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domingo, 28 de julho de 2019

Bento Domingues - Meditar em qualquer lugar



"Somos nós, que andamos distraídos e muito enganados acerca do sentido da vida, que precisamos, com insistência, de rezar pela nossa conversão"

1. Ao chegar esta altura do ano, várias pessoas, na linha destas crónicas, pediam-me sugestões de leitura para férias. Não esperava muito das minhas indicações. Quem está habituado a ler ao longo do ano não precisa de recomendações. Quem, por razões profissionais, passa o ano a fazer leituras obrigatórias julga que, nas férias, poderá recuperar outro género de obras sempre adiadas. Para quem não adquiriu a paixão dos livros, não vai ser nas férias que a vai ganhar.
Observo que, nas viagens de comboio e de metro, as mãos não estão ocupadas com livros e raramente com jornais. O metro até abandonou a experiência do jornal gratuito. Sei que esta observação é de um velho. Desconhece as múltiplas aplicações culturais da revolução tecnológica dos meios comunicação: um pequeno objecto pode ser usado para acesso à Internet, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais, revistas e ainda com jogos para entretenimento.
Dizem-me, por isso, que os hábitos de leitura, não só não se perderam como até se intensificaram e aumentaram os “escritores”. As mãos estão sempre ocupadas a receber e a enviar mensagens. A Internet e as suas redes possibilitam contacto permanente e as últimas informações, mas também o acesso a bibliotecas inteiras.
Os jornais em papel estão a desaparecer e a serem substituídos por jornais online. Já existem padres a rezar o breviário e a celebrar a missa pelo telemóvel, mais ou menos sofisticado.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Da oração, segundo Khalil Gibran




«Depois, uma sacerdotisa disse-lhe: Fala-nos da oração. 
E ele respondeu: 
Vós orais na aflição e na necessidade; gostaria que pudésseis orar igualmente na plenitude da vossa alegria e nos vossos dias de abundância. 
Pois, que é a oração se não a expansão de vós mesmos no ar vivo? 
E se, para vosso alívio, lançais no espaço as vossas trevas, é para vossa alegria que abris o vosso coração à aurora. 
E se só sabeis gemer quando a vossa alma vos incita à oração, ela deveria estimular-vos, embora gemendo, até finalmente chegardes ao riso. 
Quando orais, erguei-vos para encontrar nos ares aqueles que oram nesse mesmo instante, e só na oração os podereis encontrar.»
(...)

In “O Profeta”

domingo, 24 de setembro de 2017

Bento Domingues — Um Deus distraído?



1. Não têm conta as vezes que me fizeram, e fazem, a pergunta do título desta crónica. Sei que não tenho o exclusivo.
Não escondo que me divertem as pessoas religiosas e teólogas que dão a ideia — pelo que dizem e escrevem, pelo que aconselham ou mandam — que conhecem a vontade de Deus e os seus misteriosos caminhos. A tudo dizem: foi a vontade de Deus, mesmo quando essa expressão, pretensamente piedosa, é o pior insulto que Lhe podem fazer.
Por outro lado, são, por vezes, as mesmas pessoas que, pelas suas repetidas e abundantes orações, supõem que Deus ande mal-informado. As chamadas orações dos fiéis nas Celebrações Eucarísticas, mais ou menos gemidas, tentam lembrar a Jesus a sua responsabilidade pela péssima situação mundial.
Parece que todas as religiões, ou a maioria, têm fórmulas e livros de orações. Basta ir ao Google e, a partir da palavra oração, podemos ficar minimamente referenciados acerca desse mundo, ora sublime ora ridículo.
A nossa ligação fervorosa a Deus deveria estar atenta à nossa radical ignorância. Nunca me posso esquecer que S. Tomás de Aquino, depois de expor a sua epistemologia teológica e de apresentar as razões que tinha para afirmar que Deus existe, empenhou-se em mostrar, imediatamente, que não podemos saber como é Deus. A teologia dele é, sobretudo, uma luta contra as idolatrias que se insinuam em todas as atitudes e discursos religiosos.
Julgo que a religião — embora seja uma palavra de origem latina — nasce da consciência, mais ou menos explicita, do ser humano como realidade limitada. Precisa do outro para nascer, para crescer, para viver e para morrer. Não é auto-suficiente. É, por natureza, carente de cultura e de afectos. É uma realidade em permanente processo. Vai sendo através dos mil contactos cultivados ao longo da vida. É, estruturalmente, um ser aberto. Neste mundo multicultural e multirreligioso desenvolve-se bem ou mal, na recusa ou na aceitação. Quando se fecha aos outros, perde-se e afoga-se em si mesmo.
As boas relações humanas são as de acolhimento e cooperação. As más são as de dominação psicológica, económica, política e religiosa. Por isso, a pergunta mais sagrada, mais religiosa, em todas as situações, talvez seja esta: em que posso ajudar?
Não é por acaso que a primeira grande pergunta que Deus faz, logo no Génesis [1], seja esta: que fizeste ao teu irmão, e seja também a última que julgará a nossa história, segundo o Evangelho de S. Mateus [2].
Mas, então, devemos ou não rezar?

