenda que inclui o elenco dos corpos gerentes, uma entrevista a D. Maria da Luz, cronologia e outras notícias. A primeira parte vai dos “primeiros passos” na década de 1950, até 1974. A segunda parte aborda o período começa com a Revolução de Abril de 1974, porque “a democracia abre portas a novos desafios”. As fundadoras cessam funções em 2005 e a segunda parte termina praticamente com a tomada de posse de uma nova direção, sob presidência de Eduardo Aníbal Arvins. 
Com muitas ilustrações (a preto e branco), temos neste livro um excelente relato histórico de uma instituição importante, que tanto bem fez (e faz) a tanta gente e que também sofreu incompreensões. Vale a pena conhecê-la através deste livro. Como refere o autor, “o que se regista neste trabalho servirá para compreendermos até que ponto o Evangelho pode ajudar a traçar caminhos diferentes e inovadores de justiça social, de caridade cristã e de solidariedade fraterna”. 

J.P.F.

NOTA: Texto publicado no jornal Timoneiro de fevereiro.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Obra da Providência - Subsídios para a sua história


No próximo dia 1 de março, pelas 21 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, vai ser apresentado o livro “Obra da Providência — Subsídios para a sua história”, da minha autoria. Convidam-se todos os amigos desta instituição, uma das mais antigas da nossa terra, a participar neste evento.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Obra da Providência celebrou 65 anos de vida

D. António no uso da palavra, com Eduardo Arvins
Parabéns à instituição aniversariante

Uma sociedade mais justa com as nossas contribuições

A Obra da Providência (OP) celebrou, em 20 de dezembro, com Eucaristia e jantar-convívio, o 65.º aniversário, não como instituição oficializada, mas enquanto servidora de mulheres mal-amada. Os estatutos vieram depois, que as fundadoras, Maria da Luz Rocha e Rosa Bela Vieira, apenas sentiam ser sua obrigação, como cristãs e membros da conferência de São Vicente de Paulo, que teve como patrona Nossa Senhora da Nazaré, agir em prol de quem mais precisava.
A Eucaristia de ação de graças e de sufrágio pela intenção das fundadoras contou com a presença dos atuais corpos sociais e funcionárias da Obra, mas ainda de amigos, familiares e antigos dirigentes. 
À homilia, o nosso prior, Pe. César, sublinhou a ação de Maria da Luz e Rosa Bela, apontando-as como exemplo a seguir por cada um de nós, recordando a devoção que elas sempre manifestaram por Nossa Senhora da Nazaré. “Tiveram uma vida de serviço fraterno aos irmãos, dedicando-se inicialmente ao apoio de mulheres e raparigas marginalizadas ou em perigo moral, prolongando-se esse trabalho até aos nossos dias”, mas novas valências foram criadas, depois do 25 de Abril, “direcionadas para as crianças”, frisou o nosso pároco. Ainda evocou nesta celebração eucarística os dirigentes, funcionárias e utentes já falecidos.

quinta-feira, 15 de março de 2018

A BELINHA PARTIU PARA O PAI


O funeral será amanhã 
na igreja matriz
às 11 horas 

Belinha e Maria da Luz na festa dos 50 anos da Obra da Providência
Belinha - 1955

