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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

AMIGOS, ALEGRAI-VOS COMIGO!

Reflexão de Georgino Rocha



Jesus põe este alegre convite na boca de um pastor e de uma dona de casa ao contar duas histórias de misericórdia. Aproveita o facto de publicanos e pecadores se aproximarem dele e de os fariseus e escribas estarem a murmurar. Os discípulos acompanham a cena e não intervêm. O eco do que Jesus fazia e ensinava divulgava-se velozmente. E as multidões acorriam a ouvi-lo, a vê-lo, a tocar-lhe, sendo possível. Não é difícil desvendar algumas razões para esta desejada aproximação: satisfazer os anseios da coração, confirmar a validade da notícia recebida, confiar nalguma mercê a receber. O certo é que deixavam o ram-ram da vida, venciam acomodações, expunham-se a privações e a outros riscos. Abrem caminho a que nos perguntemos: E nós por que andamos com Jesus, que buscamos, que disposição alimentamos?

O grupo dos “homens religiosos”, tinha outras intenções. Incomodado com o proceder de Jesus e seus ensinamentos a respeito de Deus e das suas preferências, tentam apanhá-lo em flagrante e, assim, poderem acusá-lo de algo grave que desse origem a um processo de condenação. Ouvem para murmurar, não para compreender, acompanham para vigiar, não para acolher nem apreciar; observam para acusar, não para anunciar a verdade. “Este homem acolhe os pecadores e come com eles”, afirmam sem rodeios, convictos. E ninguém os contradiz, pois estava à vista de todos. Também aqui o grupo dos fariseus nos oferece um espelho de tantas outras pessoas que sabem observar, opinar, insinuar, “fofocar”. E por aí se ficam. Como os treinadores de bancada ou de sofá. Religião vazia de sentido, ritos e devoções que “emitem” uma imagem desfocada do rosto de Deus.