2. Não faltam, mesmo no Novo Testamento, recomendações de que devemos rezar sempre e em toda a parte. Não de qualquer maneira. Nem foi a primeira preocupação de Jesus. Consta, no Evangelho de S. Lucas, que os discípulos se sentiam um grupo um bocado abandonado, nesse aspecto. “Estando [Jesus] num certo lugar a rezar, ao terminar, um dos seus discípulos pediu-lhe: Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou aos seus discípulos.” [3] Daí, resultou uma longa conversa e uma parábola que termina de forma paradoxal: a única coisa garantida é que o Pai dos Céus dará o seu Espírito aos que o pedirem. S. Mateus põe na boca de Jesus a recomendação: “Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade, antes de lho pedirdes.” De facto, deixou-nos apenas pistas muito gerais, no Pai-Nosso [4].
Estas indicações básicas atribuídas a Jesus deveriam merecer mais atenção. A Liturgia das Horas, rezadas em coro em muitas congregações religiosas, serve-se da recitação dos Salmos do Antigo Testamento. É precisa uma grande dose de paciência para aguentar a divisão entre o povo de Deus e os outros povos que não sabemos de quem são, geralmente inimigos. Esse Deus tem o encargo de defender e ajudar o seu povo e de atacar os outros povos. É um mundo pouco edificante de amigos e inimigos. É preciso, depois de Jesus Cristo, estar sempre a fazer descontos na oração.
Fazem parte de cenários em que se põe na boca do Senhor, Deus de Israel, uma narrativa na qual, depois de muitas bem-feitorias ao seu povo, que, finalmente, atravessou o Jordão e chegou a Jericó, faz esta declaração fantástica, coroa de muitas outras: “Combateram contra vós os que dominavam a cidade — os amorreus e os perezeus, os cananeus e os ititas, os girgasitas, os hevitas e os jebuseus — mas Eu entreguei-os nas vossas mãos. [...] Não foi com a vossa espada nem com o vosso arco que tudo isto foi feito. Dei-vos uma terra que não cultivastes, cidades que não construístes e onde agora habitais, vinhas e olivais que não plantastes e de que vos alimentais.” [5]
Pode um cristão rezar a um Deus destes?

3. Anda o Papa Francisco a dizer que não se pode matar em nome de Deus e, depois, louvá-Lo por ser um terrorista, porque eterno é o seu amor?
O diálogo inter-religioso, para não ser um teatro de mau-gosto, deve incluir a crítica das expressões religiosas que ofendem a Divindade maltratando os seres humanos.
Em Assis, já diversas vezes, os representantes de diferentes religiões foram rezar juntos. Nenhum tem o direito de criticar a forma de rezar dos outros, mas todos se deveriam sentir responsabilizados a contribuir, no âmbito da sua religião, para reverem as respectivas formas de rezar.
Por outro lado, se o ser humano é religioso pela interpretação que faz do seu limite, tem de cuidar de não transpor para Deus a sua responsabilidade. Quando se diz, de forma metafórica, que Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, isso significa que o ser humano, por ser livre, é responsável pelo seu mundo, pela casa comum.
O Papa Francisco não se cansa de repetir que já estamos, de modo fragmentado, na terceira guerra mundial. Existem sistemas económicos que devem fazer a guerra para sobreviver. Ao fabricar e vender armas sacrificam, nos balanços económicos, o ser humano no altar do deus dinheiro.
Gosto da sua forma de rezar: Queridas irmãs e irmãos, eleva-se de todos os lugares da terra, de cada povo, de cada coração e dos movimentos populares, o grito da paz: guerra, nunca mais! [6]
Não é a um Deus distraído que ele reza. Reza para diminuir o mundo dos distraídos.