Ontem à noite, soube da partida da Belinha para o seio de Deus. Estava há muito acamada e o seu falecimento, embora esperado, deixa um vazio em muita gente que a conheceu, que privou de perto com ela, que dela recebeu apoio em horas difíceis, e, naturalmente, na sua família e nos amigos mais próximos. A Belinha foi sempre uma pessoa extraordinariamente atenta aos mais pobres, aos mais frágeis e mais desprotegidos, mas também aos marginalizados e esquecidos, aos doentes e carentes de afeto. 
Belinha era o diminutivo que a tornou mais conhecida na Gafanha da Nazaré e arredores, de seu nome Rosa Bela Vieira, registada como Rosa Vechina Vieira. Nasceu em 2 de março de 1928 e desde cedo mostrou uma sensibilidade especial para apoiar os mais sofredores a vários níveis. Ligada a Maria da Luz Rocha, por afinidades estimuladas pela ação vicentina junto dos mais pobres, avançaram ambas para a criação de serviços de ajuda a raparigas e mulheres mal-amadas e rejeitadas pelas suas famílias de raiz, namorados ou maridos, pelo simples facto de terem ficado grávidas. E algumas, por motivos compreensíveis, acabaram por cair na prostituição. A Obra da Providência nasceu precisamente por isso. 
A Belinha, contudo, continuou durante toda a sua vida ativa com ações benemerentes em favor de quem precisasse. Deu injeções a doentes acamados, gratuitamente,  andando de porta em porta, de bicicleta, promoveu o internamento de alguns em hospitais, alimentou em sua casa quem não tinha que comer nem onde comer, vestiu pobres e conseguiu emprego para muitos. 
Nas suas andanças de casa em casa dos doentes foi registando múltiplas dificuldades que as famílias enfrentavam, partindo daí para a resolução de diversos problemas, sabendo as portas onde devia bater, nomeadamente nos departamentos estatais e junto de amigos. 
A Belinha e Maria da Luz, amigas muito próximas, tinham por hábito reunir-se à porta da igreja matriz, depois da missa da manhã, todos os dias, para fazem o ponto da situação, em ordem a levar a ajuda a quem precisasse, repartindo o trabalho entre si. Entendiam-se perfeitamente, talvez por terem maneiras de ser complementares. Belinha e Maria da Luz representavam, na prática, o coração e a razão de mãos dadas na paixão de levar à vida a mensagem evangélica de que se alimentavam diariamente pela comunhão e pela oração na eucaristia. 
Pelo bem que fez bem feito e pelas marcas de caridade que nos legou, sei que a Belinha já está no regaço maternal de Deus. 
Apresento condolências a toda a família.

Fernando Martins

sábado, 9 de janeiro de 2016

"Ofereça um Natal mais Feliz"

Crianças da Obra da Providência 
foram contempladas com prendas natalícias

Ondina Silva entrega prenda
No dia 23 de dezembro, na agência do BPI, na Gafanha da Nazaré, houve entrega de prendas natalícias a crianças-utentes da Obra da Providências. Foram 33 as contempladas, oriundas, obviamente, de famílias com algumas dificuldades económicas. 
Quando entrámos naquela agência, deparámos com um cartaz elucidativo, direcionado para clientes do BPI de todo o país, intitulado “Ofereça um Natal mais Feliz”. 
O texto esclarece que «O BPI ajuda mais de 400 instituições de solidariedade» em todo o território nacional, enquanto procura estimular cada cliente a oferecer um presente «a uma criança apoiada por uma instituição da sua região». 

Sandra Cachim, diretora técnica da Obra,
assiste à entrega de uma prenda
Domingos da Silva, gerente da agência da nossa terra, esclarece que esta ideia surgiu há anos no banco, tendo sido de imediato assumida, porque considera ser importante levar à prática a solidariedade, em especial em tempos de crise. «A ideia é de facto ajudarmos as pessoas que mais necessitam», salientou. E acrescentou  que «foi com muito prazer que este trabalho foi promovido», contando com a dedicação de Ondina Silva, gerente de conta, «que orientou todo o processo».
Eduardo Almeida, em representação da Obra da Providência, agradeceu em nome das crianças e suas famílias a iniciativa do BPI, frisando «a nobreza do ato de quem está disposto a distribuir um bocadinho do que tem contribuindo para um Natal um bocadinho melhor» de quem mais precisa. Ainda realçou o gesto daquele banco e dos seus colaboradores e clientes, que mostra à saciedade que o sentido de partilha deve ser uma atitude presente nas comunidades em que vivemos.

Ondina Silva e Sandra Cachim convencem bebé
a receber a prenda
O gerente quis reforçar o interesse e o envolvimento concreto dos clientes, porque «eles é que foram os obreiros», e adiantou que, nas antevésperas da quadra natalícia, «chegam a perguntar quando é que começa a campanha para a recolha das prendas».
Com a abertura da campanha, é distribuído aos que desejam colaborar um cartão com o nome e a idade da criança, para que a prenda seja ajustada e de agrado de quem a vai receber.
Por sua vez, o BPI oferece um contributo monetário à Obra da Providência, enquanto se disponibiliza para analisar as iniciativas e projetos da instituição, no sentido de oferecer as melhores condições e garantias.

