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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

FÉRIAS: Notas do Meu Diário

Planura alentejana Na planura alentejana se reflecte o braseiro escaldante de um verão sem vento Rebolam anseios de fugas na tarde longa onde estendo lentamente um grito dolente para além de horizontes que não alcanço nesta tarde calmosa de Agosto Na planura amortecida em sono de estio vai renascer cada manhã fresca cândida e leve a paz sonhada em cada madrugada Na planura ressequida do Alentejo tão esquecido há-de voltar aos olhares de quem passa a esperança de vida nova sempre tão apetecida Agosto de 2008 Fernando Martins

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Espraiei nas dunas os meus olhos





Espraiei nas dunas os meus olhos
até à imaginação
em dia de primavera prometida
Fixei ao longe o céu escuro pela bruma
de sonhos esquecidos
E pensei nos tempos vividos
à sombra dos areais da minha infância
com farol à vista


FM

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Fiquei tranquilo no mar



Deixei a floresta de cimento
que me incomodava
e fugi para o mar
que ali perto bramia
e me desafiava
com seu rugido
cadenciado

Senti que o frio do cimento se foi
paulatinamente

Veio então o calor das águas revoltas
que batiam forte
contra as pedras sofredoras

E com o bater do mar e o sofrer das pedras
fiquei tranquilo
e feliz
a ver passar o tempo

Fernando Martins

domingo, 13 de janeiro de 2008

NA RUA COMPRIDA


Na rua comprida
Há gente que passa
e pára
Há gente que corre
e conversa
Há gente de olhares distantes
e frios

Na rua comprida
Há gente sozinha
e acompanhada
Há gente que procura
no murmúrio
a paz há tanto perdida

Na rua comprida
Há gente triste
e alegre
Há gente que sonha
e acredita
que a vida
com alguém
é sempre mais bonita

FM