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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Os meus santos de todos os dias


O mundo católico celebra hoje a Festa de Todos os Santos. Não só os que a Igreja Católica considera dignos das honras dos altares, mas todos os outros que, por certo, são incontáveis. Não apenas os escolhidos pela Igreja Católica, para nos servirem de exemplo na vida, mas ainda os de outras religiões e, porventura, até ateus, porque Deus, na sua infinita misericórdia, a todos acolhe com ternura maternal. 
Pessoalmente, confesso que muitos santos apresentados pela Igreja Católica para nossa veneração pouco me dizem, decerto por se tornar impossível conhecer as suas vidas e as causas que levaram à sua beatificação ou canonização. De forma que me sinto mais à vontade para me fixar nos que me marcaram durante a minha existência desde menino até à velhice, conduzindo-me, pelo seu testemunho, na senda dos caminhos da Boa Nova, herança que Jesus Cristo nos legou há mais de dois mil anos. 
Naquela perspetiva, estou mais inclinado a venerar os meus pais e avós, bem como outros familiares e amigos. Vi a ação de Deus nos que me ensinaram a dar os primeiros passos e a pronunciar as primeiras palavras, os que me indicaram as primeiras letras e me deram a noção de contar, os que me orientaram para melhor apreciar  o céu estrelado e as águas cristalinas, os bosques verdejantes e o mar sem fim. Mas ainda os que me educaram para olhar os outros como irmãos, os pobres como merecedores da minha atenção, as flores como sinal de alegria, o sorriso das crianças como exemplo da pureza e da candura. Destes, sim, vou lembrar-me mais nesta Festa de Todos os Santos.

Fernando Martins

sábado, 1 de novembro de 2014

DIA DE TODOS OS SANTOS

Os  meus santos


A Igreja Católica celebra hoje o Dia de Todos os Santos. Tanto os que mereceram as honras dos altares como os que, mesmo sem o reconhecimento oficial da Igreja, têm lugar especial no coração de Deus, pelos seus méritos pessoais em prol da humanidade. Estou em crer que até lá estarão muitos que nem católicos ou cristão foram. Só Deus sabe, porque os critérios dos homens não são infalíveis. É claro que a Igreja  tem,  com a declaração de santidade que contempla alguns, por objetivos apontar aos homens exemplos de vidas que levaram à prática a Boa Nova de Jesus Cristo, contribuindo, de forma indelével, para um mundo melhor. 
Para além desses, cada pessoa terá os seus santos, aqueles que, pela palavra e pelo exemplo, de maneira muito concreta, os ajudaram a seguir caminhos de verdade, de justiça, de amor e de paz. Eu estou na linha dos que neste dia recordam os seus santos. Atrevo-me a dizer que houve muita gente que me foi próxima e que me ajudou a tomar decisões de harmonia com as verdades evangélicas e humanistas. Os meus pais, os avós que conheci, tios e tias, padrinho e madrinha, vizinhos, amigos, professores,  a minha mestra da catequese, priores que me deram pistas de fé, padres com uma espiritualidade muito própria, pessoas com quem me cruzei na vida, mesmo não crentes. Todos os que, enfim, me abriram portas de caridade e de solidariedade, convencendo-me que a sociedade sem bondade, sem ternura, sem compreensão e sem partilha não progride no sentido da justiça e da paz. São esses santos que eu venero. Há outros, alguns com auréolas, que nada me dizem.

Fernando Martins