Frei Bento Domingues no PÚBLICO

[1] Gn 4, 1-15
[2] Mt 25, 31-46
[3] Lc 11, 1-13
[4] Mt 6, 5-15
[5] Cf. Js 24, 1-13
[6] Politique et société, du Pape François (Rencontres avec Dominique Wolton), Editions de L’Observatoire/Humensis, 2017, p. 11.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Georgino Rocha — Jesus em oração: Eu Te bendigo, ó Pai


O texto de Mateus, hoje proclamado na liturgia, constitui um bom reflexo da sensibilidade de Jesus e dos horizontes em que se move; da sua vontade de instaurar os valores do Reino e da preferência por quem está aberto à boa nova que anuncia; da sintonia com o ritmo do coração humano nas suas aspirações mais genuínas e nos pequenos passos que vai dando. A felicidade surge como a atenção ao ser, relativizando o ter, tantas vezes expresso na saúde, dinheiro e amor. Sendo bens importantes, estes não são os primordiais. A felicidade está nos nossos genes. O Evangelho é o que melhor” encaixa” na nossa condição humana.

A reacção inicial à mensagem de Jesus manifesta várias atitudes: um povo infantil – como as crianças que se divertem na praça pública –, uns fariseus rígidos nas suas convicções e um “resto” fiel aberto à novidade de Deus e confiante na realização das promessas feitas. Perante esta diversidade, Jesus faz uma oração de bênção a Deus Pai, exclamando: “Eu Te bendigo, ó Pai…”, oração que apresenta uma leitura da situação e abre horizontes de esperança para o futuro enraizado no presente. Mt 11, 25-30.

“Eu Te bendigo, ó Pai” porque deste a conhecer o teu projecto de amor a todos e queres realizá-lo com a cooperação de cada um; confirmaste esta decisão de muitos modos ao longo da história, mas agora por meio da missão que me confiaste e, a partir de mim, por aqueles que escolhi – os meus discípulos e seus sucessores; abençoaste a minha preferência pelos pequeninos do reino, pelos mansos e humildes de coração.

“Eu Te bendigo, ó Pai” porque estás sempre comigo e por meio de mim desvendas o teu rosto bondoso e amigo, sorridente perante o agir dos seres humanos – homem e mulher - que acompanhas com solicitude confiante, pronto para o perdão das suas negligências e recusas, compassivo e misericordioso; por mim, queres realizar a maior prova de humanidade, mediante a minha entrega incondicional à defesa da dignidade humana e da verdade que liberta por amor. E fomos até à cruz do Calvário!

“Eu Te bendigo, ó Pai” porque compensas e alivias os cansados da vida – física, afectiva, intelectual, espiritual, moral, relacional – e os oprimidos pelo sem sentido do ram-ram da rotina, pelo peso das normas e leis desumanizantes, pelas burocracias administrativas, pelas tensões e conflitos desgastantes; ofereces-lhes um “espaço” novo – o meu coração – aberto a todos para que possam respirar o alívio suave da humildade e da mansidão e sintonizar com o seu ritmo de amor que se faz serviço ousado constante.

“Eu Te bendigo, ó Pai” porque queres dar-me a conhecer como sendo igual a Ti e mestre da humanidade, Teu Filho e tua palavra que é necessário escutar. Bendigo-te pelo esforço de tantos que estudam a nossa presença nos segredos da natureza para que sirvam melhor a humanidade; por tantos que nos descobrem e apreciam no santuário da consciência humana para que possam agir rectamente, recebendo o apoio da nossa luz e verdade; por tantos que nos encontram nas situações sofridas e injustamente impostas – os meios de comunicação trazem ao olhar, nem sempre ao coração, a “ponta” aterradora deste mundo infame – e conscientemente se dispõem a socorrer-nos, aliviando a miséria consentida; por tantos que saboreiam a suavidade da nossa companhia e a leveza do nosso amor, vivendo o seu dia-a-dia com o espírito que de nós procede e nos relaciona, reservando tempos de encontro na oração meditada, realinhando algum desvio moral na purificação da consciência, sendo membros responsáveis da sociedade e da comunidade cristã, dando testemunho de nós, “rumando” ao futuro definitivo onde todos conviveremos em família.