Fernando Martins

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Obra da Providência

Maria da Luz Rocha


Neste mês, em que se assinala o primeiro aniversário do Fórum Municipal da Maior Idade e em que apresentamos aos nossos leitores uma Agenda renovada, dedicamos esta nova rubrica da Agenda de Eventos “Viver Em...”, “Associações”, à Obra da Providência, a mais antiga entidade parceira do Fórum.
A Obra da Providência, Instituição Particular de Solidariedade Social, nasceu espontaneamente em 1953, na Gafanha da Nazaré, graças ao empenhamento de duas mulheres, a D. Maria da Luz e a D. Belinha, que dedicavam grande parte do seu tempo a ajudar os mais desfavorecidos.
O objetivo era o de dar apoio a jovens vítimas de rejeitação familiar e violência doméstica, da prostituição e de outras situações sociais problemáticas, sendo um grande número de mães adolescentes. Denominada na altura de Lar da Providência, as fundadoras procuraram desde o início que a marca caraterística desta casa fosse o ambiente de acolhimento e de liberdade. Procuraram também manter um grupo pequeno para assegurar um ambiente familiar. 

sábado, 19 de dezembro de 2009

Jantar de Natal da Obra da Providência



Eduardo Arvins com o nosso prior e o nosso bispo


O bem não faz ruído, mas irradia e contagia

A mais antiga instituição de solidariedade social vinculada à paróquia da Gafanha da Nazaré, a conhecida Obra da Providência, organizou ontem o seu jantar de Natal, para fundadoras, dirigentes, antigos dirigentes, funcionárias e suas famílias. Também presentes o nosso Bispo, D. António Francisco, e o nosso prior, Padre Francisco Melo.
Depois das boas-vindas e votos de Santo Natal, apresentados pelo presidente da direcção, Eduardo Arvins, os dirigentes serviram à mesa, num gesto não muito frequente. Quiseram, certamente, levar à prática o sentido de serviço e de família que sabe acolher.
D. António Francisco, com a sua reconhecida serenidade, esteve ontem, também, de visita à Obra da Providência, para conhecer esta instituição de solidariedade social, tutelada, desde a primeira hora, pela Diocese de Aveiro, concretamente, graças ao apoio incondicional do primeiro Bispo da Diocese Restaurada, D. João Evangelista de Lima Vidal.
No jantar, D. António recordou a parábola do Bom Samaritano para dizer que o comportamento das fundadoras da Obra, Maria da Luz Rocha e Rosa Bela Vieira, se inseriu nessa linha, quando acolheram em suas casas mulheres em risco moral e desejosas de mudar de vida. Mas as fundadoras, regista o nosso Bispo, “não as entregaram ao estalajadeiro” para que cuidasse delas, pagando-lhe para isso, mas receberam-nos nos seus próprios lares.
Frisou que Maria da Luz, jovem viúva com quatro filhos para educar e com negócios para gerir, não se intimidou quando “o próximo” precisou de ajuda. E disse, referindo-se a Rosa Bela, mais conhecida por Belinha, que na altura se dedicava a tratar de doentes pulmonares, aplicando-lhes injecções e acompanhando-os, que ela “nunca teve medo” do contágio. Como vicentinas, receberam esse espírito como dom a partilhar com os que mais precisam.
O nosso Bispo falou das novas pobrezas emergentes e da necessidade de todos estarmos atentos a quem precisa de ajuda, sendo urgente “viver a caridade” sem ser preciso sair da nossa terra, contribuindo, de maneira concreta, para a construção da “pátria da fraternidade”. E acrescentou que se torna premente cultivar o “sentido de respostas às novas pobrezas”, desenvolvendo o “espírito de vizinhança”.
E a terminar a sua intervenção no jantar, D. António garantiu que “o bem não faz ruído, mas irradia e contagia” tudo e todos; nós, à semelhança das fundadoras, "somos como a Lua; não temos luz, mas reflectimos a luz que recebemos".
Neste jantar, ainda falaram o nosso prior Francisco Melo, para sublinhar a importância da caridade, que nos deve animar no dia-a-dia, e eu próprio, para lembrar que a Obra da Providência continua a preservar, nos dias de hoje, o espírito da caridade com que nasceu. De todos e para todos foram manifestados votos de Santo Natal.

Fernando Martins