Escutemos o Papa Francisco no seu apelo à alegria e à paz, apelo que realça a simplicidade da vida que permite um novo sabor das pequenas coisas.

“A espiritualidade cristã propõe uma forma alternativa de entender a qualidade de vida, encorajando um estilo de vida profético e contemplativo, capaz de gerar profunda alegria sem estar obcecado pelo consumo. É importante adoptar um antigo ensinamento, presente em distintas tradições religiosas e também na Bíblia. Trata-se da convicção de que «quanto menos, tanto mais». Com efeito, a acumulação constante de possibilidades para consumir distrai o coração e impede de dar o devido apreço a cada coisa e a cada momento. Pelo contrário, tornar-se serenamente presente diante de cada realidade, por mais pequena que seja, abre-nos muitas mais possibilidades de compreensão e realização pessoal. A espiritualidade cristã propõe um crescimento na sobriedade e uma capacidade de se alegrar com pouco. É um regresso à simplicidade que nos permite parar a saborear as pequenas coisas, agradecer as possibilidades que a vida oferece sem nos apegarmos ao que temos nem entristecermos por aquilo que não possuímos. Isto exige evitar a dinâmica do domínio e da mera acumulação de prazeres”. Louvado Sejas, 222.

“Eu Te bendigo, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado”. Não nos privemos da maravilha da oração de Jesus, saboreemos a sua mensagem e, confiadamente, deixemo-nos interpelar.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Viver

Crónica de Anselmo Borges 


«No meio do rebuliço estonteante, 
é decisiva a pausa e o silêncio»

Numa recente viagem à Índia, a um dado momento, no meio daquele trânsito absurdamente caótico e ensurdecedor, quando se fecha os olhos para não ver o que parece iminente: um choque em cadeia de uma infinidade de carros, motos, motoretas, bicicletas, riquexós e quejandos, pessoas em multidão a pé, alguém perguntou: "O que é que toda esta gente anda a fazer?" Resposta pronta e sábia de um professor ilustre: "Andam a viver." É isso: a viver. O que é que andamos a fazer? Tão simples como isto: a viver. Melhor ou pior, material, espiritual e moralmente falando. Todos, a viver.
E são tantas as vezes em que se não dá por isso: o milagre que é viver! Assim, numa sociedade na qual o perigo maior é a alienação - viver no fora de si -, quando a política se tornou um espectáculo indecoroso, quando Deus foi substituído pelo Dinheiro e o mundo se tornou globalmente perigoso e ameaçador, o jesuíta Juan Masiá, que, durante trinta anos, ensinou Filosofia, um semestre em Tóquio e outro em Madrid, vem com um belo livro, precisamente com o título: Vivir. Espiritualidad en pequeñas dosis. "Deixo-me acariciar pela brisa, saboreio a experiência de estar vivo, sentir palpitar a minha vida. E penso: viver, que maravilha e que enigma! Paro em silêncio a saborear esta vivência. Estou vivo, mas a minha vida supera-me: não é só minha nem a controlo. Viver é ser vivificado pela Vida que nos faz viver." A Vida vive-te, vive na Vida!

sábado, 14 de junho de 2014

JERUSALÉM E ROMA

Crónica de Anselmo Borges
no DN

1 A política está em tudo mas não é tudo. A oração também pode ser força política. E condição essencial para a paz é a conversão interior, do coração. Por outro lado, a História não está pré-escrita em parte alguma e, por isso, é preciso construí-la e ao mesmo tempo ter a capacidade de se deixar surpreender por ela. Cá está: quem poderia supor há apenas um mês que seria possível o Presidente de Israel, Shimon Peres, e o Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, encontrarem-se no Vaticano para rezar? Mas o inesperado, o que se diria impossível, aconteceu.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Alma da Vida


A oração é a alma da vida cristã e expressão da beleza da presença de Deus.
No dia 11 de julho, faremos um momento de oração em cada um dos arciprestados/concelhos da nossa diocese. Na sua paróquia encontrará a informação necessária sobre o local e hora deste momento de oração. Deixe que Deus lhe fale nesta oração vivida numa noite de verão.

Li na Diocese de Aveiro

sábado, 15 de junho de 2013

O AMOR


O AMOR PERDOA E GERA VIDA NOVA

Papa Francisco


«Como o Papa Francisco, na sua catequese sobre o Povo de Deus a 12 Julho 2013 somos convidados a rezar: “Que a Igreja «seja lugar da misericórdia e da esperança de Deus, onde cada um se possa sentir acolhido, amado, perdoado, encorajado”. Mas, como é óbvio, “a Igreja deve estar com as portas abertas, para que todos possam entrar. E nós devemos sair por aquelas portas para anunciar o Evangelho”.»

Georgino Rocha

domingo, 15 de abril de 2012

Da Oração


Em O Profeta, de Khalil Gibran



Não vos posso ensinar a orar por palavras. 
Deus não ouve as vossas palavras a não ser quando Ele próprio as murmura através dos vossos lábios. 
E não vos posso ensinar a oração dos mares e das florestas e das montanhas. 
Mas vós que nascestes nas montanhas e nas florestas e nos mares, encontrareis a oração nos vossos corações, e se escutardes na quietude da noite, ouvi-los-eis dizer em silêncio: 
«Nosso Deus, que sois o nosso eu alado, é a vossa vontade em nós que quer. 
E o vosso desejo em nós que é desejado. 
É a vossa vontade para que tornemos as nossas noites que são vossas, em dias que são igualmente vossos. 
Não vos podemos pedir, pois conheceis os nossos desejos antes de nós próprios nascermos, vós sois o nosso desejo, e em dar-nos mais de vós, dais-vos todo.»

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dia Mundial da Oração: 4 de Março, na igreja da Vera Cruz


Celebra-se na próxima sexta-feira, dia 4 de Março, às 21h30, na Igreja da Vera Cruz o Dia Mundial da Oração, movimento ecuménico de oração que remonta ao século XIX e preparado anualmente por mulheres de diferentes países.
A Liturgia foi este ano preparada pelas mulheres do Chile, um país da América do Sul muito noticiado recentemente na comunicação social, devido à tragédia dos 33 mineiros presos na mina de cobre de El Teniente, a 800 quilómetros de Santiago. Como pudemos observar, a fé cristã no Chile é uma realidade, 89% da população é católica romana, 10% professam a sua fé em igrejas evangélicas e os restantes 1% são constituídos por pequenas comunidades judaicas, cristãos ortodoxos e muçulmanos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Oito mil rezam na Net

Artigo de António Marujo

Cântico dos Cânticos também serve para rezar

«Um excerto do Cântico dos Cânticos, o poema de amor da Bíblia, para rezar pela Net? Há oito mil pessoas, pelo menos, que diariamente o fazem, desde Março, através do site português Passo a Rezar. Esses oito mil podem ser mais, tendo em conta que há paróquias, grupos ou casais que descarregam os ficheiros para poder partilhá-los depois, diz o jesuíta Francisco Martins, um dos responsáveis do www.passo-a-rezar.net.
O Verão trará possibilidades de refrescar esta experiência espiritual através da net: dentro de dez dias, os utilizadores deste espaço de oração digital terão à sua disposição "sete pausas na beleza", textos de reflexão escritos pelo padre José Tolentino Mendonça e que são lidos pelos actores Pedro Granger e Susana Arrais.
"Desatei a rir quando me fizeram a proposta", diz Granger, 31 anos, ao PÚBLICO, antes da gravação dos textos, feita ontem na Rádio Renascença. "O modo como digo a minha fé não é estar fechado num casulo, é de sair para a rua. Esta utilização da Internet é uma maneira de espalhar a fé, não só para quem vai às igrejas, mas que pode aproximar as pessoas."»

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Para uma vida mais feliz




Pôr Humor na Oração

(...)
Por vezes a nossa oração é demasiado séria. É muito importante que ela se deixe atravessar pelo humor. Aprender a rezar com Sara e Abraão, com estes dois, é aprender a rezar com os nossos risos, com os nossos impasses e descrenças, com esta espécie de jogo bem-humorado que a oração introduz. Há uma desproporção tão grande entre o céu e a terra, entre a fidelidade de Deus e a nossa fragilidade que, depois de tudo e através de tudo só o sorriso de Deus estampado no nosso rosto pode fazer a diferença. Por alguma razão o Pai do filho pródigo faz com que a sua casa se ilumine com músicas e danças (Lucas 15, 25).

José Tolentino Mendonça

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